ORION |
Chamado Corvette gaúcho, o buggy Orion tinha as linhas bastante próximas, em escala menor, do grande esportivo norte-americano. Construído nos anos 80 em Porto Alegre (RS), utilizava plataforma Fusca encurtada 32 cm no entre-eixos, sobre a qual era montada a carroceria conversível para dois passageiros, moldada em plástico reforçado com de fibra de vidro no município vizinho de Canoas. O carro vinha com quatro faróis retangulares do Volkswagen Passat, lanternas traseiras do Gol (depois do Voyage), para-brisa do Fiat 147 e um potente santantônio tubular. Entretanto, apesar do estilo correto, não primava pelo acabamento.
Inicialmente construído com duas portas e vidros laterais operacionais, dando-lhe um perfil bastante semelhante ao Puma, o modelo foi mais tarde simplificado, sendo abolidas portas e janelas, ao estilo dos buggies. Também foi disponibilizado um teto rígido removível de fibra de vidro, pintado ou revestido de curvim. Depois disto, por duas vezes o carro foi substancialmente alterado, em ambos os casos recebendo carroceria fechada e perdendo quase toda a semelhança com sua fonte de inspiração – o Corvette. Na primeira (um modelo aparentando ser equipado com motor dianteiro) ganhou teto destacável e nova frente, com dois faróis retangulares e entradas de ar adicionais no capô e nas laterais, à frente das rodas traseiras; a traseira ganhou quatro lanternas circulares e um aerofólio.
Na última (com motor traseiro), retomou algo do estilo Corvette nas linhas da dianteira, apesar dos quatro faróis circulares e das lanternas com lentes triangulares, trazidas do Ford Focus. Ainda que mantendo as quatro lanternas do modelo anterior, a traseira foi radicalmente alterada. As entradas de ar laterais para o motor subiram para as colunas traseiras, o para-brisa tornou-se quase vertical e a tampa de acesso ao motor aumentou de tamanho e ganhou uma grelha de ventilação em toda a sua extensão. Na oportunidade, o teto destacável foi substituído por um teto solar de vidro.