MERCEDES-BENZ
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Criada por dois pioneiros da indústria automobilística mundial, os alemães Karl Benz e Gottlieb Daimler, respectivamente inventores do automóvel e do motor a gasolina de alta rotação, a Daimler Benz – detentora da marca Mercedes-Benz e mais antiga indústria automotiva do planeta – foi o primeiro fabricante estrangeiro a se comprometer com o governo brasileiro no sentido da nacionalização dos seus produtos.
Em 1951, ainda na gestão de Getúlio Vargas (anos antes da criação do GEIA, portanto), incentivada por Alfred Jurzykowski, cidadão polonês desde 1949 distribuidor da Mercedes-Benz no país, que já começava a montar no Rio e em São Paulo veículos da marca importados sob forma SKD, a empresa alemã assinou um convênio com a CDI contendo planos para a fabricação local de caminhões e ônibus com motorização diesel. Dois anos depois, em outubro de 1953, com apenas 25% de capital alemão (os restantes 75% pertenciam a Jurzykowski), foi fundada a Mercedes-Benz do Brasil S.A. e imediatamente iniciada a construção da sua fábrica, em São Bernardo do Campo (SP), à beira da via Anchieta.
O primeiro bloco de motor fundido na América Latina
Enquanto erguia a planta industrial, a Mercedes desenvolvia o projeto de nacionalização de seus motores diesel. Em breve, em conjunto com a Sofunge, geraria um fato histórico: em dezembro de 1955, na presença de Juscelino Kubitschek, ainda não empossado presidente, realizou a fundição dos primeiros blocos de motor da América Latina. No início do ano seguinte procedeu à usinagem dos primeiros blocos, dando início a uma história que mudaria os rumos da matriz energética dos transportes no Brasil, provocando a adoção crescente do motor diesel como padrão, em um país até então dominado pelo modelo norte-americano de uso generalizado da gasolina como combustível automotivo.
(Tão pouco afeitos estavam motoristas e frotistas brasileiros a motores diesel, julgando-os lentos, complexos e de manutenção cara, que a Mercedes teve que dedicar especial atenção em sua publicidade às evidentes vantagens desse combustível sobre a gasolina. Segundo a empresa, o preço maior do caminhão diesel era facilmente compensado pelo menor custo de operação – “3 vezes mais econômico que os caminhões a gasolina” -, pela “velocidade média muito mais constante” e pelos gastos menores com manutenção, materializados na “necessidade de retífica” no mínimo três vezes menor – a cada 300 mil km, vs no máximo 80 mil nos motores a gasolina.)
A planta de São Bernardo foi inaugurada em 28 de setembro de 1956, tendo como diretor técnico Ludwig Winkler, que operava a linha de montagem do Rio de Janeiro e, anos depois, aqui fabricaria os chassis da concorrente Magirus-Deutz. Prenunciando o tempo novo que alcançava a economia brasileira, o Presidente da República, presente à inauguração, iniciou seu discurso com as palavras: “O Brasil acordou!“. Depois, durante a festa, circulou pela fábrica a bordo do primeiro caminhão diesel de médio porte fabricado no país: o modelo L-312, para 6 t de carga útil, equipado com motor nacional de seis cilindros em linha, 4.580 cm3 e 110 cv, caixa de cinco marchas e freios hidráulicos com assistência pneumática. Dotado de cabine metálica recuada, foi o único modelo deste tipo até hoje produzido pela empresa no país.
O caminhão foi apresentado em três versões (seguindo a nomenclatura vigente na Alemanha, que vigoraria por quatro décadas), todos com 3,20 m de distância entre eixos: o modelo básico L (de Lastwagen, simplesmente caminhão, em alemão), o basculante LK (de Kipper) e o cavalo-mecânico LS (de Sattelschlepper, ou reboque), os dois últimos com balanço traseiro reduzido. Também havia duas opções para encarroçamento: uma versão sem cabine, apenas com capô e para-lamas, que foi a principal matriz de fabricação dos lotações que dominaram a cena urbana das maiores cidades brasileiras das décadas de 50 e 60, e o chassi de ônibus com motor dianteiro LP-312, com posto de direção avançado e suspensão traseira redimensionada (a partir daí todos veículos com comando avançado seriam identificados pela letra P). Em junho de 1958 o 10.000o caminhão sairia da linha de montagem.
Embora já possuíssem partes importantes do motor fabricadas no país (cerca de 58%, em peso), os caminhões e chassis da série 312 ainda continham grande quantidade de componentes importados, em especial a transmissão e peças estampadas. Com o advento do GEIA, no início da gestão JK, a Mercedes-Benz enquadrou-se nas novas regras, rapidamente apresentando planos para o lançamento de novos produtos, de acordo com os prazos e níveis de nacionalização exigidos pelo governo federal.
Seu programa de nacionalização era o mais extenso em variedade de modelos dentre as 16 empresas que tiveram seus projetos aprovados pelo órgão: dois caminhões, um ônibus e um automóvel médio, o sedã de quatro portas 180, nas versões a gasolina e diesel. Ciente da irreversibilidade de seus investimentos no país, em 1956 a Daimler Benz elevou para 50% sua participação no capital da empresa de São Bernardo do Campo, situação que persistiria por quase dez anos (em 1966, por ocasião da morte de Jurzykowski, a empresa alemã assumiria o controle integral da Mercedes-Benz do Brasil).
Os ônibus mais modernos do país
Os três primeiros veículos previstos pelo plano foram lançados em 1958. Para tomar o lugar da transitória série 321 chegou o médio LP-321, com capacidade para 7 t, motor de seis cilindros com sete mancais, 5,1 litros e 110 cv, cinco marchas sincronizadas e freios hidráulicos assistidos a ar. O segundo caminhão foi o pesado LP-331, para 10 t (ou 31 t rebocáveis), também com motor de seis cilindros, porém com cabeçotes individuais, 10,8 l e 165 cv, caixa não sincronizada de seis marchas, eixo traseiro com redução e freios pneumáticos; sua cabine era montada sobre quatro coxins de borracha e tinha assentos com encosto reclinável. Disponíveis nas versões normal (LP), basculante (LPK), cavalo-mecânico (LPS) e chassi de ônibus, ambos tinham cabine avançada, ainda pouco comum no país.
Assim como a adoção do motor diesel, este foi mais um avanço popularizado pela Mercedes-Benz que teve que ser inicialmente defendido em suas peças publicitárias, enfrentando idiossincrasias dos caminhoneiros de então, acostumados à configuração mais convencional das cabines recuadas e motores externos. Por muitos anos estes seriam os únicos caminhões brasileiros (além dos já ultrapassados FNM) com cabine sobre o motor. Além da melhor visibilidade proporcionada pela posição do motorista, a Mercedes ressaltava o conforto dos novos veículos, que traziam “cinzeiros, porta-luvas, ganchos-cabide (…) e assentos com molas de aço“…
O terceiro lançamento foi de um veículo revolucionário, se considerarmos a incipiência do transporte público de então e a fase germinal em que se encontrava nossa indústria automobilística: o ônibus O-321 H, o primeiro monobloco fabricado no Brasil, pioneirismo que só seria acompanhado pela concorrência uma década depois. Veículo de construção integral (carroceria e plataforma compunham uma estrutura tubular contínua), tinha motor traseiro (único no país por muitos anos) e suspensão dianteira independente por molas helicoidais (solução nunca repetida nesta categoria de veículo). Utilizava o mesmo trem de força do caminhão médio (110 cv, caixa de cinco marchas sincronizadas), sendo apresentado nas versões urbana e rodoviária (este com bagageiros nas laterais), ambas com duas distâncias entre eixos: 4,18 e 5,55 m, a última denominada O-321 HL (“traduzindo” a nomenclatura: O de Omnibus; H de hintern, traseira – referência à posição do motor; L de lang, longo).

O-321 HL, o primeiro ônibus monobloco brasileiro, na versão longa.
Caminhões e ônibus foram lançados com elevado conteúdo nacional: 67,3% o modelo pesado, 76,2% o médio e 82,2% o monobloco, nos dois últimos casos superando as exigências do GEIA, que definia 1º de janeiro de 1959 como data-limite para atingir o patamar de 75%. O início de operação plena da Mercedes-Benz, com a renovação e ampliação da sua linha de modelos, de imediato pôde mostrar o potencial da nova indústria e revelar que, de fato – e por fim – o Brasil entrava numa nova fase de desenvolvimento: em dezembro de 1958, após ter produzido pouco mais de 11.000 veículos, a Mercedes conquistava o terceiro maior faturamento do país, somente depois da Petrobrás e Companhia Siderúrgica Nacional. O país “acordava“, segundo as palavras de JK na inauguração da planta de São Bernardo.
Quanto ao automóvel, do qual eram prometidas seis mil unidades em 1959, este jamais foi colocado em produção. Item enquadrado pelo Geia em dezembro de 1957 e quarto veículo incluído no programa de nacionalização, tratava-se de um clássico sedã Mercedes-Benz, com suspensão independente nas quatro rodas e duas opções de motorização (1.897 cm3 e 84 cv a gasolina e 1.767 cm3 e 55 cv diesel). Em 1958 a empresa chegou a cogitar na produção local do utilitário todo-terreno Unimog, mas a ideia não se concretizou.
Em 1960 a produção acumulada ultrapassou 37 mil veículos, dos quais mais de dez mil para o transporte de passageiros, definindo uma tendência que se confirmaria com o tempo e asseguraria à Mercedes-Benz o posto de maior fornecedora de ônibus do país. Aquele foi um ano de muitas novidades: o primeiro caminhão 4×4 nacional, LAP-321 (A de allradantrieb, literalmente tração em todas as rodas), com 110 cv, também nas versões LAPK e LAPS; o pesado LP-331 S, com potência elevada para 180 cv, tornando-o o mais potente caminhão brasileiro; o inédito LP-333, com dois eixos direcionais, direção hidráulica e 180 cv, para 20 t, do qual poucas unidades foram produzidas; e a nova carroceria para o monobloco rodoviário, com estilo atualizado e colunas inclinadas, do qual a Viação Cometa de imediato comprou 200 unidades.
Ainda em 1960 a Mercedes preparou seu motor diesel de quatro cilindros, já encomendado pelas primeiras fábricas de tratores do país e que também viria a equipar, por toda a sua existência, o jipe Toyota Bandeirante. Desejando aproveitar a oportunidade, a empresa anunciou a intenção de também fabricar tratores, entre 600 e 800 por mês já a partir do final daquele ano, projeto que não concretizou. Finalmente, naquele ano memorável, assim como toda a nascente indústria automobilística, a empresa participou da Caravana da Integração Nacional, na qual 130 veículos fabricados no Brasil partiram dos quatro pontos cardiais do país e dois meses depois se encontraram em Brasília, que ainda se aprontava para a inauguração. A Mercedes-Benz compôs a Coluna Norte, que percorreu a rodovia Belém-Brasília, ainda em construção. Para a viagem épica, além dos caminhões de série, a empresa preparou um ônibus especial para o transporte da equipe, montando a carroceria do seu monobloco sobre o chassi do caminhão 4×4 LAP-321. O monobloco também serviu de base para outro “fora-de-série” da marca, o primeiro dos vários reboques-oficina que a partir do ano seguinte a empresa operou como escola técnica volante.
Nos três anos seguintes os lançamentos foram escassos. Em compensação, em paralelo com a consolidação da sua posição no mercado interno, a empresa deu início às exportações, auspiciosamente iniciada no segundo semestre de 1961 com a venda de 560 ônibus monobloco para a Argentina. No III Salão do Automóvel, no final de 1962, lançou seu monobloco rodoviário, com janelas inclinadas e traseira com novo desenho. Desenvolvido a partir da versão longa HL, foi dotado de poltronas reclináveis com encosto para a cabeça, geladeira, sistema de som com toca-discos e toca-fitas e “instalação especial para guardar garrafas térmicas”. Duas curiosidades foram apresentadas no evento: um monobloco rodoviário transformado pela Carbruno, equipado com banheiro, geladeira, mesinhas dobráveis e sistema de som, e o pesado LAP-331, com tração nas quatro rodas. O LP-331 S recebeu alguns melhoramentos, os principais deles um eixo traseiro com redução dupla, direção hidráulica e opção de cabine leito. Naquela altura a Mercedes-Benz já ultrapassara 50 mil veículos fabricados, com índice de nacionalização superior a 98% (exceto para o 331, ainda em 93,13%).
Em oito anos uma linha de veículos renovada
Novidades importantes só chegariam de novo em 1964. Em janeiro, o chassi LPO-321, com balanço dianteiro maior (1,97 m, versus 1,37 m do LP-321) de modo a permitir a instalação da porta de acesso adiante do eixo. Tratava-se, na verdade, simplesmente de um chassi do caminhão LP-321 com motor dianteiro, a mesma transmissão, suspensão e altura elevada, submetido a leves modificações para fazê-lo comportar uma carroceria de ônibus. Preferido pelo empresariado conservador, este rústico chassi, adequado para a época, persiste em sobreviver ainda hoje, 50 anos depois, a despeito do lançamento, pela Mercedes-Benz e por outros fabricantes, de inúmeros equipamentos mais modernos, eficientes e confortáveis, especialmente projetados para o transporte de passageiros (dois ou três anos depois a denominação do chassi seria alterada para LP-422).
O segundo grande lançamento chegou no meio do ano: o caminhão médio L-1111, versão com cabine semi-avançada do já tradicional LP-321, do qual herdou toda a mecânica. A nova cabine era mais ampla e dispunha de para-brisa curvo inteiriço, sistema de suspensão por coxins (na frente) e mola semi-elíptica e amortecedores (na parte posterior), sistema de ventilação e circulação de ar e banco do motorista ajustável em três posições. Lançado na Alemanha em 1959 (sob a denominação L-322), foi um veículo de extremo sucesso e modelo mais vendido da marca no Brasil, com o qual a Mercedes-Benz consolidou a liderança no mercado. Considerado “o Fusca dos caminhões“, conquistou a categoria dos caminhoneiros pelo preço atrativo e pela facilidade de manutenção, tendo até hoje presença universal nas estradas do país. Disponível também nas versões LK e LS, com ele foi introduzida nova nomenclatura, onde os dois primeiros algarismos do numeral indicavam o PBT em toneladas e os dois últimos representavam a potência em cv, dividida por dez (assim, 1111 se traduziria como 10 t e 110 cv).
Ainda em 1964, a linha 331 S teve a potência aumentada para 200 cv e ganhou novo eixo traseiro reforçado e rodas raiadas. No ano seguinte o chassi pesado para ônibus – com o mesmo motor dianteiro, as altíssimas longarinas, a suspensão extremamente dura do LP-331, do qual derivada, e ainda que mantendo o balanço dianteiro curto – passou a ser comercializado como LPO-331.

LK-1111: lançado em 1964, seria o caminhão de maior sucesso da Mercedes-Benz brasileira.
Àquela altura, a Mercedes-Benz já se tornara quase monopolista do mercado de ônibus do país, respondendo por mais de 90% da frota. Líder nacional desde o aparecimento do chassi LP-312, passou a investir cada vez mais fortemente nesse setor. Acompanhando os anseios de sua principal clientela – o extremamente conservador empresariado de transportes urbanos -, aos poucos a empresa foi compartimentando a produção, reservando para o transporte público seus produtos mais “atrasados” – os chassis convencionais derivados de caminhões – e voltando os monoblocos, que não tiveram boa acolhida dos operadores urbanos, para os serviços rodoviários e de turismo. Assim, preparou para o V Salão do Automóvel, em novembro de 1966, o O-326, com 200 cv, poltronas-leito e recursos de conforto até então inexistentes em seus rodoviários, como luzes de leitura com foco direcional. O isolamento termo-acústico e o sistema de ventilação e renovação do ar foram reforçados, sendo oferecidos como opcionais toalete completo e copa com facilidades de aquecimento e refrigeração. Também o estilo foi modernizado, com faróis e grade retangulares, novas lanternas traseiras e a primeira janela (da porta e do motorista) com maior altura. O ônibus ganhou faróis de neblina no para-choque, limpadores de para-brisas com haste dupla, pneu estepe alojado na dianteira, sob o piso, e poltrona ajustável para o motorista. Em 1966 a Mercedes-Benz ultrapassou a marca de 75.000 caminhões produzidos no país.
No ano seguinte, antecipando-se em dois meses ao lançamento dos chassis Magirus com motor traseiro, que a partir de novembro seriam produzidos na Bahia pela empresa de Ludwig Winkler, pela primeira vez a Mercedes-Benz disponibilizou as plataformas dos seus monoblocos para receber carrocerias de terceiros. Em 1968 a empresa produziu seu 100.000º motor diesel.
No VI Salão, no final do ano, diversos melhoramentos foram agregados à linha de produtos. Os caminhões médios receberam alternador e opcionalmente direção hidráulica. Para os pesados (a partir daí renomeados LP-1520) foi ofertada uma versão com três eixos, os traseiros em tandem; além disto, ganharam caixa de redução (duplicando para 12 o número de marchas), freio-motor, duplo circuito de freios, nova grade com faróis retangulares, entradas adicionais de ar na cabine e exaustor no teto.
Os ônibus tiveram maior número de mudanças estéticas. A frente do rodoviário O-326 foi mais uma vez modificada, agora assumindo linhas mais verticais, com para-brisas maiores e perdendo o vinco vertical central que caracterizava os monoblocos desde o primeiro modelo; a grade era nova (com os mesmos faróis de antes), assim como a direção hidráulica e as poltronas com apoio para a cabeça. À lista de opcionais foram agregados vidros verdes, toca-fitas e sistema de microfone/altofalantes. O modelo O-321 H, nas versões urbana e intermunicipal, foi completamente reformulado: mantendo as colunas laterais verticais, recebeu a traseira e a nova frente do rodoviário O-326 (porém com faróis retangulares menores), limpadores com haste dupla, vigias maiores nas portas sanfonadas dianteiras e novas lanternas atrás. Todos os modelos de ônibus passaram a ter opção de revestimento externo em alumínio como alternativa às chapas de aço até então utilizadas.
