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XXIX SALÃO DO AUTOMÓVEL

Superesportivos, Conceitos, carros híbridos e muitos SUVs

novembro 2016

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo está de casa nova. Desde 1970 utilizando o Pavilhão do Anhembi, à margem do rio Tietê, na entrada norte da cidade, neste ano transferiu-se para o lado oposto de São Paulo, junto ao início da Rodovia dos Imigrantes. Arquitetonicamente menos ousadas, as novas instalações dispõem de ar condicionado e de amplo edifício-garagem anexo.

Num ano de recessão e crise, o Salão surpreendeu pela quantidade de novidades apresentadas, nacionais e importadas, e pelo grande destaque dado aos modelos topo de linha – superesportivos, sedãs de representação e picapes-monstro -, significando serem todos eles opções atraentes para o mercado.

Embora cada fabricante tenha procurado enfatizar em seus stands aspectos específicos da marca, de caráter tecnológico e estilístico, pôde-se observar pelo menos quatro focos comuns a todos eles: além dos polos de atração de público provocados pelos modelos de luxo ou de alta performance, cada marca teve um novo SUV ou modelo conceitual para exibir e um projeto de veículo elétrico ou híbrido para divulgar.

Se as versões esportivas e de luxo se destacaram entre os importados, também houve muito de interessante para ver entre os nacionais: lançamentos inesperados de utilitários esportivos, séries especiais de automóveis e picapes e alguns poucos – mas inspirados – carros-conceito.

Por fim, pela primeira vez em muitos anos, dois pequenos construtores nacionais – ambos de buggies – estiveram presentes na feira, um deles estreando como fabricante.

A seguir fazemos um retrato panorâmico da feira. De acordo com nossa prática, dado o foco de LEXICAR, daremos maior ênfase aos veículos de produção nacional.

 

AUDI

A marca exibiu grande quantidade de hatches, sedãs, SUVs e esportivos importados, com destaque para o cupê R8 V10 Plus (5,2 litros e 610 cv), para o protótipo de competição híbrido R18 (com tração integral e 830 cv) e para o hatch h-tron, versão elétrica do Q6 alimentada a célula de combustível. O modelo de entrada A1 não foi mostrado.

Sem qualquer alteração, também foram exibidos os dois modelos nacionalizados – A3 Sedan e Q3. Única novidade brasileira foi a reapresentação do primeiro exemplar montado no Brasil nesta segunda fase da marca no país, exibindo pintura especial, criada pelo artista Eduardo Kobra, em homenagem a Ayrton Senna, primeiro importador brasileiro da marca.

 

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Da esquerda para a direita, os modelos R8 V10 Plus, h-tron Quattro e R7 Performance; na imagem da direita, o primeiro A3 Sedan fabricado no Brasil com a pintura homenageando Ayrton Senna, especialmente criada para o Salão pelo artista Eduardo Kobra (fotos: LEXICAR).

 

BMW e MINI

Além dos diversos modelos já nacionalizados, que não sofreram alteração, a BMW mostrou sua vasta linha produzida na Alemanha, com destaque para os esportivos da série M e para os híbridos i3 e i8.

O protótipo do SUV X2, recém mostrado no Salão de Paris, ganhou lugar de evidência no stand; embora apresentado pela empresa ainda como modelo conceitual, já estaria sendo cogitada sua nacionalização a partir de 2018.

A BMW compartilhou seu stand com a Mini e as motocicletas da marca.

 

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O híbrido i8 e o protótipo do utilitário esportivo X2 (fotos: LEXICAR e divulgação).

 

CHERY

Junto dos modelos nacionais Celer e QQ, deslocados para segundo plano, a empresa chinesa apresentou o SUV Tiggo 2 e os sedãs Arrizo 5 e Arrizo 7. Utilizando plataforma do Celer, o Tiggo tem produção nacional prometida para 2017.

 

CHEVROLET

A Chevrolet realizou dois lançamentos de interesse do mercado interno, porém ambos importados: o novo SUV Tracker, trazido do México, com motor 1.4 turbo flex (injeção direta e 153 cv) e câmbio automático de seis marchas, e o hatch Cruze Sport6 (fabricado na Argentina, tal como o sedã) com o mesmo conjunto propulsor do Tracker.

