PEUGEOT |
A francesa Peugeot foi fundada em meados do século XIX, operando nas quatro décadas seguintes nos ramos de fundição e laminação de aço. Em 1881 produziu sua primeira motocicleta e em 1889 o primeiro automóvel, sendo uma das mais antigas empresas do mundo no setor. Foi da marca Peugeot o primeiro automóvel a desembarcar no Brasil, em 1892, pelas mãos de Alberto Santos-Dumont, então com 19 anos. Apesar de sua importância a empresa esteve ausente do movimento inaugural de nossa indústria automobilística, que na década de 50 promoveu a chegada dos primeiros grandes fabricantes internacionais no nosso país. Naqueles anos, a Peugeot optou pela Argentina.
Algumas tentativas frágeis foram experimentadas, até que a empresa efetivamente aqui se instalasse no limiar do século XXI. A primeira delas ocorreu ainda em 1962, quando a filial argentina propôs a fabricação de automóveis na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com apenas 15% de nacionalização, projeto de imediato descartado pelo Geia. No ano seguinte a própria matriz francesa apresentou oficialmente seus planos, por sua vez inviabilizados pelas conturbações políticas do período e pelo golpe militar de abril de 1964.
A segunda fase de expansão do setor, que nos trouxe a Fiat e a Volvo nos anos 70, fez renascer o interesse da empresa francesa, especialmente atraída pela ampla oferta de incentivos promovida por diversos estados da Federação na busca de trazer “pelo menos um” fabricante para seu território. No caso da Peugeot, falou-se em produzir carros, utilitários e motores diesel para automóveis no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e mesmo em Pernambuco. No entanto, apesar das freqüentes visitas de executivos ao país, o único investimento efetivado foi uma fábrica de bicicletas em Montes Claros (MG) e uma de ciclomotores na Zona Franca de Manaus (AM), projetos dos quais a Peugeot se afastaria em 1979. Em 1988, o grupo nacional Monteiro Aranha, que três décadas antes participara da implantação da Volkswagen do Brasil, se propôs a importar automóveis Peugeot argentinos para “numa segunda fase” também fabricá-los no país; deixada de lado, a iniciativa seria parcialmente retomada anos depois.
A Peugeot finalmente chegaria ao Brasil na década seguinte, na terceira vaga de instalação de novas fábricas, motivada pela abertura do mercado às importações promovida pelo governo Collor. Passando a comercializar carros importados da França, Argentina e Uruguai em associação com o Grupo Monteiro Aranha, a partir de agosto de 1992, a Peugeot logo atentou para o potencial que o Mercosul – e principalmente o Brasil – representava para a sua estratégia de diversificação de mercados (a Europa respondia, à época, por 87% das suas vendas). Em 1996 já ficara patente o interesse da Peugeot em se instalar no país, em unidade fabril onde também seriam fabricados modelos Citroën (desde 1976 as duas empresas estavam unidas sob o grupo PSA), com capacidade de produção de 150 mil motores e entre 20 e 30 mil carros por ano.
Aquela foi uma época de euforia: por um lado, mais de uma dúzia de fabricantes estrangeiros de automóveis e caminhões se propunham a migrar para o país; por outro, institucionalizou-se um irracional estado de “guerra” de incentivos entre as diversas administrações estaduais, com ofertas tão exageradas que suscitaram críticas até mesmo dos comentaristas econômicos mais liberais. Entrando no jogo e assediada por vários governos, a Peugeot acabou por afunilar sua escolha para os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A decisão foi oficializada em outubro de 1997 e formalizada em janeiro do ano seguinte, mediante a assinatura de contrato de compromisso com as autoridades brasileiras. Através dele, a Peugeot se lançava no maior empreendimento do Grupo PSA fora da França em todos os tempos: a instalação, em Porto Real (município recém-emancipado de Resende, RJ), de uma fábrica conjunta com a Citroën, a ser inaugurada no ano 2000 para a produção de 100 mil unidades anuais de modelos “novos, ainda não lançados na Europa”.
A nova empresa foi registrada como Peugeot Citroën do Brasil Automóveis Ltda.. O pacote de benefícios concedido à PSA envolvia a doação de terreno com dois milhões de metros quadrados, construção de estrada de acesso à fábrica, participação do Estado do Rio com 32% do capital da empresa, empréstimo do BNDES avalizado pelo governo estadual no valor de 300 milhões de dólares (contra 250 milhões de recursos próprios), ICMS arrecadado reaplicado como capital de giro durante 13 anos, compensação por 10 anos dos gastos com juros de empréstimos contraídos pela empresa, isenção de taxas municipais por 15 anos…
A produção inicial seria de 70 mil unidades/ano, em dois turnos de trabalho. Era meta da PSA atingir a capacidade nominal em 2003, com a adoção do 3º turno, então atingindo a capacidade máxima de 130 mil carros; teria então conquistado 7% do mercado (5% sob a marca Peugeot e 2% Citroën) e a 5ª posição no ranking dos fabricantes nacionais. Os veículos apresentariam inicialmente índice de nacionalização de 50%, atingindo o patamar de 75% em 2003. Paralelamente à decisão pela produção no Brasil, a empresa aplicou bem-sucedida estratégia comercial e de assistência pós-venda a sua rede de concessionárias, reestruturando-a e ampliando-a, assumindo a liderança de mercado entre os importados, com mais de 1/3 do total, na contra-mão do mercado, em franca queda.
Em julho de 1998 foi apresentado à imprensa internacional, na França, o Peugeot 206. Desfazia-se assim o mistério que cercava o primeiro produto brasileiro da marca (sabia-se apenas que o Peugeot nacional seria o sucedâneo do 205). O carro foi oficialmente lançado no Salão de Paris, em setembro, e já no mês seguinte foi mostrado no XX Salão do Automóvel, em São Paulo.