Líder nacional em caminhões
No primeiro semestre de 1969 a Mercedes-Benz adquiriu o controle da Sofunge, sua principal fornecedora de fundidos e, em novembro, colocou em produção o primeiro motor brasileiro com injeção direta, o OM 352, com 5.675 cm3 e 130 cv, que ainda naquele ano veio a equipar o ônibus O-321 H; sem sofrer nenhuma outra alteração técnica ou estética o modelo passou a se denominar O-352 (H e HL). Quase que simultaneamente, foi disponibilizada a instalação por implementadoras credenciadas de terceiro eixo nos caminhões médios, elevando o PBT para 18,5 t.
Desde 1963 a produção da Mercedes vinha crescendo regular e firmemente, e se até então a empresa era líder inconteste no segmento de ônibus, no final de 1969 alcançou o primeiro posto também na fabricação de caminhões, desbancando a um só tempo Ford e Chevrolet, que havia anos alternavam na primeira posição. Pelos próximos 35 anos a empresa manteria esta posição privilegiada até perder o primeiro posto, em 2005, para a ainda novata Volkswagen Caminhões, que naqueles idos dos anos 60 ninguém sequer imaginava que pudesse algum dia ser criada.
No início de 1970 o motor de injeção direta deu origem a uma nova família de caminhões, a L-1113, que viria a se constituir em mais uma história de sucesso da marca, com mais de 207 mil unidades vendidas até 1987, quando deixaria de ser fabricada. Numa seqüência ininterrupta, foram a seguir lançados outros quatro modelos de caminhão (sempre nas versões L, LK e LS) e um chassi de ônibus: a série 4×4 LA-1113; o chassi LPO-1113, aposentando o LPO-321; os médios L-1313 e 1513, respectivamente com 13 e 15 t de PBT (capacidade de 8,8 e 10,8 t); uma versão com 3º eixo em tandem montado de fábrica e seu primeiro semi-pesado com cabine semi-avançada, L-2013 (PBT 20 t). O modelo 1313 e os seguintes tiveram chassi, suspensão, rodas e freios reforçados, estes ganhando duplo circuito. O 2013 adicionalmente ganhou freio de estacionamento de câmara com mola acumuladora no eixo traseiro. Com tantas novidades, as pioneiras linhas 321 e 333 foram finalmente abandonadas; o primitivo chassi LP-321, contudo, foi mantido em linha como LP-1113.

L-608, o primeiro caminhão leve da Mercedes-Benz, sucesso de vendas por mais de três décadas.
Em novembro, no VII Salão do Automóvel, a Mercedes-Benz procedeu ao seu último lançamento do ano, o chassi OH-1313, com motor traseiro, porém com quadro de longarinas, suspensão e transmissão convencionais. Com seu surgimento a nomenclatura dos chassis de ônibus abandonava o antigo prefixo LPO, passando a assumir OF (de Front, dianteira, em alemão), para aqueles com motor à frente, e OH, com motor traseiro. No evento foram também mostradas duas curiosidades: o caminhão militar LG-1213, 6×6 com tração Engesa, eixos traseiros em tandem, caixa intermediária com duas relações de marcha e cabine normal ou com teto de lona (desde o começo da década anterior a Mercedes vinha fornecendo equipamentos para as Forças Armadas, já tendo entregado mais de 700 veículos); e algumas versões da linha 608, o primeira caminhão leve do país com cabine avançada e motorização diesel, em antecipação ao futuro lançamento, que só ocorreria dois anos depois. Na apresentação da nova linha especial ênfase foi dada ao microônibus O 309 e ao furgão 608 D, configurações então inexistentes nos catálogos dos grandes fabricantes nacionais.
1971 foi palco de dois lançamentos: o semi-pesado L-2213, com duplo eixo traseiro e tração 6×4, e o monobloco rodoviário O-362, com bagageiros passantes de capacidade 70% maior do que nos modelos anteriores (5,1 vs 3,0 m3), duas janelas de emergência (em lugar da até então tradicional porta à esquerda), estepe guardado sob o piso dianteiro, limpadores de duas velocidades, melhor visibilidade para o motorista obtida pelo recuo das primeiras colunas e faróis redondos duplos em substituição aos retangulares. O ônibus veio com motor turboalimentado, com os mesmos 5.675 cm3, porém com a potência aumentada para 156 cv. Em maio daquele ano a Mercedes-Benz produziu seu 150.000o veículo nacional.
Em março de 1972 a Mercedes-Benz brasileira por fim entrou no mercado de caminhões leves com o lançamento oficial do L-608 D, o popular Mercedinho. Bonito e funcional, foi apresentado em três versões: com cabine, com meia cabine (com ou sem para-brisa) e como chassi nu (o único a receber denominação específica: LO-608 D). Embora tivesse mostrado com destaque em seu stand no Salão do Automóvel furgões e microônibus originais de fábrica, a empresa optou por não produzi-los no país, limitando-se a fornecer para terceiros o chassi com meia cabine, deixando-lhes o encargo da preparação final daquelas duas versões. Os novos caminhões tinham cabine avançada, motor de quatro cilindros com injeção direta, 3.784 cm3 e 85 cv e caixa de cinco velocidades. Encontraram excelente acolhida de mercado, respondendo, já no final do ano, por 35% do segmento. O último modelo lançado em 1972, com início de comercialização no ano seguinte, foi o cavalo-mecânico pesado LS-1519, com capacidade máxima de tração de 32 t, equipado com motor de cinco cilindros em linha, 9.650 cm3 e 192 cv e cabine simples ou leito com duas camas.
Em 1973 o rodoviário O-355 foi agregado à linha de ônibus, sem alterações estéticas, porém trazendo o potente motor OM-355, com injeção direta e 200 cv. A política de ocupação de espaços da Mercedes-Benz trouxe resultados imediatos: apoiada pela variedade de lançamentos e circunstancialmente ajudada pela crise energética que percorreu o planeta e penalizou em especial os veículos a gasolina, a produção da empresa mais do que duplicou entre 1971 e 74. Entretanto, no segmento dos pesados sua presença era diminuta, desbancada que fora pela Scania ainda em 1961. Hegemônica entre os caminhões médios e já tendo se firmado na faixa dos leves com o 608, no final de 1974 a Mercedes-Benz começaria a se voltar para a faixa superior, lançando dois pesados no IX Salão: o potente cavalo LS-1924, com capacidade de tração de até 40 t, equipado com eixo traseiro de dupla redução, freios pneumáticos, cabine-leito e apresentando capô mais longo, capaz de abrigar o motor turbo-alimentado de seis cilindros e 285 cv; e, com a mesma mecânica porém com tração 6×4, o basculante LAK-2624, para operar em canteiros de obras e mineração, com 20 t de capacidade. Além dos dois, o Salão lançou o semi-pesado LS-1516, com 156 cv e capacidade para tracionar até 22,5 t, e o chassi OH-1517, com motor de cinco cilindros, 170 cv e distância entre eixos de 5,17 m. Com os novos pesados, de uma participação de somente 2% no segmento em 1973 a marca conseguiria conquistar, em dois anos, 16,7% do mercado.
Em Campinas, uma fábrica exclusiva para ônibus
A produção da Mercedes-Benz continuaria ascendente até o final da década, quando em 1980 atingiria o pico de 60.030 unidades (3,4 vezes o total fabricado dez anos antes), desempenho que não mais seria igualado até o século seguinte – 67.400 em 2007. Esta trajetória não aconteceria sem conflitos, porém, como a crise de falta de chassis de ônibus (lock-out, segundo a indústria de carrocerias) que se estendeu por pelo menos dois anos, a partir de 1974. Acusada de diminuir a oferta de chassis para colocar no mercado seus monoblocos urbanos, por mais de uma vez a empresa se comprometeu a regularizar a situação, o que demorou a acontecer. Enquanto isso, parecendo confirmar as suspeitas dos encarroçadores, em 1975 comprava um grande terreno em Campinas (SP), onde em breve daria início à construção da maior fábrica de ônibus integrais do planeta, para cinco a seis mil unidades por ano.
A arena dos transportes públicos ainda produziria outras perturbações. A Crise Mundial do Petróleo, iniciada em 1973, alertou as autoridades federais e algumas municipalidades para a necessidade de racionalizar os serviços de transporte urbano de passageiros, implicando na utilização de veículos maiores, mais confortáveis e de maior eficiência energética e operacional. Já vimos como a Mercedes, frente à aversão dos operadores brasileiros de ônibus urbanos a novas tecnologias, rapidamente se ajustou à “realidade”, reservando para o transporte urbano apenas chassis altos, duros e lentos, diretamente derivados dos seus caminhões (com outro nome, o tosco LP-321 ainda permanecia em produção). Em conseqüência, alegando que “o conservadorismo das fábricas nacionais, principalmente da Mercedes, que não modernizou nem ampliou sua produção, obrigou o governo a admitir um novo fabricante”, em 1976 o Ministério da Indústria autorizou a vinda da Volvo para o país. A acusação, talvez injusta, desconsiderava que, como empresa privada, a Mercedes-Benz apenas atendia às demandas, ainda que atrasadas, do mercado, nada justificando porém a ferrenha oposição interposta pela empresa, dona de quase 95% do mercado, à decisão federal.

O-364 urbano, um monobloco todo novo produzido na enorme fábrica de ônibus de Campinas.
Voltando ao segmento de carga, dois novos caminhões pesados foram apresentados em 1976, no X Salão: LB-2219, 6×4 específico para betoneiras de 5 m³, com o motor de cinco cilindros e 192 cv, e mais uma opção de caminhão militar, o LG-1519, com capacidade de tração de 28 t, fabricado em conjunto com a Bernardini (responsável pela cabine aberta com teto de lona, para-choque reforçado e grade de proteção dos faróis) e Engesa (fornecedor da tração 6×6). Também trazia o motor de 192 cv, mas com seis marchas, caixa intermediária de redução, bloqueio de diferencial nos três eixos, rodas raiadas, pneus militares blindados e gancho para reboque. Em 1977, apenas uma efeméride: a produção do motor número 500.000 (cerca de 40 mil exportados para Alemanha e EUA).
A planta de Campinas foi inaugurada em 1978. Procurando fugir da pecha de “conservadora”, a Mercedes fez sair da nova fábrica um monobloco totalmente reformulado, denominado O-364. Embora seguisse o mesmo conceito construtivo dos modelos anteriores, chegou com estilo inédito, nova estrutura integral com colunas verticais e grande variedade de motores. O primeiro a ser lançado foi o rodoviário, agregando todas as melhorias que seus antecessores receberam em 20 anos de produção: bagageiros passantes com 6 m³ de capacidade, iluminação interna e tampas sustentadas por molas a gás; sistema de circulação de ar com opção de calefação e refrigeração; poltronas anatômicas com cinzeiros e porta-revistas; janelas de emergência; luzes individuais e cortinas; toalete, serviço de bar e sistema de som (opcionais); poltrona do motorista regulável e amortecida; para-brisas em vidro temperado. Trazia a mesma suspensão independente por molas helicoidais na dianteira, além de direção hidráulica, duplo circuito de freios assistidos a ar, freio-motor, freio de estacionamento com câmaras de molas acumuladoras, caixa sincronizada de cinco velocidades. Havia quatro opções de motores (130, 156, 192 e 210 cv) e seis diferentes relações no eixo traseiro; eram oferecidas duas distâncias entre eixos: 5,55 m (variante 12R, comprimento total de 10,84 m) e 5,95 m (13R, 11,54 m). Todas as versões também foram disponibilizadas sob a forma de plataforma nua, para receber carrocerias fabricadas por terceiros.
Em 1979, com o lançamento da versão urbana, a unidade de Campinas entrou em regime pleno (17 anos depois a produção seria encerrada e a fábrica transformada em centro de distribuição de peças, treinamento e assistência técnica). O urbano tinha entre-eixos de 5,55 m, quatro opções de redução do eixo traseiro e duas de motores: 130 cv (versão 101) e 170 cv (111). Esteticamente (além do tipo e posição das portas, naturalmente), rodoviário e urbano diferiam pelos para-brisas menores e caixa de itinerário externa, no último, e pelos faróis duplos e pelo formato da primeira janela lateral, de formato trapezoidal, no primeiro. Com a entrada em produção do O-364, foram retiradas de linha as versões urbana, intermunicipal e rodoviária do O-355 e O-362. Desde o surgimento do monobloco, em 1958, 35.500 unidades já haviam sido fabricadas.
Cinco outros fatos de 1979 são dignos de registro: a exportação do 10.000º caminhão CKD para os EUA; a fabricação do 500.000º caminhão nacional; o desenvolvimento de motores diesel movidos a álcool aditivado; a colocação em teste no sistema público da CMTC, em São Paulo, do trólebus O-305, trazido da Alemanha para demonstração; por fim, a presença da Mercedes no desenvolvimento do projeto Padron, destinado a definir um modelo básico de ônibus urbano que garantisse um padrão mínimo de desempenho e qualidade de serviço no transporte de pessoas. Coordenado pelo Ministério dos Transportes, o programa foi concluído com a construção de cinco protótipos, realizados com a participação da Scania e Volvo, fornecendo chassis, e da Caio, Ciferal e Marcoplo construindo as carrocerias. Dois protótipos foram montados sobre modernas plataformas Mercedes-Benz O-305, importadas da matriz alemã.
Anos de recessão
Em 1980 o país mostrou os primeiros sinais de uma crise que, a curto prazo, desembocaria num longo período recessivo e traria dificuldades para todos, indústria e trabalhadores. A Segunda Crise do Petróleo, em 1979, pressionou o preço dos combustíveis, acelerando a inflação e comprimindo os salários; a restrição ao crédito, tentada como solução, provocou generalizada retração do mercado interno com acentuada queda de vendas em diversos setores, inclusive o automotivo. O movimento reivindicatório crescia, e a Mercedes-Benz (e a maioria das empresas do ABC) sofreu, entre abril e maio, uma longa greve de 43 dias. Ainda assim, o ano encerrou com os melhores números da história da empresa, com quase 47 mil veículos fabricados, 53% a mais do que Ford e GM juntas.
Este resultado recorde levou a diretoria da empresa a anunciar, já em janeiro do ano seguinte, um programa de investimentos que, em quatro anos, elevaria a produção para 100 mil veículos/ano. Mas a situação econômica, que parecia sob controle, se deteriorou rapidamente e, num anticlímax, no meio do ano a Mercedes-Benz se viu com um estoque acumulado de mais de 13.000 caminhões e ônibus. Em agosto suspendeu as obras de expansão nas sua duas fábricas e demitiu 6.200 empregados, de uma só vez reduzindo o efetivo de pessoal em quase 30% (apenas entre os fabricantes de veículos e autopeças do ABC, as dispensas já ultrapassavam 60 mil no ano). O saldo final, para a Mercedes, acabou se revelando muito melhor do que para a média do setor: produção de quase 37 mil veículos, “somente” 21% a menos do que 1980, contra uma queda média total de 33%. Ainda assim a empresa manteve a política de contenção de custos e foi a única, entre os grandes fabricantes, a não comparecer ao Salão do Automóvel.
Em setembro de 1982, na III Brasil Transpo, a Mercedes-Benz apresentou sua nova cabine semi-avançada, pronta desde o ano anterior, com lançamento adiado em função da crise. Trazia nova grade com quatro faróis retangulares de iodo, para-choques e retrovisores maiores, novo painel de instrumentos, banco do motorista anatômico regulável em todas as direções e vedação termo-acústica reforçada. Junto com a cabine chegaram os freios pneumáticos de série para os caminhões médios e chassis de ônibus. A feira também mostrou o L-2213 a álcool aditivado (5 cilindros, 9.650 cm3 e 192 cv), com tração 6×4 e caixa de seis velocidades, dedicado à indústria canavieira. Diversos melhoramentos foram aplicados à linha de motores com o objetivo de melhorar a combustão, reduzir o consumo e aumentar a durabilidade: foram alterados bicos injetores, sedes de válvulas, coletores de admissão e dutos de refrigeração do bloco e utilizados pistões e anéis de novo desenho.
1983 foi ano de mais demissões na Mercedes-Benz: 2.900 em janeiro e 2.500 em julho. A produção diária foi rebaixada de 290 para 90 unidades, porém os ajustes controlaram os gastos e, com isso, ao contrário de outros fabricantes, não houve prejuízo ao final do exercício. A única novidade do ano foi o cavalo-mecânico LS-1929, primeiro pesado da marca com capacidade de tração superior a 40 t. Pronto desde 1976 e só lançado em abril de 1983, o caminhão teve o projeto devidamente atualizado, aumentando a capacidade das 40 t anteriormente previstas para 45 t, graças ao novo eixo traseiro, capaz de aceitar motores de até 400 cv (enquanto que o seu motor tinha 285 cv). O veículo veio equipado com a nova cabine, câmbio Ecosplist de 16 marchas sincronizadas (o mesmo utilizado pela Volvo) e dois tanques de combustível de 300 litros cada.

Em 1984, vencido o período mais agudo da crise, a Mercedes-Benz colocou no mercado seu novo rodoviário O-370, aqui na versão RS.
