WILLYS
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Fundada em abril de 1952 por um grupo de investidores brasileiros, até 1961 a Willys-Overland do Brasil foi a maior indústria automobilística da América Latina, quando foi ultrapassada pela Volkswagen. A partir daí permaneceu no segundo posto até 1968, um ano depois de ter o controle transferido para a Ford.
O nome Willys está indissociavelmente ligado ao Jeep, veículo militar criado nos EUA no limiar da II Guerra Mundial. A história da marca, entretanto, é muito mais antiga – e cheia de altos e baixos. A Willys-Overland norte-americana foi criada em 1907, como resultado da compra da Overland (criada em 1902) pelo comerciante de automóveis John North Willys. A empresa, que não chegou a se destacar como fabricante ao longo das primeiras décadas do século XX, teve sua grande oportunidade em 1940, quando participou de uma concorrência para projetar e fabricar veículos militares leves de apoio tático com tração 4×4 para o exército dos EUA. Bantam e Ford também participaram da licitação e do fornecimento, mas foi a Willys quem recebeu a maior parte da encomenda (mais de 360 mil unidades seriam fabricadas até o final do conflito). O veículo, que no jargão militar recebeu a classificação GP (de General Purpose, ou uso geral), acabou sendo conhecido pela transcrição fonética djee-pee – daí derivando o nome Jeep.
Com o final da guerra, a Willys buscou encontrar novos usos para o seu carro: em 1946 aumentou a distância entre eixos do chassi do jipe e sobre ele criou uma station-wagon, que daria origem à nossa Rural, e em 1952, com a mesma mecânica, lançou o automóvel Aero Ace (o futuro Aero Willys). Em 1953 a empresa foi vendida para a Kaiser-Frazer, indústria de automóveis criada em 1945 pelo armador e grande industrial de cimento, alumínio e construções Henry Kaiser e pelo ex-presidente da Willys, Joseph Frazer. Carros Kaiser, Frazer, Aero e o compacto Henry J deixaram de ser produzidos em 1955, mas os utilitários permaneceram em linha. Em 1970 a Willys foi adquirida pela American Motors e mudou a razão social para Jeep Corporation. Em 1987, após passar oito anos sob controle da Renault, a American Motors foi absorvida pela Chrysler que, por sua vez, desde 2009 se associou à Fiat.
Jeep – o carro ideal para um país rural
A primeira tentativa de fabricação dos utilitários Jeep no Brasil ocorreu no imediato pós-Guerra, quando a FNM estudou a viabilidade de montá-los, como forma de dar uso às suas amplas e ociosas instalações. Em 1947 a concessionária Gastal passou a importá-los em regime SKD, montando-os em suas oficinas na Tijuca, Rio de Janeiro (RJ). Em 1950, com mais de 200 unidades fabricadas, a linha de montagem foi transferida para novas instalações em Nova Iguaçu (RJ), onde operou até 1954, quando a Willys inaugurou sua primeira fábrica brasileira, em São Bernardo do Campo (SP), ela própria em fevereiro assumindo a montagem dos Jeeps, a partir de componentes importados dos EUA. Concluída desde o segundo semestre de 1953, a nova planta da Willys só pode ser ativada no ano seguinte, por dificuldades burocráticas para a importação dos componentes em sistema CKD. Logo que iniciada, contudo, a produção rapidamente avançou, entre fevereiro e dezembro quase 6.000 unidades tendo sido montadas, já trazendo 30% de conteúdo nacional.
A implantação da fábrica paulista foi custeada com recursos internos, do grupo de empresários brasileiros que fundara a empresa e por subscrição popular; os norte-americanos participaram com apenas 30% do capital, integralizado através de matrizes e máquinas usadas, trazidas dos EUA. A Willys foi a segunda empresa estrangeira, depois da GM, a atender ao convite formulado pelo Ceima – órgão precursor do Geia – aos grandes produtores mundiais para que fabricassem seus veículos no Brasil. (Depois de tentar trazer sua fábrica de automóveis para o Brasil, em 1955 a Kaiser instalou-se na Argentina, onde, como IKA – Industria Kaiser Argentina, produziu por vários anos carros Kaiser, sob o nome Carabela.)

Jeep Universal, o primeiro fora-de-estrada brasileiro (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
Em setembro de 1955 entrou em linha uma versão atualizada do Jeep (a partir daí nomeado Universal), com carroceria mais moderna, para-brisa maior, bancos mais confortáveis, chassi reforçado, nova suspensão e motor de quatro cilindros e 75 cv, versão que, com poucas mudanças, permaneceria em produção por quase 30 anos. Acentuando seu caráter eminentemente utilitário, o Jeep vinha equipado com tomada de força, própria para acoplamento a implementos agrícolas e de construção. Na altura o índice de nacionalização chegava a 40% (quase 50%, em peso). Explorando o mercado virgem de um país predominantemente rural, onde eram raras as estradas pavimentadas, a fabricação não cessaria de crescer: 9.139, em 1957, 13.177 em 1958 e 15.721 em 1959 – um único modelo correspondendo a 15% da produção total nacional, incluindo automóveis, caminhões e ônibus.
Seguindo os planos de nacionalização aprovados pelo Geia em agosto de 1956, a fábrica de São Bernardo foi ampliada, recebendo uma linha de usinagem e montagem de motores, inaugurada em março de 1958. Também foi adquirida uma fundição em Taubaté (SP), viabilizando a fabricação do primeiro motor Willys brasileiro – e também o primeiro a gasolina fabricado no país – com seis cilindros em linha, válvulas de admissão no cabeçote e de exaustão laterais, 2,6 litros e 90 cv. A seguir foram implantados o parque de prensas e uma unidade específica para eixos e transmissões, que viriam a assegurar, ao final da década, praticamente a nacionalização integral dos veículos.
O PRIMEIRO JEEP: SUA FICHA TÉCNICA: chassi tipo escada, carroceria aberta, duas portas, quatro lugares, sem bagageiro, 3,34 m de comprimento; motor longitudinal dianteiro refrigerado a água, com seis cilindros em linha, 2.638 cm3, 90 cv; um carburador; tração nas quatro rodas, caixa manual de três marchas (1ª não sincronizada) e reduzida; direção mecânica; suspensão por feixe de molas; freios hidráulicos a tambor.
Enquanto dava andamento aos planos acordados com o Geia, a Willys lançava as bases para o futuro: era seu objetivo dispor da mais completa linha de produtos do país, sendo o Jeep apenas o primeiro de uma série. Em 1957 anunciou entendimentos com a Chrysler no sentido de fabricar 6.000 unidades/ano do Plymouth Savoy 1956, sob licença (aqui seria chamado Tupi), com nacionalização inicial de 65%. Autorizado pelo Geia em dezembro do mesmo ano, o empreendimento utilizaria equipamentos usados importados de uma das filiais canadenses da Chrysler.
Inviabilizado o projeto por desinteresse da corporação norte-americana, a Willys decidiu aqui produzir o antigo Aero Ace. Em paralelo, a empresa negociava com a francesa Renault a fabricação local de automóveis pequenos e tratores leves (para estes, o programa de investimentos apresentado ao Geia previa, nos dois primeiros anos, a produção de 3.000 unidades de 1,6 t com motor MWM de 32 cv); apesar de aprovado pelo órgão em 1960, o projeto dos tratores também não vingou. Vários outros, no entanto, tiveram resultado: o primeiro deles foi a nacionalização da Rural Willys, lançada em setembro de 1958.
A Rural trazia a mesma mecânica do Jeep, porém com tração 4×2 ou 4×4 e carroceria de aço fechada de duas portas e seis lugares. Tinha estilo semelhante à primeira station da marca, apresentada nos EUA em 1946. O acesso ao compartimento traseiro era feito por portas duplas de abertura horizontal; o banco traseiro podia ser retirado, obtendo-se um volume útil de 2,75 m³, com ½ t de capacidade de carga. (A Rural Willys foi o objeto do primeiro teste de automóvel efetuado por um órgão de imprensa brasileiro: a reportagem, realizada por Mauro Salles, foi publicada em dezembro de 1959 pelo jornal carioca O Globo.)
A PRIMEIRA RURAL: SUA FICHA TÉCNICA: chassi tipo escada, carroceria de duas portas, seis lugares, bagageiro de 1,4 m³, 4,59 m de comprimento; motor longitudinal dianteiro refrigerado a água, com seis cilindros em linha, 2.638 cm3, 90 cv; um carburador; tração 4×4 ou nas rodas traseiras, caixa manual de três marchas (1ª não sincronizada); direção mecânica; suspensão por feixe de molas; freios hidráulicos a tambor.
Em apenas quatro anos, um turbilhão de lançamentos: Rural, Dauphine, Aero-Willys, Jeep 101, pick-up Jeep…
1959 foi um ano cheio de boas notícias: foi inaugurada a linha de fabricação de eixos e transmissões; foram efetuadas as primeiras exportações de peso (2.500 Jeeps para o Chile, 5.000 para a Indonésia e um lote de motores para os EUA); a matriz definiu o Brasil como fonte de suprimento para a América Latina, África, Ásia e Europa Oriental. Em novembro a Rural saiu com frente totalmente nova, inédita no mundo, proposta pelo estilista Brooks Stevens, um dos criadores do station Jeep do pós-guerra. Para-lamas, capô, grade, tampa do bagageiro e lanternas traseiras eram novos; tinha teto mais baixo, para-brisas de uma só peça (curvo na frente) e banco traseiro dobrável. A empresa ressaltava – o que era real – que pela primeira vez era “lançado no Brasil um veículo automotor especialmente desenhado para o nosso país e produzido somente no Brasil“. Finalmente, antes de se completar 1959 – e decorrido apenas um ano de sua provação pelo Geia -, foi lançado o Renault Dauphine, pequeno sedã de motor traseiro e quatro portas apresentado três anos antes na França.

Fabricado sob licença da Renault, o Dauphine foi a proposta da Willys para enfrentar a Volkswagen.