A fábrica de Porto Real foi inaugurada em 1º de fevereiro de 2001, com a produção diária de 20 Citroën Xsara Picasso. Enquanto isso os 206 começavam a ser montados em pré-série, para lançamento em junho. Esta foi a última grande usina automobilística aqui implantada na terceira onda de expansão do setor. Na cerimônia de inauguração, com a presença do Presidente da República, o presidente mundial da PSA anunciou a instalação de uma fábrica de motores junto à linha de montagem (naquela altura, os motores 1.6 do Picasso eram importados da França; quanto ao Peugeot 206, suas unidades 1.0 seriam fornecidas pela Renault brasileira, enquanto que o modelo 1.6 continuaria a ser provisoriamente fornecido pela Argentina, de onde vinha desde 1999).
A planta de motores, cuja construção teve início imediato, seria inaugurada em março de 2002, tendo como meta a produção anual de 50 mil unidades 1.6i de 16 válvulas, com índice de nacionalização inicial de 50% (80%, em dois anos), para uso interno e exportação para a Europa e América Latina, inclusive Argentina. Enquanto preparava o lançamento do 206, a PSA negociava com a Iveco a nacionalização dos utilitários Peugeot Boxer e sua produção nas novas instalações da empresa italiana, em Sete Lagoas (MG).
Fabricado desde fevereiro de 2001, para formar estoque, o 206 1.0 foi oficialmente lançado no final de junho, com o índice de nacionalização previsto de 50%, prevendo-se fornecimento circunstancial pela Argentina, para evitar filas e ágio, caso a demanda fosse superior à produção. A produção da fábrica arrancou com uma relação entre marcas de 65% Peugeot para 35% Citroën. O novo carro já era naquela altura um grande sucesso nacional e internacional: o mais vendido na França; o 3º na Europa (1,3 milhão, em dois anos); o 1.6 mais vendido no Brasil (12.250 unidades, em 2000; ainda que importado, a quantidade era mais do que 50% superior à do best-seller brasileiro VW Gol). Foi por duas vezes escolhido “O Melhor Carro do Brasil”, segundo os leitores da revista Carro (categorias “popular” e “importado”, respectivamente em 1999 e 2001).
O 206 1.0 em nada diferia, esteticamente e em acabamentos, do 1.6 importado da Argentina. Apenas uma pequena legenda 16v em vermelho, na tampa traseira, identificava o modelo nacional, pois foi estratégia da PSA diferenciar o Peugeot dos “populares” da concorrência, que tradicionalmente empobrecia os carros “mil” frente aos modelos de maior cilindrada. O 206 foi lançado em três versões, com três ou cinco portas: Selection, com acabamento interno mais simples, porém bem equipado; Selection Pack, com pacote adicional de opcionais; e Soleil, com o mesmo interior do 1.6.
O PRIMEIRO 206: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco, quatro portas, quatro lugares, bagageiro com 245 litros, 3,83 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 999 cm3, 70 cv; tração dianteira com caixa manual de cinco marchas; direção mecânica (hidráulica na versão Soleil); suspensão independente nas quatro rodas (McPherson na dianteira e barras de torção na traseira); freios a disco na frente e a tambor atrás.
O 206 nacional, que utilizava o mesmo motor 1.0 16v do Renault Clio, teve rápida aceitação e reconhecimento: em um mês se tornou o 6º carro mais vendido e a PSA (Peugeot + Citroën) o quinto fabricante do Brasil em produção. No primeiro teste comparativo ao qual foi submetido pela imprensa especializada (revista Carro, agosto de 2001) onde foram avaliados oito dos nove 1.0 fabricados no país, o 206 recebeu a maior pontuação. Seus grandes predicados: estilo, acabamento, consumo e preço. Na edição de novembro de 4 Rodas, que confrontou quatro 1.0 16v nacionais, o 206 também foi considerado o melhor. Finalmente, em março de 2002, o 206 (agora nacional), foi escolhido pela terceira vez “O Melhor Carro do Brasil”, de novo na categoria “popular”, pelos leitores de Carro.
Em julho de 2002 foi iniciada a fabricação do utilitário Boxer na fábrica da Iveco, em Sete Lagoas (MG). Tratava-se de um desenvolvimento conjunto realizado na Europa, entre a Fiat (da qual a Iveco é subsidiária), a Peugeot e a Citroën, com o objetivo de utilizar base mecânica e estrutura comuns na produção de veículos comerciais leves. De construção monobloco, foi disponibilizado em duas versões (van para passageiros e furgão) e três comprimentos (curto, médio e médio com teto elevado), o maior com capacidade de 1.630 kg e 10 m³. Tinha suspensão independente (tipo McPherson) na dianteira, eixo rígido com molas semi-elípticas na traseira, motor diesel Iveco de 2,8 litros aspirado ou turbo (90 e 103 cv), caixa de cinco marchas, tração dianteira, freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) e direção hidráulica.
Também em julho, comemorando o primeiro aniversário do 206 brasileiro, foi lançada a versão 1.6 16v, com motor de fabricação nacional (1.587 cm3 e 110 cv). Mantendo a estratégia de se diferenciar da concorrência pelo nível de acabamento e equipamentos de seus veículos, o 1.6 foi dotado de air-bag duplo, freios a disco nas quatro rodas, computador de bordo de série e cinto de segurança de três pontos também no banco traseiro. Mais uma vez o carro se destacaria: num teste comparativo entre seis marcas nacionais foi escolhido pela revista Carro (abril de 2003) o melhor hatch compacto com motor 1.6. Além dos atributos apontados nos testes anteriores, o carro agora também se sobressaía pelo desempenho e dirigibilidade, proporcionados pela boa potência específica do motor (63,3 cv/litro). O 206 foi o oitavo carro nacional mais vendido de 2002.
