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VOLARE CINCO

Mais um projeto original da subsidiária da Marcopolo

maio 2016

Marca criada em 1998 pela Marcopolo – um dos maiores fabricantes de carrocerias do planeta -, a Volare foi responsável pelo lançamento dos primeiros mini-ônibus do país. A nova categoria vinha preencher um vazio no mercado, então dominado pelas vans, que não oferecia sucedâneos adequados, em caso de necessidade de veículos de maior capacidade, porém menores e mais leves do que os micro-ônibus.

O enorme sucesso obtido com o lançamento logo alçou a Volare à liderança no segmento de veículos leves para o transporte de passageiros, levando a Marcopolo a transformá-la em unidade de negócios específica e, a partir de 2005, a dotá-la de independência gerencial, com direito a diretoria, engenharia e políticas próprias.

Mantendo a tradição de pioneirismo e criatividade, confirmada por diversos outros inspirados lançamentos ao longo dos anos, a empresa acaba de apresentar o modelo Cinco, veículo de porte intermediário entre vans e mini-ônibus. Com PBT de 5,0 t, tem estrutura monobloco tubular, revestimento externo em plástico moldado e vidros colados. O Cinco vem equipado com motor dianteiro diesel Cummins (quatro cilindros em linha, 2,8 l e 150 cv), câmbio manual de cinco marchas, tração traseira com rodado duplo, suspensão por molas parabólicas, freios a disco na frente e a tambor atrás, com ABS, e direção hidráulica. Painel de instrumentos e acabamento interno têm padrão automobilístico, vindo a versão superior com central multimídia equipada com GPS, DVD, entrada USB e câmera de ré.

O comprimento de 6,70 m e as dimensões internas (1,93 m de altura e 1,90 m de largura) permitiram a instalação de fileiras de três lugares, com corredor central e acesso por porta única, localizada à direita, dotando o novo veículo da acessibilidade dos mini-ônibus e do conforto das vans, com muito mais espaço para bagagens do que estas.

Produzido na nova fábrica de São Mateus (ES), o Volare Cinco será disponibilizado em três versões – Escolar, Executivo e Executivo Plus -, com capacidade variando entre 13 e 20 passageiros.

 

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FIAT MOBI

Um feliz lançamento?

abril 2016

Um tiro n’água. Se você esperava beleza e modernidade no novo carro pequeno da Fiat, provavelmente ficou frustrado. Recém-lançado, o Mobi fica anos-luz atrás de seu principal concorrente – o Volkswagen up!.

Com linhas grosseiras e exígua área envidraçada, em especial na traseira, sua estética pesada lembra os piores exemplares da produção chinesa. Como enfrentar a delicadeza, a racionalidade e funcionalidade do inteligente carro da Volkswagen? Avalie você, acompanhando as fotografias abaixo e o texto a seguir.

Menor automóvel da linha Fiat, o Mobi foi projetado no Brasil a partir do Uno, do qual herdou grande parte dos órgãos mecânicos e elementos da carroceria. 24,5 cm mais curto, 4,0 cm mais estreito e com entre-eixos 7,0 cm menor que aquele, também tem quatro portas e cinco lugares. O carro traz desnecessária tampa traseira de vidro (copiando o VW up! europeu), com pouco mais de 25% de área útil transparente, correspondente à vigia. Quatro centímetros mais curto do que o up!, sua distância entre eixos é 12 cm menor, o que naturalmente impacta negativamente sobre o espaço interno e o tamanho do porta-malas, com apenas 235 litros de capacidade (quase 18% menor do que o do VW).