O leve L-608 chegou a 1984 com algumas mudanças. Chamado Nova Série, veio com quebra-ventos e janelas de levantar (eram de correr), novo painel, retrovisores maiores, bancos anatômicos e faixas decorativas nas laterais. Aquele foi um ano de importantes novidades. Em maio, tentando recuperar o tempo perdido, a Mercedes-Benz exorbitou em categoria e apresentou a grande surpresa: o belo monobloco rodoviário O-370, em versões com dois e três eixos (RS e RSD), para ocupar o lugar do algo simplório O-364. O RS, com 12,0 de comprimento e 11 m³ nos bagageiros passantes, podia receber motores de 240 e 285 cv, este turbo alimentado; o RSD, com 13,2 m e bagageiros de 13 m³, tinha duas opções de motorização turbo, com 285 ou 320 cv. Ambos os modelos tinham caixa de seis marchas, embreagem com assistência a ar, suspensão totalmente pneumática com válvulas de controle de nível, freios a ar e direção hidráulica com dois amortecedores. A carroceria, em suas linhas puras e superfícies limpas, se destacava frente à concorrência. A versão mais completa tinha requintes inéditos, práticos e elegantes: para-brisa inteiriço; vidros verdes; bagageiros internos com tampa; difusores do ar condicionado, caixas de som e luzes individuais agrupadas num módulo, como nos aviões; relógio digital; poltronas mais largas e com maior número de posições de regulagem; ganchos-cabide; banheiro totalmente novo, sem arestas e cantos vivos. Para o motorista, coluna de direção regulável (opcional), poltrona regulável e com suspensão, desembaçador do para-brisa e da janela esquerda e limpador com temporizador. O salão tinha sistema de circulação de ar com ventiladores radiais, podendo ser equipado com ar condicionado (montado sobre o teto) e calefação. No exterior, revestimento sem emendas, spoiler para otimizar a penetração aerodinâmica e calotas.
Em março, antes do ônibus – efetivamente o grande lançamento do ano -, a IV Fenaçúcar mostrou o protótipo do L-2219 a álcool aditivado, e em junho, os primeiros caminhões da marca com motor do ciclo Otto a álcool hidratado, desenvolvido a partir de uma unidade diesel, um L-2219, com 140 cv; na oportunidade foi também anunciado o desenvolvimento de motores a gás natural e metano. No mesmo mês foi apresentado o protótipo do leve L-610. Na IV Brasil Transpo, em agosto, foram lançados os pesados LS-1524, para 35 t (sucessor do 1519), com turbo de 238 cv e oito marchas, e LS-1932, para 45 t, com motor de 11,5 litros com intercooler (elevando a potência original de 290 para 320 cv) e câmbio Ecosplit de 16 marchas. Para abrigar o intercooler, o capô de aço foi mudado por outro de fibra de vidro, mais volumoso e com duas entradas de ar adicionais. O caminhão também ganhou novo painel, um spoiler com faróis de neblina e para-sol externo. Logo no início do ano seguinte apareceria mais um médio, L-1318, o primeiro da categoria com intercooler.
Em 1986 o rodoviário de dois eixos ganhou sua primeira variante, O-370 R, versão mais barata destinada ao transporte de curta e média distância. Dotado de menos requinte nos acabamentos (porta-bagagens internos abertos, por exemplo), também tinha mecânica mais simples: suspensão dianteira independente por molas helicoidais e traseira por feixe de molas e apenas uma opção de motor – 200 cv turbo; foram mantidos os freios pneumáticos e a direção hidráulica.
Na área dos veículos comerciais, o caminhão leve recebeu nova suspensão traseira, aumentando para 6,6 t o PBT e passando a denominar-se L-708 E; também novos eram o freio-motor (único na categoria) e os freios hidropneumáticos de duplo circuito; não houve nenhuma mudança estética. Em paralelo com o caminhão saiu o chassi de ônibus correspondente – LO-708 E. Dois modelos médios foram repotenciados: o 1313 e o 1513 receberam o motor de 170 cv e novos códigos, L-1317 e L-1517, o primeiro com nova caixa sincronizada de cinco marchas e embreagem mais macia e o último com opção de duas velocidades no eixo traseiro. Em 1986 a empresa inaugurou novo sistema de pintura por eletroforese, sendo o primeiro fabricante de veículos comerciais do país a utilizar o processo.
A Mercedes-Benz terminou 1986 com mais de 43 mil veículos fabricados, distante ainda do recorde de 1980. Sua política continuada de ajuste dos custos à oscilação da demanda, no entanto, garantiu resultados financeiros positivos até nos momentos mais difíceis da crise. Com isto retomou seu programa de investimentos, que começou a se materializar com o aparecimento do novo rodoviário, se desdobraria por muitos lançamentos, a partir de 1987, e levaria à renovação completa da linha ao final da década. A empresa agregou diversos pequenos melhoramentos na linha 87 de caminhões e ônibus, quer aumentando a capacidade de carga e/ou a potência, quer incluindo equipamentos e acessórios até então oferecidos como opcionais. Em conseqüência, diversos modelos foram reclassificados e aumentaram de preço, provocando protesto generalizado das entidades de classe, acusando-a de maquiar os produtos para burlar o congelamento de preços determinado pelas autoridades econômicas. (A crítica valeria, a rigor, para a maior parte da indústria, não sendo privilégio do setor automotivo e, ainda menos, da Mercedes-Benz.) Dentre os vários modelos alterados estavam o 1113 (agora L-1114) e os monoblocos O-364 urbano e O-370 rodoviário (que passaram a O-365 e O-371).
Na V Brasil Transpo, em outubro, foram mostrados os modelos urbanos derivados do O-371, profundamente modificados, disponibilizados em várias versões: padron com duas ou três portas, elétrico, a diesel ou a gás, convencional e plataforma. A versão mais completa (UP), além de trazer a moderna tecnologia mecânica e estrutural do ônibus rodoviário, incorporava todos os elementos recomendados no Projeto Padron, determinantes para um adequado desempenho em sistemas troncalizados (conseqüentemente integrados) de transporte urbano. A estrutura utilizava tubos de aço-carbono de alta resistência e era revestida com chapas de aço galvanizadas soldadas a ponto. Tinha duas ou três portas com 1,20 m de largura, oito saídas de emergência, ventilação forçada, bancos de fibra de vidro com almofadas estofadas, iluminação fluorescente, pedido de parada por botões com sinalização indicativa, portas com acionamento eletro-pneumático e sistema de segurança impedindo a partida com portas abertas. Possuía suspensão pneumática com controle de nível (mantendo os degraus de acesso à altura constante de 33 cm), freios pneumáticos, direção hidráulica e três opções de motor – dois a diesel (136 e 187 cv) e um a gás (150 cv). Tratava-se de um veículo decididamente moderno, o primeiro padron diesel com carroceria monobloco até então fabricado no país.
A mesma estrutura e todos os elementos de chassi foram utilizados na versão trólebus (TR), com sistema eletro-eletrônico de comando por chopper e motor elétrico de 120 kW (600 V CC) fornecidos pela Villares. Lançado com anos de atraso, quando a Crise do Petróleo já ia longe e, por restrições ao endividamento público, cessara o ímpeto da expansão dos sistemas de trólebus do país, apenas duas unidades foram vendidas pela Mercedes, ambas para a cidade de Araraquara (SP).
Uma cabine padrão para toda a linha
Além do UP e TR havia uma versão simplificada, chamada U, com suspensão mecânica (molas helicoidais na frente, feixe de molas atrás), duas portas (uma delas com apenas 0,85 cm de largura) e balanço dianteiro mais curto. Vinha equipada com motor de 136 cv (opcionalmente 187 cv) e ignorava a maioria dos itens de conforto e segurança agregados ao padron. Havia uma variante a gás natural, com potência de 150 cv. Em conjunto com os ônibus, dois novos caminhões foram apresentados na Transpo: o L-1118 (também na versão LK), com motor turbinado de 180 cv, e o trator pesado LS-1934, para tração máxima de 70 t, com turbo intercooler de 340 cv. Intencionalmente a Mercedes-Benz acentuou a imponência do caminhão, apresentando-o pintado de branco, inclusive grade e para-choque, decorado com calotas e equipado com carenagens aerodinâmicas laterais de fibra de vidro.
A empresa continuou seu programa de lançamentos com os novos leves, apresentados no XV Salão do Automóvel, em 1988. Foram três modelos: os caminhões L-709 e L-912 e o chassi LO-812 (vendido com ou sem para-brisa), com motores de quatro cilindros e 3.972 cm3, o primeiro aspirado de 90 cv e os dois últimos turbo-alimentados de 122 cv. Todos tinham caixa sincronizada de cinco marchas, suspensão por molas semi-elípticas, freios a disco nas rodas da frente e direção hidráulica. A cabine, totalmente nova, era mais recuada do que no modelo antigo, proporcionando a um só tempo melhor acesso ao motor e maior espaço interno; além disto, trouxe maior racionalidade para a linha de produção, pois sua parte mais complexa – o conjunto paredes/teto/portas/piso – seria comum às novas famílias de caminhões médios, semi-pesados e pesados a serem lançadas nos anos seguintes. A cabine foi apoiada sobre quatro coxins de borracha e teve o isolamento termo-acústico reforçado, procurando solucionar críticas quanto a aquecimento e vibração excessivos observados na versão anterior. Os comando do pisca-pisca, farol alto, buzina e limpador foram deslocados para a coluna de direção, solução automobilística ainda pouco comum em caminhões.

1718 A, caminhão 4×4 com 184 cv, uma das versões de médios-pesados lançados em 1991; a linha trouxe as primeiras cabines basculantes da Mercedes-Benz do Brasil.
Em julho de 1989, como previsto, chegaram os médios e médio-pesados, com novos motores e cabines (chassis, eixos e transmissões permaneceram os mesmos). Embora a concorrência viesse caminhando para modelos com cabine basculante sobre o motor (Ford Cargo e caminhões VW, na mesma categoria), a Mercedes-Benz mantinha as cabines semi-avançadas (agora com capô e pra lamas em peça única, basculando para a frente), ainda um desejo do mercado interno e de muitos países em desenvolvimento para onde exportava. Assim, foi decidido que os novos caminhões seriam inicialmente fabricados somente no Brasil, para distribuição para o resto do mundo, exceto Europa e EUA. A maior parte dos modelos ganhou maior potência, torque e capacidade de carga, sendo quase todos renomeados; alguns exemplos: L-1114, 1118, 1314, 1514, 1518, respectivamente mudados para L-1214, 1218, 1414, 1614, 1618, com motores de 136 e 184 cv. Em maio de 1990, seguindo as mesmas diretrizes, foi renovada a linha dos pesados, na faixa de 35 a 45 t de PBTC – 1625, 1630, 1935, 1941 e 2325, nas versões L, LK, LB ou LS. Com eles, foi introduzida a série 400 de motores, de 10 e 12 litros, com potências entre 252 e 408 cv.
Ao terminar a década de 80, embora a produção tivesse voltado a baixar para pouco mais de 31 mil unidades, fruto das turbulências econômicas do governo Collor, a Mercedes-Benz continuava a dominar o mercado com 34% das vendas internas no segmento de carga e 76% no de passageiros, ainda que com folga menor do que no passado recente. Seu catálogo contava com vastíssima linha de produtos: dois modelos de caminhões leves, 36 de médios a pesados, oito monoblocos urbanos e rodoviários, 11 chassis e plataformas para ônibus, além de cinco famílias de motores diesel, com quatro, cinco e seis cilindros e potências entre 81 e 408 cv. Na época a empresa iniciou processo de integração com a fábrica da Argentina, importando caixas de câmbio e para lá enviando partes de cabines, eixos e motores. Os fornecimentos para os EUA, no entanto, seriam transferidos para a filial mexicana, para a qual o Brasil enviaria motores, cabines e carrocerias monobloco.
No 16o Salão do Automóvel, no final de 1990, foi lançada a família de semipesados e pesados de três eixos: L-2314 (6×4), L-2318 (6×2 e 6×4), LK e LB-2318 (6×4) e L, LK e LB-2325 (6×4). Em agosto do ano seguinte a Mercedes-Benz inaugurou seu Centro de Desenvolvimento Tecnológico junto à planta de São Bernardo do Campo; congregando 400 engenheiros, era o maior da marca fora da Alemanha e o único do país exclusivamente dedicado a veículos comerciais.
Além do natural aprimoramento da linha de produtos, que incluía a oferta de freios ABS como opção em alguns modelos, a Mercedes procedeu a um importante lançamento naquele ano. Pressionada pela concorrência – e contradizendo seu próprio discurso em defesa das cabines recuadas – lançou na VII Transpo a linha média e semi-pesada com cabine sobre o motor, retornando a uma tradição abandonada mais de vinte anos antes. Primeira cabine basculante produzida pela empresa no país, também esta era igual àquelas utilizadas pelos caminhões leves e pelos demais médios e pesados da marca. Comercializada a partir do ano seguinte, a gama era composta de seis versões (1214, 1218, 1414, 1418, 1714 e 1718), além das quatro adaptadas para basculante, identificadas pelo sufixo K. Com eles, pela primeira vez a empresa deixava de utilizar na nomenclatura dos caminhões um prefixo que identificasse o conceito do veículo (pela tradição, no caso deveriam ser utilizadas as letras LP). A mecânica era a mesma dos modelos L e LK dos quais derivavam; eixos e suspensões dianteiras, no entanto, foram reforçados e os chassis encurtados entre 60 e 97 cm no entre-eixo, facilitando aplicações nos centros urbanos.
Também foi preparado para a Transpo, onde recebeu posição de destaque, um caminhão-conceito equipado com 54 acessórios e equipamentos que resumiam o que de mais atual existia no mundo em tecnologia eletroeletrônica embarcada – em grande parte hoje absolutamente vulgares: comunicação via satélite, piloto automático, indicador de distância para trás, monitor de TV para manobras, limpador de faróis, computador de bordo com impressora, tacógrafo eletrônico, sensor de chuva, telefone celular, caixa semi-automática, retarder, ABS, rodas de alumínio, válvula controladora de frenagem, sensor de desgaste das lonas de freio, cintos de segurança com alerta sonoro e alarme anti-roubo.
O 1o milhão de veículos e uma família de ônibus completamente nova
Em março de 1992 a Mercedes-Benz do Brasil atingiu seu primeiro milhão de veículos (em abril do ano anterior já alcançara o 100.000o caminhão leve). Três foram as novidades no segmento de ônibus naquele ano: nova versão do monobloco rodoviário, o O-371 RSL, mais leve, com dois eixos, 13,20 m de comprimento, 10 cm a mais na largura, poltronas mais amplas, freios ABS e 354 cv (potência estendida às demais versões); o monobloco urbano O-371 UL, numa configuração intermediária entre o padron UP e o convencional U, com 12,0 m, suspensão pneumática apenas na frente, portas de 1,20 m de largura e 210 cv, trazendo visual dianteiro semelhante aos modelos alemães (dois faróis redondos e grade substituída por um largo painel na cor grafite); e o chassi médio-pesado OF-1618, com motor turbo de 184 cv, suspensão, eixos e freios redimensionados e embreagem mais macia. Para facilitar o encarroçamento, o chassi foi alongado para 6,05 m e passou a ser fornecido com painel de instrumentos completo e central elétrica com circuito impresso. Em tempo: Ford e VW, sob o manto da Autolatina, acabavam de lançar seus primeiros chassis de ônibus, equipados com motor MWM de 184 cv.
Graças ao desempenho histórico da Mercedes-Benz na vendas de ônibus, que já ultrapassava em muito a própria matriz, em 1993 a filial brasileira foi elevada à condição de Centro de Competência em chassis para o transporte de passageiros, tornando-se responsável por seu desenvolvimento e fornecimento para toda Daimler-Benz. O recém-lançado OF-1618, parente próximo dos chassis de caminhão, foi o primeiro produto desta nova atribuição. Em dezembro foi lançado o segundo, ainda com motor dianteiro, o OF-1620, com motor turbo intercooler de 200 cv.

Último monobloco rodoviário da Mercedes-Benz brasileira, o O-400 foi lançado em 1994 e retirado de linha dois anos depois; o carro acima pertence à empresa paulistana Danúbio Azul (foto: Flávio Rodrigues Silva).
Em abril de 1994 a Mercedes renovou mais uma vez seus rodoviários, apresentando a série O-400, nas versões RSD, RSL, RS e R. Além de algumas mudanças estéticas (frente e traseira de fibra de vidro, faróis circulares quádruplos, eliminação da grade dianteira, novas lanternas e a marca Mercedes-Benz moldada em toda a extensão da tampa traseira), o ônibus recebeu motor de 354 cv da série 400 e revestimento lateral segmentado (para baratear os reparos), além de ter o sistema elétrico reprojetado e melhorada a acessibilidade aos órgãos de revisão corrente. Como opcionais podia receber rodas de alumínio, retarder e ABS. O carro ficou 400 kg mais leve, em função do uso de novos materiais, mas teve o interior simplificado, perdendo um pouco da sofisticação dos modelos iniciais.
Na Expobus 94, em setembro, foi feita a première do primeiro articulado construído pela empresa no Brasil, o O-400 UPA. Motivada pelas concorrências públicas para a compra de ônibus de grande capacidade que em breve seriam lançadas em São Paulo, a Mercedes-Benz (depois da Volvo e Mafersa) decidiu também apresentar o seu modelo, com 17,8 m de comprimento, motor traseiro de 300 cv, suspensão pneumática (duas bolsas no eixo dianteiro e quatro nos demais) e transmissão automática com retarder. O ônibus dispunha de sistema eletrônico de controle direcional, instalado na articulação e atuando sobre a aceleração e frenagem, de modo a impedir o “efeito canivete” – risco de, nas curvas, o reboque impulsionado pelo motor traseiro desestabilizar a parte dianteira. Opcionalmente podia receber sistema de lubrificação centralizado com dutos conectados a todos os pontos do veículo. Na mesma exposição foi mostrada a plataforma de dois eixos UP.