A produção da PSA teve crescimento contínuo, muito acima da média do mercado, até 2003, quando apresentou um pequeno declínio de 13% em resultado do acirramento da concorrência, que realizou diversos novos lançamentos no ano. Adicionalmente, as freqüentes oscilações do câmbio pressionavam os custos da empresa, se refletindo nos resultados finais do Grupo, na França, que atribuiu seu prejuízo de € 200 milhões às operações brasileiras. Para assegurar competitividade, a PSA decidiu acelerar o ritmo de nacionalização de seus produtos. Na área do marketing, iniciou as venda do 206 pela internet e resolveu participar oficialmente do Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade, para o qual preparou uma pequena série de carros 1.6, com potência de 130 cv, obtida pela adoção de novos comandos de válvulas, coletor de escape e controle de injeção. A suspensão foi reforçada e o interior recebeu as adaptações usuais para a nova função.
O carro de competição, que obteve bons resultados em provas nacionais e sul-americanas, inspirou a empresa a colocar em linha, no meio do ano, a versão Rallye (1.6 na configuração três portas, sem alterações mecânicas) com faróis de neblina, rodas de alumínio, volante de couro e bancos esportivos. Ainda em 2003 a PSA iniciou um longo programa de testes com dois carros (206 e Picasso) movidos a biodiesel, com motores de ciclo diesel importados (respectivamente 1.9 e 2.0, este com injeção direta). O ano terminou com o 206 chegando à marca de 100.000 unidades fabricadas no Brasil; o índice de nacionalização atingia 75%, sendo exportada 10% da produção.
Em fevereiro de 2004 a linha recebeu sua primeira atualização estética, com o lançamento da Nova Geração. Externamente, o carro ganhou para-choques, frisos e maçanetas na cor da carroceria (exceto para o 1.0), lentes lisas de policarbonato nos faróis, novas lentes e refletores nas lanternas traseiras, pisca-piscas laterais incolores e grade do motor com padrão colméia; o logotipo traseiro ficou maior e foi transferido para a tampa da mala. Os mostradores do painel ganharam fundo na cor prata. A suspensão foi totalmente revista e o trambulador recalibrado, corrigindo as duas maiores deficiências mecânicas do carro: ruídos na condução e dificuldade na troca de marchas. O carro recebeu mais uma opção de motor – um 1.4 de alumínio, com 8 válvulas e 75 cv, inicialmente importado da França, porém nacionalizado cinco meses depois (para isso a fábrica de motores foi expandida e a capacidade aumentada para 70 mil unidades/ano). A Peugeot aproveitou a oportunidade para também alterar a nomenclatura das versões, agora em número de quatro: Sensation (exclusiva para o 1.0), Presence (em lugar da Selection Pack), Feline (substituindo a Techno, até então série especial) e Rallye.
Em março de 2005 foi colocado à venda o terceiro modelo Peugeot nacional (considerando o Boxer, fabricado pela Iveco): a caminhonete 206 SW. Lançada na França em 2002 e apresentada no Salão de São Paulo dois anos depois, tinha quatro portas, bagageiro com capacidade de 313 litros e opção de motores a gasolina 1.4 8v (75 cv) e 1.6 16v (110 cv). O carro (que saiu com 70% de nacionalização) era 19 cm mais longo que o hatch, trazendo a mesma concepção mecânica do seu irmão mais velho. O SW apresentava alguns traços estético-funcionais que o distinguiam da concorrência: lanternas traseiras verticais envolvendo as janelas laterais, maçanetas das portas traseiras embutidas nas colunas, tampa do porta-malas com vidro basculante, permitindo acessar o bagageiro sem necessidade de abrir a porta, e telas para fixação de pequenos objetos na mala. Disponível nas versões Presence e Feline, era expectativa da PSA vender anualmente 15 mil unidades do modelo.
A partir de maio, tanto a nova SW como o hatch passaram a poder ser equipados com motor bicombustível – o primeiro da Peugeot mundial. Inicialmente foi disponibilizado o modelo de 1.587 cm3, com a mesma taxa de compressão do motor a gasolina e 110 e 113 cv (respectivamente alimentado a gasolina e álcool). Adicionalmente, a versão Feline ganhou ar condicionado com controle digital de série e, os modelos com motor 1.6, opção de freios ABS. A gama de utilitários Boxer, por seu lado, foi atualizada e ampliada: eram novos a grade, os para-choques e os conjuntos óticos dianteiro e traseiro. O motor 2.8 passou a ter gerenciamento eletrônico e 127 cv (o anterior, de 103 cv, foi mantido apenas no furgão com chassi curto, considerado versão de entrada). Finalmente, a linha ganhou mais três modelos (todos passaram a ter opção de teto alto), totalizando oito configurações.
Em 2005 a PSA consolidou sua posição de 5º maior fabricante nacional, com 93.500 veículos fabricados (dos quais cerca de 65% Peugeot), crescimento de 42% sobre o ano anterior, versus um aumento de 7% no setor. Com este desempenho, a fábrica de Porto real se aproximava de sua capacidade máxima, prevendo-se para o ano seguinte a abertura de 3º turno.
Um motor 1.4 8v flex (80/82 cv) foi lançado em janeiro de 2006. Com ele a PSA tomou uma decisão ousada: retirou de linha o 206 1.0, substituindo-o, sem acréscimo de preço, pelo 1.4 bicombustível. Nas palavras do presidente mundial da empresa, “o carro 1.0 é uma curiosidade fiscal do Brasil, e essa característica absurda, que não existe em nenhum outro lugar do mundo, não serve para um país que pretende ser exportador de veículos“. Assim, em nome da racionalidade industrial e na contramão da tendência do mercado, que em 2005 comprou 55% de carros com motor “mil”, a empresa aproveitou o encerramento do contrato de fornecimento do 1.0 com a Renault e, não renovando-o, criou o fato consumado: foi o primeiro fabricante nacional a eliminar o carro dito “popular” de seu catálogo.