Resultado de um grande investimento da Renault na Willys brasileira, da qual se tornou acionista, o carrinho trazia concepção e soluções mecânicas absolutamente diversas daquelas apresentadas pelos ultrapassados modelos Willys vindos dos EUA. Estrutura monobloco, suspensão totalmente independente e um pequeno e econômico motor de quatro cilindros com válvulas na cabeça, cabeçote de alumínio, camisas removíveis, 845 cm3 e 31 cv eram complementados por pequenos detalhes práticos, inéditos em carros do seu porte, que a propaganda da empresa procurava destacar. Era objetivo da Willys confrontar o novo carrinho com o que a concorrência – leia-se Fusca – (não) apresentava, a começar pelas quatro portas, com abertura de todas as janelas (embora as traseiras fossem deslizantes). O Dauphine possuía porta-malas surpreendentemente amplo, graças à posição do estepe, colocado sob o bagageiro e com acesso externo e frontal; o capô, que abria para frente, alojava os faróis; estes, por sua vez, tinham corpo traseiro transparente, iluminando à noite o interior do porta-malas.
Entre os itens práticos que o carro oferecia – todos eles hoje banais, mas pouco comuns na produção nacional da época – estavam: chave única para ignição, portas e tampa do motor; trinco de segurança “à prova de crianças” nas portas traseiras; dois porta-luvas (sem tampa); limpadores de para-brisa elétricos com retorno automático; comandos dos faróis e pisca-pisca na coluna de direção, neste caso com desligamento automático após completada a manobra; buzina com opção de dois tons (cidade e estrada); molas para manter as portas na posição aberta. O Renault Dauphine chegou tendo o Fusca como principal concorrente; sua constituição frágil, porém, jamais chegou a ameaçar a carreira avassaladora do filho dileto da Volkswagen.
O PRIMEIRO DAUPHINE: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco de quatro portas, quatro lugares, bagageiro de 200 litros, 3,95 m de comprimento; motor longitudinal traseiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, 845 cm3, 31 cv; um carburador; tração traseira, caixa manual de três marchas (1ª não sincronizada); direção mecânica; suspensão independente com molas helicoidais nas quatro rodas, trapézios oscilantes e barra de torção na dianteira e semi-eixos oscilantes sem amarração longitudinal e coxins de borracha pneumáticos na traseira; freios hidráulicos a tambor.
Em março de 1960 a linha foi enriquecida com um automóvel médio – o Aero-Willys – lançado com o elevado índice de nacionalização de 85%. De concepção mais atualizada do que a Rural, possuía carroceria monobloco e suspensão dianteira independente, com molas helicoidais. De resto, se aproveitava de toda a mecânica 4×2 Jeep, inclusive o câmbio de três marchas com 1ª não sincronizada (no caso do Aero, com alavanca na coluna de direção). Considerado compacto nos EUA (daí seu insucesso), foi o maior e mais pesado automóvel fabricado no país na época (Simca e FNM JK ainda não haviam sido lançados). Tinha quatro portas, dois bancos inteiriços com seis lugares e um grande porta-malas, “com 24 pés cúbicos” (679 litros). A tradução da capacidade da mala em pés³, aliás, é uma expressão das idiossincrasias norte-americanas do carro (em confronto com a praticidade do europeu Dauphine), como banco dianteiro inteiriço, farol alto com comando no pé e limpador de para-brisa a vácuo, de precário funcionamento.
O PRIMEIRO AERO-WILLYS: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco de quatro portas, seis lugares, bagageiro de 679 l, 4,70 m de comprimento; motor longitudinal dianteiro refrigerado a água, com seis cilindros em linha, 2.638 cm3, 90 cv; um carburador; tração traseira, caixa manual de três marchas (1ª não sincronizada); direção mecânica; suspensão dianteira independente por molas helicoidais, eixo rígido traseiro com feixe de molas; freios hidráulicos a tambor.
Em novembro de 1960 foi realizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, o I Salão do Automóvel. A Willys mostrou quatro novidades na feira. A primeira, a Pick-Up Jeep, derivada da Rural 4×4, com cabine para três pessoas, capacidade para 800 kg e opção de caçamba de aço ou carroceria de madeira (anunciado como Comercial Jeep). O sistema de freios foi reforçado, com maior área de frenagem e dois cilindros hidráulicos por tambor; o carro tinha acabamento simplificado, não havendo opção de pintura bicolor; os para-choques eram pintados de preto. Este seria, junto com o Jeep, o produto Willys de mais longa duração no país, comercializado por mais de 20 anos, no final já sob a marca Ford. O segundo lançamento do Salão foi o Jeep modelo 101 (referência à sua distância entre eixos, em polegadas), 51 cm mais longo do que o jipe tradicional, na versão de quatro portas e seis lugares (em setembro do ano seguinte seria colocado à venda o modelo de duas portas, para oito passageiros). A terceira novidade foi a versão taxi do Aero-Willys.

Aero-Willys 1962: concebido dez nos antes, o carro logo seria totalmente renovado segundo projeto brasileiro.
A empresa aproveitou o Salão para apresentar seu primeiro veículo conceitual, o conversível Saci, releitura de Brooks Stevens para o Jeepster, também por ele criado em 1948. O projeto foi adaptado pela equipe de projetistas da Engenharia Experimental da fábrica brasileira, que em breve – e por vários anos – daria mostras de grande iniciativa e capacidade criativa. O Saci utilizou o chassi e o estilo dianteiro da Rural, mas teve a carroceria rebaixada e o pneu de reserva montado externamente, na traseira fortemente inclinada. Apresentado nas cores amarela e preta, ganhou capota de lona de acionamento manual e acabamento bem cuidado, com para-choques, calotas e grade cromados. A Willys chegou a realizar pesquisa de opinião com os visitantes do Salão visando o lançamento futuro do modelo, mas logo desistiu do projeto.
Também chegou a pensar, ainda em 1960, em uma “Rural Willys Sedan”, para oito passageiros, com uma terceira porta (instalada à direita), terceiro banco e pneu de reserva deslocado para o exterior da porta traseira. Prevista para 1961, também esta não viu a luz.
E mais: Interlagos, Gordini, 1093 e Aero-Willys 2600
Em 1961 – ano em que a Willys construiu o 10.000º Dauphine e seu 100.000º veículo – a empresa elevou a garantia de toda a linha para seis meses ou 12 mil km – a maior da indústria nacional de automóveis. Também inaugurou, em Taubaté, a Divisão de Produtos Especiais; três produtos foram logo colocados no mercado: guincho elétrico, reboque com capacidade para 750 kg e extensão traseira de carroceria para o Jeep. Ao mesmo tempo, a picape e o Jeep 101 foram disponibilizados na versão 4×2 e a Rural e a picape 4×2 passaram a ser equipadas com alavanca de mudanças na direção. O Dauphine teve a carroceria, suspensão, berço do motor e isolamento acústico reforçados. No final do ano a Willys criou seu Departamento de Competições, entregando o comando para Christian Heins, o Bino, brilhante piloto que dois anos depois faleceria disputando as 24 Horas de LeMans.
Com a inauguração de um setor específico para competições a empresa preparava terreno para seu grande lançamento do ano, mostrado no II Salão: o esportivo Interlagos, que viria a se constituir em um marco não só para o esporte, mas para a própria história da indústria automobilística brasileira. Primeiro carro construído em plástico reforçado com fibra de vidro por uma grande indústria no Brasil, foi apresentado simultaneamente em três modelos: conversível, cupê (do qual pouquíssimas unidades foram fabricadas) e a mítica berlinette, que nos anos seguintes, com seus 500 kg de peso (contra 900 do DKW e 1.200 kg do Simca) se tornaria quase imbatível nas pistas.
O Interlagos era a tradução nacional do Alpine A 108, esportivo da Renault francesa desenhado pelo carrozziere italiano Michelotti, com chassi tubular de aço e mecânica Dauphine preparada. Com 3,78 m de comprimento e altura entre 1,16 e 1,22 m, dependendo do modelo, o carro foi lançado com câmbio de quatro marchas e três opções de motor (845, 904 e 998 cm3, com 40, 50 e 56 cv); sistemas de freios, direção e suspensão permaneciam inalterados. Além deles havia uma versão especial para competição, fornecida por encomenda, com 998 cm3, dois carburadores, 70 cv, freios a disco na frente e suspensão traseira com quatro amortecedores, podendo ultrapassar 160 km/h. O Interlagos não foi fabricado em São Bernardo do Campo, mas em instalações próprias no bairro de Santo Amaro, em São Paulo (SP), sob a direção de Christian Heins. Nomes históricos como Luís Pereira Bueno, José Carlos Pace, Wilson e Emerson Fittipaldi, todos da equipe Willys, levaram inúmeras vezes o nome Interlagos ao pódio. 714 unidades seriam produzidas até 1965, quando o carrinho foi retirado de linha.
O Aero-Willys apareceu com diversas novidades técnicas e estéticas no Salão: frisos laterais retos, simplificação do desenho das lentes da luz de ré e da maçaneta do porta-malas, painel estofado e com nova disposição dos elementos, bancos com desenho e forração novos, chave única para portas, bagageiro e ignição, embreagem e freios reforçados (os últimos com assistência), nova relação do diferencial, novas rodas perfuradas; como opcional, ganhou lavador de para-brisa. Naquele ano o carro perdeu a opção de pintura bicolor e o friso decorativo do capô. No Dauphine, entre diversas outras pequenas melhorias, sistema de fixação da alavanca de mudanças alterado para eliminar o jogo excessivo, novo pedal do acelerador (o anterior, muito incômodo, consistia de apenas um pequeno rolete) e painel pintado de preto.