Entre os nacionais, novidades foram o Onix Activ, versão “aventureira” do líder brasileiro de vendas, e quatro modelos conceituais: picape Montana Activ, sedã Cobalt Midnight (todo em preto, inclusive as rodas de liga) e as picapes S10 Colorado Xtreme (meses atrás apresentada na Tailândia) e S10 Trailboss, ambas 4×4.

A Xtreme recebeu guincho elétrico, projetores acima do para-brisa com lâmpadas de leds, snorkel, grandes pneus lameiros, engate para reboque, grade de proteção para as lanternas e bagageiro no teto. Menos equipada – e mais próxima de um modelo de série – a Trailboss veio com para-choques reforçados, projetores de leds, estribos alargados, santantônio tubular na caçamba, rack no teto e chapa protetora para o carter.

Entre os importados, as grandes atrações da Chevrolet foram o esportivo Camaro, exposto na série especial Fifty (V8 de 6,2 l e 461 cv) e o elétrico Bolt, a baterias, com autonomia de 400 km.

 

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O novo Chevrolet Onix Activ e as picapes conceituais Montana Activ, S10 Colorado Xtreme e S10 Trailboss (fotos: LEXICAR).

 

CITROËN

Além dos modelos correntes, nacionais e importados, e do novo C4 Picasso, a Citroën mostrou cinco modelos conceituais, três desenvolvidos no Brasil e dois na França.

Concebidos no país foram o C3 City Rider,  o Aircross Beachcrosser e, embora tendo como base um importado, o C4 Lounge Sportmarin.

O hatch City Rider recebeu pintura de duas cores, rodas especiais, alargadores dos arcos das rodas, barras protetoras emborrachadas nas portas, faróis com máscara negra, lanternas traseiras especiais, estofamento e acabamentos internos combinando com a cor da carroceria e maior variedade de equipamentos.

Com suspensão elevada e pneus lameiros, o Beachcrosser foi equipado com dois drones (“que podem acompanhar o Aircross e gravar suas aventuras“, segundo a empresa) e com uma prancha de surf personalizada. Como o City Rider, também levou pintura e acabamento interno bicolor e proteção nas laterais; para-choque dianteiro e grade inferior foram modificados.

No C4 Sportmarin as intervenções se concentraram no padrão da pintura, no maior uso de cromados e nos acabamentos internos.

São elétricos os dois projetos conceituais desenvolvidos na França: Concept Aircross, um grande utilitário esportivo híbrido, com motor 1.6 turbo a gasolina de 218 cv aliado a um elétrico de 95 cv, e o utilitário a baterias E-Méhari (50 kW, equivalentes a 69 cv).

 

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C3 City Rider e Aircross Beachcrosser, os dois modelos conceituais sobre automóveis nacionais expostos pela Citroën (fotos: LEXICAR).

 

D2D

Uma das maiores surpresas do Salão, a desconhecida D2D Motors acaba de entrar no mercado como fabricante de veículos. (Leia aqui matéria especial sobre a nova marca e seus produtos.)

 

FIAT

Vinda de importantes lançamentos nos últimos meses, a Fiat pouco de novo apresentou em seu enorme stand instalado bem à entrada do pavilhão de exposições. Em meio à linha de modelos nacionais, apenas um importado foi mostrado, em local de destaque: o belo 124 Spider (1.4 e 140 cv), recriação do célebre homônimo italiano de 1966.

Três discretas criações brasileiras foram preparadas para o Salão: a picape Toro na série especial Black Jack, totalmente negra (assim como o sedã Cobalt Midnight, da Chevrolet) e os conceitos Toro Expedition e Mobi Velocity – ambos agregando acessórios Mopar, marca fornecedora de componentes herdada da Chrysler.

A picape Expedition, pintada em verde militar metálico, teve a suspensão elevada em duas polegadas e foi equipada para operações off-road: pneus lameiros, guincho dianteiro, reforço de para-choque, rack no teto com três galões para combustível e prancha de desatolamento, barra de iluminação adicional com leds, barraca de camping para duas pessoas, montada na caçamba, e bancos de couro.

