Novidades

GLA 200

O primeiro utilitário esportivo nacional da Mercedes-Benz

junho 2016

Tradicionalíssimo produtor de caminhões e ônibus, instalado no Brasil desde 1953 (foram seus os primeiros motores diesel e o primeiro ônibus monobloco do país), a Mercedes-Benz também viveu curta temporada como fabricante de automóveis: entre 1999 e 2005 quase 63.000 carros Classe A saíram das modernas instalações para ele especialmente construídas em Juiz de Fora (MG).

Menos de uma década depois, no final de 2013, a empresa comunicou seu retorno como fabricante de carros de passageiros. O anúncio foi motivado pelo programa federal Inovar Auto (que prevê redução de taxas de importação como incentivo ao incremento do conteúdo local), benefício especialmente útil para fornecedores de automóveis da categoria premium, todos eles importados. Acompanhando com algum atraso os concorrentes Audi, BMW e Land Rover, finalmente também a Mercedes-Benz acabou por se decidir pela proposta.

A nova planta foi inaugurada em março último, em Iracemápolis (SP); especialmente concebida para a fabricação de automóveis, tem capacidade para 20.000 unidades/ano. (Convertida desde 2010 para a produção de caminhões, a unidade de Juiz de Fora teve impossibilitado o retorno à função original.) O primeiro modelo a ocupar as novas linhas de montagem foi o sedã C 180, ainda em março. O segundo é o SUV GLA 200,  lançado este mês. Os dois modelos vem respondendo por 50% das vendas da marca no segmento de luxo no Brasil.

GLA 200 e C 180 possuem o mesmo conteúdo técnico (motor turbo flex de quatro cilindros, 1.595 cm3 e 156 cv, câmbio automático de sete marchas, suspensão totalmente independente, freios a disco nas quatro rodas), a menos da tração – dianteira no SUV e traseira no sedã. Naturalmente, também diferem nas dimensões: comprimento de 4,42 x 4,69 m; entre-eixos de 2,70 x 2,84 m; volume do porta-malas de 421 x 480 l (GLA e Classe C, respectivamente).

O novo carro chega com três versões de acabamento: Style, Advance e Enduro. A primeira traz sete airbags, volante multifuncional com borboletas, sistema de detecção de sonolência, sistema multimídia com tela de 7″, ar condicionado digital e rodas de liga de 18″. A versão Advance vem ainda com assistência de estacionamento, piloto automático e bancos esportivos. Além de todos estes itens, o Enduro é equipado com ar condicionado de duas zonas, bancos esportivos – o do motorista com memória e ajuste elétrico -, teto solar e faróis de xênon com leds.

Assim como o Classe C, o GLA é montado com elementos totalmente importados, inclusive a carroceria, cuja estrutura monobloco chega completa e pintada; a nacionalização só será iniciada após concluídas as seções de estampagem, montagem do corpo e pintura. Seguindo o conceito de “consórcio industrial”,  a ZF foi responsabilizada pela pré-montagem dos elementos mecânicos (motor, transmissão, eixos e suspensão) em sua fábrica de Sorocaba e pela montagem final em Iracemápolis.

 

46-1 gla F   46-2 gla T

Mercedes-Benz GLA 200





GmailFacebookTwitter

LAND ROVER

Inaugurada a fábrica de Itatiaia


A britânica Land Rover retorna ao Brasil como fabricante. Desde 2008 propriedade do grupo indiano Tata, por curto espaço de tempo a marca foi produzida no país, porém em instalações de terceiros: entre 1998 e 2005 montou pouco mais de 6.000 unidades do icônico jipe Defender em espaço alugado à Karmann-Ghia, em São Bernardo do Campo. Três modelos foram fabricados – 90, 110 e 130 -, nas versões para passageiros, picape e cabine-dupla.

Em 2013, estimulada pelo programa federal Inovar Auto, que vincula a fixação dos impostos de importação à produção local de veículos, a Land Rover anunciou a implantação de fábrica própria em Itatiaia, no sul do estado do Rio de Janeiro. Com capacidade para 24.000 veículos/ano, teve a construção iniciada em dezembro de 2015 e inauguração no último 14 de junho, envolvendo inversões de R$ 750 milhões.

De suas linhas de produção sairão, de imediato, os dois modelos da marca de maior sucesso no país – Discovery Sport e Evoque -, os dois respondendo por cerca de 70% das vendas internas. (A Land Rover lidera o mercado brasileiro de utilitários de luxo, com 33% de participação.) A empresa não descarta, para o futuro, a montagem local do sedã Jaguar XE, marca hoje também vinculada à Land Rover.

Discovery Sport e Evoque possuem a mesma concepção técnica e igual base mecânica: motor turbo a gasolina com quatro cilindros, 1.999 cm3 e 240 cv, câmbio automático de nove marchas, tração integral, suspensão independente (McPherson na frente, multilink atrás), freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) e direção elétrica. Os dois diferem ligeiramente nas dimensões, superiores no primeiro (comprimento de 4,59 versus 4,37 m; entre-eixos de 2,74 versus 2,66 m); ainda assim, o porta-malas do Evoque é maior (575 l, contra 454 l).

O Discovery Sport importado é apresentado em três versões de acabamento (SE, HSE e HSE Luxury); o Evoque em cinco (SE, SE Dynamic, HSE, HSE Dynamic e Autobiography); a Land Rover ainda não anunciou quais as versões disponíveis para os modelos montados no Brasil. Como também não informou (o que vem sendo regra para todas as marcas de luxo recém chegadas – BMW, Mercedes-Benz, Audi) qual o índice de nacionalização obtido, certamente muito reduzido.

 

45-1 discovery sport   45-3 evoque

Discovery Sport (à esquerda) e Evoque.





GmailFacebookTwitter
1 84 85 86 87 88 109