Um veículo que pouco chamou atenção no Salão, mas teve vida longa, foi a versão militarizada da picape Jeep, oficialmente denominada Camioneta Militar 3/4 ton. Derivada do modelo civil, que foi substancialmente alterado, trazia chassi e para-choques reforçados, rodas mais largas com pneus lameiros, cabine aberta com para-brisa basculante, meias-portas e capota de lona, grade de proteção para os faróis, engate para reboque, bancos dianteiros com estrutura tubular, bancos longitudinais de madeira na traseira e diversos acessórios exigidos pelo uso militar, tais como sistema de iluminação especial, refletores, ganchos nos para-choques, tomada de força elétrica, guincho, pá e machado com ponta de picareta. Inicialmente equipado com motor de seis cilindros de 2,6 ou 3,0 litros e câmbio manual de três marchas não sincronizadas, a partir de 1975 (já sob administração Ford e denominado F-85), recebeu um quatro-cilindros acoplado a caixa de quatro marchas sincronizadas.
Grande quantidade foi adquirida pelo Exército Brasileiro ao longo das décadas de 60 e 70, vindo a ser utilizada como estação de rádio, ambulância, porta-metralhadora, reboque de canhão e disparador de foguetes. Cerca de 150 foram exportados para Portugal, em 1962, e utilizados nas guerras coloniais africanas.
Em julho de 1962 foi lançado o Renault Gordini, versão do Dauphine com dotes esportivos. Sem mudanças externas aparentes, a menos de um friso cromado, de logotipos indicativos nas laterais e das rodas perfuradas, o Gordini era de fato um novo carro, com 40 cv, caixa de quatro marchas (1ª ainda não sincronizada), freios reforçados e melhor acabamento interno, que incluía interior e porta-malas acarpetados, novos bancos, bolsas laterais nas portas e arremates de alumínio na soleira. O aumento de potência foi obtido graças à maior taxa de compressão, aos coletores e válvulas maiores e ao novo carburador; a cilindrada (845 cm3) não foi alterada.

Aero-Willys 2600: lançado no final de 1962, sua carroceria foi desenvolvida no Brasil com consultoria do designer Brook Stevens.
Em outubro, pela primeira vez na sua já longa história, o Salão Internacional do Automóvel de Paris exibiu um carro totalmente concebido no Brasil: foi a avant-première do Aero-Willys 2600. Reestilizado no Brasil sob a coordenação do arquiteto mineiro Roberto Araújo e primeira importante criação do Departamento de Estilo da Willys (sempre porém com a consultoria de Brooks Stevens), teve todo o detalhamento técnico e o conjunto de 420 matrizes aqui realizados. Sob o ponto de vista mecânico, as mudanças praticamente se restringiram ao diferencial menos desmultiplicado e ao motor com dois carburadores e 110 cv.
A carroceria (de quatro portas, onde se destacavam o pequeno “rabo-de-peixe” e a grade em “V”, introduzida com a Rural e que seria a nova identidade visual da marca) aproveitou a estrutura monobloco do modelo antigo, porém reduzindo-a 9 cm na altura; de para-choque a para-choque o 2600 e o modelo anterior ficaram praticamente com o mesmo comprimento, diferindo em milímetros. Surpreendentemente, capô e tampa da mala não foram alterados, o que não impediu que o novo carro aparentasse visual totalmente diferente. Para além da forma, trazia diversas melhorias com relação ao predecessor: painel de instrumentos mais completo, folheado em jacarandá, volante em cálice, limpador elétrico de para-brisa, com duas velocidades e esguicho, acendedor de cigarros localizado no interior do cinzeiro, iluminação no compartimento do motor, no porta-luvas e porta-malas, ventilador para circulação de ar na cabine e grandes lanternas dianteiras, cumprindo o papel de luz baixa e pisca-pisca. O gosto norte-americano permaneceu no banco dianteiro inteiriço, no comando do farol alto pelo pé, no freio de mão sob o painel e na alavanca de mudanças na direção.
Depois de uma seqüência tão intensa de lançamentos, 1963 foi um ano quase sem novidades: o Aero-Willys foi reapresentado na versão táxi, com suspensão reforçada, menos cromados e estofamento plástico; a picape 4×2 ganhou uma versão luxo, com duas cores, nova grade e para-choques cromados; e, no último mês do ano, foi lançada mais uma variante do Dauphine, o 1093, versão já utilizada pela Equipe Willys em competições, ainda com 845 cm3, mas com taxa de compressão elevada para 9,2:1 (vs 8:1 no Gordini), novo comando de válvulas, carburador de duplo estágio e coletores de novo desenho (não fundidos, mas de tubos soldados), permitindo gerar 53 cv de potência. O carro tinha a quarta marcha mais curta, tambores de freios aletados na frente, contagiros e sistema elétrico de 12 V (contra 6 V dos outros veículos da marca). Foi o segundo sedã esportivo brasileiro (o primeiro foi o Simca Rallye). Apresentado apenas nas cores dourada e (em 1965) vermelha, somente 721 seriam fabricados.
Um Departamento de Estilo fértil e criativo
Em 1964 o sistema de 12 V foi levado a todo o restante da linha Willys. A versão luxo, ensaiada no ano anterior na picape, foi estendida à Rural, que ganhou estofamento mais aprimorado, grade e frisos cromados e suspensão mais macia; o modelo standard, que manteve a grade antiga e a pintura monocromática, ficou restrito à versão 4×4. A partir de fevereiro – e por pouco tempo – a picape foi disponibilizada também com motor diesel Perkins de quatro cilindros.
Buscando neutralizar a impressão popular de fragilidade dos modelos Renault que fabricava, em 1964 a Willys se propôs a submeter um de seus carros à conquista do recorde mundial de resistência de 50.000 quilômetros, então nas mãos do Ford Cortina inglês conduzido, entre outros, pelo campeão mundial de Fórmula I Jim Clark. Envolvendo dez pilotos e um Gordini comum, retirado aleatoriamente da linha de montagem, a prova respeitou os regulamentos da FIA e foi por ela supervisionada. Por 22 dias, entre 26 de outubro e 17 de novembro, o carro correu ininterruptamente no autódromo paulistano de Interlagos, parando exclusivamente para abastecimento e troca de pilotos e pneus. Apesar de ter sofrido uma capotagem no quinto dia da prova, o carro atingiu 51.233 km, à velocidade média de 97km/h, concluindo com grande sucesso o teste e conquistando 133 recordes de distância e tempo, 25 deles internacionais.
A maratona coincidiu com o IV Salão do Automóvel (que a partir daquele ano passava a ser bienal), para o qual a Willys levou muitas novidades. Toda a linha recebeu melhorias mecânicas e retoques na carroceria: no Jeep (Universal e 101), picape e Rural 4×4, câmbio de três marchas totalmente sincronizado, lâmpada no painel indicativa de tração 4×4 ligada e alavanca única para tração 4×4 e reduzida; no Jeep, para-brisa basculante; na Rural e picape 4×2, caixa de quatro marchas sincronizadas e nova suspensão dianteira independente com molas helicoidais e triângulos sobrepostos. Na berlineta Interlagos o bocal do tanque de combustível foi retirado da coluna traseira. O Aero-Willys foi objeto de especial atenção: além de nova suspensão e câmbio sincronizado de quatro marchas, ganhou tambores de freio aletados, nova traseira, muito mais elegante, frisos laterais de novo desenho e o maior porta-malas da categoria, com 820 litros; também por fim foi eliminada a aba sobre os faróis, tão criticada pela imprensa especializada.

Lançado em 1961 e quase imbatível nas pistas, o Interlagos é moderno até pelos padrões atuais.
A grande atração do Salão, porém, foi o protótipo Capeta, esportivo projetado por Rigoberto Soler, que poucos anos depois seria o grande dinamizador da FEI. Cupê de dois lugares pintado na cor prata montado sobre um chassi tubular com mecânica Willys 2600 preparada, recebeu cuidadoso acabamento interno, com bancos de couro e completo painel de instrumentos revestido de madeira de lei. A total ausência de disposição do antiquado motor Willys para desempenhos esportivos obrigou ao cancelamento do projeto, que não passou da fase de estudo conceitual. (O belo automóvel foi doado ao Museu de Antiguidades Mecânicas de Roberto Lee e lá ficou abandonado por décadas. Resgatado e restaurado no século corrente, foi transferido para o Museu do Automóvel de Brasília.)
O Capeta foi um dos muitos projetos desenvolvidos pela Willys a partir de 1963, fase de grande atividade para os departamentos de Estilo e Engenharia Experimental, dando origem a interessantes automóveis. Antecessor do Capeta, também com mecânica 2600, o cupê “dois volumes e meio” Boulevard foi desenhado pela Willys e teve a carroceria de aço moldada pela Brasinca; o protótipo foi concluído, mas não chegou a ser oficialmente apresentado; seu destino é desconhecido.
Uma das iniciativas mais ousadas de então foi o projeto de um carro popular, “pequeno, simples, econômico, ao alcance do poder aquisitivo do consumidor médio da época“, segundo palavras do próprio Roberto Araújo, trinta anos depois. Conhecido como projeto E (de econômico), o carrinho teria motor traseiro entre 750 e 850 cm3 e 40 cv, possivelmente derivado da linha Renault, quatro marchas (ou câmbio automático DAF Variomatic), suspensão independente por braços articulados e barras de torção e freios a tambor. Com 3,4 m de comprimento, seria meio metro mais curto do que o pequeno Dauphine. Seis protótipos chegaram a ser construídos e testados, porém a Willys não teve recursos financeiros para desenvolvê-lo industrialmente, tendo que abandoná-lo. Também abandonado foi o projeto de carroceria totalmente nova para o Aero-Willys, cujos estudos de estilo já se encontravam em estágio adiantado. Na verdade, a empresa acabou optando por investir em um terceiro veículo – o Projeto M (de médio) – que logo começaria a ser projetado e que, este sim, teria bom fim. Esta história de ousadia e sucesso será vista mais adiante.
Também na área esportiva foram muitas as incursões da engenharia da Willys, desde os monopostos Gordini Júnior (1962), Willys Gávea (1965), até os vencedores Bino Mk I e Mk II, de 1967 e 68, passando pelo A-110, de 1964, ao ritmo de quase um carro novo por ano. Além de forte instrumento de propaganda, a manutenção de equipe esportiva própria foi de grande importância para a Willys (e depois para a Ford) na fase de desenvolvimento do futuro Corcel, pois foi um poderoso laboratório de teste de motores, operando em “tempo real”, em paralelo com a própria concepção da nova família de carros.