Em outubro, no XXIV Salão, foi mostrado o Escapade, versão “aventureira” do 206 SW. Projetado no país, fruto do fortalecimento das atividades de engenharia e design da filial brasileira, o carro não recebeu apenas complementos decorativos e de conforto (para-choques adicionais, alargadores de para-lamas, saias de plástico, faróis de neblina, ar condicionado), mas também retoques na mecânica: a suspensão foi redimensionada (novos amortecedores, buchas, semi-eixos e juntas homocinéticas), ganhou protetor de cárter de aço e pneus de uso misto, com isto ficando com vão livre quase 3 cm maior do que da SW convencional. Disponível apenas com motor 1.6 flex, tinha freios a disco nas quatro rodas e ABS de série.
Em maio de 2007 a Peugeot passou a oferecer a opção de transmissão automática para as versões topo de linha Feline do hatch e do SW 1.6; com quatro marchas e possibilidade de troca manual, o câmbio vinha com as funções Sport (para melhor desempenho) e Snow (piso escorregadio). No segundo semestre a PSA iniciou a exportação de motores 1.6 bicombustível para a França, onde utilizariam mistura E85, composta de 15% de gasolina e 85% de etanol de beterraba.
Aquele ano foi marcante para a empresa: pela primeira vez ultrapassou 100 mil veículos fabricados em um único exercício (mais precisamente 119.400), obrigando-a a programar a implantação imediata do 3º turno, com o qual agregaria 50% de capacidade à planta de Porto Real. No último trimestre a PSA anunciou seu programa de investimento para os próximos três anos: meio bilhão de dólares a serem aplicados no Brasil e Argentina, ao fim dos quais teriam sido lançados 12 novos veículos e conquistados 11% do mercado latino-americano (correspondendo a 300 mil carros em 2010, inclusive importados).
Ressaltando a importância atribuída à região, na ocasião foi transferida para o Rio de Janeiro a direção executiva para o Mercosul, até então sediada na França. (Uma particularidade da PSA: ao projetar seus investimentos no Brasil, a empresa sempre os tratou sob a ótica do Mercosul; assim, ao contrário da concorrência, jamais ameaçou abandonar a produção na Argentina, lá concentrando as plataformas médias Citroën e Peugeot e reservando para o Brasil a fabricação dos carros pequenos de grande série.)
<peugeot.com.br>
O que houve de novo a partir de 2008
- apresentação do 207 hatch e SW (oficialmente lançados em agosto) – atualização do 206, com nomenclatura das versões alterada para XR e XR Sport (1.4) e XS e XS Automático (1.6); eram novos a frente, o para-choque traseiro e o painel; o 206 1.4 permaneceu em linha como modelo de entrada (05/08)
- no XXV Salão do Automóvel, lançamento do 207 Passion, sedã fabricado no Irã desde 2005, 35 cm mais longo do que o 207, com motores 1.4 e 1.6 flex e porta-malas de 420 litros; também no Salão, 207 SW Escapade, com nova frente e lanternas traseiras com lentes incolores (10/08)
- lançamento do 207 X-Line, com nova frente, em substituição ao 206 1.4 hatch (12/09)
- anúncio de novos investimentos de US$ 700 milhões, até 2013, para aumento de capacidade industrial e lançamento de novos produtos (03/10)
- lançamento da Hoggar, projetada no Brasil e primeira picape leve da marca no mundo, com motores 1.4 e 1.6, nas versões X-Line, XR e Escapade; a suspensão traseira tinha eixo de torção e amortecedores horizontais, o que permitiu criar a maior caçamba da categoria, com capacidade de 1.151 litros ou 742 kg (05/10)
- após alcançar recorde histórico de produção (174.400 carros Peugeot e Citroën) a PSA anuncia a expansão da planta de Porto Real para a produção de oito novos modelos (02/11)
- 207 na versão 2012, com grade e para-choques da cor da carroceria, frisos cromados nas laterais, nova lanterna traseira, air-bag duplo e ABS (07/11)
- em aliança mundial, GM adquire 7% do capital da PSA (02/12)
- linha Boxer com motor de 127 cv e tecnologia EGR, em conformidade com a nova legislação ambiental (06/12)
- série especial Quicksilver é adotada como modelo de linha do 207 (07/12)
- um ano depois do lançamento mundial, é apresentado no XXVII Salão do Automóvel o Peugeot 208 nacional; o lançamento oficial no Brasil, que será o único país a produzi-lo, além da França, foi programado para abril de 2013 (10/12)
- anúncio de investimentos de R$ 1,85 bilhão, até 2015, para novos produtos e aumento de produção (01/13)
- encerramento da produção da caminhonete 207 SW (01/13)
- lançamento oficial do 208 nacional, utilizando a mesma plataforma do Citroën C3, com entre-eixos 10 cm maior do que o modelo 207; com duas opções de motor de quatro cilindros flex (1.449 cm3 e 89/93 cv e 1.598 cm3 e 115/122 cv) e duas de câmbio (manual de cinco marchas ou automático seqüencial), tem suspensão dianteira McPherson, suspensão traseira por barra de torção, freios a disco na frente, ABS, direção com assistência elétrica e teto panorâmico de vidro com cortina interna (03/13)
- investimentos do Governo francês e da empresa chinesa Dongfeng na PSA, correspondendo a 12,23% de participação, de cada um, no controle do Grupo (02/14)
- Peugeot participa do 28o Salão do Automóvel com o SUV compacto 2008, anunciado como próximo lançamento nacional da marca, e dois conceitos a partir do 208 – Urb e Natural, este buscando utilizar ao máximo elementos naturais como material de acabamento interno e externo: tinta mineral, couro bovino natural, cortiça, bambu, couro de pirarucu, pele de salmão, trançado artesanal de papel de jornal e diversos materiais reciclados (pneus, titânio e fibra de carbono) (10/14)