O pequeno Mobi Velocity, apresentado em preto e branco, ganhou rodas de 17″ com pneus de perfil reduzido, suspensão 5 cm mais baixa, freios dianteiros com discos maiores e pinças com quatro pistões e bancos de couro. A propósito, o modelo Mobi ganhou a versão Drive, equipada com o novo motor 1.0 de três cilindros, já utilizado no Uno.

 

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Conceitos Fiat Mobi Velocity e Toro Expedition (fotos: LEXICAR).

 

FORD

Quase nada de novo sob os céus da Ford. Entre os carros nacionais, além de sua linha corrente (Ka, Ka+ e Fiesta), apresentada sem qualquer alteração (a esperada reestilização do EcoSport ainda não aconteceu), a marca expôs um único (e discreto) lançamento: Ka Trail, um hatch 1.5 “aventureiro” com pneus de uso misto, molduras nos arcos das rodas e no teto, faróis com máscara negra e adesivos nas laterais e traseira em verde escuro e laranja.

Dos importados, além daqueles com maior volume de vendas (Focus, Ranger e a SUV Edge renovada), a empresa exibiu o sedã Fusion híbrido, o Ford GT (motor V6 de 3,5 l e “mais de 600 cv“), o Mustang Shelby cupê, o Mustang GT conversível e a imensa picape Raptor (V6 biturbo de 3,5 l e 450 cv, caixa automática de dez marchas).

 

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Ka Trail, única novidade brasileira da Ford no Salão (foto: LEXICAR).

 

HONDA

Veio da Honda outra das grandes surpresas do Salão: o lançamento mundial do SUV WR-V, projetado no Brasil a partir do Fit, do qual utiliza a mecânica 1.5 flex de 116 cv e transmissão automática CVT. Com início de vendas previsto para o primeiro semestre de 2017, ainda não teve informados versões e demais detalhes técnicos. (Leia aqui maiores detalhes sobre o lançamento.)

Toda a linha nacional foi mostrada: novo Civic, Fit, City e HR-V – que ganhou nova versão top Touring, mais equipado e com faróis de leds.

Focada na divulgação da produção interna, a Honda expôs somente dois importados (SUV CR-V e sedã Accord).

Evidentemente a marca não descuidou de sua imagem e trouxe para o stand algumas estrelas esportivas e tecnológicas, próprias para atrair a curiosidade do público: o monoposto de Fórmula 1 Mac Laren-Honda , o hatch Clarity, primeiro elétrico a célula de combustível comercializado no mundo, e o conceito Project 2&4, com quatro rodas e motor de 999 cm3, criação conjunta de seus estúdios de design de automóveis e de motocicletas no Japão.

Assim como a BMW, também a Honda expôs motos em seu stand.

 

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O novo SUV Honda WR-V e o estudo conceitual japonês Project 2&4 (fotos: LEXICAR).

 

HYUNDAI

Foi a Hyundai quem maior número de novidades trouxe para a produção nacional: nada menos de dois utilitários esportivos (um deles em lançamento mundial) e quatro conceitos sobre modelos de série.

Inédito, o SUV Creta foi desenvolvido a partir da plataforma do sedã Elantra. Virá com duas opções de motor – as mesmas do HB20 (1.6 flex de 130/123 cv ou 2.0 com duplo comando de válvulas e 166/156 cv – ambas com 16 válvulas, agora de abertura variável). O modelo já se encontra em linha de produção na fábrica de Piracicaba (SP). (Leia aqui maiores detalhes sobre o lançamento.)

Para acompanhar o novo carro, a Hyundai preparou o belo STC Concept, proposta de picape especialmente criada para o Salão do Automóvel.

O segundo lançamento foi o SUV New Tucson. Terceira geração do modelo coreano, conviverá no Brasil com a primeira geração, que permanece em linha na fábrica de Catalão (GO). O novo carro chegou com motor 1.6 turbo de injeção direta e 177 cv e caixa automática de sete marchas e dupla embreagem. (Leia aqui maiores detalhes sobre o lançamento.)

Especial atenção no Salão mereceu o hatch HB20, para ele tendo sido criadas três versões conceituais: HB20 D spec, HB20S Limited e HB20X JBL.

