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TRIWAY | galeria

Triciclo construído a partir de motocicleta Honda CG 125 e apresentado como protótipo, em 1984, no XIII Salão do Automóvel. Para produzi-lo, Jacky Michel Navarro, seu projetista, em 1985 constituiu a Triway Indústria e Comércio de Veículos e Acessórios Ltda.. Instalada em Piracicaba (SP), a empresa teria o nome sucessivamente trocado para Ekypo (em 1988), Motoway (nome da concessionária Honda de sua propriedade, em 1989) e JMN (1990).

Do veículo original eram aproveitados apenas motor, guidão e chassi, a este sendo fixado, por meio de parafusos, o quadro complementar com o eixo traseiro. Os garfos dianteiros eram distanciados para acomodar rodas de alumínio com pneus substancialmente mais largos. Diversos outros componentes eram substituídos (suporte da suspensão traseira, escapamento, eixos e assento) e a parte traseira do veículo era complementada por uma carenagem de plástico reforçado com fibra de vidro e um bagageiro metálico.

Cerca de 150 triciclos foram vendidos no primeiro ano, a maior parte para lazer. Em 1986 foram apresentadas duas novas versões: TR 125, kit reversível para motos usadas, e TRY 250, para Honda XL e XLX 250. Até o final de 1987, graças às suas campanhas de incentivo à aplicação de triciclos em atividades agro-pecuárias (inclusive tracionando carretas de fabricação própria), a produção total já ultrapassava 600 unidades. No final da década a Triway lançou seu quadriciclo, sempre com mecânica Honda 125 ou 250 e capacidade para rebocar até 250 kg de carga. O governo Collor e a liberalização das importações logo chegariam, levando a empresa a suspender a produção.

Anos mais tarde, em 1999, a marca Triway ressurgiu em Campinas (SP), então estampada em triciclos estradeiros com motores Volkswagen refrigerados a ar. Produzidos sob encomenda pela recém-criada empresa Triway Motors, foram os primeiros do país a serem homologados pelo Inmetro. Seus primeiros modelos tinham 2,60 m de comprimento, motor 1600 de 48 cv (usado e recondicionado), caixa de quatro marchas, garfo articulado com mola e contra-mola na dianteira, suspensão traseira independente com barras longitudinais e molas helicoidais e freios hidráulicos a tambor (apenas nas rodas de trás).

Para garantir a dirigibilidade exigida pelo Inmetro (mínimo de 25% do peso na frente) foram adicionados contrapesos, inclusive 26 kg na roda dianteira. Embreagem e freio eram comandados pelos pés; a alavanca de mudanças ficava posicionada no centro, entre as pernas do piloto, e o acelerador na manopla direita do guidão. A produção da Triway sempre foi personalizada, seus diversos veículos sendo muito diferentes entre si. Se os primeiros possuíam a traseira protegida por carenagem de plástico reforçado, outros foram fabricados com os órgãos mecânicos expostos. Os mais recentes utilizavam mecânica VW AP de até dois litros e freios a disco nas três rodas.





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