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VESPA | galeria

Motoneta italiana criada em 1946 pela empresa Piaggio, ícone mundial de duas rodas das décadas de 50 e 60 e com mais de dez milhões de exemplares até agora fabricados. A Piaggio é hoje também proprietária das marcas Aprilia, Gilera e Moto Guzzi.

Por diversas vezes as motonetas Vespa foram fabricadas no Brasil, a primeira delas em pleno período de implantação de nossa indústria automobilística. Foi em 1958, quando a empresa brasileira Panauto S.A. construiu uma planta industrial em Santa Cruz, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ); naquele ano foram fabricadas 449 unidades. O sucesso foi tanto que em 1962 a produção já alcançara 70 veículos por dia.

Em janeiro de 1961 a Panauto colocou no mercado o triciclo Vespacar (correspondente à Ape italiana, lançada em 1948), dedicado ao transporte de mercadorias. Com capacidade para duas pessoas e 360 kg de carga, tinha cabine metálica fechada, com duas portas, motor de dois tempos refrigerado a ar de um cilindro e 150 cm3 e caixa de quatro marchas com comando no guidão. A Vespacar podia ser fornecida com carroceria (sempre metálica) tipo picape ou furgão. A produção logo chegou a 60 unidades por mês.

Apesar do extremo sucesso inicial, o modismo das motonetas refluiu: em dezembro de 1963 a Panauto pediu concordata e no início do ano seguinte cessou a fabricação da motoneta.

A cada nova década, porém, nova iniciativa de construção da Vespa surgiria no país; o triciclo, no entanto, nunca mais seria aqui fabricado. A partir de 1973 a motoneta foi montada em Manaus (AM) pela Biagio Forte. Em 1985 a Vespa voltou a Manaus, desta vez com motor de 200 cm3 e 85% de nacionalização, numa associação entre a Piaggio italiana e a Caloi, tradicional fabricante brasileiro de bicicletas, sociedade da qual também participaria minoritariamente a B. Forte; a empresa operou até o final da década.

Em 1997, por meio da Pontedera Indústria e Comércio de Veículos Ltda., a Piaggio se habilitou ao Regime Automotivo especial para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; seus planos de fabricar 70 mil scooters e triciclos comerciais por ano na Bahia, no entanto, não saíram do papel. Em 2007, por fim, o presidente mundial da empresa comunicou às autoridades federais seu interesse em instalar fábrica própria no Brasil para a construção de motonetas híbridas (motor elétrico-etanol) e picapes leves para 800 kg de carga. Apesar do caráter oficial do anúncio, nada mais aconteceu. A última notícia sobre o assunto, de 2010, dava conta da constituição da hoje extinta Kasisnki como representante oficial da marca no Brasil.





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