Projetado a partir do modelo R spec e considerado pela Hyundai “a versão conceitual mais esportiva da família HB20“, o D spec trouxe pintura dourada fosca com detalhes em preto brilhante, pinças de freio douradas, saias laterais e para-choques de novo desenho, ponteiras de escapamento cromadas e bancos de couro. O sedã Limited, na cor branca perolizada, veio com acabamento interno mais sofisticado, bancos de couro e revestimentos na cor marfim. O conceito HBO20X JBL, por fim, criado em conjunto com o fabricante de equipamentos de áudio JBL, recebeu cor grafite fosca com detalhes laranja, interior escurecido e sistema de som especial. Os três modelos apresentam rodas de liga de 17″ e faróis de leds.

Além de toda a linha nacional, o stand expõe os sedãs Elantra e G90 (da marca de luxo Genesis), o SUV Santa Fe e o híbrido IONIQ.

 

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O novo SUV Creta e as criações conceituais STC Concept, HB20 D spec e HB20X JBL (fotos: LEXICAR).

 

JEEP

Hoje uma marca do grupo Fiat, a Jeep deu destaque à sua mais recente novidade – o SUV Compass (leia aqui a notícia de lançamento). Além do também nacional Renegade, foram expostos os importados Cherokee e Wrangler, este na nostálgica série especial Willys.

 

LAND ROVER

Apresentação da linha importada (com destaque para o novo Evoque Cabriolet) e dos dois modelos montados no Brasil – Range Rover Evoque e Discovery Sport.

Nos fundos do stand foi mostrado o Evoque nacional que em 2016, em conjunto com o irmão Discovery Sport, realizou quatro expedições fora-de-estrada a várias regiões do país: de Palmas, em Tocantins, a Barreiras, na Bahia, passando por Jalapão; ao longo do litoral do Rio Grande do Norte; percorrendo grande parte da Estrada Real, entre Rio de Janeiro e Minas Gerais; e explorando os pampas centrais do Rio Grande do Sul.

 

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Range Rover Evoque – um dos dois modelos montados no Brasil participantes do raid off-road “Filhos deste Solo” (foto: LEXICAR).

 

MERCEDES-BENZ

Em seu grande stand a Mercedes-Benz mostrou trinta modelos importados, seis deles inéditos no Brasil, incluindo esportivos AMG, conversíveis,  SUVs e o luxuosíssimo S 500 Maybach. Ignorada, primeira vez a marca Smart esteve ausente do Salão.

Também os modelos nacionalizados sedã Classe C e GLA foram mostrados, sem qualquer alteração.

Grande destaque foi dado ao aerodinâmico híbrido Concept IAA (de Intelligent Aerodynamic Automobile), pela primeira vez exposto no Salão do Automóvel de Frankfurt de 2015. Capaz de alterar o perfil e as superfícies da carroceria em função da velocidade, é hoje o automóvel de quatro portas com o menor coeficiente aerodinâmico do planeta – Cx 0,19.

 

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Concept IAA, o moderníssimo estudo de aerodinâmica alemão exposto pela Mercedes-Benz (foto: LEXICAR).

 

MITSUBISHI

Inesperada revelação, no stand da Mitsubishi, foi a reestilização parcial do utilitário esportivo ASX, que ganhou grade e para-choque dianteiro novos.

Além da recém-apresentada picape L200 Triton Sport (veja aqui a reportagem de lançamento), estiveram presentes no Salão os demais modelos nacionais e os importados Pajero Full e Outlander. Fazendo jus à tradição esportiva da marca, forma mostradas com destaque as versões para rally da Triton Sport e ASX.

 

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Stand da Mitsubishi, evidenciando a nova picape L200 Triton Sport na versão para rallies, e o reestilizado SUV ASX (fotos: LEXICAR).

 

NISSAN

Apesar de ter como sua grande estrela o superesportivo japonês GT-R (V6 biturbo de 3,8 l e 572 cv e tração integral), a Nissan não deixou de apresentar novidades no Salão, a principal delas o lançamento da nova picape Frontier (diesel turbo de 2,3 l e 190 cv), a partir de agora importada – inicialmente do México e, a partir de 2018, da Argentina.