Ainda na área dos ônibus surgiram notícias – cautelosamente minimizadas pela Mercedes-Benz – de sua intenção de iniciar a produção de carrocerias em Campinas, em paralelo às linhas de fabricação de monoblocos (a irada reação da Fabus levaria a empresa, mais adiante, a diplomaticamente voltar atrás em seus planos). No segmento de carga foram lançados o leve L-914 e o pesado L-2635. Este, com duplo eixo traseiro e tração 6×4, nas versões L, LK e LS, era equipado com motor turbo intercooler de 354 cv e caixa de 16 marchas e alcançava capacidade máxima de tração de 123 t. O leve, L-914, foi o primeiro na categoria a dispor de intercooler em seu quatro cilindros turbo, dispensando 136 cv; tinha caixa de seis velocidades e PBT de 8,5 t.
No ano seguinte, 1995, a empresa continuou a priorizar os ônibus, lançando oficialmente o chassi rodoviário OH-1635 L, apresentado dois anos antes (a letra L referindo-se à suspensão pneumática; de Luft, ar em alemão) e a família de urbanos O-400. O chassi foi o primeiro do tipo buggy fabricado pela marca, vindo com apenas 3,00 m de distância entre eixos graças às longarinas seccionadas, ficando por conta das firmas encarroçadoras completá-las ou integrá-las a uma carroceria monobloco. Tinha motor turbo intercooler de 354 cv montado na traseira e suspensão a ar (duas bolsas por eixo), podendo opcionalmente receber caixa automática, retarder, ABS e volante regulável em altura e inclinação. Quanto aos urbanos, foram lançados os monoblocos padron O-400 UP (11,9 m, três portas, motor de cinco cilindros e 245 cv, câmbio de seis marchas) e articulado O-400 UPA e a plataforma articulada UPA, com as mesmas características do monobloco mostrado no ano anterior na Expobus.
A agilidade demonstrada pela Mercedes-Benz nas reações à concorrência, por meio da diversificação de lançamentos e ocupação de nichos de mercado, foi conseqüência direta da reestruturação administrativa iniciada em 1992 (ano do primeiro prejuízo de sua história), com revisão de métodos gerenciais arraigados e quebra de certas tradições que engessavam a empresa diante dos desafios do mercado. Uma das empresas mais verticalizadas e com administração mais centralizada do setor, chegou à metade dos anos 90 com posturas diametralmente diversas daquelas praticadas três ou quatro anos antes: aquisição de importantes componentes junto a terceiros (até então fabricava 90% do que consumia), terceirização de serviços, redução de 40% dos níveis hierárquicos, redução do número de supridores, introdução da “engenharia simultânea”, com participação de fornecedores e clientes, adoção do trabalho em grupo no chão da fábrica, com autonomia para alterar procedimentos, importação de alguns equipamentos para testar o mercado e desenvolvimento local de novos produtos, transformações coroadas pela contratação, como diretor de vendas, do brasileiro Roberto Bógus, o executivo responsável pelo crescimento exponencial da Fiat, tornando-a em poucos anos o maior fabricante brasileiro de automóveis. Como parte desta “racionalização”, 1.700 empregados foram demitidos em setembro de 1995 e mais 1.270 no início do ano seguinte. Foi exatamente nessa quadra que a empresa deslanchou um projeto que, ainda a curto prazo, se revelaria uma aventura: a fabricação de automóveis.
“Você de Mercedes“: o primeiro automóvel brasileiro da marca
Por duas ou três vezes já fora cogitada a produção local de automóveis Mercedes-Benz, a primeira delas, como vimos, ainda no alvorecer da nossa indústria de veículos. Mais tarde, em 1968, frente ao sucesso obtido pelo Ford Galaxie e ao lançamento próximo do Dodge Dart, a empresa alemã teria vislumbrado a existência de uma faixa de mercado ansiosa por carros de luxo como os seus. Ainda que não tivesse chegado a explicitar claramente seus planos, a alguns pareceu que, com os investimentos em curso na planta de São Bernardo do Campo a empresa estivesse se preparando para ali fabricar o sedã 230. Alguns anos depois (em 1974) a hipótese voltou à imprensa, ao serem fotografados carros da marca durante provas de estrada em Minas Gerais (os supostos “Mercedes brasileiros” seriam, na verdade, protótipos da nova série 200 alemã, submetidos a programa mundial de testes sob condições climáticas variadas, prévios ao lançamento, que ocorreria em janeiro de 1976). O assunto foi esquecido até agosto de 1993, quando a matriz informou que “poderia“ vir a montar automóveis no Brasil caso a demanda fosse suficiente.
Dessa vez seria para valer. Em abril do ano seguinte o presidente da filial foi um pouco mais afirmativo ao revelar que a Mercedes-Benz “pretendia” aqui instalar uma unidade exclusiva para carros. Em setembro de 1995, por fim, o presidente mundial da empresa comunicou formalmente seus planos: construir nova fábrica com capacidade para 80 mil unidades/ano do novo modelo Classe A, destinadas ao mercado latino-americano.
Embora o local das instalações ainda não tivesse sido escolhido, a própria empresa comentava que Minas Gerais fora o estado “que mais empenhou esforços” para receber o projeto, a maior expectativa recaindo sobre Juiz de Fora; Joinville (SC), Santa Maria (RS) e as instalações da Mercedes-Benz em Campinas também estavam sendo cogitadas. Sem esconder que sua decisão final dependeria, em primeiro lugar, dos incentivos concedidos, e só depois da infra-estrutura e proximidade do mercado e fornecedores, a empresa adiou por quase meio ano a escolha, aguardando que surgissem novas e melhores propostas no quase leilão ao qual se dispuseram submeter os governos estaduais interessados. Em abril de 1996 foi finalmente anunciada a cidade mineira, após “irrecusáveis” ofertas do governo do Estado: doação de terreno às margens da BR-040, com toda a infra-estrutura (de energia elétrica a rede de fibras óticas), isenção de ICMS e IPI por dez anos, empréstimo para capital de giro a juros subsidiados, financiamento para compra de equipamentos com carência de dez anos, sem juros e correção, construção de anel viário e ramal ferroviário e até o desvio do curso do rio Paraibuna, vizinho ao terreno. A prefeitura disponibilizou escritórios onde os executivos da empresa pudessem se instalar. Critério não declarado, mas que certamente foi determinante na opção por Juiz de Fora em detrimento de Campinas (onde já dispunha de modernas instalações próprias, livres para imediata utilização), foi a questão laboral: salários até 60% menores e movimento operário ainda incipiente (ou, como eufemisticamente comentou o governador de Minas, “maior estabilidade na área trabalhista“).
A Mercedes-Benz foi a primeira empresa a oficialmente comunicar sua decisão de aqui se instalar, dentre as muitas automobilísticas que chegariam ao país na década de 90. No XX Salão, em novembro de 1998, o Classe A foi apresentado ao público como principal atração do enorme stand que a Mercedes preparou, o maior até então montado na história do evento. A fábrica foi inaugurada em abril de 1999. Com capacidade para 70 mil veículos/ano, em regime de três turnos, era inusualmente horizontalizada para os padrões da Mercedes; do total de 140 fornecedores de partes e componentes, dez se localizavam junto à planta, entregando subconjuntos just-in-time – num consórcio modular em escala reduzida. Tal como os demais fabricantes que chegaram ao Brasil na década de 90, o carro começou a ser fabricado com reduzido índice de nacionalização – cerca de 60%. Chapas estampadas, motor, câmbio, suspensão traseira e direção hidráulica eram trazidos da Alemanha, cabendo a Juiz de Fora soldar e pintar a carroceria e proceder à montagem dos órgãos mecânicos, na maior parte importados em SKD.

Mercedes-Benz A 160.
A simpática campanha publicitária de lançamento do modelo brasileiro, conduzida pela agência W/Brasil sob o lema “Você de Mercedes“, brincava com o sonho juvenil, comum a todos amantes de automóveis, de um dia poder possuir um carro com a estrela de três pontas no capô. Menor automóvel até então fabricado pela Daimler-Benz e único com tração dianteira, o Classe A ainda não fora sequer mostrado à imprensa internacional, em sua forma definitiva, ao ser decidida sua produção no Brasil. Mundialmente lançado em março de 1997, no Salão de Genebra, trazia muitas inovações técnicas e conceituais: motor transversal de alumínio montado com inclinação de 59°, que em caso de choque frontal deslizava para baixo do carro, controle eletrônico de estabilidade ESP associado ao ABS, câmbio semi-automático (opcional, o primeiro no Brasil), suspensão totalmente independente e carroceria com diversas partes de plástico (para-choques, tampa traseira e para-lamas). Segunda minivan do mercado, tinha o piso totalmente plano, permitindo 36 diferentes configurações do espaço interno, incluindo a remoção total dos bancos e o deslocamento longitudinal do assento traseiro. Alto e curto (apenas 3,58 m de comprimento), era o menor automóvel de série fabricado no país, quatro centímetros menor do que o pequeno Ford Ka.
A produção brasileira se iniciou com o modelo A 160, com motor 1.6 de quatro cilindros, 16 válvulas, injeção eletrônica e 99 cv, disponível em duas versões, Classic e Elegance, ambos com excelente nível de acabamento. O modelo básico dispunha de direção com assistência eletrico-hidráulica, air-bags frontais duplos, cintos de segurança com tensores, encosto de cabeça para os cinco ocupantes, travamento automático das portas, vidros verdes, regulagem de altura do banco do motorista, comando elétrico das janelas dianteiras e alerta visual no painel informando os prazos para realização de serviços de manutenção e trocas de óleo. O modelo top Elegance, além dos itens descritos, trazia vidros traseiros elétricos, volante regulável em altura, travamento remoto de portas e porta-malas com sistema anti-furto, ar condicionado, sistema de som com CD, instalação para telefone celular, bancos de couro e rodas de liga. Alguns detalhes distinguiam externamente os dois modelos: grade e retrovisores, pretos no Classic e na cor da carroceria no Elegance; maçanetas, com uma faixa cromada no modelo mais caro; e lanternas traseiras, com duas cores no segundo e três cores no primeiro.
A Mercedes-Benz se valeu do Classe para dar divulgação a suas preocupações com o equilíbrio ambiental, destacando três soluções tecnológicas introduzidas no novo carro: fibra natural de curauá (espécie de bromélia amazônica) no isolamento termo-acústico de portas e teto, fibra de coco no encosto dos bancos e sistema de pintura à base de água (em lugar de solvente), menos poluente e pela primeira vez utilizada pela indústria brasileira de veículos.
O PRIMEIRO CLASSE A: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco, monovolume, cinco portas, cinco lugares, bagageiro com 350 litros (1.300 litros com o banco rebatido), 3,57 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas, 1.598 cm3 , 99 cv, injeção eletrônica; tração dianteira com caixa manual de cinco marchas sincronizadas (semi-automática opcional); direção hidráulica; suspensão independente nas quatro rodas, Mc Pherson na dianteira e braços arrastados e molas helicoidais na traseira; freios hidráulicos a disco na frente e a tambor atrás com ABS.
O Classe A seria eleito em 1999 Melhor Carro Nacional pela Abiauto – a associação formada pelos jornalistas da imprensa especializada brasileira. A Mercedes-Benz esperava produzir 38 mil unidades do seu moderno automóvel no primeiro ano, 15% delas exportadas, o que responderia por ¼ da receita da companhia. A realidade porém foi bem diversa, e apenas 14 mil carros foram fabricados em 1999, número ainda assim favorecido pelas vendas externas (3.800, para México e Argentina), superiores em 27% ao esperado.
As causas para o insucesso foram várias, a começar pela crise econômica do final do século, que em somente dois anos fez cair em 34,4% a produção nacional de 1997 (ano da decisão pela instalação da fábrica mineira). O segundo problema se prendeu ao preço do carro: ainda que “fosse um Mercedes” e possuísse um conteúdo tecnológico reconhecidamente elevado, o Classe A era excessivamente caro, um carro pequeno com preço de médio-grande (como os recém lançados VW Golf e Honda Civic). Sua modernidade e o status da marca não conseguiram sensibilizar o consumidor mais abastado, conservador e mais atraído por sedãs de representação. A situação foi agravada pela desvalorização do real em quase 30%, no início de 1999, elevando os custos dos muitos componentes importados e colocando a empresa diante do dilema: aumentar ainda mais os preços ou reduzir ao limite a margem de lucro, já que elevar significativamente a nacionalização estava descartado diante da limitação da demanda.
Ante as dificuldades enfrentadas pelo Classe A a Mercedes-Benz rapidamente buscou alternativas para ocupar a capacidade ociosa da planta de Juiz de Fora – o que se mostraria muito mais difícil do que imaginado. Ainda no final de 1999 se falou no Chrysler Neon, idéia logo abandonada por um “carro popular japonês” – algum modelo Mitsubishi, como viria a se saber depois. (Acompanhando o boom de fusões que acometeu o setor automotivo mundial na passagem do século, a Daimler-Benz fundiu-se com a Chrysler norte-americana em 1998, originando a DaimlerChrysler; dois anos depois, com as vistas voltadas para o mercado chinês e interessada em adquirir expertise em carros menores e mais baratos, a nova empresa assumiu 34% do capital da Mitsubishi.) Solução paliativa para a fábrica mineira seria adotada no início de 2001: a montagem dos modelos médios Mercedes C 240 (170 cv) e C 320 (218 cv) para o mercado norte-americano. A produção brasileira (inicialmente 7.000 carros/ano), realizada a partir de componentes 100% importados, resolveria o problema da falta de capacidade das duas plantas alemãs que fabricavam os modelos, incapazes de atender às cerca de 40 mil unidades anualmente demandadas pelos EUA. Os sedãs da Classe C foram produzidos até fevereiro de 2004, totalizando cerca de 19 mil unidades.
O Classe A, no entanto, não foi abandonado. Em junho de 2000 chegou o modelo A 190, com motor de 1.898 cm3, 125 cv e preço ainda maior. A única mudança externa foi na versão Elegance, que recebeu faixas de borracha nas portas. O A 160, por sua vez, teve o câmbio re-escalonado e ganhou mais potência, passando para 102 cv. O ano fechou com 15.600 carros fabricados, proporcionalmente abaixo do ano anterior, que teve menor número de meses úteis, pois a fábrica só foi inaugurada em abril. A partir daí a produção não pararia mais de cair: nove mil em 2001, 8.100 em 2002, menos de sete mil em 2003 (ano do lançamento dos igualmente modernos Honda Fit e Citroën C3), 5.500 em 2004 e pouco mais de 3.600 em 2005, quando o carro foi finalmente retirado de linha.

Classe A: em seis anos, pouco mais de 63 mil carros fabricados.
Até o final da carreira, contudo, pequenas melhorias foram sendo agregadas ao modelo, algumas meramente cosméticas: em 2001 foi disponibilizada transmissão automática seqüencial de cinco marchas para o A 190 Elegance; em 2002, faróis de superfície complexa com lentes de policarbonato, piloto automático e limitador de velocidade para o Elegance, novas calotas para o Classic, lanternas traseiras com nova distribuição de cores para ambos; em junho, lançamento da versão “esportiva” Avantgarde, apenas nas cores preto e prata, com 125 cv, rodas de liga, ponteiras do escapamento cromadas, lanternas fumê, direção com regulagem em altura e painel de instrumentos com fundo branco; para 2003, lanternas na cor amarela e pisca-pisca nos retrovisores; para 2004, alguns itens exclusivos da versão Elegance foram colocados à disposição dos outros modelos; finalmente, em 2005, frisos protetores de borracha nos para-choques e laterais (pretos no Classic, da cor da carroceria nos demais) e dois pequenos spoilers nas extremidades da saia traseira.
A ociosidade da fábrica todavia persistia, e hipóteses de ocupação das linhas de montagem não deixaram de surgir. Entre 2001 e 2002 discutiu-se um acordo com a coreana Hyundai, da qual a DaimlerChrysler detinha 13% do capital, para a fabricação de carros de baixo preço à razão de 70 mil/ano. Gorado o projeto com os coreanos foi feita nova tentativa com a Mitsubishi (também sem sucesso), até que em novembro de 2002 surgiu a proposta mais ousada: a construção local do revolucionário minicarro Smart – em troca de mais incentivos, devidamente cobrados do governo de Minas Gerais. O modelo anunciado – um “Smart de quatro lugares” ainda não lançado na Europa – supriria a América Latina, Europa e EUA, para onde seria destinada entre 70 e 80% da produção anual de 60 mil unidades, sendo o Brasil o único fabricante mundial do modelo. A empresa pretendia alcançar pelo menos 70% de nacionalização, e para tal já estudava a possibilidade de equipar o carro com motores Tritec, fabricados no Paraná mediante acordo entre a Mercedes-Benz alemã e a BMW.
As primeiras imagens do que poderia ser a versão definitiva foram divulgadas em junho de 2003. Com o nome Formore, seria um 4×4 que dividiria a plataforma mecânica com o novo Mitsubishi Colt, descendente direto do carro-conceito Tridion 4, mostrado no Salão de Frankfurt de 2001. A conversão das linhas de montagem de Juiz de Fora seria iniciada em junho de 2004, para isto já tendo sido interrompida a fabricação da Classe C e efetuados contatos com fornecedores de componentes. A surpresa foi grande quando, em dezembro, às vésperas do Natal, a Mercedes-Benz anunciou o adiamento do projeto por alguns meses para “avaliação dos resultados negativos da divisão Smart“, inclusive o questionamento da oportunidade de lançamento da marca no mercado norte-americano. Os planos não foram retomados.
No primeiro dia de abril de 2005 a Mercedes-Benz anunciou simultaneamente o cancelamento do projeto e o encerramento da produção do Classe A. Na verdade, a operação foi atropelada pelas dificuldades da matriz, resultantes do traumático processo de absorção da problemática Chrysler, situação agravada pela recessão do seu maior mercado, os EUA, após a crise do “11 de setembro”. O resultado foi corte brutal de gastos, o fechamento de fábricas (como a da Dodge, no Paraná) e o cancelamento de investimentos, culminando com a venda da participação na Mitsubishi e Hyundai em 2004 e a dissolução da sociedade com a Chrysler, três anos depois. No processo de reestruturação a própria existência da Smart chegou a ser questionada.
