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RICARDO ACHCAR | galeria

Piloto e construtor carioca, Ricardo Achcar participou de sua primeira corrida em 1959, aos 22 anos. Fez carreira no Brasil e no exterior, tendo sido campeão brasileiro de Fórmula Vê e o primeiro brasileiro a vencer uma competição na Europa (Fórmula Ford, na Inglaterra), ambos em 1968. Antes disso, porém, entre 1965 e 67, já fora responsável pela construção de dois carros originais, ambos preparados pelos irmãos Ferreirinha (brilhantes mecânicos portugueses que mais tarde criariam a Heve). Primeiro foi a berlineta hoje conhecida como Simca-Achcar – um Willys Interlagos com traseira modificada, motor Simca V8 montado em posição central e caixa importada, muito potente, porém com graves problemas de arrefecimento. O segundo foi um biposto construído a partir de um chassi Aranae de Fórmula Vê alargado, com motor Volkswagen 1600, apelidado “Patinho Feio” (como pelo menos mais dois outros carros de competição, aliás), com o qual conquistou bons resultados em corridas cariocas.

Em 1973, após retornar ao Brasil, Achcar funda a Polar Racing Enterprises, fábrica de protótipos e monopostos que se mostrariam imbatíveis nos anos seguintes. Com o encerramento da Polar, no final da década de 70, Ricardo afastou-se da construção de veículos retornando à atividade, quando requisitado, como consultor (foi sob esta condição que colaborou no desenvolvimento do esportivo Lobini II, já na primeira década do novo século).

Atualmente, por meio da Achcar do Brasil Ltda., firma de engenharia e design que criou com Paulo Mora em Bragança Paulista (SP), o ex-piloto se dedica ao desenvolvimento e construção do Achcar SS (de Super Sport), fiel réplica do Alfa Romeo 6C 2500 SS, belíssimo spider com carroceria desenhada em 1939 pelo belga Umberto de Mola. O carro, a ser fabricado artesanalmente e por encomenda, será equipado com motor Chevrolet V6 de 4,3 l e 180 cv. A réplica visa o mercado externo, para onde deverá ser direcionada a maior parte das 12 unidades anuais previstas.

Classe de projeto totalmente diversa nasceu mais recentemente das pranchetas da empresa de Ricardo: o utilitário 4×4 Joker, veículo conceitual para trabalho pesado e aplicações militares, na agricultura e lazer, desenvolvido a partir de  2013. Inspirado na agilidade e praticidade do antigo jipe DKW Candango, foi concebido um veículo com 3,75 m de comprimento e diversas características inovadoras: chassi desenhado para receber motor dianteiro ou traseiro; motor bicombustível a GNV e gasolina, álcool ou diesel, com cilindros de gás instalados sob o veículo de modo a reduzir ao mínimo o centro de gravidade; cinco opções de entre-eixos; diversas alternativas de arranjo interno; versão cavalo-mecânico para o transporte de pequenos containers e caçambas.

Totalmente inédito é o chamado sistema Mudwheel, com patente requerida, para aplicação no eixo traseiro, de forma a potencializar a capacidade de tração em terrenos desconexos e instáveis. Se trata de um rodado duplo, com pneus de diâmetro e largura diferentes – o externo com 17″, o interno com 12″, mais largo e com baixa pressão. Assim, caso as rodas externas afundem 10 cm no terreno e o jipe perca aderência, as rodas internas, mais largas, conseguem tracioná-lo e retirá-lo do atoleiro ou da areia.

<achcar.com.br>





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