Retornando ao dia-a-dia da Willys, veremos em 1965 o lançamento do Teimoso, um Dauphine espartano concebido para compor o programa de financiamento de carros populares da Caixa Econômica Federal. Externamente muito foi mudado: além dos para-choques pintados e sem barras protetoras, foram eliminados frisos, calotas, retrovisores, o limpador de para-brisa direito e as lanternas de direção e posição (na traseira sua função foi parcialmente assumida pela luz de placa, que passou a ser de plástico vermelho). No interior as alterações foram ainda mais drásticas: foram eliminados todos os revestimentos, tampa do porta luvas, iluminação e todos os medidores, a menos do velocímetro; as portas foram cobertas com eucatex e os bancos extremamente simplificados (apenas a estrutura tubular e uma manta do tipo maca, à guisa de estofamento); ironicamente, porém, ganharam em espaço e conforto. Na mecânica, o carburador foi trocado por um modelo mais simples, sem afogador automático. Apenas duas cores eram oferecidas.
Projeto M: preparando-se para um futuro que acabou não chegando
1966 iniciou com uma premiação: a picape Jeep foi o primeiro Carro do Ano da revista Autoesporte, avaliação anual que o órgão acabava de criar. Um dos predicados mais elogiados no carro foi sua grande versatilidade, expressa pelas versões militares, produzidas havia anos para as Forças Armadas, e pelas oito especiais para uso civil que podiam ser fornecidas pela fábrica (todas com duas portas e preparadas por terceiros): cabine dupla, furgão, ambulância, carro-forte, carro para transporte de presos com ou sem cabine-dupla, carro funerário e transporte de pessoal (picape com teto de lona e bancos longitudinais).
Para 1966 todos os modelos de origem Willys ganharam termostato, alternadores em lugar de dínamos e nova calibragem do carburador, reduzindo o consumo em até 20%. Interlagos, Dauphine e 1093 saíram de linha; o Gordini (agora Gordini II), que substituiu os dois últimos, recebeu alguns melhoramentos: alavanca de mudanças mais precisa, novos bancos, frisos cromados nos arcos das rodas e rodapé, bocal do tanque de combustível externo (ficava no compartimento do motor) e tirantes na suspensão traseira.
A grande novidade foi o Itamaraty, versão luxuosa do Aero-Willys, com lanternas traseiras horizontais, grade de barras delgadas sem a divisão central em “V” e novos frisos laterais; o carro tinha pneus sem câmara e capô do motor isolado térmica e acusticamente. No interior, estofamento em couro, revestimento das portas em veludo com detalhes de jacarandá, piso acarpetado, acendedor de cigarros para os passageiros de trás, rádio, ventilador elétrico, luzes de leitura com foco dirigível, luzes vermelhas de segurança nas portas, apoia-braço central no banco traseiro e tranca de direção acoplada à chave de ignição.

Itamaraty – o Aero-Willys de luxo.
Julho foi um mês cheio de acontecimentos marcantes: a Willys inaugurou sua unidade fabril de Jaboatão (PE), destinada à montagem da linha Jeep para as regiões Norte e Nordeste, com componentes levados de São Paulo; atingiu o 400.000º veículo fabricado, praticamente 1/3 de toda a produção nacional desde 1956; e, no dia 28, comunicou oficialmente o lançamento, em junho de 1968, de uma completa família de automóveis desenvolvida em conjunto com a Renault, o então chamado Projeto M, compreendendo sedã de quatro portas, caminhonetes de duas e quatro portas, cupê de duas portas, conversível e furgão. Esta seria a família Corcel (o nome ainda não fora escolhido), embora com menor número de membros. Primeiro carro brasileiro de concepção moderna, incluiria (segundo o comunicado oficial) “um motor da mais moderna concepção [e] os mais avançados requisitos da técnica, como freios a disco, sistema de refrigeração a água com radiador selado, além de uma veloz e eficiente transmissão de 4 marchas totalmente sincronizada (…), carroçaria monobloco especialmente reforçada (…) com assoalho plano“. Este seria um projeto ousado e de extremo sucesso do qual a Willys não colheria os louros – nem os lucros.
A linha 1967 foi lançada em novembro, no V Salão do Automóvel. Afora muitos detalhes técnicos e estéticos nos vários modelos, houve apenas uma grande novidade: o Itamaraty Executivo, primeira limusine brasileira (e até hoje única produzida por um grande fabricante) e primeiro automóvel nacional equipado com ar condicionado (ainda que apenas no compartimento traseiro). Com 5,52 m de comprimento (71 cm mais longo do que o modelo normal, serviço executado pela Karmann-Ghia), só 27 unidades seriam produzidas. Dispunha de divisória para o motorista com vidro elétrico, console no centro da poltrona traseira com apoia-braço, rádio, gravador, toca-fitas e até barbeador elétrico, dois bancos laterais escamoteáveis e teto de vinil com vigia traseira de menor tamanho; o banco do motorista, embora revestido com couro, não era regulável, imobilizado que ficou pela parede divisória. As duas versões do Itamaraty receberam motor de 3.014 cm3 e 132 cv; em ambas eram novos grade, lanternas, frisos laterais, maçanetas das portas, volante, estofamento e instrumentos do painel.
No Aero-Willys mudaram as lanternas traseiras (dividida em três, com cores e funções diferentes), o para-choque traseiro, painel (com mais instrumentos) e sistema de direção; rádio e tranca de direção passaram a ser itens de série; estofamento de couro foi oferecido como opcional. O Gordini (agora III) ganhou opção de freios a disco na frente, iluminação da placa embutida no para-choque e novas lanternas traseiras; sem maiores explicações, o bocal do tanque voltou para dentro do cofre do motor. Na Rural, a bitola traseira foi alargada e a grade mudou para um modelo de alumínio quadriculado e ondulado, enquanto que a picape recebeu suspensão dianteira independente; ambas tiveram o painel redesenhado e ganharam nova caixa de direção. Até o Jeep teve direito a melhorias: duas lanternas traseiras (até então só dispunha da luz vermelha da placa de licença), novos bancos, capa para o estepe e capota conversível. Para ele foi desenvolvida a versão Praia, 4×2 com teto e portas de lona listrada e pneus largos com banda branca, que não chegou a ser colocado em produção.
O Salão também expôs o Willys Spyder 1300, protótipo de competição preparado por Toni Bianco para o Departamento Esportivo da Willys. Tinha chassi tubular, carroceria de alumínio com duas portas, dois lugares e somente 90 cm de altura. Suas características mecânicas: tração traseira, freios a disco nas quatro rodas, suspensão independente com molas helicoidais e trapézios sobrepostos e motor Renault com dois carburadores, 1.298 cm3 e 107 cv montado entre eixos – não por acaso um engenho quase igual ao que seria utilizado no Corcel. Coincidentemente, alegando ter que concentrar esforços no desenvolvimento do Projeto M, no mês anterior a Willys se desfez de todos os carros da equipe esportiva, só mantendo os protótipos 1300 – Mk I e Spyder – exatamente os únicos que portavam o motor do novo automóvel. Rebatizado Bino Mk II, em homenagem a Christian Heins, o Spyder teria brilhante desempenho nas temporadas seguintes. Ainda no Salão, foi mostrado o monoposto de Fórmula 3 sucessor do Willys Gávea. Construído por seu Departamento de Competições sobre chassi tubular de aço sem costura, foi equipado com motor Gordini de um litro, caixa francesa Renault de quatro marchas, freios a disco nas quatro rodas, suspensão independente semelhante à do Spyder e rodas de magnésio com pneus importados.
Sob administração da Ford
Em outubro de 1967 foi anunciada a compra, pela Ford, da totalidade das ações da Willys de propriedade da Kaiser e da Renault. Embora a empresa contasse com dezenas de milhares de acionistas brasileiros, estes eram minoritários ou não tinham direito a voto. Assim, a Ford assumiu o controle efetivo da Willys, herdando um enorme patrimônio em unidades industriais e produtos: fábricas de motores e transmissões, parques de prensas, fundições e linhas de montagem com unidades em São Bernardo do Campo, São Paulo, Taubaté e Jaboatão, todas elas altamente verticalizadas; um moderníssimo e bem equipado Centro de Pesquisas e Desenvolvimento junto à planta de São Bernardo; rede de 314 revendas (contra 182 da Ford); a mais variada gama de veículos 4×4 do país; e, principalmente, o projeto de um moderno automóvel médio em fase final de desenvolvimento, que seria por muitos anos o carro-chefe da companhia – o Corcel.
O novo estilo de administração logo se fez sentir. Para começar, a Willys perdeu a quase absoluta autonomia e liberdade de decisões com relação à matriz das quais sempre gozara. A empresa sempre apresentou incomum continuidade administrativa, tendo tido apenas dois diretores-gerais em seus quase 15 anos de viva – Hickman Price e William Max Pearce – ambos imbuídos de visão desenvolvimentista e praticando relações trabalhistas “civilizadas”, coerentes com o lema de Henry Kaiser “capitalismo com seguridade“. (Significativo dos novos tempos foi o destino dado à Comissão de Relações do Trabalho – CRT, pioneira instância de negociação entre trabalhadores e empresa, espécie de ouvidoria instituída pela Willys, em 1963, que a Ford apressou-se em extinguir.)
Sob a gestão Ford a linha de produtos Willys praticamente não sofreu alterações para 1968; de notável, apenas a opção do motor de 3 litros e 132 cv para a Rural e picape; a garantia do Aero-Willys e Itamaraty foi ampliada para um ano ou vinte mil quilômetros. O Gordini, embora não tivesse passado por qualquer alteração, além de cores e estofamento, e viesse a ser retirado de linha em março, passou a chamar-se Gordini IV. A Ford manteria a equipe de competições em atuação por mais alguns meses, com o Mk I e Bino Mk II, com ela conquistando vitórias significativas, entre as quais em abril a do Bino, já então equipado com o motor Corcel de série, nos Mil Quilômetros de Brasília. A equipe foi desfeita em outubro, já que, conforme justificou o novo presidente da empresa, “uma das principais tarefas da equipe Willys completou-se com a conclusão dos testes de componentes do Ford Corcel“.

