SANTILLI
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Alfredo Santilli e seu sobrinho Waldemar foram pilotos paulistanos, personagens do período heróico do automobilismo brasileiro. Nascido em 1921, filho e irmão de mecânicos, aos 19 anos Alfredo abriu sua própria oficina que, especializada em câmbios, ainda hoje se encontra em operação. Em 1956 passou a correr regularmente com carreteras, monopostos importados e, em grande parte das vezes, com carros de construção própria – sua, de seu tio Antônio e do sobrinho Waldemar (nascido em 1926, filho de Antônio).
Independentemente da mecânica utilizada, os carros recebiam o nome genérico Eclipse Especial. Monopostos equipados com motores importados de procedências diversas (Willys de 2,2 l, Ford de 3,8 l, Oldsmobile de 4,0 l, Corvette de 4,5 l e Cadillac de 5,2 e 5,3 l), com eles disputaram mais de uma dúzia de provas entre 1956 e 1960 na categoria Mecânica Nacional, obtendo desempenho regular (um 4º lugar, três quintos e um sexto). Entre 1991 e 93, quando já passava dos 70 anos de idade, Alfredo construiu para uso pessoal uma réplica do BMW M1, com chassi tubular, suspensão independente e motor Corvette V8, com o qual teria alcançado 260 km/h.
Waldemar faleceu precocemente, aos 58 anos de idade; com disposição, Alfredo chegou aos 81.
- Três monopostos Eclipse Especial: número 19, com motor Oldsmobile e Alfredo Santilli ao volante, na corrida de estreia, em setembro de 1956; número 96, com motor Willys, em Interlagos, agosto de 1957 - também com Santilli na direção, (7º lugar na classificação geral e 2º na categoria); e número 26, com motor Cadillac, em 1958, nos II 500 Quilômetros de Interlagos (fonte: site bandeiraquadriculada).
- À frente, na mesma corrida de setembro de 1956, o Eclipse Especial Oldsmobile (fonte: site blogdojovino).
- Eclipse/Willys (fonte: site forum-simca).
- Aldredo Santilli (à direita) no Eclipse Especial Cadillac, disputando o GP Juscelino Kubitschek em 1960, em Brasília; em primeiro plano, Camillo Christófaro num Alfa Romeo Corvette (fonte: site mestrejoca).