O pequeno SUV Kicks (ainda não nacionalizado), de extremo sucesso desde seu lançamento há quatro meses, ganhou novas pinturas (agora também monocromáticas) e a versão SV Limited, melhor equipada e com maior conectividade.

Séries especiais foram preparadas para Versa e March. Para o sedã, a série Sportech, na cor negra, com grade, para-choques, rodas e interior grafite. O hatch March ganhou a série especial Special Edition, uma versão esportiva em preto e vermelho vibrantes, com novos para-choques, saias laterais, aerofólio e acabamento premium.

Participaram ainda da mostra o sedã Sentra e o conceito 2020 Vision GT. Materialização do carro virtual concebido pela Nissan para o jogo GT6, do console Sony PlayStation, foi pela primeira vez postrado no Salão de Tóquio de 2015.

 

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A nova picape Frontier e o SUV Kicks (agora com opção de pintura de uma só cor); à direita, a série especial March Special Edition (fotos: LEXICAR).

 

PEUGEOT

Foram estrangeiras as maiores atrações da Peugeot neste Salão: o novo SUV 3008 (1.6 e 165 cv), o esportivo urbano conversível elétrico Fractal, o carro para rallies 3008 DKR, preparado para a prova Paris-Dakar de 2017, e a van conceitual i-LAB, imaginada como escritório móvel.

Sem lançamentos nacionais, os modelos aqui fabricados ganharam duas versões conceituais: 2008 Kyanit e 208 Pyrit. O primeiro recebeu pintura especial azul e preta, saídas de ar no capô, teto de vidro e interior com quatro bancos esportivos de encosto alto nas mesmas cores. O hatch Pyrit teve a carroceria e as rodas adesivadas com película replicando cobre, bancos esportivos, interior com revestimento preto e grafite pespontado com linha em tom cobre, detalhes também em cobre e tapete com incrustação de cristais Swarovski.

Ganharam destaque no stand o 208 GT e a série especial 2008 Crossway, ambos lançamentos nacionais recentes. Os modelos 308 e 408, importados da Argentina, também estiveram na mostra.

 

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208 Pyrit e 2008 Kyanit, as duas novidades preparadas pela Peugeot brasileira para o Salão (fotos: LEXICAR).

 

RENAULT

Muito diversificado esteve o stand da Renault, com dois carros elétricos já em produção seriada (Zoe e Twizy), o monoposto de Fórmula 1 R.S. 16, com o qual a marca voltou às pistas na atual temporada, e o GT Sport R.S. 01, com motor V6 de 500 cv.

Extraordinária foi a série de lançamentos, com três novos utilitários esportivos a um só tempo: Koleos, Captur e Kwid. O primeiro, de maior porte e importado do México, conta com motor 2.5 de 182 cv, transmissão automática CVT e tração integral.

Pequeno hatch desenvolvido para a Índia e provável substituto do Clio, o Kwid será nacionalizado no próximo ano; vem com o novo motor 1.0 SCe de três cilindros, duplo comando de válvulas de abertura variável e 82/79 cv. No Salão o carrinho (que ainda poderá sofrer eventuais ajustes do estilo, segundo a Renault) foi apresentado na versão conceitual Outsider, desenvolvida no Brasil.

O modelo intermediário Captur, já em produção no Paraná, será colocado no mercado em fevereiro de 2017 – embora a Renault tenha iniciado a campanha de pré-vendas no próprio Salão (leia aqui detalhes do lançamento). Projetado na França a partir da plataforma do Duster, com o qual compartilha elementos mecânicos e estruturais, oferece duas opções de motor (o novo 1.6 SCe de 118/115 cv ou o atual 2.0 de 148 cv) e duas de câmbio (manual ou automático CVT).

Toda a linha Renault nacional esteve exposta: Logan, Sandero, Sandero R.S., Oroch e Duster. Dois conceitos foram criados a partir dos modelos de série: a partir do Sandero R.S., o R.S. Grand Prix Concept, com pintura externa e acabamento interno em preto e dourado; e partindo do Duster, a versão especial Extreme Concept, com suspensão elevada, pneus lameiros, alargadores de para-lamas, snorkel, rack no teto, projetor de leds e escada lateral.