Linha Willys 1965: ao ser comprada pela Ford, a Willys possuía uma diversificada linha de modelos; da imagem estão ausentes o Interlagos e os jipes 101 de duas e quatro portas; no ano seguinte ainda chegaria o Itamaraty.
Em novembro, pela primeira vez a marca Willys esteve ausente do Salão do Automóvel. Uma das maiores vedetes da feira, no entanto, foi obra sua: o Ford Corcel, oficialmente lançado na ocasião. [Para acompanhar a evolução do Corcel, procure em Ford.] A partir do Salão, os modelos Willys remanescentes passaram a ostentar o logotipo Ford. Para 1969, todos receberam pequenos acertos técnicos na suspensão, freios, embreagem e transmissão, resultado da revisão efetuada pelos novos proprietários; o uso de alguns elementos foi padronizado para as duas marcas, tais como tambores e lonas de freio, calços de motor, limpadores de para-brisa e sistema de vedação das janelas. Aero-Willys e utilitários ganharam opção de diferencial autoblocante; no Itamaraty, teto de vinil passou a ser item de série. Aero 2600 e Itamaraty 3000 tiveram a potência aumentada, respectivamente para 130 e 140 cv; Jeep, picape e Rural permaneceram com 90 cv.
Em agosto a assembléia de acionistas da Willys aprovou sua fusão com a Ford. A partir daí seria questão de tempo serem extintos os últimos traços de seus antigos produtos. Em 1970 a Rural ganhou opção de terceiro banco. Para o VII Salão do Automóvel, no final daquele ano, a Ford encomendou à Brasinca a preparação de um furgão sobre o chassi da picape Willys, com capacidade para 820kg. Diversas alterações foram necessárias para adequar o chassi à nova carroceria com posto de direção avançado, dentre elas aumento da bitola, novo eixo dianteiro, reforço da suspensão traseira e reposicionamento da coluna de direção, alavanca de mudanças e pedais. O carro foi dotado de portas corrediças para o condutor e seu ajudante e portas de abertura total na traseira. Não chegou a entrar em produção.
Em março de 1971 a fabricação dos utilitários foi transferida para a planta Ford do Ipiranga, para abrir espaço para o Corcel em São Bernardo do Campo. Em outubro, apesar de ter-se cogitado em sua modernização, e até mesmo ter sido anunciado um Itamaraty Brasília, em 1969, os dois automóveis de passeio Willys chegaram ao fim da carreira; quase 100.000 Aero-Willys e pouco mais de 17.000 Itamaraty foram produzidos ao todo.
A picape, sempre bem vendida (seriam mais de 22.500 unidades em 1975, 13,1% do segmento), recebeu naquele ano nova nomenclatura, seguindo o padrão Ford: F-75. O Jeep ganhou duas variantes, nenhuma delas com sucesso: para explorar o mercado de lazer, foi lançado o CJ-5, apenas com tração 4×2, suspensão dianteira independente, pneus de asfalto, roda de reserva montada na traseira e opção de bancos individuais e console central; e, tomando por base o Jeep modelo 101 de duas portas, foi concebida a picape F-50, com meia capota de lona, banco para três passageiros e tampa traseira escamoteável.
Em 1975, em plena Crise do Petróleo, os utilitários ganharam opção de um motor Ford de quatro cilindros (2.300 cm3, 99 cv), muito mais moderno e econômico, já utilizado no Maverick. Em abril de 1977 foi fabricada a última Rural. Em 1980 a Ford conduziu um projeto de modernização do Jeep, que acabou por não ser implantado. O programa previa, entre outros, a inclusão de mais três instrumentos no painel, coluna de direção e volante do Corcel, pedaleira suspensa, novo banco regulável para o motorista, duplo circuito de freio, para-choques maiores, estribo tubular, pneus mais largos, pneu de reserva montado na traseira, piscas sobre os para-lamas e lanternas traseiras da Belina. Em1982, o motor de quatro cilindros foi oferecido na versão a álcool. Em 1983, por fim, também o Jeep e a picape F-75 deixavam de existir.
Pioneira, a Willys-Overland do Brasil teve vida curta mas deixou fortes marcas na história recente do país, nos âmbitos da indústria e do trabalho. Altamente identificada com a consciência desenvolvimentista do Brasil de meados do século que passou, foi artífice da industrialização acelerada, antecipando metas, nacionalizando o máximo e ousando projetar localmente veículos completos, quando o país ainda engatinhava no setor. Maior empresa automobilística da América Latina na fase heróica da implantação da nossa indústria, a Willys vivenciou – e foi partícipe – do que se convencionou chamar “operação mão-de-obra”: a arregimentação de grandes contingentes de trabalhadores ainda afetos a atividades rurais e sem contato com os fatos básicos da tecnologia, providenciando-lhes instrução básica e formação técnica mínima, de modo a rapidamente integrá-los a operações complexas, por eles nunca vistas.
Havia, ademais, que atentar para a substituição da mão-de-obra imigrante, a única então especializada, que pouco a pouco se aposentava (mais de 30 idiomas diferentes eram falados dentro da Willys, nos primeiros anos). Foram as empresas pioneiras da indústria automobilística – e a Willys com destaque, pelo seu porte na época – as responsáveis diretas pelo milagre da transformação de trabalhadores rurais, do interior de estados agrários do Nordeste e Sudeste, sem instrução formal, sem qualquer experiência fabril anterior, em peões, artífices, mecânicos, torneiros, ferramenteiros, encarregados. Muitas vezes semi-analfabetos, “aprenderam a fazer automóveis“, assumiram identidade como trabalhadores e cidadãos e foram o motor do explosivo desenvolvimento do ABC.
- Jeep Willys anunciado em maio de 1953 pela Gastal, quando ainda montadora da marca no Brasil.
- A pioneira linha de montagem da Gastal, em Nova Iguaçu (RJ).
- Em novembro de 1954, mês da publicação deste anúncio, os Jeeps já eram montados no Brasil pela Willys com 30% de nacionalização.
- Publicidade da mesma série, de dezembro de 1954.
- Primeiros jipes montados no Brasil pela Willys; a imagem foi retirada de anúncio de dezembro de 1954, mostrado a seguir.
- Nesta publicidade a Willys presta contas da montagem de 6.000 Jeeps, "em menos de um ano", trazendo mais de 30% de peças nacionais.
- Uma imagem mais ampla do evento das fotos anteriores (foto: Hans Flieg; fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Em novembro de 1954 a fábrica Willys atigiu a marca de 5.000 Jeeps montados no Brasil (fonte: Automóveis & Acessórios).
- Publicidade de março de 1955.
- O modelo Jeep montado no Brasil em 1955.
- Em 1955, com um Jeep CJ-3B montado no Brasil, três escoteiros percorreram 73.000 km entre São Paulo e o Alasca, cruzando 15 países em um ano e doze dias.
- No final de 1955, no Alasca, o Jeep dos escoteiros brasileiros se aproxima do Círculo Polar Ártico (fonte: Automóveis & Acessórios).
- Propaganda comemorativa do feito dos escoteiros brasileiros publicada pelos patrocinadores da aventura em maio de 1956; note o erro crasso na peça: o Jeep nela mostrado é do então recém-lançado Universal, e não do modelo utilizado na viagem.
- Propaganda de outubro de 1955, uma das peças da campanha de lançamento do Jeep Universal nacional.
- Outra publicidade do final de 1955 para o lançamento do novo Jeep.
- Terceira peça da campanha publicitária de 1955.
- Fotografia oficial do novo Jeep Universal.
- Em sua primeira versão, o novo Jeep trazia as portas integrada ao conjunto da capota (fonte: Automóveis & Acessórios).
- Propaganda institucional Willys de setembro de 1956 comunicando o início da ampliação de suas instalações, segundo o programa de nacionalização recém aprovado pelo GEIA.
- A redução do preço do Jeep em função de sua nacionalização é o tema desta publicidade de novembro de 1956.
- Propaganda institucional de julho de 1957 expondo o compromisso da Willys com a nacionalização do Jeep.
- Publicidade Jeep amplamente divulgada pela Willys entre 1957 e 1958.
- Uma das quatro peças promocionais preparadas em 1957 para o Jeep.
- Terceira peça da campanha de 1957.
- Outra propaganda Jeep de 1957.
- Em 1957 três estudantes cariocas se lançaram à radical aventura de atravessar a África, do extremo Sul até o Egito, cruzar a Europa até a Noruega e contornar a América do Sul, da Venezuela até o Rio de Janeiro, via Chile, Argentina e Uruguai; viajaram num Jeep Willys CJ-5 brasileiro, aqui fotografado no Cabo Norte, Noruega, ponto extremo Norte da Europa (fonte: Automóveis & Acessórios).
- De dezembro de 1957 é esta propaganda de um fabricante brasileiro de filtros de ar, valendo-se da aventura dos estudantes para divulgar seus produtos.
- Esta publicidade de 1957 é um testemunho eloquente do esforço de industrialização do país na segunda metade da década de 50: em verde, os componentes já nacionalizados no Jeep, e em amarelo, azul e vermelho, as metas para 1 de julho de, respectivamente, 1958, 1959 e 1960; todos os prazos seriam fielmente cumpridos.
- Propaganda institucional de fevereiro de 1958 comemorando a inauguração da fábrica de motores da Willys, a primeira para unidades a gasolina do país.
- Propaganda de jornal para a primeira Rural-Willys (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Propaganda da primeira Rural-Willys, exaltando o lançamento como atestado de "maioridade da indústria automobilística nacional".
- Primeira Rural Willys nacional, lançada em 1958.
- Rural Willys em detalhe de publicidade de novembro de 1958.
- A campanha publicitária de 1958-59, para a Rural, procurou evidenciar suas qualidades em Espaço,...
- ... Utilidade...
- ... e Conforto.
