Cumprindo mais uma etapa do realinhamento de sua produção brasileira, que inclui a transferência da montagem de automóveis de Sumaré para Itirapina, no interior paulista, a Honda retira de linha os modelos Fit e Civic (que voltará a ser importado) e lança a nova família City, com versões hatch e sedã, em substituição aos dois.
O lance não deixa de ser ousado, já que Civic e Fit sempre foram os Honda nacionais mais vendidos ao longo dos últimos doze anos – cada um por seis vezes -, o sedã City jamais chegando a essa posição. Por outro lado, o lançamento do City em duas versões deverá trazer significativa redução de custos industriais para a Honda, já que a carroçaria do monovolume Fit praticamente não compartilhava elementos com o sedã City anterior, agora dispondo os dois de corpo idêntico, entre o para-choque dianteiro e a coluna C, só diferindo na extremidade traseira.
Projetados para “mercados emergentes” e lançados na Índia e Tailândia em 2020, além de ganharem novo motor, ambos cresceram em tamanho, espaço interno e conforto: com a mesma distância entre eixos de 2,60 m, sedã e hatch agora alcançam, respectivamente, 4,34 e 4,55 m de comprimento (9,4 e 24,5 cm a mais do que nos modelos anteriores), permitindo alojar porta-malas com 519 e 268 litros de capacidade (ou 1.168 l, com encostos rebatidos).
Os novos carros estreiam novo motor 1.5 aspirado flex de quatro cilindros, 1.497 cm3 e 16 válvulas, com duplo comando de válvulas de abertura variável, injeção direta e 126 cv (com álcool ou gasolina), engenho acoplado a câmbio automático CVT de sete marchas, com possibilidade de trocas manuais por borboleta no volante. A restante arquitetura permanece a mesma: suspensão independente tipo McPhersosn na dianteira e por eixo de torção na traseira, direção com assistência elétrica e freios a disco ventilados na frente e a tambor atrás.
Honda City hatchback e sedã.
O sedã chega em três versões de conteúdo e acabamento (EX, EXL e Touring) e o hatchback em duas (EXL e Touring), desde a básica trazendo seis airbags, ar-condicionado digital, central multimídia com tela de 8″ sensível ao toque, ABS, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, câmera de ré, sensor de pressão dos pneus, chave presencial com destravamento das portas por aproximação, faróis de neblina, luzes diurnas e lanternas de leds, bancos com revestimento de tecido e rodas de liga de 16″.
EXL agrega ar-condicionado digital e automático, painel digital configurável com tela de 7″, sensores de estacionamento traseiros, câmera para pontos cegos LaneWatch, detector de pedestres e bancos de couro preto.
A versão superior Touring traz, ainda, faróis de leds, pacote Honda Sensing (compreendendo controle de cruzeiro adaptativo, alerta de saída de faixa com correção, alerta de colisão com frenagem automática de emergência e comutador automático dos faróis), sensores de estacionamento dianteiros, bancos de couro claro, cores especiais e partida remota.
O modelo hatch manteve o sistema Magic Seat de disposição dos bancos, utilizado no Fit, que permite arranjar assentos e encostos em quatro diferentes combinações, de modo a acomodar objetos de formatos e tamanhos diversos.