 

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O SUV Kicks na versão Outsider, o novo Renault Captur e os conceitos Sandero R.S. Grand Prix e Duster Extreme Concept (fotos: LEXICAR).

 

SUZUKI

Expostos os importados Vitara, Swift e S-Cross e o jipinho nacional Jimny. Para ele foi preparada no Brasil a versão conceitual Canvas, com traseira aberta dotada de gaiola de proteção.

 

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Suzuki Jimny Canvas (foto: LEXICAR).

 

TOYOTA

A Toyota escolheu como principais atrações de seu stand os híbridos Prius e Mirai e o conceito C-HR, todos japoneses. Importada também foi a maioria dos modelos de série expostos pela marca: a nova picape Hilux 2017 e os utilitários esportivos SW4 e RAV4.

À falta de lançamentos nacionais, a empresa apresentou duas séries especiais: Ready!, para o hatch Etios, e Dynamic, para o sedã Corolla.

 

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As novidades brasileiras da Toyota se resumiram às séries especiais Etios Ready! e Corolla Dynamic (fotos: LEXICAR).

 

TROLLER

Como veio acontecendo nos últimos Salões, desde ter o controle assumido pela Ford, mais uma vez a Troller se apresentou em stand próprio e ganhou um modelo conceitual, exposto como atração central.

Para este ano foi preparado o radical T4 Xtreme, com apenas três lugares (um na traseira), suspensão elevada, pneus extralargos e cabine aberta, com estrutura de proteção entre o para-brisa e a dupla coluna central. Também foi lançada a série especial T4 Bold, com pintura bicolor, rodas de 17″ em preto fosco, snorkel e interior com revestimentos cinza escuro e central multimídia.

 

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Conceito Troller T4 Xtreme e série especial T4 Bold (fotos: LEXICAR e divulgação).

 

VOLKSWAGEN

Todos os modelos nacionais e muitos importados estiveram presentes no stand da Volkswagen – o maior do Salão.

Entre os últimos, destaque para os conceitos Golf GTE Sport (híbrido 4×4 com carroceria plástica reforçada com fibra de carbono, dois motores elétricos – um por eixo – e um 1.6 a combustão, totalizando 400 cv), o SUV conversível T-Cross Breeze, desenvolvido na Alemanha por designers brasileiros (motor 1.0 TSI de 110 cv), o híbrido BUDD-e (uma recriação futurista da Kombi, com autonomia de 533 km) e o também híbrido Tiguan GTE, apresentado em corte, evidenciando o sistema de geração de energia e os principais órgãos mecânicos. Também foi mostrada a picape Amarok, recém renovada e importada da Argentina.

Novidades nacionais foram as versões Track para up! e Gol e o inesperado e surpreendente modelo conceitual Gol GT, com três portas e características mecânicas não divulgadas. Gol Track chegou com nova grade (a mesma da Saveiro), motor 1.0 TDI (75/82 cv), suspensão elevada, rodas de 15″, direção assistida e ar condicionado. up! Track, também trazendo os usuais apliques em plástico preto nas saias e arcos de rodas, típicos das versões “aventureiras”, se propõe a ser uma alternativa mais barata ao Cross up!. Por fim, para o Cross Fox foi preparada a série especial Urban White, na cor branca, com adereços plásticos e monitor de pressão dos pneus.

 

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Os novos up! e Gol Track, a versão especial Cross Fox Urban White e o conceito Gol GT (fotos: 1 e 2 LEXICAR; 3 site bestcars; 4 divulgação).

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Três criações conceituais desenvolvidas pela Volkswagen alemã: T-Cross Breeze, Golf GTE Sport e BUDD-e (fotos: LEXICAR).

 

WAKE

A paranaense Wake, fabricante dos buggies Way, fez a honra dos pequenos fabricantes brasileiros, que ano a ano diminuem sua presença no Salão. Ao lado do buggy a empresa expôs seu moderno chassi de desenho próprio, com suspensão independente por molas helicoidais e freios a disco nas quatro rodas.

 

 

FABRICANTES SEM PRODUÇÃO NACIONAL

A seguir você encontra a relação das oito marcas internacionais não instaladas no Brasil que também montaram stands no Salão, acompanhada dos principais modelos expostos por cada uma.