Quanto ao Classe A, o último deixou a linha de montagem em 15 de agosto de 2005. A produção total de seis anos, 63.436 unidades, foi inferior à capacidade anual da fábrica de Juiz de Fora. Trazendo de série muitos equipamentos eletrônicos que a concorrência não oferecia nem como opcionais, em 2003 o Classe A foi apontado pela revista Carro como um dos dez automóveis nacionais que marcaram a década. Na justa análise de José Rezende-Mahar no caderno de automóveis d’O Globo, ainda em 2002, o carro foi “injustiçado pelo mercado, que não o entende nem tem dinheiro para comprá-lo em grande quantidade“.
Para evitar a paralisação da fábrica, a Mercedes-Benz voltou provisoriamente a montar o Classe C para o mercado norte-americano enquanto decidia que destino dar às instalações industriais. Chegou-se a pensar no retorno das picapes Dodge Dakota (dessa vez com um diesel MWM nacional), porém a decisão recaiu sobre o Classe C Sports Coupé (2,3 l, 197 cv), que deixava de ser produzido na Alemanha, onde foram fabricados 270 mil unidades desde 2001. Também construído com material 100% importado, seria exportado para todo o mundo, inclusive Europa. Em abril de 2007 o cupê entrou em linha (no lugar do sedã Classe C, que em janeiro deixara de ser produzido), mas já no ano seguinte foi substituído pelo CLC 200, utilizando a mesma plataforma, porém com mecânica revista (1,8 l com compressor, 184 cv) e carroceria reestilizada, seguindo o estilo do recém-renovado Classe C. Possuindo parte significativa da carroceria estampada no Brasil (era intenção da Mercedes atingir 30% nacionalização), pela primeira vez a empresa foi autorizada a vender o carro no país – a preços de importado, naturalmente.
Mudança de rumo: o fim dos monoblocos e a ênfase nos chassis
Enquanto durou o affair Classe A, a Mercedes-Benz avançou na sua política agressiva de lançamentos e preservação do mercado nos segmentos de ônibus e caminhões, não se furtando à tomada de decisões drásticas, como a desativação da fábrica de Campinas e o encerramento da produção de ônibus completos, comunicada à imprensa no início de 1996. Apesar da sua massacrante liderança no fornecimento de chassis convencionais para ônibus, a Mercedes não teve força para enfrentar com seus monoblocos os produtos (bons ou maus) dos muitos fabricantes de carrocerias que na segunda metade do século disputaram o mercado brasileiro. Incapaz de competir em preço (quer pela qualidade tecnológica superior do seu produto, quer pelos custos crescentes de sua estrutura industrial verticalizada), sem flexibilidade (pelas mesmas razões) para atender a demandas tão diversificadas (oscilando do microônibus ao high-deck) e tendo grande parte da clientela mais preocupada com o preço do que com a qualidade, a produção minguou a níveis inaceitáveis. Assim, do total produzido entre 1956 e 1995, não só os ônibus completos mal chegavam a ¼ do total de chassis como, nos últimos anos, suas vendas quase que se resumiam ao mercado externo. Até ser suspensa a produção, cerca de 70 mil monoblocos haviam sido fabricados. A linha de produção de plataformas foi mantida em Campinas até o início de 2000.
Ainda em 1996 a gama de médios e semi-pesados com cabine semi-avançada foi totalmente revista, os primeiros modelos sendo lançados em meados do ano. Chamada Série Brasil, referência ao 40º aniversário da empresa, implicou na eliminação de diversas versões e no realinhamento das restantes. As mudanças não se resumiram ao estilo, ao redimensionamento de componentes e à substituição de materiais com ampla utilização do plástico, mas também à alteração de processos industriais, que envolveu a responsabilização dos fornecedores pela montagem de partes e sub-conjuntos mecânicos e da cabine. Na linha dos leves, o 709 ganhou turbo alimentação e 109 cv, gerando o modelo L-710.
No âmbito da reestruturação das suas operações, em 1997 a Mercedes-Benz decidiu pela transferência da produção de caminhões e chassis argentinos para o Brasil, ficando o país vizinho responsável pelos comercias leves Sprinter. Não foram muitas as novidades naquele ano. Em julho saiu o caminhão médio 1214 C (de City), atualização do 1214 U (de Urbano) lançado no ano anterior, este por sua vez uma versão simplificada do 1214. O City trazia um motor mais potente, com intercooler e 143 cv, e demais elementos de força revistos, capazes de elevar o PBT de 11,5 para 12,3 t. Logo a seguir, o restante da linha com cabine avançada foi reformulada, segundo os mesmos princípios da Série Brasil: reestilização interna e externa, revisão mecânica e fabril. Foram quatro modelos – 1418 R, 1718 A, 1720 e 1723 – com potências entre 170 e 231 cv, em diversas versões. Em setembro, na Transpo, foi lançado o chassi OH-1621 L, a gás natural, e apresentado o OF-1417 (derivado do 1318), o primeiro na categoria equipado com motor com gerenciamento eletrônico (quatro cilindros, 4.250 cm3, turbo intercooler e 170 cv, da nova série 900), colocado à venda no ano seguinte.
Em fevereiro de 1998, sucedendo ao OF-1620, foi lançado o chassi urbano OF-1721, primeiro resultado do programa Fábrica Aberta, segundo o qual empresários de ônibus visitavam a fábrica e faziam sugestões de alteração dos veículos. Apresentado com duas distâncias entre eixos (5,25 e 5,95 m), o novo chassi tinha balaço dianteiro mais longo, motor (dianteiro) montado em posição rebaixada e opção de caixa automática. Ao longo do ano também surgiram dois outros, com motor traseiro, OH-1420 e OH-1628 L.

Mercedes-Benz 1938 S, de 1999, primeiro pesado com cabine basculante da marca (foto: Jorge A. Ferreira Jr.).
Em setembro o gerenciamento eletrônico chegou aos caminhões, com o lançamento de cinco modelos, dois leves (712 C e 914 C) e três pesados (L-1638, L-1938 e L-2638, este um 6×4, também oferecidos nas versões LK e LS). Os leves ganharam a cabine basculante dos médios, freios pneumáticos a disco nas quatro rodas (os primeiros no país), motores de 122 e 136 cv, caixa de cinco marchas com overdrive e tomada de força. Os pesados mantiveram a cabine semi-avançada mas foram identificados por nova grade, trazendo motor de seis cilindros e 380 cv, caixa sincronizada de 16 marchas, freios a disco nas quatro rodas (exceto o 1638) com sensor de desgaste das pastilhas, rodas de alumínio e, opcionalmente, ABS, ar condicionado e desembaçador do vidro traseiro. Também equipado com motor eletrônico (231 cv), o chassi a gás foi reeditado com a denominação OH-1623 LG. A nova tecnologia eletrônica significou um dos maiores avanços na história recente dos motores diesel. Capaz de gerenciar todas as suas funções vitais permitia autodiagnose e monitoramento, em tempo real, do desempenho do veículo, produzindo reflexos altamente favoráveis sobre o consumo, rendimento e emissão de poluentes.
1998 também foi o ano da desastrosa fusão da Daimler-Benz com a Chrysler norte-americana, associação que seria desfeita nove anos depois com grande prejuízo para a firma alemã. Seus efeitos praticamente não se fariam sentir sobre a Mercedes do Brasil; o mesmo não ocorreu, porém, com a Chrysler, que teve sua planta brasileira fechada em 2001.
Em 1999 a Mercedes continuaria a investir no transporte de passageiros e no gerenciamento eletrônico. Quatro foram os equipamentos lançados: o chassi LO-914, para microônibus, com as mesmas características do L-914 C; o chassi com motor traseiro de 211 cv e suspensão a ar OH-1421 L; e as plataformas rodoviárias O-400 RSE e RSD, com dois e três eixos e 360 cv, apresentadas com entre-eixos curto para posterior alongamento pelo fornecedor da carroceria. Quanto aos caminhões, foi privilegiada a série com cabine avançada, que ganhou mais quatro versões: 1215 C, 1718 M (para serviços públicos, como coleta de lixo) e 2423 B e K, com tração 6×4. Na oportunidade foi também lançado o 1718 A, com tração nas quatro rodas, apresentado dois anos antes e até então não colocado à venda. Todos os modelos receberam cabine com desenho levemente retocado, assumindo o estilo introduzido com os leves 712 e 914. Na 12ª Fenatran, em novembro, foi mostrado o sofisticado 1938 S (sem prefixo alfabético no nome), primeiro pesado da marca com cabine basculante, equipado com computador de bordo, teto-solar, espelhos de comando elétrico, piloto automático e travamento das portas com controle remoto; tinha 380 cv e freios a disco nas quatro rodas com ABS.
LO-610 e O-500: a linha de chassis é ampliada nos dois extremos
Depois deste lançamento tão empolgante, o ano 2000 foi carente de novidades: de relevante, apenas o caminhão L-1620 com 3º eixo original de fábrica. 2001, no entanto, foi outra vez carregado de lançamentos de ônibus e caminhões. Dentre estes, substituindo modelos anteriores com potência ou capacidade menores, estão: L-1218 e L-1418 (4,25 l, 170 cv), 2428 (6×4 canavieiro) e L-1622 (4×2 ou 6×2, 4,8 l e 218 cv, com opção de freios a disco e caixa de nove marchas), todos com motor eletrônico da série 900, com quatro cilindros, mais leves e de maior torque. Para a 13ª Fenatran, reservou três pesados com cabine avançada e opção de teto alto: o 1938 S com 3º eixo de fábrica e o 1944 S, nas versões 4×2 e 6×2, com 435 cv, o mais potente cavalo-mecânico brasileiro, com capacidade máxima de tração de 150 t. Para aumentar a segurança contra roubos foi instalado um sistema de degraus basculantes funcionando em conjunto com a abertura e fechamento das portas.
No segmento de chassis, na esteira do sucesso do Volare, a Mercedes-Benz lançou seu segundo modelo para miniônibus (além do 412 D, derivado da van Sprinter, ainda importado da Argentina), LO-610, com 109 cv e cinco marchas, também próprio para receber carrocerias blindadas para o transporte de valores. A seguir saíram o OH-1417 (para exportação, com 170 cv) e os modernos O-500, com motor traseiro, nas versões urbana com entrada baixa (U), rodoviária (R) e para uso múltiplo, com longarinas seccionadas (M). O urbano tinha chassi tubular, 245 cv, caixa automática, suspensão a ar (duas bolsas à frente e quatro atrás), sistema pneumático de rebaixamento da lateral direita nos pontos de parada à altura de 30 cm, freios a disco nas quatro rodas e direção regulável. A mecânica da versão M era semelhante, ambos os chassis podendo ser alongados para receber carrocerias com até 13,2 m. O rodoviário tinha 326 cv e posto de direção em posição low driver, capaz de aceitar carrocerias de dois pisos.

Folder de propaganda do 710, um dos “Mercedinhos” de vida mais longa, aqui com a cabine adotada em 1988.
Em 2001 a Mercedes-Benz atingiu a marca de dois milhões de motores diesel fabricados no Brasil, iniciou a exportação de motores eletrônicos para a Freightliner, sua subsidiária nos EUA, e decidiu fabricar no país o motor para o furgão Sprinter argentino, até então fornecido pela Maxion. Ao mesmo tempo, a matriz escolheu o Brasil como centro de referência para o grupo DaimlerChrysler em motores a gás e como base de fornecimento de parte dos eixos, caixas de câmbio e direções hidráulicas. O ano terminou com grande número de lançamentos e uma vasta gama de produtos atualizados tecnologicamente, alguns deles quase no “estado da arte” do que se fazia na Europa (os chassis O-500 e o pesado 1944 S, por exemplo).
O posicionamento da marca no mercado, contudo, exigia atenção. As vendas caíram 13,5% com relação ao ano anterior, num mercado em crescimento. A situação do Classe A era crítica e a Volkswagen vinha se aproximando com seus caminhões, já ocupando a segunda posição no segmento. E, pior de tudo, a Mercedes perdia participação também em chassis, onde liderava havia quatro décadas, desde sua chegada ao país, recuando para 54% do mercado, fruto principalmente de seu atraso em entrar no explosivo mercado de mini-ônibus.
O primeiro lançamento de 2002 foi o 1720 com 3º eixo de fábrica e suspensor pneumático acionado por um botão no painel. A gama de chassis leves foi duplamente contemplada: foi apresentado o LO-812 e o LO-610 passou a ser fornecido sem meia-cabine e com posto de direção reposicionado, facilitando o encarroçamento; além disso, veio com 115 cv e novo sistema de freios. O caminhão 710, o mais vendido do ano na categoria, ganhou o mesmo motor de 115 cv, passando a atender às normas de emissões do Conama (Proconve P4, correspondente a Euro II). Antes do final do ano foi acompanhado da versão 710 Plus, com freios pneumáticos, a disco na dianteira. Por fim, foram lançados o 1318 e 1420, este uma versão de menor custo, com 211 cv, e a única opção de motor “mecânico” da marca na faixa dos semi-pesados. Bom elemento de marketing para a Mercedes, no ano, foi a vitória do caminhão 2428 (transformado em 4×4) no 10º Rallye dos Sertões (por várias vezes, nos anos seguintes, caminhões da marca voltariam a vencer na categoria).
Em 2003 a empresa continuou a investir nos médio-pesados com cabine avançada e motor eletrônico, espaço aonde a Volkswagen vinha se movimentando com ousadia, já no primeiro trimestre disponibilizando o 1728, com 279 cv e oito marchas. Fornecido somente na configuração 4×2, a partir do ano seguinte ganhou versões com 3º eixo e 5ª roda, implementos instalados pela Randon mediante acordo com a Mercedes-Benz. Também lançou mais um chassi leve, o LO-712, com 115 cv, situando-o entre o 610 e 812.
Accelo: um projeto nacional dá partida à total modernização da família de caminhões
A grande novidade do ano, no entanto, foi a nova linha de leves Accelo, desenvolvida no Brasil, que pela primeira vez na história da filial trazia um nome, em lugar dos tradicionais códigos alfanuméricos. Lançado em duas versões, 715 C e 915 C, veio com caixa de cinco marchas, freios pneumáticos a disco ventilados nas quatro rodas e suspensão com molas parabólicas. O 715 C, fornecido com 3,10 e 3,70 m de distância entre eixos, seria o primeiro VUC da marca; recebeu motor eletrônico common rail de cinco cilindros e 156 cv, enquanto o 915 C (apenas com 3,70 de entre-eixos) recebeu a unidade de quatro cilindros e 150 cv. Sua cabine (avançada e basculante) trouxe um padrão de design e acabamento interno inéditos no segmento. Tinha para-brisa colado e três lugares com apoios de cabeça reguláveis, o encosto central rebatendo para formar uma mesa de trabalho. Trazia de série vidros elétricos, coluna de direção e cintos de segurança reguláveis de três pontos e vários porta-objetos. Como opcionais, ar condicionado, retrovisores elétricos com desembaçador e vidros verdes, entre outros. O painel, de desenho tipicamente automobilístico, além de contar com hodômetro, tacômetro, tacógrafo e horímetro, possuía sinalizadores de desgaste das pastilhas dos freios e de nível do óleo dos freios e da embreagem. Inéditos num veículo do seu porte eram os defletores colocados entre o conjunto ótico e as laterais (já utilizados no pesado 1938 S), elemento aerodinâmico que reduz as turbulências e evita o acúmulo de sujeira nas portas.
Fora das novidades, três fatos marcantes do ano: em setembro, fabricação do milionésimo caminhão brasileiro da marca; liderança inédita da Mercedes-Benz no mercado de pesados, segmento que (ao lado dos leves) mais crescia no país; e, num anti-clímax, ultrapassada pela Volkswagen, perde o primeiro posto no segmento dos leves.

Caminhão pesado Axor, uma das famílias inéditas lançadas no novo século.
Diversos chassis de ônibus foram ajustados em 2004 às normas Conama Proconve fase 5 (Euro III) de controle de emissões, dentre eles LO-914, OF-1417, OF-1721 e os rodoviários O-500. Todos ganharam motores eletrônicos com maior torque e potência, sendo renomeados LO-915 (150 cv), OF-1418 (177 cv) e OF-1722 (218 cv). Atingindo 360 cv, os rodoviários não mudaram de nome. Dois chassis especializados foram lançados no primeiro semestre, 915 E e 712 E. Desenvolvidos em conjunto com a TCT, se destinavam a carros para o transporte de valores, já que a mais recente legislação, definindo o nível de blindagem mínimo obrigatório, inviabilizou a utilização de chassis de série para esta finalidade. Equipados com motores de 115 e 152 cv, respectivamente, os veículos tiveram a suspensão reforçada e os comandos recuados, dispensando qualquer adaptação por parte dos encarroçadores.
Continuando a programada renovação completa de sua linha de veículos, em setembro foi apresentado o médio Atego, em lançamento simultâneo no Brasil e no Salão de Hannover, Alemanha. Foram disponibilizados cinco modelos (1315, 1418, 1518, 1718 e 1725), em substituição a alguns dos antigos médios e semipesados com cabine avançada equivalentes. Oferecidos com quatro distâncias entre eixos (de 3,56 a 5,36 m) e três tipos de cabine (standard, estendida com cama rebatível e leito), todos foram equipados com motores eletrônicos Proconve P5 de quatro e seis cilindros e 150, 177 e 245 cv. 2004 foi um excelente ano para a indústria se veículos comerciais; a Mercedes-Benz fabricou mais de 54 mil unidades, das quais 32 mil caminhões – a maior produção desde 1986 – com o expressivo crescimento de 41% nas vendas dos modelos pesados.