- Rural Willys em um anúncio de março de 1959.
- Três peças da campanha publicitária da Rural Willys para 1959: de março,...
- ... abril...
- e junho de 1959.
- Perfeitamente preservada, esta Rural Willys 1958 encontrava-se à venda na rede virtual em 2020 (o padrão imitando madeira não é original) (fonte: José Geraldo Fonseca / carro.mercadolivre).
- O mesmo carro em vista ¾ traseira (fonte: José Geraldo Fonseca / carro.mercadolivre).
- Propaganda Jeep por várias vezes veiculada ao longo de 1958 e 1959.
- Propaganda Jeep de junho de 1958.
- Publicidade de setembro do mesmo ano.
- A campanha publicitária do Jeep para 1959 focou no seu uso no meio rural, mostrando a presença do carro em diversos ambientes agropecuários brasileiros, como neste caso, no cultivo do café.
- Jeep Universal na coleta de leite (propaganda de 1958).
- Jeep Universal na colheita de algodão (propaganda de 1958).
- Jeep no transporte da produção agrícola.
- Jeep no transporte de leite.
- Jeep Universal na cultura cacaueira da Bahia (propaganda de 1959).
- Jeep Universal na ovinocultura gaúcha (propaganda de 1959).
- Jeep na coleta de carnaúba do Ceará.
- Jeep na produção vinícola na Serra Gaúcha.
- Cena brasileira de 50 anos atrás em propaganda Jeep de 1960.
- Jeep Universal na exploração de madeira no Paraná: a publicidade da Willys explorou exaustivamente a capacidade do Jeep para o trabalho no campo; o anúncio é de dezembro de 1959.
- Num país com tantas frentes de expansão, o Jeep e a Rural foram verdadeiros instrumentos de desbravamento; a imagem mostra o predomínio dos modelos na construção de Brasília (fonte: site blogdojovino).
- A Willys também foi pioneira na exportação de veículos completos: na imagem, 25 Jeeps encaixotados são embarcados no porto de Santos, em março de 1959, rumo ao Chile (fonte: O Cruzeiro).
- Proposta de atualização da Rural Willys apresentada pelo desenhista Brooks Stevens (fonte: Collectible Automobiles).
- "Rural-Willys 1960: Especial para o Brasil - inédita em todo o mundo" - dizia a publicidade de onde foi extraída esta imagem (fonte: portal bestcars).
- Publicidade de outubro de 1959, de onde foi obtida a imagem anterior.
- Rural 1960.
- Rural 4x4 e 4x2 1960: nada as diferenciava externamente.
- Propaganda Rural Willys de janeiro de 1960.
- Outra bela peça publicitária da mesma série, veiculada em fevereiro.
- Publicidade de junho de 1960.
- Rural-Willys 1960.
- Publicidade de março de 1959 aunciando o acordo Willys-Renault para a produção do Dauphine no Brasil, com meta de atingir, em meados de 1960, 50.000 unidades/ano com 95% de conteúdo nacional.
- Cerimônia de lançamento do Renault Dauphine, em 12 de novembro de 1959.
- Dauphine e Aero-Willys deixam a fábrica para teste final de rodagem à saída da linha de montagem (foto: O Cruzeiro).
- Propaganda Dauphine de novembro de 1959 - mês de lançamento nacional do modelo.
- Dauphine nacional em uma de suas primeiras peças publicitárias, de março de 1960.
- Renault Dauphine 1960 em propaganda de outubro de 1960; as lanternas de direção, localizadas na última coluna, antes do final do ano seriam substituídas por luzes na dianteira e traseira.
- Nas campanhas publicitárias do Dauphine, a Willys procurava destacar a modernidade do carro, indiretamente confrontando-o com seu maior concorrente, o Volkswagen sedã.
- "Economia e Conforto" é o tema deste anúncio de outubro de 1960.
- Dauphine 1960; note a inteligente legenda inferior: "veloz mas seguro - seguro mas elegante - elegante mas econômico - econômico mas possante - possante mas confortável".
- Outra publicidade de 1960, esta destacando o desempenho do Renault Dauphine.
- As quatro portas do Dauphine são a chamada desta publicidade de abril de 1960.
- 25 de março de 1960: início de produção do Aero-Willys, o primeiro automóvel médio nacional.
- Outra cena do lançamento do Aero-Willys, tomada segundos depois (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- O primeiro Aero-Willys em fotografia oficial do fabricante (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Publicidade de jornal para o Aero-Willys 1960 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Bela publicidade de três páginas para o lançamento do Aero-Willys: esta é a abertura.
- Páginas centrais da propaganda de lançamento do Aero-Willys.
- Aero e Dauphine em fase inicial de acabamento da carroceria na fábrica de São Bernardo do Campo (fonte: Manchete).
- A linha de montagem do primeiro Aero-Willys.
- Outros tempos: esta imagem de 1960 mostra a linha de montagem da Willys atendendo ao mesmo tempo modelos tão diferentes como o Aero e o Dauphine (fonte: portal autoentusiastas).
- Aero-Willys 1960.
- Uma das modernas peças publicitárias de lançamento do Aero-Willys.
- Publicidade Aero-Willys de novembro de 1960.
- Embora menos comum, o primeiro Aero-Willys podia receber pintura monocromática, conferindo-lhe maior elegância e reduzindo visualmente a altura; a propaganda é de dezembro de 1960.
- Aero-Willys 1960.
- No final de 1960, no I Salão do Automóvel, o Aero-Willys foi apresentado na versão taxi.
- Recém lançados, Aero-Willys e Renault Dauphine foram as grandes atrações da Willys no Salão do Automóvel de 1960 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- O stand da Willys no I Salão após a abertura para o público (fonte: Ayrton Camargo e Silva / Dana).
- A Willys trouxe muitas novidades para o I Salão: a picape derivada da Rural, o Jeep 101 de quatro portas, o Aero-Willys na versão táxi e o protótipo Saci, à esquerda nesta foto (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Em destaque, no centro do stand, a Willys expôs a maquete de sua grande fábrica de São Bernardo do Campo (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- O mesmo Dauphine da imagem anterior em tomada de filme documentário sobre o Salão (fonte: Ayrton Camargo e Silva / Dana).
- Um Renault Dauphine no I Salão (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Jeep Universal, Aero-Willys e, em posição de destaque (ao fundo), o protótipo Saci (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- O Jeep modelo 101 de quatro portas foi lançado no Salão de 1960 (a versão duas-portas sairia em setembro do ano seguinte) (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- A já veterana Rural no stand da Willys no I Salão (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Foi notável a afluência de público ao I Salão (fonte: Ayrton Camargo e Silva / Dana).
- A picape foi o grande lançamento da Willys no Salão de 1960 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Picape Jeep no evento de sua apresentação oficial, durante o I Salão (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Técnicos de estilo da Willys diante da maquete da picape (fonte: Walter Manfredi).
- "Pick-up" Jeep: lançada em 1960, no I Salão do Automóvel (fonte: portal bestcars).
- Propaganda de lançamento da picape Jeep, publicada em dezembro de 1960.
- Picape Jeep.
- Picape Jeep (fonte: portal bestcars).
- Picape Jeep com caçamba de aço.
- Picape Jeep com caçamba de aço.
- Publicidade de junho de 1961, de onde foi tomada a imagem anterior.
- Propaganda Willys de setembro de 1961 explorando as difíceis condições de estrada que sua picape era capaz de enfrentar.
- Da mesma série, uma propaganda de novembro do mesmo ano.
- Tendo somente as picapes pesadas Ford e Chevrolet como concorrentes, nesta publicidade de dezembro de 1961 a Wlillys destacava o custo muito menor de seu modelo.
- Picape Jeep 1962: compondo a campanha de lançamento dos modelos 62, esta fotografia foi tomada no interior da fábrica de São Bernardo do Campo, neste caso junto ao setor de pintura.
- A picape Jeep em confronto com suas duas concorrentes nacionais à época do lançamento.
- Picape Jeep na versão com carroceria de madeira.
- Prova de resistência: picape Willys 1967, de Nova Friburgo (RJ), em plena forma em 2013 (foto: Renan Folly / 4x4brasil).
- Protótipo Saci no stand da Willys, em nostálgica imagem da revista 4 Rodas em sua cobertura do I Salão do Automóvel (foto: 4 Rodas).
- Mais um ângulo do protótipo Saci no Salão (fonte: Ayrton Camargo e Silva / Dana).
- Saci no I Salão do Automóvel (fonte: Jason Vogel).
- Protótipo Saci em rara imagem tomada ao ar livre (fonte: Mecânica Popular).
- Rara fotografia do Saci com a capota fechada (fonte: O Globo).
- "Faz parte da vida brasileira" é o lema - verdadeiro - desta propaganda, veiculada entre 1960 e 1961.
- Mais três peças publicitárias da mesma série, publicadas em abril, ...
- ... julho...
- ... e outubro de 1961.
- De janeiro de 1961 é esta propaganda, anunciando cinco novas cores para o Dauphine 1961.
- Em 1961, no chamado Dauphine 2ª Série, as lanternas de direção, antes localizadas na última coluna, foram substituídas por luzes na dianteira e traseira; o anúncio, valorizando as quatro portas do pequeno carro, é do início de 1961.
- Dauphine 1961 em outra publicidade da mesma série.
- Da mesma série de 1961, uma publicidade exaltando a potência do Dauphine.
- Estabilidade é o tema desta propaganda de 1961, ...
- ... e solidez, desta outra.
- Renault Dauphine 1961.
- Renault Dauphine 2a Série (foto: Mecânica Popular).
- Versão militarizada da picape Jeep, preparada pela Willys em 1961; o carro foi exposto no II Salão do Automóvel.
- Picape Willys militar, ou "camioneta ¾ t 4x4", no jargão militar (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Manual de Instruções da picape Willys militarizada (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Picape militar do Exército Brasileiro equipada com lançador de foguetes M108 (fonte: Paulo Roberto Steindoff / ecsbdefesa).
- A picape Jeep na versão Ambulância (fonte: Paulo Roberto Steindoff / jeepguerreiro).
