LAND ROVER

A britânica Land Rover retorna ao Brasil como fabricante. Desde 2008 propriedade do grupo indiano Tata, por curto espaço de tempo a marca foi produzida no país, porém em instalações de terceiros: entre 1998 e 2005 montou pouco mais de 6.000 unidades do icônico jipe Defender em espaço alugado à Karmann-Ghia, em São Bernardo do Campo. Três modelos foram fabricados – 90, 110 e 130 -, nas versões para passageiros, picape e cabine-dupla.

Em 2013, estimulada pelo programa federal Inovar Auto, que vincula a fixação dos impostos de importação à produção local de veículos, a Land Rover anunciou a implantação de fábrica própria em Itatiaia, no sul do estado do Rio de Janeiro. Com capacidade para 24.000 veículos/ano, teve a construção iniciada em dezembro de 2015 e inauguração no último 14 de junho, envolvendo inversões de R$ 750 milhões.

De suas linhas de produção sairão, de imediato, os dois modelos da marca de maior sucesso no país – Discovery Sport e Evoque -, os dois respondendo por cerca de 70% das vendas internas. (A Land Rover lidera o mercado brasileiro de utilitários de luxo, com 33% de participação.) A empresa não descarta, para o futuro, a montagem local do sedã Jaguar XE, marca hoje também vinculada à Land Rover.

Discovery Sport e Evoque possuem a mesma concepção técnica e igual base mecânica: motor turbo a gasolina com quatro cilindros, 1.999 cm3 e 240 cv, câmbio automático de nove marchas, tração integral, suspensão independente (McPherson na frente, multilink atrás), freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) e direção elétrica. Os dois diferem ligeiramente nas dimensões, superiores no primeiro (comprimento de 4,59 versus 4,37 m; entre-eixos de 2,74 versus 2,66 m); ainda assim, o porta-malas do Evoque é maior (575 l, contra 454 l).

O Discovery Sport importado é apresentado em três versões de acabamento (SE, HSE e HSE Luxury); o Evoque em cinco (SE, SE Dynamic, HSE, HSE Dynamic e Autobiography); a Land Rover ainda não anunciou quais as versões disponíveis para os modelos montados no Brasil. Como também não informou (o que vem sendo regra para todas as marcas de luxo recém chegadas – BMW, Mercedes-Benz, Audi) qual o índice de nacionalização obtido, certamente muito reduzido.

 

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Discovery Sport (à esquerda) e Evoque.





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