Em junho de 2005 o ciclo de atualização da gama de caminhões foi concluído com o lançamento de onze modelos do pesado Axor – quatro novos (1933, 2533, 2640, 2644) e os demais substituindo a série anterior, então ainda sem nome. Trazendo quatro diferentes motorizações (eletrônicos de 326 a 428 cv) e caixa de 16 marchas, oferecia três opções de cabine (estendida, leito e leito com teto alto, derivadas do 1938/1944 S), cinco de entre-eixos (entre 3,3 e 5,1 m) e tração 4×2, 6×2 ou 6×4. As versões “fora-de-estrada” 3340 e 3344 tinham freios a tambor; todos os demais traziam discos em todas as rodas. O Axor vinha equipado com muita eletrônica embarcada e diversos itens de conforto: ABS, bloqueio do diferencial, retarder, freio-motor Turbo Brake (potencializado pelo turbo), computador de bordo, antena para rádio-amador, geladeira, vidros verdes, quebra-sol externo, entre muitos outros. Os novos caminhões foram lançados com 80% de nacionalização. Com sua chegada saíram de linha os modelos pesados com cabine semi-avançada. Também foi descontinuada a produção de plataformas rodoviárias, em função da preferência dos compradores e encarroçadores pelos chassis seccionados O-500 M.
Antes do final do ano o Atego ganhou mais duas versões, 1725 (4×4 de 245 cv) e 2425 (um 1725 com 3º eixo de fábrica), enquanto que os chassis leves LO-712 e 812 recebiam um motor “mecânico” de 110 cv, mais barato, porém já atendendo ao Proconve P5. Na 15ª Fenatran, por fim, a linha Axor foi enriquecida com quatro outros 6×4 para utilizações severas (construção civil, mineração, madeireiras e indústria canavieira): 2826, 2831, 4140 e 4144 (respectivamente com 245, 305, 401 e 428 cv).
O caminhão leve 710 e alguns modelos com cabine semi-avançada, apesar de sua idade situados entre os mais vendidos do país, não foram descontinuados. Ao contrário: comercializados a partir de então como “Linha Tradicional”, receberam novos motores que atendessem à legislação ambiental; até um modelo pesado foi ressuscitado, permanecendo por anos em carteira. O Mercedinho ficou com 110 cv; os outros, além do motor eletrônico, tiveram direito a leve reestilização, ganhando a grade anteriormente dedicada a seus irmãos pesados; foram eles: o campeão de vendas L-1620 (com 231 cv), o L-1318 (177 cv) e o LS-1634 (340 cv).
Depois de 36 anos de liderança absoluta, a Mercedes-Benz é ultrapassada pela VW Caminhões
Tantos lançamentos importantes nos três últimos exercícios não impediram, porém, o avanço incontido da VW Caminhões. Naquele ano de 2005, no qual chegou ao veículo nº 1.500.000, a Mercedes foi pela primeira vez ultrapassada como maior fabricante brasileiro de veículos de carga.
Consolidada sua gama de produtos, com o lançamento de três novas famílias e a atualização de alguns modelos remanescentes, as inovações em 2006 ficaram restritas ao ajuste dos chassis O-500 à legislação ambiental: aumento de potência do O-500 M para 260 cv e lançamento dos novos articulados O-500 MA e UA, em substituição ao antigo UPA. Projetados no Brasil, diferenciavam-se pela estrutura do chassi, freios e eixo intermediário: no UA, com entrada e piso baixos, o chassi era tubular, os freios a disco nas seis rodas e o eixo especial, de menor altura, importado da Alemanha; o MA, mais “convencional”, tinha longarinas em chapa de aço com perfil U, freios a tambor e eixo semelhante aos outros chassis da série. No mais, eram iguais: motor eletrônico de 360 cv, suspensão pneumática, caixa automática (duas opções: quatro e seis marchas), nova articulação alemã de aço fundido com dois pistões de acionamento eletro-hidráulico (em lugar do anterior sistema eletrônico de segurança), ABS, acelerador eletrônico, computador de bordo e direção regulável. 1.055 unidades seriam vendidas no ano seguinte para o transporte municipal de São Paulo, 750 com piso baixo.

Atron: a demanda ainda significativa exige da Mercedes-Benz a manutenção em linha dos tradicionais modelos com cabine semi-avançada, descendentes diretos do histórico L-1111.
Em outubro a Mercedes-Benz mostrou duas novidades na linha de chassis convencionais: lançou uma variante com entre-eixos mais longo (4,80 m) para o LO-915 e substituiu o OH-1418 pelo OH-1518; com 177 cv e duas opções de balaço dianteiro (2,10 e 2,40 m), este veio com pequenas alterações visando facilitar a montagem da carroceria e oferecer maior proteção ao motor traseiro, no caso de colisões. Por falta de procura, o chassi a gás OH-1623 LG saiu de linha. Também em 2006, em conjunto com o sindicato das empresas de transporte de carga de São Paulo e a Caio, participou do desenvolvimento de um furgão para entregas urbanas. Naquele ano a Mercedes momentaneamente recuperou da VW o posto de maior fabricante de caminhões, para perdê-lo definitivamente no ano seguinte.
Foram várias as novidades de 2007: versão com entre-eixos de 4,40 m para Accelo 915 C; painel envolvente e novo câmbio de seis marchas montado junto ao eixo traseiro para os modelos pesados do Atego; kit de transformação de modelos Axor e Atego em 8×4 com duplo eixo direcional, para ser instalado por implementadores autorizados, aumentando em 25% o PBT do veículo original; ganho de 5 cv na potência dos motores “mecânicos” dos chassis LO-712 e 812, passando a 115 cv. A linha Atego recebeu mais duas versões, ambas com 279 cv e caixa de nove marchas: o cavalo-mecânico 1728 e o 2428, com 3º eixo de fábrica. Mais um caminhão saiu na 16ª Fenatran, o 2726, evolução do 2426, 6×4 com 260 cv e nove marchas equipado com a cabine avançada da “Linha Tradicional”.
Segunda empresa a iniciar a nacionalização de veículos do Brasil (depois da pioneira FNM e ainda antes da Vemag), responsável por cerca de 70% da frota de ônibus circulando no do país e por décadas líder nos segmentos de carga e passageiros, a Mercedes-Benz terminou 2007 com uma extensa gama de veículos recém-modernizada, porém com controle bastante mais reduzido do mercado. Saudável e natural redução, por sinal. Ao perder sua posição quase monopolista, função do surgimento de novos competidores (Volvo, Volkswagen Caminhões e Iveco), a empresa foi obrigada a ampliar e atualizar sua linha de veículos, alcançando o invejável nível de diversificação no qual se encontrava naquele momento.
A marca encerrou o ano como líder de mercado em chassis de ônibus, veículos pesados, médios e semileves (a van Sprinter, desde 1996 importada da Argentina com extremo sucesso). Fabricou em 2007 mais de 67 mil veículos, seu recorde histórico, 10% superior ao pico anterior no remoto ano de 1980. Embora tenha mais uma vez sido ultrapassada pela Volkswagen na produção de caminhões, sua presença no segmento de passageiros continuava a fazer toda a diferença, garantindo-lhe com folga o posto de maior fabricante nacional de veículos comerciais: 38% do total produzido por um setor disputado por seis grandes fabricantes.
Aproveitando o momento político-econômico favorável, a empresa continuava a fazer planos para o futuro. Em 2008, em visita ao Presidente da República, sua diretoria anunciaria novos investimentos para os três anos seguintes, no montante de R$ 1,5 bilhão – o mais alto já realizado no país por um fabricante de caminhões –, destinados a racionalizar a planta de São Bernardo do Campo, aumentar o índice de nacionalização e elevar a produção em mais 25%. Naquela altura a fábrica de Juiz de Fora continuava a montar o cupê CLC 200 com planos de, em futuro próximo, também produzir caminhões. A Mercedes-Benz é hoje a única empresa do setor a produzir a quase totalidade dos componentes mecânicos utilizados em seus veículos – motores, caixas mecânicas e eixos.
<mercedes-benz.com.br>
O que houve de novo a partir de 2008:
- 500.000º chassi de ônibus (05/08)
- lançamento dos chassis OF-1218 (177 cv, para ônibus de 9,00 m) e OH-1622 L (210 cv e suspensão a ar); oferta de câmbio automático para chassi LO-915; opção de caixa manual para urbano O-500 U; O-500 RS com opção de motor de 329 cv; rodoviário O-500 RSD com opção de motor de 422 cv (05/08)
- sexta vitória no Rallye dos Sertões, com Atego 1725 da Equipe Petrobrás Lubrax (07/08)
- conclui testes de rua com biodiesel B20 (08/08)
- adaptação do leve 710 Plus com 3,70 m de entre-eixos (estreitamento dos para-lamas) para atender às normas de veículos VUC (11/08)
2009
- implantação oficial do serviço MBKS de personalização de veículos através da rede autorizada, em duas categorias: Premium e Especialista (01/09)
- oferta de retarder para chassi OF-1722 (04/09)
- adequação do chassi OF-1418 ao programa federal “Caminho da Escola” (configuração VE-02R): elevação da suspensão em 22 cm, limitação da velocidade a 70 km/h, pneus cidade-campo, sistema elétrico preparado para GPS e tomada para reboque (09/09)
- 1.000.000 de caminhões vendidos no mercado interno desde 1956 (09/09)
- venda de 1.045 chassis para o sistema de transporte integrado de Santiago, Chile, 653 deles com piso baixo (10/09)
- motivada pela vinda da MAN para o Brasil, expõe na 17ª Fenatran o caminhão-trator Actros 2646 LS V6, importado da Alemanha (10/09)
- também na Fenatran: Axor 2535 6×2 (354 cv), Axor 2831 na configuração 6×4, caixa semiautomática de 16 marchas para Axor 4144 6×4 e cabine-leito com teto alto para Atego (10/09)
- diante da vitalidade econômica do país, em contraste com a crise mundial, a Mercedes-Benz brasileira assume a liderança mundial, no Grupo, na produção de caminhões (12/09)
2010
- produção do 2.500.000º motor (01/10)
- empresa informa que montará caminhões Actros e Accelo nas instalações de Juiz de Fora, ampliando em mais de 60% a capacidade instalada (03/10)
- lança chassi rodoviário 8×2 O-500 RSDD (360 e 420 cv) e urbano OH-1518 na configuração low entry (05/10)
- expõe no Challenge Bibendum 2010, no Rio de Janeiro, protótipo de caminhão movido a diesel 100% produzido a partir de cana-de-açúcar (06/10)
- linha Axor Premium: 12 modelos da série Axor com ABS e transmissão semi-automatizada de série (07/10)
- 400.000 ônibus Mercedes vendidos no Brasil desde 1956 (11/10)
2011
- grande reformulação da família Mercedes-Benz: toda a linha de chassis e caminhões foi adequada para atender à legislação ambiental de 2012 (tecnologia EGR para Sprinter e SCR para os restantes modelos); lançados mais três modelos de chassis (totalizando 20): o convencional OF-1724 e os articulados O-500 MDA e UDA; reestilização da linha de caminhões e da van Sprinter – que permanece sendo importada da Argentina –, unificando a identidade visual da marca (09/11)
- modelos com cabine semi-avançada permanecem em linha e são batizados Atron (09/11)
- após 23 anos de produção o modelo 710 – o tradicional “Mercedinho” – sai de linha, substituído pelo Accelo 815 (09/11)
2012
- entregues os primeiros caminhões Accelo produzidos em Juiz de Fora (02/12)
- início de montagem do extrapesado Actros 2646 6×4 em Juiz de Fora, ainda com maioria de componentes importados (08/12)
- Atego 1725 4×4 vence o 20o Rally dos Sertões na categoria Caminhões (08/12)
- apresentação do chassi híbrido HibridBR, tomando por base o chassi de piso baixo O-500 U; desenvolvido pela Eletra, mediante acordo, foi equipado com motor diesel Mercedes-Benz de quatro cilindros e gerador elétrico WEG (09/12)
2013
- cinco modelos da linha Axor ganham cabine com suspensão pneumática como item de série; no restante da linha as cabines passam a ter suspensão por molas helicoidais (05/13)
- Mercedes-Benz alcança dois milhões de veículos comerciais fabricados no país desde a fundação da filial brasileira, em 1956 (06/13)
- lançamentos na 19a Fenatran: Atego 2430 6×2 (PBT 24 t), com 286 cv e câmbio automatizado de 12 marchas ou manual de 9, e Axor 3131 6×4, sucessor do 2831, com 306 cv e câmbio automatizado de 16 marchas (10/13)
- oferta de caixa automatizada e suspensão pneumática na traseira para modelos 6×2 e 6×4 da linha Axor (10/13)
- anúncio de investimentos de R$ 1 bilhão, até 2015, com dois objetivos principais: aumento do índice de nacionalização do caminhão extrapesado Actros e construção de nova fábrica no Brasil, especialmente para a produção de automóveis; localizada em Iracemápolis (SP), a unidade fornecerá sedãs Classe C e o novo SUV compacto GLA (a Mercedes foi a terceira e última empresa alemã, atraída pelo programa federal Inovar-Auto, a decidir fabricar veículos premium no país) (10/13)
2014
- Actros atinge 40% de nacionalização (dentre os conjuntos fabricados localmente estão eixos, suspensão pneumática e freios), com planos de chegar a 65% em 2015; são três os modelos fabricados: 2546 6×2 (PBTC 53 t), 2646 6×4 (PBTC 74 t) – ambos com motor V6 de 11,9 l e 456 cv, câmbio automatizado de 12 marchas, suspensão pneumática traseira com oito bolsões e freios a disco em todos os eixos (opcionalmente suspensão “metálica” e freios a tambor) – e 2655 6×4 (PBTC 72 t), com as mesmas características, porém com motor V8 de 15,9 l e 551 cv (01/14)
- anunciados investimentos de R$ 730 milhões nas fábricas de São Bernardo do Campo e Juiz de Fora; esta passará a ser responsável pela montagem e pintura de todos os modelos de cabines da marca (09/14)
- freios a tambor passam a ser oferecidos para as linhas extra-pesadas Axor e Actros, para aplicação em rotas não pavimentadas e com excesso de pó; eixos sem redução nos cubos nem suspensão pneumática (para o Axor) também são disponibilizados; o Atego, por sua vez, passa a dispor de opção de câmbio automatizado (09/14)
- diversos lançamentos de chassis na FetransRio: convencional OF-1724 (7,2 l, 238 cv), o primeiro de motor dianteiro da marca com câmbio automatizado (havia dois anos a VW já tinha o seu); os pesados O 500 RSD 6×2 e O 500 RSDD 8×2 (PBT de 24 e 27 t), para aplicação rodoviária, com dois eixos direcionais, motor de 12 l e 408 cv, caixa automatizada de oito marchas com retarder, freios a disco com ABS, sistema de controle de estabilidade, direção regulável e piloto automático (fornecido sob a forma de buggy com 3,0 m de entre-eixos, permite receber carrocerias de dois andares e low driver com até 14 m) (11/14)
- Mercedes-Benz conclui o desenvolvimento de seu motor Dual Fuel, um flex capaz de operar com 100% de diesel ou qualquer mistura com GNV; ônibus equipados com o motor serão colocados em teste no Rio de Janeiro em 2015 (11/14)
- introdução no mercado brasileira da linha de peças de reposição multimarcas Alliance Truck Parts (11/14)
2015
- programa de gerenciamento de frota FleetBoard, disponível para todos os modelos da marca, passa a incluir módulo de rastreamento (03/15)
- caminhões Actros 2546 e 2646 superam 65% de nacionalização (04/15)
- concluída a terraplenagem da fábrica de automóveis de Iracemápolis (05/15)
- criação do Centro de Customização de Caminhões junto à fábrica de São Bernardo do Campo (05/15)
- linha leve Accelo recebe freios a tambor como item de série; freios a disco permanecem como opcional (06/15)
- dada a retração do mercado de caminhões, Mercedes-Benz anuncia a demissão de 1.500 empregados da fábrica de São Bernardo do Campo a partir de 1o de setembro (08/15)
- desenvolvimento do articulado Dual Bus, em conjunto com a Eletra; construído sobre o chassi O 500 UDA, recebeu motor diesel de seis cilindros e 7,0 l, banco de baterias e motor elétrico WEG, podendo operar em três modos: híbrido, elétrico autônomo ou como trólebus (09/15)
- diversas novidades em caminhões para 2016; Accelo 1316, primeiro 6×2 da marca com terceiro eixo de fábrica (leve com capacidade de médio: PBT 13 t, entre-eixos de 3,7 e 4,4 m, último eixo com suspensor pneumático); Atego: quadro de chassi mais robusto, 1729 para coleta de lixo com câmbio automático, 2730 6×4 (para basculantes, betoneiras e construção pesada), 3026 e 3030 8×2 (2o e 4o eixos direcionais e retráteis; PBT 30 t, entre-eixos de 4,8 e 5,4 m); opção de câmbio automatizado para as versões fora-de-estrada do Axor; Actros 2651 6×4 (motor de seis cilindros em linha, 13 l e 510 cv, o mais potente da marca; opção de suspensão “metálica”); nova cabine para a linha Actros (original, mas diferente da europeia), com degraus embutidos, para-choques e outros elementos em plástico e estrela de três pontas iluminada a leds (antigo Actros 2646, de 460 cv, recebe os mesmos melhoramentos); modelo convencional Atron retirado de linha, a menos do cavalo-mecânico 1635 (345 cv, câmbio manual de 16 marchas, redução nos cubos do eixo traseiro, cabine-leito com teto baixo e capacidade máxima de tração de 50 t) (10/15)