- Ambulância militar F-85 de 1970; desmobilizado, o carro se encontrava à venda em 2020 (fonte: Paulo Roberto Steindoff / carro.mercadolivre).
- Picape militar transportando tropa e tracionando canhão em fotografia retirada de publicidade Willys de outubro de 1963.
- Coluna de picapes Jeep ¾ ton do exército português, em meados da década de 60 em ação de guerra contra o movimento de libertação de Angola (fonte: Paulo Roberto Steindoff / ecsbdefesa).
- Propaganda de abril de 1961 para a "nova linha" Rural.
- Propaganda de julho, focada na utilização da Rural como instrumento de trabalho.
- Da mesma série, publicidade de novembro de 1961.
- Rural 4x4 1962 fotografada junto à linha de montagem de sua fábrica.
- Jeep modelo 101 de quatro portas, lançado no Salão de 1960.
- O modelo 101 com duas portas saiu somente em setembro de 1961.
- Jeep 101 duas-portas (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Jeep 101 de duas portas.
- Jeep 101 de quatro portas.
- Jeep 101 de quatro portas, também fotografado no interior da fábrica para a campanha de lançamento da linha 1962.
- Publicidade de 1962 para o Jeep 101 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Duas peças publicitárias de 1961 para o Aero-Willys, promovendo-o como instrumento de negócios...
- ... e como elemento de status.
- Willys Interlagos, a grande sensação do II Salão (foto: 4 Rodas).
- Interlagos em seu lançamento no Salão de 1961 (foto: Editora Abril).
- Grande interesse despertou o Interlagos no II Salão (foto: O Cruzeiro Internacional).
- No stand da Willys no Salão de 1961 (foto: O Cruzeiro Internacional).
- Berlineta Interlagos 1962.
- Willys Interlagos.
- Berlineta Interlagos 1965, já sem o bocal do tanque na coluna traseira.
- Berlineta Interlagos, linda sob qualquer ângulo.
- Berlineta Interlagos em fotografia da segunda década do século atual (fonte: portal hemmings).
- Uma berlineta 1966 com 70.000 km posta à venda, em 2023, pela agência paulistana de automóveis clássicos The Garage (fonte: Paulo Roberto Steindoff / thegarage).
- O mesmo Interlagos 1966 visto pela traseira (fonte: Paulo Roberto Steindoff / thegarage).
- Correndo pela equipe Willys as berlinetas Interlagos foram quase imbatíveis nas pistas na década de 60 (fonte: site oldraces).
- Interlagos conversível.
- Interlagos conversível (foto: 4 Rodas).
- Interlagos conversível 1964.
- Interlagos conversível.
- Este conversível de 1966 foi tema da seção Clássicos da revista 4 Rodas de agosto de 2022 (foto: Fernando Pires / 4 Rodas).
- Interlagos conversível 1966 (foto: Fernando Pires / 4 Rodas).
- Interlagos cupê.
- Interlagos cupê.
- Interlagos cupê da Willys com matrícula do Rio de Janeiro (RJ) participando do Concours d'Elegance Paleis het Loo 2017, em Apeldoorn, Holanda (foto: portal ritzsite.nl).
- Linha de fabricação dos modelos Interlagos em Santo Amaro.
- Interlagos cupê na linha de montagem, fase de acabamaneto; a imagem foi extraída de um filme publicitário da Willys, realizado por Jean Manzon em 1963 (fonte: Ayrton Camargo e Silva).
- Aero-Willys 1962 em propaganda de lançamento da linha 62 da marca.
- Capa do catálogo preparado para o lançamento do Aero-Willys 1952.
- A partir daqui, cinco belas imagens da campanha publicitária para o Aero-Willys 1962.
- Aero-Willys 1962.
- Aero-Willys 1962.
- Aero-Willys 1962.
- Aero-Willys 1962.
- Aero-Willys 1962.
- A atriz Maria Della Costa contracena com um Aero-Willys 1962 nesta pose, diante de seu teatro em São Paulo (SP) (foto: German Lorca).
- Renault Dauphine 1962.
- Propaganda de lançamento do Renault Gordini, veiculada em julho de 1962.
- Publicidade de outubro de 1962 para o novo Gordini.
- Aero-Willys 2600 – primeiro automóvel nacional de grande série com carroceria totalmente projetada no país.
- Aero-Willys 2600.
- A Willys montou um stand no Salão de Paris de 1962 para expor o novo Aero 2600.
- Outra cena do Aero-Willys 2600 no Salão de Paris (fonte: Mecânica Popular).
- Primeira proposta de Brook Stevens para a renovação do Aero-Willys brasileiro; por razões de custo - e talvez por sua radicalidade, para a época - não foi aceita pela direção da empresa (fonte: Roberto Nasser / autoentusiastas).
- O conceito de Stevens assumia total simetria para a carroceria, sendo intercambiáveis, à frente, atrás e lateralmente, para-lamas, portas, vidros, para-brisas, capô e tampa traseira (fonte: Roberto Nasser / autoentusiastas).
- Solução intermediária, aproveitando grande quantidade de componentes do modelo antigo, proposta por Stevens e aprovada pela Willys (fonte: Roberto Nasser / autoentusiastas).
- Uma das muitas propostas norte-americanas de acabamentos para o novo Aero-Willys (fonte: portal hemmings).
- Equipe de Estilo da Willys analisa a maquete 1:4 do Aero-Willys 2600 (fonte: 4 Rodas).
- Modelo do 2600 em argila na escala 1:1 (fonte: 4 Rodas).
- Uma das muitas propostas de estilo para a grade do novo Aero-Willys (fonte: 4 Rodas).
- Em dezembro de 1961 Brook Stevens chegou a esboçar uma caminhoneta derivada do Aero-Willis (fonte: portal hemmings).
- Propaganda de lançamento do Aero-Willys 2600.
- Com 50 cv, o Renault 1093 só se diferenciava externamente do Gordini pela legenda lateral (fonte: Mecânica Popular).
- Renault 1093, mais de 50 anos depois de lançado, exposto numa mostra de carros antigos; note que o dourado era cor original de fábrica (fonte: Douglas Mendonça / autoentusiastas).
- Uma das propagandas preparadas para o Dauphine 1963 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Três cenas industriais da Willys brasileira, em 1963: o imenso parque de máquinas da seção de usinagem (fonte: Paulo Roberto Steindoff / ruralwillys.tripod).
- Linha de montagem de motores de seis cilindros (fonte: Paulo Roberto Steindoff / ruralwillys.tripod).
- Chassi e carroceria se unem na linha de montagem do Jeep (fonte: Paulo Roberto Steindoff / ruralwillys.tripod).
- Fotografia oficial da Willys para o Aero 1964.
- Publicidade de 1964 para o Aero-Willys.
- Nestas propagandas de 1964, a associação do Aero-Willys com ambientes sofisticados...
- ... e espaços de lazer.
- Rural Willys 4x2 de 1964, com nova grade e acabamento "de luxo".
- Em 1964 a Willys passou a oferecer sua picape com motor diesel Perkins (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Ao anúncio da Willys correspondeu outro, em estilo semelhante, da Perkins (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- A picape Jeep a diesel em nada se diferenciava externamente da versão a gasolina (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Pick-up Jeep 1964 a diesel (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Propaganda de 1964 para a versão 4x2 a gasolina (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Duas propagandas de 1964 para o Jeep 101: na versão de duas portas...
- ... e de quatro portas.
- Renault Gordini em meio à conquista do recorde mundial de resistência de 50.000 km, em 1964, no Autódromo de Interlagos.
- Acidentado no 5º dia, o Gordini recordista da Willys chega ao final da prova de resistência após 22 dias de corrida ininterrupta.
- O Gordini e a equipe Willys, antes do início da prova de resistência; entre os pilotos estavam Bird Clemente, Wilson Fittipaldi Jr, José Carlos Pace, Chico Lameirão, Carol Figueiredo e Luiz Pereira Bueno.
- Nesta publicidade de janeiro de 1965 a Willys explorava a vitoriosa prova de resistência do Dauphine.
- "O Gordini economiza o que custa dinheiro": propaganda de junho de 1965 diretamente dirigida a seu maior (e invencível) concorrente - o Fusca (fonte: João Luiz Knihs).
- Para 1965, a picape Jeep 4x2 ganhou câmbio de quatro marchas sincronizadas - única na categoria, conforme informa esta publicidade.
- Jeep Universal 1965: o para-brisa basculante foi novidade no ano; note, no rodapé, a vasta linha de modelos da Willys.
- Uma realidade brasileira em 1965, ano de publicação deste anúncio: "O Jeep táxi é uma figura comum no Nordeste, no Centro ou no Sul"; a fotografia é do centro de Atibaia (SP).
- Jeep Universal 1965 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Jeep Universal 1965 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Jeep modelo 101 de duas portas, com o para-brisa basculante introduzido em 1965.
- Jeep 101 quatro-portas 1965 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / bestcars).
- Jeep Universal e 101 de quatro portas 1966.
- Publicidade anunciando as novidades da Rural 1965 em estofamento, grade e suspensão (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Outra propaganda Rural de 1965, esta específica para sua nova suspensão dianteira independente (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Publicidade para o Aero-Willys 2600 de 1965 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Outra propaganda para o Aero-Willys 1965.
- Aero-Willys 1966, com a traseira reestilizada um ano antes.
- Aero-Willys 1966 em postal publicitário do fabricante.
- Rural 1966, em outro cartão postal da Willys.
- O esportivo conceitual Capeta no Departamento de Estilo da Willys, ainda como maquete na escala 1:4 (fonte: Manchete).
- Willys Capeta em argila, na escala 1:1 (fonte: Fatos & Fotos).
- Capeta em exibição no IV Salão do Automóvel.
- O stand da Willys no IV Salão, dando o devido destaque para o protótipo Capeta (fonte: Carloa Meccia / autoentusiastas).
- Protótipo Willys Capeta (fonte: Edson Stanquini / autoentusiastas).