CHRYSLER   Dodge Challenger SRT Hellcat (V8 de 6,2 l com compressor e 717 cv), van Chrysler Pacifica e a gigante picape cabine-dupla 4×4 RAM 2500 (V6 de 3 litros e 243 cv, suspensão pneumática).

JAGUAR   Novo F-Type SVR (cupê e conversível com dois lugares e 575 cv) e o primeiro SUV da marca – F-Pace.

KIA   Toda a linha importada, dos populares Picanto e Soul ao sedã de luxo Quoris e ao SUV híbrido Niro.

LEXUS   Conceito elétrico a célula de combustível LF-FC e protótipo híbrido LC 500h (motor V6 de 354 cv).

LIFAN   Única empresa chinesa na mostra, à excessão da Chery, mostrou o sedã 530 e o SUV X60.

MASERATI   Em pequeno stand nos fundos do Salão, expôs o sedã Ghibli e seu primeiro utilitário esportivo –  Levante, com motor V6 biturbo de 3 litros de 350 ou 430 cv.

PORSCHE   Toda a linha, com destaque para o novo SUV Cayenne S E-Hybrid (motor V6 a combustão de três litros e 333 cv aliado a unidade elétrica de 95 cv), o magnífico cupê quatro-portas Panamera (V6 2.9 biturbo de 440 cv ou V8 4.0 de 550 cv, tração integral e câmbio automático de oito marchas) e o GT de competição 919 Hybrid.

SUBARU   Uma dezena de modelos importados do Japão.





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CAPTUR, CRETA, NEW TUCSON, WR-V

De uma só vez, quatro novos SUVs nacionais


O Salão do Automóvel de 2016 nos reservou algumas surpresas. Talvez a maior delas tenha sido o aparecimento de tantos novos utilitários esportivos nacionais, especialmente se levarmos em conta a crise que o país vem atravessando.

Por muito tempo, antes da categoria virar moda, o Ford EcoSport reinou sozinho em nosso mercado – à parte dos modelos importados, mais caros, que começavam a invadir o país. Em 2011 chegou o Renault Duster nacional, dois anos depois o Mitsubishi ASX e, em abril de 2015, o Peugeot 2008 e o Jeep Renegade – este um 4×4 “de verdade”. Mas nesse momento a febre do SUV já havia tomado conta do consumidor brasileiro.

Daí em diante a oferta de modelos fabricados ou montados no Brasil só fez crescer, incluindo desde aqueles de elite (BMW X1, X3 e X4, Mercedes-Benz GLA, Land Rover Discovery Sport e Evoque) até modelos mais acessíveis, como o Nissan Kicks, ainda importado do México, porém com nacionalização prevista para breve.

O Salão veio engrossar a lista (que desde setembro também conta com o Jeep Compass), trazendo de uma só vez quatro novos utilitários esportivos aqui fabricados, todos eles com início de comercialização previsto para o início do próximo ano.

 

HONDA

Veio da Honda uma das grandes surpresas do Salão: o lançamento mundial do SUV WR-V, projetado no Brasil a partir do Fit, do qual utilizará a plataforma e a base mecânica (motor 1.5 flex de 115/116 cv, câmbio automático CVT, direção elétrica, suspensão dianteira McPherson e traseira por barra de torção, freios a disco na frente e a tambor atrás).

Não haverá opção de tração integral; assim, a rigor, o novo carro poderia ser melhor caracterizado como um “SUV urbano” ou um Fit “aventureiro”, um automóvel com carroceria elevada e os acessórios externos típicos dessa categoria best-seller, em vez de um utilitário esportivo stricto sensu.

A Honda não chegou a divulgar, durante o Salão, a totalidade das características técnicas do carro, seu desempenho ou as versões a serem comercializadas.

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Honda WR-V (fotos: LEXICAR)

 

HYUNDAI

A Hyundai surpreendeu não com um, mas com dois novos SUVs: o compacto Creta, fabricado na filial brasileira de Piracicaba (SP), e o médio New Tucson, montado pela Hyundai-CAOA em Anápolis (GO).