- 207 Sedan e picape Hoggar saem de linha (11/14)
- lançamento oficial do 2008, SUV compacto projetado a partir da plataforma do 208, com o qual também compartilha o painel de instrumentos; com apenas 4,16 m de comprimento (o mais curto SUV nacional) e 355 litros de volume disponível no porta-malas, foi disponibilizado em três versões (nenhuma delas “básica”): Allure, Griffe e Griffe THP, as primeiras com motor flex de 1.598 cm3 16v e 122/115 cv e câmbio automático ou manual de cinco marchas, a última com 1.6 turbo e 173/165 cv e caixa manual de seis marchas; o carro tem tração dianteira, suspensão McPherson na frente e por barra de torção atrás e freios a disco nas quatro rodas; as três versões vem com ar condicionado digital, central multimídia, GPS, piloto automático e airbags laterais e frontais; o 2008 Griffe tem teto de vidro, bancos de couro, sensor de chuva e para acendimento dos faróis e detalhes externos cromados (04/15)
- em teste comparativo com as versões automáticas do Ford EcoSport 2.0 e do recém-lançado Jeep Renegade 1.7, a revista Carro escolhe o Peugeot 2008 1.6 como o melhor dos três, acentuando como pontos positivos o câmbio, acabamento e relação custo/benefício (05/15)
- novidades na linha 208: novo para-choque dianteiro e novo layout das lentes das lanternas traseiras; nas versões básicas Active e Allure com câmbio manual, motor 1.5 de quatro cilindros e oito válvulas substituído por um novo três cilindros de 12 válvulas, 1.199 cm3 e 90/84 cv, 37% mais econômico, importado da França (04/16)
- lançamento do 208 GT, com motor 1.6 turbo flex de 173 cv e caixa manual de seis marchas (mesmo conjunto do SUV 2008), suspensão mais firme e freios a disco nas quatro rodas com controle de estabilidade; externamente o carro se diferencia pela eliminação dos cromados, grade com detalhes na cor vermelha, leds diurnos nos faróis, escapamento com saída dupla, rodas de liga de 17″ e aerofólio acima do para-brisa traseiro (04/16)
- comparado pela revista Carro com o Fiat Punto T-Jet, o novo 208 GT se mostrou claramente superior, destacando-se pelo desempenho e pelo conjunto mecânico; em avaliação semelhante, desta vez com o Renault Sandero R.S., a revista 4 Rodas escolheu o último por seu preço cerca de 25% inferior ao 208, ainda que o carro da Peugeot tenha sido o melhor nos itens motor e câmbio, segurança, conteúdo e qualidade (04/16)
- teste oficial do Inmetro comparando 816 modelos de 35 marcas aponta Peugeot 208 1.2 como o carro mais econômico do Brasil, superior apenas aos híbridos (06/16)
- no Salão do Automóvel, duas versões conceituais concebidas no Brasil: 2008 Kyanit (pintura especial azul e preta, saídas de ar no capô, teto de vidro, quatro bancos esportivos de encosto alto) e 208 Pyrit (rodas adesivadas com película replicando cobre, bancos esportivos, interior com revestimento preto e grafite pespontado com linha em tom cobre, detalhes também em cobre e tapete com incrustação de cristais Swarovski) (11/16)
- na Europa, PSA (grupo controlador da Peugeot e Citroën) adquire o controle integral das operações europeias da GM, compreendendo as marcas Opel e Vauxhall, seis fábricas de veículos, cinco de componentes e o centro de pesquisa e desenvolvimento de Rüsselsheim, na Alemanha (03/17)
- Peugeot lança programa Total Care, assumindo dez compromissos de qualidade e responsabilidade com relação aos serviços de sua rede de concessionárias (07/17)
- novo câmbio automático de seis marchas para 208 e 2008 (neste, apenas com motor aspirado) (08/17)
- reportagem “Os Mais Econômicos do Brasil”, realizada pela revista Carro, apontou o Peugeot 208 1.2 como o mais econômico da categoria Hatches Compactos, quando comparado com seus principais concorrentes disponíveis no mercado (11/17)
- PSA unifica a gestão das marcas Citroën e Peugeot no Brasil (01/18)
- fábrica de Porto Real atinge a produção de 1.500.000 de veículos e dois milhões de motores; o total compreende as marcas Peugeot e Citroën (03/18)
- Peugeot não participa do 30o Salão do Automóvel (11/18)
- forçada pela redução das vendas internas em 21,5%, produção da PSA cai quase 19% em 2018, reduzindo a participação no mercado brasileiro a 1,8% (entre 2011 e 2018 a queda nas vendas internas das marcas Citroën e Peugeot chegou a 75%, contra um crescimento de 14% do setor no mesmo período; o Grupo não identifica o desempenho de cada marca) (12/18)
- 308 e 408 argentinos saem do mercado brasileiro (02/19)
- segundo o Plano Virada Brasil, que busca a recuperação do mercado interno, PSA anuncia que dobrará o número de concessionárias Peugeot e Citroën nos próximos quatro anos (04/19)
- Programa Renova Peugeot garante pagar até 85% pela tabele FIPE por um carro usado na troca por um 0 km; segundo palavras da própria PSA, “a iniciativa é uma das ações adotadas para acabar com o mito sobre a desvalorização dos veículos da Marca” (04/19)
- campanha publicitária nacional lança o Programa Peugeot Total Care, segundo o qual “cliente não satisfeito com o serviço [prestado pelas concessionárias da marca], não paga” (04/19)