Se preferência estética é questão absolutamente pessoal – “gosto não se discute”, afinal -, o mesmo não acontece com assuntos técnicos, quantificáveis. O Mobi chegou equipado com o velho motor 1.0 Fire do Uno (quatro cilindros, oito válvulas, 73/75 cv), do qual também recebeu o câmbio manual de cinco marchas e a suspensão (McPherson na dianteira e por barra de torção atrás). Tem freios a disco na frente e direção hidráulica. (Por sua vez, já em seu lançamento, em janeiro de 2014, o moderníssimo up! veio com motor de três cilindros, 12 válvulas e 75/82 cv e direção com assistência elétrica – isto se não considerarmos a opção TSI, de julho de 2015, turbinada, com 105/101 cv e torque 61,5% maior.)

Assim, já em suas primeiras coberturas, a imprensa especializada não pôde deixar de manifestar estranheza e desapontamento com a “novidade” da Fiat. Se o visual polêmico do Mobi não deixou de ser considerado, foi no anacronismo mecânico e na “raquítica” ergonomia do modelo que os principais comentários se concentraram.

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Após registrar que “faltou inovação ao lançamento mineiro“, o respeitado site Best Cars comentou: “a frente usa capô, grade e faróis volumosos que parecem vir de um carro maior, em um excesso mais habitual nos Chevrolets que nos harmoniosos Fiats“. “Se o Uno já não sobressaía em espaço interno, você pode imaginar como ficou o Mobi com 25 cm a menos“. Foram criticados os bancos dianteiros (“estreitos e têm encosto desconfortável e os pedais ficam muito à direita“), a visibilidade traseira (“crítica“), o espaço no banco traseiro, a capacidade para bagagens e o acesso ao porta-malas. Avaliado no trânsito, o Mobi  “não mostrou surpresas: é muito parecido com o Uno sob qualquer aspecto“. Best Cars encerra a avaliação questionando o lançamento: “como nada acrescenta ao Uno em termos técnicos ou de conforto – pelo contrário, pois é menos espaçoso para passageiros e bagagem –, fica a sensação de que apenas remodelar o modelo conhecido faria mais sentido“.

Reportagem conjunta do jornal O Globo e da revista Autoesporte confirma “a impressão de que o novo modelo nada mais é do que um mini-Uno“, com acabamento mediano, “superior ao Chery QQ [o que não representa nenhum mérito], mas inferior ao do VW up!“. Também foram criticados a posição de dirigir, a visibilidade traseira, o espaço disponível no banco de trás e o tamanho do porta-malas. Antes de encerrar o texto, não recomendando a compra do novo carro “por enquanto“, a matéria não deixou de comentar seu desenho, “no mínimo polêmico“: “uma carroceria encurtada de Uno, sobrecarregada nos ornamentos. A grade tem um quê de Dodge Journey/Fiat Freemont. Os faróis são enormes, mas espichados inutilmente, já que os piscas ficam perto da grade, (…) e há vincos nos para-lamas traseiros que lembram o JAC J2“.

O Mobi foi apresentado em seis versões: Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On. O primeiro não vem sequer com opção de direção hidráulica e ar condicionado, de série na versão Easy On. O Mobi Like vem com vidros e travas elétricas, computador de bordo, chave com telecomando, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança dianteiros ajustáveis em altura, grade dianteira pintada em preto brilhante, comandos internos para abertura do bocal de combustível e do porta-malas e revestimento do porta-malas. Como itens de série, Like On também traz faróis de neblina, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores elétricos com repetidores de direção, alças de segurança, sensores de estacionamento, alarme e rádio com comandos no volante.

Também ao Mobi coube a versão “aventureira” Way que, além dos itens apresentados no Like On, vem com suspensão mais elevadas, barras longitudinais de teto e molduras plásticas nos para-choques e nas caixas das rodas. A versão completa Way On também traz, de série, rodas de liga leve de 14″, console de teto com porta-objetos e espelho adicional.

Segundo Best Cars, “o mais difícil ao analisar o Mobi é encontrar sua função no mercado. A Fiat deve ter detectado que um novo automóvel com nome inédito poderia agregar à linha e lhe trazer compradores que o Uno já não atraía. Mas faria bem em lançá-lo já com o motor de três cilindros, para evitar a sensação de ser apenas mais do mesmo“.

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