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WALK | galeria

Empresa paulistana do setor de plásticos, criada em 1976 e desde 1982 atuando no segmento de carrocerias especiais e transformação de veículos. Sempre prolífica em variedade e quantidade de produtos, a empresa inicialmente se dedicou à fabricação de capotas de plástico reforçado com fibra de vidro para picapes leves e médias (inclusive Toyota), tampões marítimos e elementos de personalização (grades, para-choques e spoilers) para automóveis Ford Corcel, Del Rey e Escort. Seu primeiro efetivo trabalho de transformação é de 1984, sobre o Ford Pampa: além de equipá-la com capota rígida removível, proteção tubular no para-choque dianteiro e pneu de reserva na parte externa da caçamba, a picape ganhou algo do estilo targa ao receber teto-solar e ter eliminada a parte posterior da cabine.

Em 1985 a Walk deu início à construção de cabines-duplas e caminhonetes blazer de duas portas, que seria sua principal atividade nos anos seguintes. O alongamento das cabines era realizado com chapas de aço estampadas e soldadas e o acabamento interno, como de praxe, personalizado e usualmente luxuoso, com revestimentos especiais e diversos itens de lazer e conforto, inclusive sofá-cama, televisão e ar condicionado. A empresa disponibilizou, de imediato, versões com janelas normais ou panorâmicas (estas em vários tamanhos) para toda a linha Chevrolet (D-10 e Chevy) e Ford (F-1000 e Pampa), além da Volkswagen Saveiro. A Walk atendia a qualquer tipo de demanda, com isto sendo permanentemente diversificada sua gama de produtos, que ainda em 1985 agregou modelos com três e quatro portas, alongados ou não, cabines-duplas para caminhões Ford F-4000 e uma versão Pampa com teto alto, interior luminoso e rampa traseira especialmente concebida para o transporte de cadeirantes.

Em 1988 a Walk lançou mais uma “bossa”, à qual chamou cabine-dupla três-volumes, sobre chassi normal ou alongado, com para-brisa traseiro curvo e inclinado e caçamba fechada com tampa e aerofólio, tal como os porta-malas de automóveis. O conceito seria pouco depois ampliado, materializando-se em uma espécie de cupê gigante apresentado em 1990, com traseira estilo hatchback e dois grandes apliques triangulares em plástico preto, nas laterais, imitando as falsas saídas de ar do recém-lançado Chevrolet Kadett. Apesar da originalidade de ambos, não se podia esperar maiores dotes estéticos dos dois carros, dada a avantajada base mecânica sobre a qual foram construídos.

Assim como toda a indústria brasileira de veículos especiais, a Walk sofreu fortemente com a política econômica liberalizante dos poucos anos do governo Collor. Diferentemente da maioria, porém, a empresa conseguiu sobreviver ao conturbado período ingressando no mercado de embarcações. Na área automotiva, retornou às origens, limitando-se a produzir capotas rígidas, tampões e protetores de caçamba, agora também para os diversos modelos de picapes importadas. Novidades só voltariam a surgir em 1996, ainda assim uma prosaica cobertura de plástico reforçado equipada com porta traseira, transformando picapes Saveiro em furgão. Nos anos seguintes também foi preparado um modelo para a picape Corsa.

No início do novo século a empresa buscou ocupar a capacidade ociosa atendendo a pedidos de adaptação de veículos para serviços públicos (como instalação de mobiliário e suportes para escadas) e transformando furgões em ambulâncias e oficinas.

A fabricação de utilitários deu novo fôlego à Walk e estimulou-a a explorar novas áreas. Assim, em 2004, lançou simultaneamente um buggy e um microônibus. O primeiro, chamado Walk Sport, tinha desenho muito moderno e criativo, embora claramente decalcado em terceiros: a frente (faróis, grade e desenho do capô), “inspirada” no italiano Alfa Romeo Brera; o estilo geral, inclusive a inteligente solução do para-brisa herdado da traseira do Ford Ka, copiado do buggy paranaense Way. Com quatro lugares, santantônio e arco do para-brisa moldados em fibra e opção de capota rígida ou de lona, ainda utilizava motor refrigerado a ar e suspensão original Volkswagen.

Quanto ao ônibus, produto ao qual a empresa passou a dedicar prioridade, recebeu o nome comercial Walkbus. A empresa começou pelos modelos menores, chegando ao final da década aos midi e aos ônibus de 12,0 m. Como de regra, as carrocerias podem ser construídas sobre qualquer chassi Agrale, Mercedes-Benz e Volkswagen do mercado, com uma, duas ou três portas, janelas fixas ou deslizantes, para-brisa inteiriço ou bi-partido e em qualquer configuração interior desejada. Possuem estrutura metálica galvanizada, frente, dianteira, teto e para-choques de plástico reforçado com fibra de vidro e revestimento externo de alumínio, segundo a empresa com espessura 1,0 mm maior “do que qualquer fabricante do Brasil“.

Seu mais recente modelo (denominado rodoviário, embora seja um midi, com comprimento entre 8,3 e 9,6 m) foi o WB 10, com uma porta de folha única e ar condicionado, próprio para operadores turísticos e serviços de fretamento.

<walkbus.com.br>





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