- primeira revisão estética do utilitário esportivo 2008; são novos o capô, o para-choque dianteiro (desenhado no Brasil), a grade e os complementos em plástico preto nos arcos das rodas e no rodapé das portas; capa dos retrovisores, rack no teto, parte inferior do para-choque traseiro e faixa superior das portas traseiras também foram pintados de preto; todas as versões trazem luzes diurnas de posição; o interior não foi alterado; permanecem dois os conjuntos mecânicos flex disponíveis: 1.6 aspirado (118 cv) e turbo THP (166/173 cv), ambos agora acoplados a câmbio automático de seis marchas; deixa de existir opção de caixa manual (05/19) [maiores detalhes sobre o novo 2008 você encontra aqui: Novidades]
- crise econômica argentina, maior destino das exportações da PSA (Citroën e Peugeot), leva à redução de 38% na produção do primeiro semestre do ano; para evitar demissões, foi acordada com o Sindicato dos Metalúrgicos a redução provisória de 25% nos salários e na jornada de trabalho (07/19)
- PSA atinge a marca de 1000 furgões Peugeot Expert e Citroën Jumpy (importados) transformados em vans para dez passageiros na fábrica brasileira (09/19)
- PSA anuncia investimentos de R$ 220 milhões na modernização da fábrica de Porto Real, destinados ao incremento da automação e á preparação das linhas de fabricação para a produção de nova plataforma modular compacta CMP, a ser utilizada em lançamentos futuros (10/19)
- PSA lança na Fenatran sua plataforma global Free2Move, dedicada ao fornecimento de serviços de mobilidade nos segmentos de passageiros e de carga, tais como car sharing e gerenciamento de frotas (10/19)
- Fiat e PSA (Citroën+Peugeot) anunciam união de seus negócios mundiais sob a forma de fusão, cada grupo contando com 50% da nova corporação; a associação cria o quarto maior fabricante global de veículos (10/19)
- Peugeot confirma que nova geração do 208 será fabricado na Argentina, e não no Brasil (12/19)
- 208 GT é retirado de linha; além deste, antecipando-se à chegada da nova geração do modelo, Peugeot elimina as versões Active Pack e Allure Pack 1.2 e Allure 1.6; permanecem somente Active e Allure 1.2 e Active Pack e Griffe 1.6 (12/19)
- formalizada a fusão entre Fiat e PSA (12/19)
- maus resultados para a Citroën-Peugeot em 2019: drástica redução na produção (-32,7%), função da quebra das exportações para a Argentina (-35,0%); as vendas internas mostraram avanço de 13,0%, ainda assim insuficientes para manter a participação das duas marcas no mercado interno, agora reduzida para 1,46% (12/19)
- em decorrência da pandemia do coronavírus, PSA concede férias coletivas pelo período de 23 de março a 21 de abril; pequena equipe foi mantida para a produção de máscaras faciais para doação aos profissionais de saúde dos hospitais da região; em paralelo, de forma a mitigar os efeitos da quarentena sobre seus clientes, aumenta em três meses e/ou 3.000 km os prazos das revisões obrigatórias de seus veículos (03/20)
- suspensa a produção nacional do 208; nova versão será importada da Argentina (07/20)
- empresa resultante da fusão PSA-FCA é denominada Stellantis (07/20)
- desempenho nacional da Citroën/Peugeot continua em queda em 2010; a participação somada das duas marcas, nas vendas internas (a PSA não mais individualiza seus dados), caiu para 1,38%, ambas agora atrás da novata Chery , com 1,03% (12/20)
2021
- Peugeot abre, em São Paulo (SP), satélite do Peugeot Design Lab, estúdio de design aberto a clientes de fora da indústria automobilística; depois de Xangai e São Francisco, é o terceiro criado fora da França (01/21)
- em 16 de janeiro, oficialmente concluída a fusão entre os grupos PSA (Peugeot S.A.) e FCA (Fiat Chrysler Automobiles N.V.), sob nova razão social Stellantis N.V.; após a nomeação do Conselho de Administração e a entrada em vigor dos Estatutos Sociais da nova empresa, foi dado início imediato à negociação de suas ações ordinárias na Bolsas de Paris, Milão e Nova Iorque (01/21)
- Peugeot e Citroën incluídos no programa de venda de veículos em troca de grãos, sob a modalidade barter trade, oferecido pela Stellantis a produtores agrícolas de diversos estados do país (08/21)
- Peugeot inicia a importação de modelos elétricos, começando pelo hatch e-208 GT; a WEG foi a empresa certificada para o fornecimento das estações de recarga, a serem vendidas através da rede de concessionárias; o veículo será inicialmente comercializado somente no Rio de Janeiro e São Paulo; três meses depois chegaria o furgão médio e-Expert (09/21)
- agilidade e ousadia da política comercial da Stellantis – a mesma historicamente aplicada pela Fiat brasileira – conduzem à excepcional recuperação de mercado da Peugeot e ao melhor resultado de vendas nos últimos sete anos: até dezembro foram emplacados 126% mais carros do que em todo o ano de 2020 – o maior crescimento entre todos os fabricantes nacionais -, levando a marca a atingir 1,5% de participação no país (0,7% em 2020), ainda assim garantindo-lhe um modesto 11o lugar (10/21)
2022
- Peugeot mantém trajetória de crescimento em 2022, chegando ao fim do primeiro trimestre com vendas 122% maiores em relação ao período equivalente de 2021, em forte contraste com o mercado interno, que caiu 25%; liderada pelo 208 argentino, desde janeiro a marca desponta entre as dez mais vendidas do país (03/22)