- Willys Capeta (fonte: portal bigornia1).
- Willys Capeta.
- Willys Capeta em desenho de Rigoberto Soler (fonte: Carlos Meccia / autoentusistas).
- Maquete de proposta inicial para o esportivo Capeta (fonte: portal bigornia1).
- Willys Capeta: modelo em argila na escala 1:1 (fonte: portal bigornia1).
- Antecessor do Capeta, o Boulevard teve o protótipo foi construído pela Brasinca.
- Projeto E: em ilustração da revista AutoData, a imagem do que poderia ter sido o primeiro carro popular brasileiro (fonte: AutoData).
- Estudo dimensional do Projeto E (fonte: Classic Show).
- Modelo em argila na escala 1:4 do pequeno Projeto E (fonte: Classic Show).
- O modelo 1:4 em vista ¾ dianteira (fonte: Classic Show).
- Um dos seis protótipos do Projeto E sendo testado pela Willys (foto: 4 Rodas).
- Protótipo do Projeto E sendo avaliado por executivos da Willys.
- Fórmula Júnior com motor Gordini pilotado por Christian Heins, único carro com motor nacional a finalizar os 500 Quilômetros de Interlagos de 1962: foi primeiro na categoria e quinto na geral (foto: 4 Rodas).
- Bino Mk I (Renault 1,3 l e 107 cv) pilotado pela dupla Luiz Pereira Bueno e Luiz Fernando Terra-Smith recebendo a bandeirada como vencedor das Mil Milhas Brasileiras de 1967 (fonte: site obvio).
- Bino Mk I número 21, ainda hoje preservado (fonte: Paulo André Hegedus).
- Willys Gávea, primeiro F3 brasileiro, com Luiz Pereira Bueno ao volante (fonte: site f3history.co.uk).
- O monoposto Gávea, com Wilson Fittipaldi na direção, foi motivo de capa da edição de setembro de 1965 da revista Autoesporte.
- Vitórias esportivas de carros da Willys são o tema desta propaganda de janeiro de 1966.
- O espartano Renault Teimoso, de 1965 (foto: 4 Rodas).
- O Teimoso nem sequer tinha luzes de posição, substituídas pela luz de placa em plástico vermelho (fonte: Douglas Mendonça / autoentusiastas).
- Rural Willys 1966.
- Rural 4x4 1966.
- Três propagandas de 1966 para a Rural: como instrumento de trabalho para acesso a locais difíceis, ... (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- ... que também é veículo urbano, ... (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- ... e novamente como "carro de passeio" que também trabalha pesado.
- Cabine-dupla, uma das muitas versões especiais da picape Jeep executadas por terceiros.
- Picape Willys transformada em ambulância.
- Picape Willys como carro de presos com cabine-dupla.
- Uma Rural a serviço da Guarda Municipal paulistana em 1967 (fonte: portal saopauloantiga).
- O luxuoso Itamaraty, lançado em 1966.
- Willys Itamaraty 1966.
- Publicidade para o Itamaraty 1966 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Outra propaganda de 1966 para o Itamaraty (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Gordini II, de 1966.
- Gordini II em fotografia oficial do fabricante (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Até o final a Willys se sentiu pressionada a reafirmar a qualidade e resistência do Gordini; a propaganda, do Gordini II, é de junho de 1966.
- Propaganda anunciando as novidades do Gordini II 1966 e associando sua resistência à do Jeep (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Renault Gordini II 1966 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Jeep Universal versão Praia, mostrado no Salão do Automóvel de 1966 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Jeep Praia 1966 (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Berlineta Interlagos 1966, logo antes de ter a produção descontinuada.
- Para tomar o lugar da berlineta, o Departamento de Estilo da Willys concebeu este feio protótipo, baseado na versão renovada do Alpine A 108 (fonte: site en.autowp.ru).
- Protótipo do Interlagos II (fonte: site favcars).
- Gordini III 1967; note as novas lanternas traseiras.
- O Gordini III chegou com opção de freios a disco, como lembra esta propaganda de 1967.
- O Itamaraty chegou a 1967 com nova grade, motor de três litros e a versão Executivo.
- Itamaraty 1967 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Willys Itamaraty 1967 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Itamaraty Executivo 1967 a serviço da Presidência da República.
- Itamaraty Executivo (fonte: portal noticiasautomotivas).
- Supostamente pertencente ao Tribunal de Justiça do Paraná, este Itamaraty Executivo encontrava-se à venda em 2018 (fonte: Paulo Roberto Steindoff / flatout).
- Uma das raras peças publicitárias preparadas pela Willys para o Itamaraty Executivo.
- Foto da família Willys 1967, com destaque para o Itamaraty Executivo, a primeira limusine brasileira.
- As novas lanternas traseiras do Aero-Willys 67.
- Itamaraty 1968.
- Linha 1967 de utilitários Willys: note as novas lanternas traseiras e a capota conversível do Jeep e a nova grade da Rural.
- Rural Willys 1967.
- Rural 4x2 e 4x4 em publicidade de 1967.
- Capa do Manual do Proprietário da Ford Rural 1969 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Jeep Universal 1967 com capota conversível.
- Novos tempos: com a capota conversível a Willys mirava no mercado jovem e urbano.
- Por muitos anos o Jeep e a picape mititarizada foram fornecidos para as Forças Armadas brasileiras; a imagem reproduz a capa do Manual de Instruções do Jeep militar da segunda metade dos anos 60 (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Willys Spyder 1300 – ou Bino Mk II – exposto no V Salão, em novembro de 1966.
- Vista traseira do protótipo Spyder 1300 (foto: Jornal do Brasil).
- Willys Bino Mk II (fonte: Autoesporte).
- A versão final do Bino Mark II na pista (fonte: portal mavericknahistoria).
- Da mesma forma como aconteceria com a absorção da Simca e Vemag pela Chrysler e Volkswagen, o destino da Willys também precisou ser esclarecido na imprensa (e depois descumprido) pela Ford; a publicação é de novembro de 1967.
- Do mesmo mês é esta publicidade institucional, também tratando da aquisição da Willys.
- Provavelmente preparada antes da venda para a Ford, esta propaganda da picape Willys, de janeiro de 1968, ironicamente se dirige às concorrentes de maior porte Chevrolet e... Ford (fonte: João Luiz Knihs).
- Interessante publicidade de junho de 1968 - um verdadeiro manual de direção para condução fora de estrada.
- "Mais três novos carros Ford": propaganda da linha de utilitários Willys, de março de 1969 (fonte: João Luiz Knihs).
- De abril de 1969 é esta outra propaganda Ford para a linha Jeep.
- Propaganda Ford para a Rural 1969.
- Publicidade para a Rural Ford 1970 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Propaganda de 1970 para a Rural com três fileiras de bancos (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Rural Ford (fonte: Paulo Roberto Steindoff).
- A linha de montagem dos utilitários Willys, já sob administração da Ford (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Aero-Willys e Itamaraty em anúncio de jornal publicado pela Ford em março de 1969 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Ford Aero 1970.
- inteligente publicidade da Ford confrontando sua Rural com a Chevrolet Veraneio, de sua arqui-rival GM (fonte: Walter Manfredi).
- Já na fase Ford, um protótipo do Corcel no Departamento de Estilo da Willys (fonte: Alexander Gromow / autoentusiastas).
- As vitórias do Bino em propaganda institucional da Ford-Willys.
- Logo depois de assumir a Willys, a Ford procurou modernizar Aero e Itamaraty "ao gosto norte-americano"; felizmente estas propostas barrocas, apresentadas no início de 1969, não foram aprovadas.
- Propostas para o Aero e Itamaraty 1970 preparadas pelo Departamento de Estilo da Ford (foto: Autoesporte).
- De conceito radicalmente diverso, este elegante sedã projetado pela Willys em meados da década de 60 poderia ter sido a terceira geração do Aero-Willys.
- Apresentado pela última vez no Salão do Automóvel de 1970, quatro meses depois o Ford Itamaraty saiu de linha (foto: Rogério de Simone).
- Folder de propaganda do Ford Aero e Ford Itamaraty 1971.
- "O carro dos ricos discretos": note o título desta propaganda Ford para o Itamaraty 1971 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Outra publicidade para o Ford Itamaraty 1971 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Este seria o Ford Itamaraty 1972, que não chegou a ser lançado.
- Proposta de furgão sobre chassi F-75 apresentada pela Ford no VII Salão, em 1970.
- Ford Jeep (fonte: Paulo Roberto Steindoff).
- Picape F-50, criada pela Ford a partir do Jeep modelo 101 de duas portas.
- Linha Jeep em propaganda Ford de 1971: "O carro mais barato do Brasil"; note, no canto inferior esquerdo, a quase desconhecida picape F-50 (fonte: Paulo Roberto Steindoff).
- Já sob gestão da Ford, Jeep é testado pelo Exército no Campo de Provas da Marambaia, no Rio de Janeiro (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Jeep CJ-5 em versão militar participa de treinamento do Exército Brasileiro nos anos 70 (fonte: Motor Extra).
- Ford F-75 1973 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Picape Ford F-75 1974: esteticamente, a única mudança que sofreu sob a nova administração foi a inscrição FORD na tampa traseira.
- Picape F-75 em publicidade de novembro de 1974.
- Fotografada em 2017, esta F-75 1976 pertence ao colecionador Veriano Pereira Jr., de Curitiba (PR) (foto: Classic Show).
- Ford Rural 1973 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Em razão da Crise Mundial do Petróleo, em 1975 a Rural ganhou um motor de quatro cilindros Ford (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Ford F-75 1979.
- Folheto de propaganda de 1980 para o derradeiro modelo Willys fabricado pela Ford (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Protótipo do Jeep Universal trazendo todos os itens propostos pelo programa de modernização (não adotado) de 1980 (fonte: Carlos Meccia / autoentusiastas).
- Última geração Jeep em folheto da mesma série (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Jeep 1985, um dos últimos produzidos no Brasil, com rara capota de aço, anunciado na rede em 2019 (fonte: José Geraldo Fonseca / carro.mercadolivre).