MINIMAX
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Empresa de Itaquaquecetuba (SP), de nome Minimax Indústria e Comércio de Carrocerias e Traillers Ltda., instalava tetos elevados moldados em plástico reforçado com fibra de vidro em Kombis Volkswagen, elevando em 45% o vão interno e transformando-as em veículos para uso especial, tais como ambulância, gabinete odontológico e furgão de carga. Solução simples e funcional, a produção chegou a 50 unidades mensais.
Também fabricou o motor-home Caracol: lançado no XI Salão do Automóvel, em 1978, obteve largo sucesso por mais de uma década – período de aparecimento e expansão do campismo no Brasil. O texto de seus anúncios publicitários conseguia exprimir com perfeição a sensação de liberdade vivida pela prática do campismo e caravaning, quando se podia levar consigo “sua casa completa, sem gastos de hotéis, sem pagar passagens, sem horários, sem carregar malas, sem problemas de reservas“.
Para a execução do Caracol a empresa utilizava veículos novos com motor 1600, neles instalando tanques de água e esgoto, duas baterias adicionais de 12 V, banheiro químico com chuveiro, fogão a gás com botijão e duas camas de solteiro conversíveis em leito de casal. A Kombi recebia rodas de tala larga com pneus radiais e alargadores plásticos nos para-lamas, para compensar o novo rodado; o estepe era montado na dianteira, acima do para-choque. A área habitável tinha ligação com a cabine do condutor, sobre a qual foi alojado um volumoso compartimento para bagagens. Além do cuidado com o isolamento termo-acústico de toda a carroceria, havia preocupação em detalhes, tais como a combinação do revestimento das portas e do assento dianteiro com o padrão dos tecidos do restante do mobiliário.
- Kombi Caracol, sucesso da Minimax nos anos 70.
- O motor-home Caracol tinha os para-lamas alargados para compensar o uso de pneus de tala larga.
- Caracol em publicidade de 1978.
- Kombi 1980 com teto elevado Minimax, à venda pela internet em 2014 (fonte: site sp.bomnegocio).
- Motor-home Caracol de Gustavo Leite e Ruth Werblowsky, fotografado na Bolívia durante viagem de 14 meses e mais de 40.000 km em torno da América do Sul; o casal partiu de São Paulo, em março de 2015, em direção do Nordeste, Belém e Manaus, a partir daí atingindo a Venezuela e, em sentido anti-horário cruzando outros sete países do continente (foto: Gustavo Leite / autoentusiastas).