- Stellantis intensifica política de nacionalização de componentes como forma de neutralizar crises de fornecimento de origem externa (03/22)
- lançamento do furgão Partner Rapid, produzido nas instalações da Fiat, em Betim; derivado direto do Fiat Fiorino, com capacidade para 650kg ou 3,3 m3 de carga, veio com motor de quatro cilindros, 1.368 cm3 e 84/86 cv, câmbio manual de cinco marchas, suspensão dianteira McPherson e eixo rígido e feixe de molas na traseira, freios a disco ventilados na frente e a tambor atrás e direção hidráulica; oferecido em duas versões (Business e Business Pack), em ambas começou a ser comercializado com preço inferior ao Fiorino (05/22)
- Peugeot segue trajetória de crescimento no mercado brasileiro: frente à retração geral de 22,8% no primeiro quadrimestre, a marca registrou avanço de 96% nas vendas, alcançando 2,4% de participação (05/22)
- para o mercado brasileiro, Peugeot 208 argentino passa a ser oferecido com motor 1.0 de três cilindros do Fiat Argo nacional, opção disponível para as versões iniciais Like e (a inédita) Style (05/22)
- Peugeot 2008 recebe discretas mudanças estéticas e de conteúdo para 2023, sem qualquer alteração mecânica; as versões permaneceram quatro, porém foram reposicionadas: Allure (de entrada), as novas Style e Style THP (respectivamente com motor 1.6 aspirado e turbo) e a top Griffe THP; as anteriores Allure Pack e Griffe AT foram descontinuadas; a grade frontal ganhou detalhes cromados (Griffe) ou na cor grafite (Style) e a metade superior da tampa da mala, a partir das lanternas, foi pintada de preto, perdeu o logotipo do leão e recebeu o nome Peugeot com nova grafia; o novo 2008 Style trouxe máscara negra nos faróis, rodas de 16″ em preto brilhante, ar-condicionado digital de duas zonas, câmera de ré, volante multifuncional em couro, acabamento interno grafite e novos bancos com revestimento em tecido e detalhes em couro; toda a linha passa a ter teto em preto, controle de velocidade de cruzeiro e faróis com luz diurna e lanternas traseiras de leds (06/22)
- como forma de reduzir a dependência de insumos externos, Stellantis decide ampliar em 70% o número de fornecedores instalados na América do Sul (07/22)
- versões Like e Style do Peugeot 208 argentino passam a ser equipadas com motor 1.0 Firefly da Fiat (05/22)
- fábrica de Porto Real contrata 350 trabalhadores para retomar segundo turno em outubro (08/22)
- Stellantis lança linha de peças remanufaturadas SUSTAINera, disponível nas concessionárias Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot (10/22)
- Stellantis – Grupo controlador da Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot -, conquista o Prêmio AutoData 2022 na categoria Montadora de Automóveis e Comerciais Leves (10/22)
- em associação com o Grupo St. Marche e a startup de mobilidade Tupinambá, Peugeot participa da instalação de três postos de compartilhamento de carros elétricos junto a supermercados da rede na cidade de São Paulo; o serviço será iniciado com o recém lançado e-2008 (11/22)
- Peugeot encerra o ano em 10o posto entre os fabricantes, com recorde de vendas: 41.767 veículos foram comercializados (41% a mais do que no ano anterior), garantindo 2,1% de participação no mercado – maior índice da marca nos últimos oito anos; responsável por esse sucesso, o hatch 208, importado da Argentina e posicionado em 23o automóvel no ranking nacional de vendas, respondeu por quase 72% do total (dois fatores foram decisivos para o explosivo crescimento nas vendas do 208: a adoção do motor Fiat 1.0 e as vendas diretas para locadoras e frotistas) (12/22)
- em paralelo com o sucesso de vendas em 2022, Peugeot expande a rede de concessionárias em 28%, alcançando 164 lojas (12/22)
2023
- em associação com Senai, FuelTech e WEG, Stellantis desenvolve projeto de conversão de utilitários leves a combustão, novos ou usados, em elétricos; utilizando como base os modelos Fiat Fiorino e Peugeot Partner Rapid (importado), o processo compreende a substituição do motor original por um kit elétrico de 45 cv e a instalação de banco de baterias de 30 kWh no compartimento de carga; os testes de rua serão iniciados em abril, estimando-se em 100 km a autonomia (01/23)
- Stellantis anuncia decisão de desenvolver soluções elétricas específicas para o país; segundo o programa Bio-Electro, dedicado a veículos híbridos com motor flex, o foco seria a nacionalização de tecnologias em combinação com o etanol: “não vamos trazer kits importados da Ásia e montar em um galpão“, nas palavras do principal executivo do grupo (02/23)
- Peugeot passa a integrar o serviço de assinaturas Flua! da Stellantis, inicialmente somente com o modelo elétrico e-2008 (02/23)
- para “adaptar seu ritmo produtivo ao nível de demanda do mercado externo“, é encerrado o segundo turno na planta de Porto Real, incluindo a demissão de 140 trabalhadores com “contratos com prazo determinado e temporário” (02/23)
- através de suas respectivas Associações, as redes de concessionárias Citroën e Peugeot emitem notificação extrajudicial à Stellantis cobrando medidas urgentes para solucionar a persistente falta de qualidade dos veículos e a indisponibilidade de peças de reposição (05/23)