2016
- inauguração da fábrica de automóveis de Iracemápolis, com capacidade para 20.000 unidades/ano; iniciada a produção do sedã C 180, com elementos totalmente importados, inclusive a carroceria, cuja estrutura monobloco chega montada e pintada (a nacionalização só será iniciada após concluídas as seções de estampagem, montagem do corpo e pintura); o carro veio com motor turbo flex de quatro cilindros e 16 válvulas com 1.595 cm3 e 156 cv, câmbio automático de sete marchas, suspensão totalmente independente (McPherson na frente e multibraço atrás), tração traseira e três versões de acabamento (básica, Avantgarde e Exclusive); a ZF foi responsabilizada pela pré-montagem dos elementos “de chassi” (motor, transmissão, eixos e suspensão), em sua fábrica de Sorocaba, e pela montagem final em Iracemápolis (03/16)
- início de produção do SUV GLA 200, com a mesma mecânica do sedã C 180, porém com tração dianteira e outras opções de acabamento (Style, Advance e Enduro) (06/16)
- Mercedes-Benz anuncia a demissão, a partir de setembro, de 1.800 empregados da fábrica de São Bernardo do Campo (08/16)
- anunciada, na Alemanha, a construção de pista de provas para caminhões e ônibus e centro de desenvolvimento de novos produtos junto à planta de Iracemápolis (09/16)
- pré-apresentação da nova versão do chassi articulado O 500 MDA, com 10% a mais de capacidade de transporte; o reposicionamento de órgãos periféricos do motor e o reforço da articulação permitiram acomodar até 223 passageiros, contra os 220 anteriores, mantido o comprimento total de 23 m (09/16)
- apesar da forte retração do mercado (“foi o pior ano dos 60 anos da empresa no Brasil“, declararia o Presidente Mundial da MB), vendas de caminhões pesados Actros crescem mais de 75% com relação a 2015; Mercedes-Benz encerra o ano com 29,6% do mercado de caminhões e Axor 3344 como fora-de-estrada pesado mais vendido do país (12/16)
2017
- chassi rodoviário O 500 RSDD 8×2 adaptado para carrocerias HD e DD de 15 m (04/17)
- para linha de chassis rodoviários, como opcionais, oferta de sistemas avançados de segurança AEBS (Advanced Emergency Braking System, controlando a distância para o veículo à frente), LDW (Lane Departure Warning, monitorando o alinhamento com a faixa de rolamento) e TPMS (monitorando a pressão dos pneus); todos os modelos urbanos e rodoviários passam a contar com novo painel de instrumentos e computador de bordo com maior número de funções (04/17)
- tacógrafo digital e novos bancos para as linhas Atego, Axor e Actros, projetados de acordo com o biotipo do motorista brasileiro (04/17)
- início da montagem nacional do modelo C 300 Sport, com motor 2.0 turbo de injeção direta e 245 cv (somente a gasolina), câmbio automático de nove marchas, suspensão totalmente independente e freios a disco nas quatro rodas; 15 mm mais baixo do que as demais versões da Classe C, traz rodas de 18″ e cinco modos de condução; externamente mostra poucos cromados e muitos detalhes em preto (06/17) [para maiores detalhes sobre o lançamento, clique aqui: Novidades]
- novo câmbio automático de nove marchas do C 300 Sport passa a equipar as demais versões Classe C (06/17)
- lançamento do Pacote Robustez para Atego 4×2 e 6×2, oferta de conjunto de itens de reforço dos modelos rodoviários, composto de para-choque plástico tripartido, grades para faróis, reposicionamento dos piscas laterais, elevação dos degraus de acesso à cabine e pneus de uso misto (06/17)
- 1719 KO e 1721 KO, duas novas versões de menor porte para serviços de coleta de lixo na linha Atego (06/17)
- venda de 524 caminhões Atego e Axor para operação nas unidades agrícolas e industriais do grupo sucro-alcooleiro Raízen (06/17)
- atualização interna e externa e novos equipamentos para o GLA 200 e 250 2018: são novos a grade, os para-choques, o lay-out interno dos faróis de leds, as lanternas traseiras com três níveis de luminosidade, a barra cromada que as une e as rodas de liga de 18″; no interior, novos materiais de acabamento e pequenas mudanças no desenho e posição dos botões e teclas de comando e nas saídas de ar no painel; a mecânica permanece a mesma (08/17) [para maiores detalhes sobre o lançamento, clique aqui: Novidades]
- exportação de motores diesel OM 460 (13,0 l e 460 cv) para a Mercedes-Benz alemã, para equiparem caminhões rodoviários Actros e foras-de-estrada Zetros e Arocs a serem fornecidos à África e Oriente Médio (08/17)
- anunciado programa de investimentos de R$ 2,4 bilhões para os próximos cinco anos, voltado para a modernização da fábrica de São Bernardo do Campo e o desenvolvimento de novos veículos, tecnologias e serviços (10/17)
- na Fenatran, nenhuma grande novidade, porém muitas intervenções pontuais em toda a linha, mais recursos tecnológicos, melhorias técnicas e novas cores metálicas – com brilho e foscas; o leve Accelo teve a cabine estendida em 18 cm e recebeu (como opcionais) banco do motorista com suspensão pneumática e câmbio automatizado de seis marchas; a linha Atego, que ganhou climatizador mais compacto, passa a dispor de nova caixa automatizada de oito ou doze marchas; a linha Axor trouxe 12 novidades, entre as quais túnel do motor 10 cm mais baixo, aumentando o vão livre interno, novo climatizador e estribos anti-furto; o pesado Actros, por fim, teve a grade dianteira pintada na cor da cabine; Atego, Axor e Actros adicionalmente receberam painel de instrumentos com maior número de funções, novo piloto automático “inteligente”, assistente de partida em rampa, controles de estabilidade e tração e sensor de inclinação de via (10/17)
- Mercedes-Benz produz seu 3.000.000o motor nacional; a unidade saiu da fábrica de São Bernardo do Campo, a mesma que, em 1956, entregou o primeiro motor diesel construído no país (11/17)
- a onze dias do fim da vigência do programa federal Inovar-Auto e ainda sem definição de substituto, Presidente da filial brasileira declara que sem um programa equivalente “fica difícil produzir carros no Brasil” (12/17)
- apesar das vendas estáveis de caminhões (15.126 unidades, com crescimento de menos de 0,1% com relação ao ano anterior) a Mercedes-Benz manteve a liderança nacional no segmento, com 29,05% de participação; as vendas de chassis de ônibus caíram ligeiramente (6.007 unidades – decréscimo de 1,01% frente a 2016), porém mal afetaram seu domínio histórico, garantindo-lhe 51,1% do mercado nacional; tanto no segmento de caminhões como no de ônibus, contudo, a empresa recuou no ranking, perdendo respectivamente 1,0 e 3,27 pontos percentuais, expondo-se mais um pouco ao avanço da VW, seu concorrente mais próximo (12/17)
2018
- linha de montagem final de caminhões de São Bernardo do Campo começa a ser operada sob o conceito “indústria 4.0“, segundo o qual todos os processos são conectados e automatizados, cada etapa da produção podendo ser acompanhada e automaticamente ajustada em tempo real; a nova linha permite montar todos os modelos de caminhão da marca feitos no Brasil, leves e pesados (os extra-pesados, hoje produzidos em Juiz de Fora, serão agregados em breve); na linha 4.0 todos os veículos são montados sobre carros autônomos (AGVs), que se movem sozinhos, seguindo uma faixa magnetizada no piso; dotados de inteligência artificial, são programados para “conhecer” todos os componentes e processos necessários para a montagem de cada modelo que vão carregar por todo o trajeto da linha; o próprio AGV confere o trabalho realizado, desde o torque de aperto dos parafusos do chassi até o tipo de motor, câmbio e cabine que o caminhão em montagem deve receber; resultado de investimento de R$ 500 milhões, já foi obtida redução de 15% no tempo de montagem de cada veículo; a empresa foi o primeiro fabricante de caminhões a adotar a tecnologia no País (01/18)
- FleetBoard – o sistema Mercedes-Benz de gestão de frota e de monitoramento de funcionamento do caminhão – passa agora também a acompanhar o implemento acoplado ao veículo (03/18)
- aquecimento da demanda leva à contratação de 700 novos empregados nos três primeiros meses do ano para as fábricas de São Bernardo do Campo e Juiz de Fora (03/18)
- atendendo a demanda específica de empresa de logística, Mercedes-Benz cria versão 8×4 para Axor 3344, elevando o PBTC de 50 para 56 t; as 23 unidades receberam segundo eixo direcional para o transporte de madeira (05/18)
- inaugurada a pista de testes para caminhões e ônibus de Iracemápolis (05/18)
- Mercedes-Benz vence licitação federal para o fornecimento de 1.660 ônibus escolares para o programa “Caminho da Escola”; os veículos terão chassis LO 916 R e carrocerias tipo ORE2 (porte médio, com 44 lugares) fornecida pela Caio (06/18)
- disponibilização de pacote de segurança ativa para chassis rodoviários O 500 R e RSD com câmbio automatizado, compreendendo controle adaptativo de velocidade e distância (ACC) e sistema de frenagem automática de emergência (AEBS); o ACC funciona com 15 sensores instalados na dianteira do ônibus que, como um radar, monitoram a pista a até 200 metros à frente, acelerando e freando sem interferência do motorista, mantendo constante a velocidade previamente ajustada; quando algum outro veículo cruza a frente de forma abrupta, entra em ação o AEBS, que funciona em três estágios (alerta sonoro, frenagem parcial e frenagem total); os dois sistemas são especialmente valiosos em situações de baixa visibilidade, como neblina, chuva intensa ou à noite (07/18)
- na feira Transpúblico, lançamento do chassi OF 1721 L, com 208 cv, o primeiro com motor dianteiro e câmbio automático do país (07/18)
- Mercedes-Benz contrata a venda de 500 ônibus para a Nigéria, na maior operação de exportação dos últimos dez anos; serão micros LO 915 e urbanos O 500U equipados com carrocerias Caio (08/18)
- pela segunda vez no ano é aberta contratação na fábrica de Juiz de Fora; o objetivo é elevar a produção do Axor, de 22 para 28 unidades/dia; ainda operando em um turno, pela primeira vez o quadro da unidade ultrapassará 1.000 empregados (09/18)
- 140.000o kit para exportação de caminhões e chassis de ônibus, desde 1970 preparados na fábrica de São Bernardo do Campo (09/18)
- em conjunto com a firma brasileira de tecnologia Grunner, Mercedes-Benz desenvolve seu primeiro caminhão autônomo para colheita de cana; utilizando como base o modelo Axor 3131 8×4, com dois eixos direcionais e capacidade para 18 t, dois já se encontram em operação no interior de São Paulo; trafegando a 6 km/h, o veículo tem a bitola alargada em mais até 2,5 m e utiliza pneus especiais de alta flutuação, para passar exatamente entre as fileiras plantadas e evitar o pisoteamento de brotos (09/18)
- Classe C 2019 recebe retoques externos (novos para-choques, faróis e lanternas traseiras com lâmpadas de leds e nova disposição interna dos elementos) e ganha nova versão C 200 EQ Boost, equipada com sistema BCG, que alimenta bateria complementar de 48 V durante desacelerações e frenagens e complementa a potência do motor com 14 cv adicionais nas partidas e acelerações; adicionalmente, quando no modo Eco e se a declividade da via for inferior a 2%, o motor desliga automaticamente ao se retirar o pé do acelerador, ligando sozinho nas seguintes situações: ao se acelerar ou frear e caso o vácuo na câmara do servo-freio e a carga da bateria baixem demais; permanecem em linha os modelos C 180 Avantgarde e Exclusive (1.6 turbo de 156 cv) e C 300 Sport (2.0 turbo, que teve a potência elevada para 258 cv), cada um se diferenciando pelo desenho das rodas de liga e pela grade; as demais características técnicas não foram alteradas (10/18) [para mais detalhes sobre o lançamento, clique aqui: Novidades]
- C200 EQ Boost é eleito o Motor do Ano 2019, na categoria “Menor do que 2.0”, pela revista Autoesporte (11/18)
- fábrica de São Bernardo do Campo contrata 600 empregados e se prepara para retomar o terceiro turno, suspenso desde 2013 (12/18)
- inaugurada em março de 2016, fábrica de Iracemápolis atinge a marca de 20.000 carros montados (12/18)
- pelo segundo ano consecutivo Mercedes-Benz é líder brasileira no segmento de automóveis premium: dos 12.131 carros vendidos em 2018, exatamente 2/3 correspondem ao sedã Classe C (em primeiro lugar, com 5.100 unidades) e ao utilitário esportivo GLA, ambos montados no país; a marca também liderou o mercado de caminhões (27,8% de participação; foi a primeira nos segmentos de semileves e pesados, onde cresceu 102,6%) e de chassis de ônibus (49,4% de participação, crescimento de 24,1%; o chassi convencional de motor dianteiro OF-1721 foi o mais vendido no país) (12/18)
2019
- venda de 500 ônibus urbanos com entrada baixa para o sistema público de Santiago (Chile), cem deles articulados; 350 receberam carrocerias Caio e o restante, Marcopolo (01/19)
- inaugurada nova linha de acabamento e montagem final de cabines na planta de São Bernardo do Campo, agora operando sob o conceito Indústria 4.0 (as cabines já vem montadas e pintadas da fábrica de Juiz de Fora) (03/19)
- na feira Agrishow, apresentação do caminhão autônomo Atego 2730 6×4, com capacidade para até 14 t; seguindo a mesma arquitetura e tecnologia do Axor 3131 8×4, lançado em 2018 e com 22 unidades já em operação regular, veio equipado com motor de 286 cv e câmbio automatizado de 12 marchas (04/19)
- opção de câmbio automatizado de seis marchas para Accelo 815, 1016 e 1316 (05/19)
- exportação de 130 ônibus para a República Dominicana (100 convencionais OF 1723 e 30 articulados de quatro eixos O500 MDA; encarroçados pela Marcopolo, operarão no transporte urbano da capital Santo Domingo (08/19)
- reaberto o segundo turno na linha de produção de chassis de ônibus da fábrica de São Bernardo do Campo, pela primeira vez desde 2016 (08/19)
- dois grandes pacotes de vendas, com entrega até o início de 2020: 493 caminhões para a rede de distribuidores da Ambev (271 de extrapesados Actros) e 1.600 ônibus para o transporte urbano de São Paulo (SP) (08/19)
- câmbio automatizado para a nova linha Actros será nacionalizado em 2020 (08/19)
- lançamento da segunda geração do extrapesado Actros; divulgado pela empresa como “o primeiro caminhão digital do país“, traz a última palavra em tecnologia embarcada, segurança ativa e conectividade; o novo caminhão foi adaptado para as condições brasileiras na motorização, freios, suspensão traseira (metálica) e detalhes internos da cabine; o modelo traz, de série, sofisticados recursos, como frenagem automática de emergência, controle adaptativo de velocidade com aceleração e frenagem automáticas, controle de estabilidade, alerta de permanência em faixa, sensores laterais de ponto cego, alerta de fadiga e navegação inteligente para economia combustível; na ampla cabine, ar-condicionado, partida por botão, duas telas digitais no painel, volante multifuncional, celular com espelhamento e carregamento por indução; como opcional, sistema MirrorCam, que substitui os retrovisores externos por imagens captadas por câmeras; produzido em São Bernardo do Campo, a nova linha chega em seis versões, todas cavalos-mecânicos, com motores de 13 litros e 450, 480, 510 e (novo) 530 cv, transmissão automatizada de 12 marchas e tração 6×4, 6×2 e (inédita) 4×2: 2045, 2548, 2553, 2648, 2651 e 2653; as versões 6×4 têm, como opcional, sistema DLT, que suspende e desconecta o terceiro eixo quando fora de uso; a geração antiga permanecerá em produção por mais um ano em Juiz de Fora (10/19) [Maiores detalhes do lançamento você encontra aqui.]