Inédito, o Creta foi desenvolvido a partir da plataforma do sedã Elantra. Com 4,27 m de comprimento e 2,59 de distância entre eixos, virá com duas opções de motorização (as mesmas do HB20, com 16 válvulas, porém agora de abertura variável): 1.6 flex de 130/123 cv, aliado a câmbio manual de seis marchas, e 2.0 flex com duplo comando de válvulas e 166/156 cv, com caixa automática de seis marchas. Não haverá, a princípio, opção de tração nas quatro rodas.

O modelo já se encontra em linha de produção, porém a empresa ainda não anunciou as versões que serão disponibilizadas a partir de 2017. Os carros expostos no Salão possuíam arremates de plástico escuro ao longo das saias, na dianteira, traseira e arcos das rodas, rodas de liga de 17″, barras no teto, faróis de leds, pisca-pisca nos retrovisores, antena tipo “barbatana de tubarão”, bancos, painéis das portas e volante revestidos de couro, seis air-bags, controle de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa.

Segundo a Hyundai, todas as versões virão com direção com assistência elétrica, sistema de partida do motor stop & go, monitoramento de pressão dos pneus, travas das portas e retrovisores elétricos, travamento automático das portas a 20 km/h, volante com ajuste de altura e profundidade, banco traseiro rebatível bipartido na proporção 60:40, limpador e desembaçador do vidro traseiro e sistema Isofix para cadeira de bebê.

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Hyundai Creta (fotos: divulgação e LEXICAR)

O New Tucson – terceira geração do utilitário esportivo coreano (as anteriores Tucson e iX35, ambas montadas na fábrica goiana, permanecerão em produção) – tem 4,47 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos. Vem com novo motor importado a gasolina (quatro cilindros, 16 válvulas, turbo com injeção direta, 1.591 cm3 e 177 cv), caixa automática de sete marchas e dupla embreagem, suspensão dianteira McPherson, suspensão traseira multibraço, freios a disco nas quatro rodas e direção com assistência elétrica. O porta-malas tem capacidade de 513 litros.

O novo carro chega em duas versões: GL e GLS (para comemorar o lançamento será produzida a série especial Top, com apenas 30 unidades). Dependendo da versão, o New Tucson recebe faróis e lanternas traseiras de leds, pisca-pisca de leds nos retrovisores, rodas de liga de 18″, teto solar panorâmico, bancos com resfriamento, aquecimento e ajuste lombar, assistente de estacionamento e detector de ponto cego. Externamente, a versão GLS traz grade dianteira cromada.

Todas as versões têm, de série, botão para partida do motor, direção com regulagem de altura e profundidade, ar condicionado de duas zonas, central multimídia com tela de 7″, bancos de couro, air-bags laterais e de cortina, sistema Isofix para cadeira de bebê, sensor de acendimento dos faróis, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa e rack no teto.

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Hyundai New Tucson (fotos: LEXICAR e divulgação) 

 

RENAULT

Um dos três utilitários esportivos mostrados pela Renault neste Salão, o médio Captur foi desenvolvido na Brasil a partir de um projeto francês. Tomando como base a plataforma do Duster, com ele compartilhará elementos mecânicos e estruturais. Seguindo a tendência lançada pelo pequeno SUV Nissan Kicks, também o Captur chegou com opção de pintura bicolor – corpo e capota com cores diferentes.

Com 4,33 m de comprimento, o carro tem tração dianteira e três opções de combinação mecânica: o recém-lançado motor 1.6 SCe de 120/118 cv com câmbio manual ou automático CVT e o 2.0 de 148 cv com câmbio automático de quatro marchas. Serão quatro as versões de acabamento, três com motor 1.6 e uma com 2.0. Todas trarão chave tipo cartão, quatro airbags, retrovisores com rebatimento elétrico, controle eletrônico de estabilidade e tração e assistente de partida em rampas.

A produção já foi iniciada no Paraná. Embora as vendas através da rede autorizada só venham a acontecer a partir de fevereiro de 2017, no Salão foi iniciada a campanha de pré-vendas da versão top Intense, 2.0 automática com pintura em duas cores e bancos de couro. A seguir virão as demais três, com motor 1.6 e câmbio manual ou CVT.

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Renault Captur, logo após sua apresentação oficial no Salão do Automóvel (fotos: LEXICAR)





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