- ao alcançar 1.800 clientes cadastrados em seu serviço de compartilhamento de carros elétricos em São Paulo, Peugeot passa a incluir o modelo e-208 GT no programa (05/23)
- poucas horas após a publicação da Medida Provisória federal visando incentivos temporários para aquisição de carros populares e veículos comerciais, a Peugeot acompanhou os demais fabricantes e divulgou sua tabela de descontos: enquanto que furgão Rapid e utilitário esportivo 2008 tiveram redução de apenas R$ 4.000, o preço das diversas versões do hatch 208 argentino caiu de R$ 6.800 a R$ 11.000, na maioria dos casos substantivamente acima dos R$ 8.000 definidos pelo governo; furgão Boxer (também importado) recebeu descontos de mais de R$ 33.000 (06/23)
- em Betim, apresentação da tecnologia Bio-Hybrid, solução de eletrificação híbrida que prioriza a utilização de insumos, componentes, inteligência e indústria locais, proposta pela Stellantis para suas marcas nacionais e sul-americanas; desenvolvida pelo centro tecnológico do Grupo na América Latina, foi materializada em quatro protótipos de plataformas expostos na oportunidade – três híbridos a etanol (Bio-Hybrid, Bio-Hybrid e-DCT, Bio-Hybrid Plug-in) e um 100% elétrico (BEV); já em 2024 a Stellantis deverá disponibilizar os primeiros veículos com a nova tecnologia (07/23) [Para mais detalhes clique aqui: Novidades]
- para 2024, Peugeot 2008 ganha teto panorâmico de série na versão Style; série especial Roadtrip passa a integrar a gama, situando-se logo acima da versão de entrada Allure (08/23)
- três versões do Peugeot 208 (argentino) recebem motor turbo 200 (3 cilindros, 12 válvulas, 1,6 litro, 130/125 cv, fabricado pela Fiat brasileira) associado a câmbio automático CVT; é a primeira vez que o modelo é equipado com turbo e CVT (09/23)
- Stellantis anuncia R$ 2,5 bilhões de investimento em Porto Real, a serem aplicados em até dois anos no desenvolvimento de novos produtos, na adequação da fábrica e na unidade P&D (09/23)
- Peugeot encerra o ano com 34.910 veículos matriculados (16,4% a menos que no ano anterior), em décimo lugar no ranking brasileiro, com 1,6% de participação; o hatch 208, importado da Argentina, respondeu por 82% do total e foi seu único modelo a constar da relação dos 50 mais vendidos, em 10o lugar (12/23)
2024
- Stellantis inscreve Peugeot no programa federal Mover – Mobilidade Verde e Inovação, que é uma das primeiras 23 empresas habilitadas (04/24) utilitário esportivo 2008 deixará de ser fabricado no Brasil: nova geração será importada da Argentina (04/24)
- Stellantis anuncia R$ 3 bilhões em investimentos na planta de Porto Real; a serem alocados entre 2025 e 2030, os recursos terão como finalidade aumento da capacidade de produção e lançamento de novos produtos (05/24)
- com 14.665 veículos licenciados no primeiro semestre, Peugeot cai para 16o lugar no mercado brasileiro (07/24)
- apresentação do novo 2008, fabricado na Argentina, e importação de sua versão elétrica E-2008, vinda da França (07/24)
- lançamento oficial do novo 2008 (08/24)
- atualização do Peugeot Expert, importado do Uruguai nas versões furgão e envidraçada (08/24)
Séries especiais: 206 Quicksilver (07/02), 206 Techno (06/03), 206 Holiday (09/05), 206 Moonlight (05/07), SW Moonlight (04/08), 207 Quicksilver (03/10), 207 e Hoggar 10 Anos fabricando no Brasil (03/11), 208 Première (01/13), 207 Sedan In Concert (05/14), 208 Quiksilver (10/14), 208 InConcert (03/16), 2008 Crossway (10/16), 208 Urbantech (09/17), 208 In Concert (07/18), 2008 Style (07/18), 2008 turbo THP in Concert by JBL (02/20), 2008 Skywalker (05/21), 2008 Roadtrip (11/22)
Importados (desde 2001): 607 (da França, desde 06/01), 206 CC (França, 09/01), 307 (França, 11/01; Argentina, 05/04), Partner 2005 (Argentina, 07/05), 307 sedã (Argentina, 09/06), 407 cupê (França, 01/07), 3008 (França, 11/10), 408 (Argentina, 03/11), RCZ (Áustria, 11/11), 308 (Argentina, 02/12), 508 (França, 06/12), 308 CC (França, 08/12), van Expert (Uruguai, 10/17), furgão Partner 2019 (Argentina, 07/18), Expert Minibus (Uruguai, 10/18), novo furgão Boxer Cargo (11/18, Itália), Boxer Minibus (Itália, 10/19), Novo 208 (Argentina, 09/20), Expert Vitré (Uruguai, 09/20), e-208 GT (Eslováquia, 09/21), furgão elétrico e-Expert (França, 11/21), elétrico e-2008 (Espanha, 11/22), novo elétrico E-2008 (França, 07/24), novo 2008 (Argentina, 08/24), novo Expert Cargo e Vitré (Uruguai, 08/24)
Outras premiações e distinções (modelos nacionais): 206 1.4 Flex (Qual Comprar 2006, categoria Hatches Compactos; revista Autoesporte), 206 1.4 Flex (Qual Comprar 2007, categoria Hatches Compactos; revista Autoesporte), 206 SW (Os Eleitos 2007, categoria Peruas e Utilitários Esportivos Leves; revista 4 Rodas), PSA (Prêmio AutoData 2008, categoria Responsabilidade Ambiental), 207 Escapade (Destaques Motor Show 2008, categoria Station Compacta), 207 Escapade (Motor Show Destaques do Ano 2009, categoria Station Compacta), 208 (Os Eleitos 2014, categoria Hatch Premium; revista 4 Rodas), 208 (Os Eleitos 2015, categoria Hatches Compactos Premium; 4 Rodas), 2008 1.6 THP (Compra do Ano 2016, categoria Crossover; Motorshow), 2008 Allure 1.6 automático (Melhor Compra 2016, categoria SUV até R$ 75.000; 4 Rodas), PSA [Citroën e Peugeot] (Marca Verde 2017; Autoesporte), 208 (Os Eleitos 2017, categoria Hatches Premium; 4 Rodas)