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UP! TSI

Motores pequenos turbinados: a Volkswagen dita tendência

setembro 2015

No final de julho a Volkswagen colocou no mercado um motor turboalimentado com injeção direta para a linha up!. O objetivo do lançamento, contudo, não foi incrementar o desempenho do moderno carrinho. Embora potência e torque tenham aumentado substancialmente, o motivo da turboalimentação foi economizar combustível e reduzir emissões. (Ao ser injetado ar sob alta pressão no motor, são otimizadas a queima do combustível e a qualidade dos gases liberados).

A solução é tendência mundial – que o diga o pequenino Smart Fortwo, que há anos dispõe de versão turbo. A própria Volkswagen do Brasil já teve em linha um motor “mil” turbinado no passado – o 1.0 de 16 válvulas, que a partir de 2000 por algum tempo equipou Gol e Parati. Esta é a primeira vez, porém, que um turbo é instalado em um carro flex de pequeno porte.

O TSI não caracteriza um novo modelo; é apenas uma nova opção de motor, que pode equipar todas as versões da linha up!, exceto a de entrada take up!. Mas que motor! Com ele, pagando R$ 3.100 a mais, ganha-se 30% em potência e incríveis 61,5% em torque com relação ao motor aspirado MPI – à parte os excelentes resultados obtidos em aceleração, tempo de retomada e velocidade final.

Saltam à vista os números comparativos entre os dois motores (MPI vs TSI, com etanol): potência, 82 vs 105 cv; torque, 10,4 vs 16,8 kgf.m; velocidade máxima: 165 vs 184 km/h; arrancada de 0 a 100 km/h: 12,4 vs 9,1 s. O aumento de potência é ainda mais significativo com gasolina: 75 vs 101 cv.

25-1 frente

red up! com motor TSI.

O TSI foi desenvolvido a partir do MPI aspirado de três cilindros e 999 cm3 hoje presente no up! e Fox. O aumento exponencial das cargas dinâmicas provocadas pela aplicação do turbocompressor e da injeção direta, no entanto, obrigaram a profundas mudanças no projeto inicial do motor. Todos os órgãos internos foram redimensionados ou receberam tratamentos especial – do virabrequim, mancais e pistões ao cabeçote e volante. Os dois eixos de comando ganharam controle variável (no MPI disponível somente na admissão) e foi agregado um terceiro circuito de refrigeração, com intercooler no coletor de admissão e radiador adicional.

O grande aumento no torque impediu o uso do câmbio semiautomático I-Motion. Assim, o TSI vem sempre com o caixa manual de cinco marchas, porém com relação do diferencial alongada. Com o novo motor também vieram coxins hidráulicos, discos de freio redimensionados e controle eletrônico de tração.

Externamente, apenas três detalhes diferenciam as versões MPI e TSI do move up!, high up!, cross up!, white up!, red up! e black up!: extremidade dianteira 4 cm mais longa, abrindo espaço para alojar o radiador complementar; parte inferior da tampa traseira pintada de preto, aproximando o up! nacional do modelo europeu (onde para-brisa e tampa da mala são peça única de vidro); e inscrição TSI fixada à direita da tampa traseira. Para comemorar o lançamento do novo motor a Volkswagen criou uma série especial: speed up!.

Segundo testes oficiais do Inmetro, o up! TSI é hoje o automóvel mais econômico – ou energeticamente mais eficiente – do Brasil: dentre 607 veículos testados pelo órgão em 2015, o up! só perde para três modelos híbridos importados.

25-2 traseira

A Volkswagen preparou a série especial speed up! para festejar a chegada do motor TSI.





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EM OUTUBRO CHEGA A LETRA V

32 novas marcas e mais de 400 fotos


Outubro não será um mês de muitas marcas, porém com ele chegarão pelo menos seis importantes nomes da indústria brasileira de veículos e mais de quatro centenas de imagens.

Para começar, teremos a história da Volkswagen, por décadas maior indústria nacional de automóveis e responsável pelo lançamento de modelos notáveis, como Fusca, Kombi, Brasília, SP-2, Passat, Gol e Golf. Em página independente contaremos a brilhante trajetória da Volkswagen Caminhões (hoje MAN Latin America) que, nascida em 1979 e primeira no mundo a produzir um caminhão com a marca VW, pouco mais de duas décadas depois tornar-se-ia o maior fabricante brasileiro do segmento.

Em outubro falaremos da Volvo, também tardiamente instalada, produtora de caminhões pesados e do primeiro chassi nacional especialmente projetado para o transporte de passageiros. Sempre presente no segmento de chassis, ainda em 1981 lançou seu primeiro articulado e, dez anos depois, o primeiro (e até hoje único) biarticulado do país. No próximo mês ainda trataremos da VCE (Volvo Construction Equipment), subsidiária do mesmo grupo sueco dedicada à produção de máquinas de construção.

Quatro pioneiros encontrarão lugar nas páginas de LEXICAR. No segmento de máquinas agrícolas destacaremos a Valmet (hoje Valtra), aqui produzindo tratores desde 1960. No de carrocerias de ônibus, a Vieira – nem a maior, nem a melhor dentre as inúmeras indústrias que aqui tivemos, mas que operou ininterruptamente por trinta anos, desde 1945. No segmento de vans e micro-ônibus completos trataremos da Volare, a subsidiária da Marcopolo que, em curtíssimo espaço de tempo, se tornou a maior do país.

Finalmente (embora dela já tenhamos falado em textos anteriores, já publicados, tratando das marcas DKW, Massey Ferguson e Scania), lembraremos da pioneiríssima Vemag, grupo econômico nacional responsável pela produção do primeiro automóvel brasileiro de série, no longínquo ano de 1956.





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