ROIS-KART |
Primeiro kart fabricado em série no Brasil, no início de 1959, apenas meia década depois da “invenção” do pequeno carro nos EUA. Obra do pioneiro piloto Cláudio Daniel Rodrigues, o veículo tinha estrutura tubular, motor e tração traseira por coroa e corrente, rodas de Lambretta com freio em apenas uma delas, volante tipo guidão invertido e arranque por meio de cordão, como nos antigos motores de popa. Os primeiros karts foram equipados com motor de 90 cm3 e 4 cv, no ano seguinte substituído por unidades com 125 cm3 e 8 cv (sempre de dois tempos, um cilindro e refrigerado a ar) com embreagem automática Centromatic.
Com base no desempenho em competições dos cinco karts de sua escuderia, Cláudio foi ajustando o projeto, introduzindo reforços laterais em chapa perfurada e reduzindo o peso do chassi, experimentando rodas de alumínio desmontáveis (vindas de carrinhos industriais) e rodas duplas na traseira e, finalmente, adotando pneus especiais de menor diâmetro e tala mais larga. Para construir os carros fundou em São Paulo (SP) uma empresa que levou seu próprio nome: Cláudio Daniel Rodrigues Indústria e Comércio Ltda..
Em 1966, Cláudio desistiu de manter a fábrica e repassou o negócio para o também piloto Maneco Combacau, seu sócio, e os irmãos Fittipaldi. Wilson então projetou um novo chassi, que se revelaria revolucionário, menor e com posição de pilotagem mais deitada, batizado Mini, e que seria o grande campeão dos kartódromos brasileiros nas décadas seguintes. Já em 1967, porém, desejosos de se dedicarem com exclusividade à fabricação de carros para a nascente Fórmula-Vê, os Fittipaldi vendem a Rois-Kart para a Riomar, então sua principal fornecedora de motores, em substituição às unidades estacionárias para bombas d’água utilizadas nos primeiros anos. Produzidos em série com enorme sucesso pela Riomar, os Mini viriam a torná-la o maior fabricante de karts das Américas e um dos maiores do planeta.