- para a Mercedes-Benz, 2019 fecha com aumento das vendas internas de caminhões (5%) e chassis de ônibus (48%) – correspondendo, respectivamente, a 21,4 e 73,5% do total de veículos comercializados no país em cada uma das categorias -, tais números significando queda na participação, no ano, em caminhões (para 21,4%) e grande aumento em chassis (para 73,5%); a venda de automóveis nacionais caiu sensivelmente, de 7.620 para 6.073 (12/19)
2020
- em atendimento às recomendações da OMS, em 25 de março a Mercedes-Benz suspende a produção de suas fábricas brasileiras; foram concedidas férias coletivas entre 30 de março e 22 de abril (03/20)
- produção de respiradores mecânicos de baixo custo, projeto desenvolvido em conjunto com o Instituto Mauá de Tecnologia para utilização em ambulâncias e hospitais, a serem distribuídos a unidades de saúde do ABC (04/20)
- como formas de compensar os efeitos da quarentena sobre os clientes, empresa concede mais dois meses de garantia para todos os veículos e cria canal para os serviços de assistência técnica 24h por WhatsApp (05/20)
- em 4 de maio, iniciada a retomada progressiva da produção (05/20)
- Showroom Virtual Star Online – sala virtual de negócios criada pela Mercedes-Benz, voltada para a venda de caminhões, chassis de ônibus e vans, novos e usados, além de peças e serviços, inclusive financiamentos e consórcios; inicialmente programado operar durante a vigência da pandemia (“por cinco ou seis meses”, imaginava a empresa), no ano seguinte o serviço se tornaria permanente (05/20)
- linha de chassis rodoviários ganha nova versão intermediária O 500 RS, com dois eixos, 360 cv e câmbio automatizado de série; a família passa a contar, assim, com sete opções: O 500 M (4×2, 256 cv, câmbio mecânico), O 500 R (4×2, 310 cv, câmbio mecânico), O 500 RS, O 500 RSD (6×2, 360, 410 ou 430 cv, câmbio automatizado) e O 500 RSDD (8×2, com potência elevada para 430 cv e câmbio automatizado) (06/20)
- último caminhão Mercedes-Benz com cabine recuada, Atron é retirado de linha (12/20)
- alegando “queda significativa” nas vendas de modelos premium, causada pela “difícil” situação econômica do país e agravada pela pandemia da Covid-19, Mercedes-Benz abandona a produção de automóveis no Brasil e fecha a fábrica de Iracemápolis; cerca de 80.500 foram fabricados desde 1999 (12/20)
- pelo quinto ano consecutivo Mercedes-Benz lidera o mercado brasileiro de caminhões; com 3.137 unidades, o superpesado Actros 2651 6×4 foi o modelo mais vendido; no segmento de automóveis, dentre as cinco marcas de modelos de luxo comercializadas no país, foi a Mercedes-Benz a que mais perdeu mercado, caindo de segundo para quarto lugar, depois da BMW, Volvo e Audi; em 2019 responsável por 22% das vendas na categoria, caiu para 18% em 2020, os emplacamentos dos modelos da Classe C encolhendo 54% no período (12/20)
2021
- Daimler AG altera a estrutura corporativa da filial brasileira, criando três empresas juridicamente independentes: Mercedes-Benz do Brasil (dedicada às operações de caminhões e ônibus), Banco Mercedes-Benz do Brasil e Mercedes-Benz Cars & Vans (01/20)
- lançamento do chassi OF-1621, com 208 cv e câmbio manual de seis marchas, proposto como modelo de entrada para o segmento de fretamento; fornecido com entre-eixos de 5,95 m e balaços dianteiro e traseiro reduzidos, permite receber carrocerias de até 12,5 m, com capacidade para 48 passageiros em poltronas reclináveis (01/21)
- inaugurada nova linha de fabricação de chassis adaptada à tecnologia Fábrica 4.0, proporcionando maior eficiência e aumentando em 12% a produtividade; primeira do mundo no segmento, elimina dificuldades de mix de modelos, aumenta a flexibilidade de produção e reduz em 75% o nível de armazenamento de peças para a alimentação da linha (01/21)
- Mercedes-Benz cria o conceito de atendimento em Truck Centers, junto a postos de combustíveis e preparados para a prestação de serviços básicos de manutenção, com o máximo de uma hora de duração (01/21)
- lançamento do chassi urbano O 500 R 1830 Super Padron (11,87 m de comprimento e 5,95 de entre-eixos) para carrocerias de 14,0 m e até 100 passageiros; equipado com motor traseiro de seis cilindros, 7,2 l e 310 cv, câmbio automático com retarder integrado, suspensão pneumática com “ajoelhamento” na dianteira e freios a disco, é o maior chassi 4×2 do mercado, com a mesma capacidade de transporte dos concorrentes 6×2 de 15,0 m (03/21)
- anunciados investimentos de US$ 400 milhões, até 2025, voltados para a modernização da planta de São Bernardo do Campo nas linha de cabines 4.0, embreagens, motores e eixos, além de inversões em conectividade e redução de emissões de CO2 (03/21)
- novo Actros chega a 1.000 unidades vendidas (03/21)
- paralização da produção em São Bernardo do Campo entre 26 de março e 5 de abril, com o objetivo simultâneo de reduzir a circulação de pessoas em momento de agravamento da pandemia e “administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes” (03/21)
- Daimler AG vende a fábrica de automóveis de Iracemápolis para a chinesa Great Wall Motors; campo de provas e central de testes anexos não foram incluídos na negociação (08/21)
- Mercedes-Benz anuncia o desenvolvimento de chassi elétrico para ônibus, a ser oficialmente lançado em 2022; denominado e500U, com piso baixo e 13,2 m de comprimento, deverá ser equipado com quatro ou seis bancos de bateria (localizados no teto e sob o piso), com tempo de recarga de 2h30, conferindo-lhe autonomia de 250 ou 300 km, respectivamente; dois motores elétricos com potência total equivalente a 250 cv, um em cada roda traseira, tracionam o veículo; projeto brasileiro iniciado em 2016, tomando como base o alemão eCitaro, os testes de operação real seriam iniciados no mês seguinte (08/21)
- Mercedes-Benz e Bosch (com quem firmou acordo de cooperação em 2019) iniciam obras de ampliação do campo de provas e do Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis – CTVI, com o objetivo de estender o serviço a outras empresas produtoras de autopeças, automóveis e máquinas agrícolas, inclusive com opção de cessão de escritórios individuais e boxes de oficinas de protótipos, assegurada a devida “privacidade e confidencialidade para todos os usuários e projetos” (08/21)
- Mercedes-Benz vence licitação para o fornecimento de 2.600 ônibus para o programa Caminho da Escola; os veículos receberão carrocerias Caio e Mascarello (10/21)
- nacionalização do caminhão basculante extrapesado Arocs, próprio para mineração e grandes obras de infraestrutura; com PBT de 58 t e capacidade máxima de tração de 150 t, traz motor de 13 l, seis cilindros e 510 cv, câmbio automatizado de 12 marchas, tração 8×4, suspensão por molas parabólicas, freios a tambor e direção nos dois eixos dianteiros (10/21)
- na Alemanha, Daimler A.G. divide a corporação em duas empresas totalmente independentes: Mercedes-Benz, com sede em Stuttgart, responsável pelo negócio de automóveis e comerciais leves, e Daimler Trucks, com sede em Wörth, que se encarregará da produção de caminhões (BharatBenz, na Índia; Fuso, no Japão; Freightliner e Western Star, nos EUA; e Mercedes-Benz nos restantes países) e ônibus (Setra e Mercedes-Benz, na Alemanha; e Thomas, nos EUA) (12/21)
- desde o lançamento, em 2013, modelo Accelo ultrapassa 80.000 unidades vendidas no mercado brasileiro (12/21)
- quantidade de proprietários de veículos comerciais Mercedes-Benz que adquirem plano de manutenção da própria fábrica cresce 18% com relação a 2020: 46% dos caminhões novos foram adquiridos com os planos, percentual que sobe para 64% no caso dos extrapesados (12/21)
- crescimento de 53% nas exportações em 2021, totalizando 8.000 caminhões e 3.100 chassis (77 e 13% a mais do que no ano anterior, respectivamente) (12/21)
- com 25,7% de participação em 2021 (3,4 pontos percentuais atrás da VWC), Mercedes-Benz perde o primeiro lugar no mercado brasileiro de caminhões; no segmento de chassis de ônibus a situação se inverte, com larga vantagem para a Mercedes-Benz (41,7 vs 26,4% da concorrente); ambas empresas cresceram 46,4% em caminhões vendidos, nível superior aos 43,5% do mercado total; as duas, contudo, caíram em números de chassis, de forma menos acentuada no caso da Mercedes-Benz (-9,6 vs -13%) (12/21)
2022
- atingida a marca de 150.000 veículos exportados pela fábrica brasileira em regime CKD (completamente desmontados); desde o início do procedimento na década de 70, 40% das remessas foram de caminhões e 60% de chassis; os componentes se destinaram a linhas de montagem na África do Sul, Argélia, Argentina, Egito, Indonésia, México, Quênia, Taiwan e Vietnã (01/22)
- exportação de 17 chassis para a Tunísia (três O 500 R e 14 articulados O 500 MA), a serem encarroçados por fabricantes locais (02/22)
- por falta de componentes, Mercedes- Benz concede férias coletivas de doze dias a 600 trabalhadores de São Bernardo do Campo (cerca de 10% do efetivo); pela mesma razão, após o retorno das férias outro grupo equivalente foi afastado por mais 12 dias (02/22)
- exportação de 37 chassis articulados O 500 MA encarroçados pela Busscar para Guadalajara, México (03/22)
- persistência de escassez de componentes leva Mercedes-Benz a conceder férias de 15 dias à quase totalidade dos trabalhadores de São Bernardo do Campo e Juiz de Fora (04/22)
- exportação de 328 ônibus com chassis O 500 RS e carrocerias Marcopolo para o Chile; a encomenda destina-se à renovação da frota de empresas de fretamento que servem ao setor de mineração (04/22)
- na feira Agrishow, apresentação da versão totalmente autônoma do caminhão Axor 3131, desenvolvida a partir do modelo atual, que já teve 359 unidades vendidas desde 2021; para uso em áreas completamente confinadas, por meio de coordenadas fornecidas por GPS o caminhão pode movimentar-se por toda a área de colheita e, após ser carregado pela colheitadeira, sem necessidade de qualquer intervenção humana pode transitar até o o rodotrem para efetuar a descarga (04/22)
- exportação de 328 chassis O 500 RS para transportadoras de empregados de empresas de mineração do Chile (04/22)
- anunciada a contratação de 350 empregados temporários para a fábrica de São Bernardo do Campo, com vigência até dezembro de 2022; o objetivo é recuperar o ritmo de produção, fortemente afetado pelas paralizações causadas por falta de componentes eletrônicos (05/22)
- atingida a marca de 10.000 caminhões customizados pela fábrica, desde 2015, quando foi criado seu Centro de Customização de Caminhões; cerca de 20% deles foi destinado à exportação (05/22)
- por falta de componentes é adiado por uma semana o retorno das férias coletivas para parte do quadro de empregados de São Bernardo do Campo (07/22)
- Mercedes-Benz e mais dez empresas alemãs com operações no Brasil (dentre as quais Volkswagen, BMW, Bosch, Siemens e ZF) criam a joint-venture Catena-X para troca de informações sistematizadas sobre a cadeia de suprimentos (07/22)
- na feira Lat.Bus, ao lado do elétrico eO500U, apresentação de parte da linha de 21 chassis de ônibus em mais de 70 configurações, de 9 a 37 t, já preparados para atender ao padrão ambiental Proconve P8 (Euro 6), a entrar em vigor em janeiro de 2023; foram expostos os modelos LO 916, OF 1721, OF 1726 L e os novos O500 M, O500M UA e O500 RSD; dentre as melhorias em assistência à direção e segurança, de série ou opcionais, estão novas transmissões, novo painel de instrumentos, frenagem autônoma, desligamento automático do motor, sistema de diagnóstico de falhas, controle automático de farol alto, volante multifuncional e assistente de ponto cego com alerta de pedestres, ciclistas e veículos no entorno; os novos motores estão aptos ao uso de até 15% de biodiesel ou 100% de óleo vegetal HVO (08/22)
- Mercedes-Benz anuncia amplo plano de reestruturação da produção na fábrica de São Bernardo do Campo, reduzindo a verticalização e se decidindo pela terceirização de várias atividades, entre elas logística, manutenção, laboratórios, ferramentaria e fabricação e montagem de eixos dianteiros e de transmissão; as mudanças envolveriam corte de cerca de 40% do quadro atual, com desligamento de 3.600 trabalhadores – 2.200 obtidos por meio de PDV e 1.400 pela não renovação de contratos (09/22)
- empregados da linha de produção fazem greve de três dias (entre 8 e 10) em protesto contra o plano de demissões da empresa; reuniões entre Mercedes-Benz e Sindicato nos dias 13, 21 e 23 encerram sem acordo; escolha de operador logístico externo leva a nova paralização no dia 27, desta vez pelos empregados do setor de logística (09/22)
- antes restrito a caminhões, a Mercedes-Benz estende o serviço de customização a chassis de ônibus e a produtos CKD para o mercado externo; as alterações são executadas pelo Custom Tailored Center, na fábrica de São Bernardo (10/22)
- por não considerar economicamente atraente ajustar o modelo Axor às novas normas ambientais, Mercedes-Benz informa a decisão de retirá-lo de linha em 2023, tanto na versão rodoviária como fora de estrada; para exportação, as versões Euro 3 e 5 serão mantidas em produção (10/22)
- para compensar a futura retirada de linha do Axor, Mercedes-Benz prepara modelo “de entrada” para Actros, com entre-eixos 6×2 e 6×4 mais curtos (3,25 m) e nova cabine Space simplificada (teto baixo, painel analógico, retrovisores convencionais, suspensão metálica, menos itens tecnológicos e acabamento mais simples); com o mesmo objetivo, a linha Arocs ganha duas novas versões: 3351 6×4 (nas opções plataforma, basculante e cavalo-mecânico) e 4151 6×4 (basculante) (10/22)
- apresentação da linha de motores Bluetec 6, apta a atender às novas normas Proconve P8 (Euro 6), projetada para reduzir em 80% as emissões de NOx, 50% as de material particulado e em 8% o consumo de combustível; na ocasião foram também divulgadas as alterações introduzidas na linha 2023 de veículos da marca: Accelo Euro 6 ganha três novas versões de 163 cv (leves 817 e 1017 e médio 1317 6×2), além de novo câmbio manual ou automatizado de seis marchas e embreagem com assistência pneumática; na linha Atego, motores de seis cilindros chegam com maior potência (260, 286 e 321 cv), levando à alteração da denominação dos modelos correspondentes para 1733 (atual 1730), 2429 6×2 (2426), 2433 6×2 (2430) e 3933 8×2 (3026 e 3030 8×2); também são novas as caixas de câmbio (manual de seis marchas para versões 4×2 e automatizadas de oito e doze marchas para 6×2 e 8×2), volante multifuncional, painel de instrumentos com tela digital e partida por botão; tanto Atego como Accelo passam a vir com luz diurna de leds, espelhos auxiliares, controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida em rampa; associado a novo câmbio automatizado de 12 marchas, o motor Euro 6 para Actros e Arocs tem a potência aumentada para 530 cv; no Actros, braços das câmeras do retrovisores são reduzidos em 10 cm (10/22)
- importada da Argentina, Sprinter completa 25 anos no mercado brasileiro com 180.000 unidades vendidas (10/22)
- na Fenatran, apresentação do Atego 1730 autônomo; primeiro do país de nível 4, é capaz de percorrer rota pré-determinada em ambiente fechado sem motorista ou qualquer supervisão humana; o caminhão foi desenvolvido em conjunto com a startut Lume Robotics para o fabricante de produtos de limpeza Ypê, que adquiriu quatro unidades para operar 24 horas por dia dentro de sua fábrica de Amparo (SP), recolhendo produtos acabados e carregando-os para o centro de distribuição (11/22)
- também na Fenatran, apresentação do Actros 2651 na versão-conceito Estrelas Delas, especialmente concebido para motoristas mulheres; além de detalhes tipicamente femininos (cor rosa, penteadeira com espelho iluminado, bateria independente para ligar secador e outros aparelhos), geladeira, fogão por indução, smart-TV e wi-fi, dispõe de banheiro na própria cabine e traz uma bicicleta para trajetos curtos nas paradas da viagem (11/22)
- trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo aprovam proposta negociada com a Mercedes-Benz para reduzir o impacto das demissões previstas no plano de terceirização de serviços da empresa; o acordo envolve Plano de Demissão Voluntária e diversas compensações financeiras e assistenciais; empregados temporários demitidos teriam prioridade na recontratação em caso de aumento da demanda (11/22)
- Mercedes-Benz vende 172 caminhões Actros 2651 6×4 para a produtora de grãos Gees, atuante nas regiões de cerrado do Norte e Nordeste (11/22)
- lançamento do programa FleetGreen, desenvolvido com a startup GreenPlat, destinado a auxiliar clientes no monitoramento da emissão de poluentes de seus veículos e no melhor gerenciamento das frotas (11/22)
- dos 1.200 trabalhadores com contrato temporário a serem encerrados em dezembro e janeiro, 500 tiveram a permanência confirmada por mais um ano; 361 demitidos serão readmitidos em 2023 (12/22)
- a partir de 26 de dezembro, férias coletivas de 20 dias na fábrica de São Bernardo do Campo (12/22)
- Mercedes-Benz se mantém em segundo lugar em emplacamentos de caminhões no país, com 30.520 unidades (menos 7,6% em relação a 2021) e 24,13% de participação; no segmento de ônibus a marca reafirma sua liderança, com 8.158 unidades licenciadas (39,6% a mais do que em 2021) e 47,3% de participação (vs 41,58% do ano anterior); a marca foi a primeira em chassis urbanos e rodoviários e segunda em chassis para micros e ônibus escolares (12/22)
2023
- caminhões 0 km da Mercedes-Benz passam a sair de fábrica com selo de pagamento automático de pedágios Sem Parar já instalado (02/22)
- Mercedes-Benz lança campanha de conscientização O Grito Delas, em suas redes sociais, em prol da melhoria das condições de asseio, conforto e segurança para caminhoneiras e companheiras de motoristas homens nos locais de parada nas estradas (02/23)
- venda de 121 caminhões Actros 2651 6×4 para a transportadora TransJordano, de Paulínia (SP) (03/23)
- exportação de 53 chassis para a Colômbia, em dois modelos (LO 916 e OH-1526); os veículos receberam carroçarias Senior e Andare, fornecidas pela filial local da Marcopolo (03/23)
- concluídas as obras de ampliação do Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis, iniciadas dois anos antes com a participação da Bosch (03/23)
- Mercedes-Benz atinge 350.000 motores exportados para os cinco continentes, em 25 anos, quando as primeiras unidades foram embarcadas em São Bernardo do Campo (03/23)
- redução da demanda leva Mercedes-Benz a conceder férias coletivas de um mês a parte do quadro de pessoal de Juiz de Fora e São Bernardo do Campo; em julho a medida seria prorrogada em São Bernardo por mais um mês (04/23)
- suspensão por até três meses do segundo turno nas duas fábricas (05/23)
- caminhão autônomo Axor 3131 alcança 1.000 unidades comercializadas, 600 delas já entregues; com nível de automação 2, exigem a presença de motorista, porém somente para intervenção em situações de emergência (05/23)
- na feira agrícola Agrishow, apresentação do protótipo do caminhão autônomo nível 2 Arocs 4851 10×4, para 30 t, também desenvolvido em colaboração com a Grunner; o veículo exposto trazia carroceria especial para distribuição de calcário, gesso e compostos orgânicos (05/23)
- exportação de 82 ônibus para o transporte público de Santiago, Chile – dez O500 U e 72 articulados O500 UA, todos encarroçados pela Caio (05/23)
- lançado em 2020, programa de vendas online Showroom Virtual chega a mil veículos vendidos (05/23)
- Grupo JCA adquire 485 chassis Mercedes-Benz para renovação da frota de suas empresas (Cometa, 1001 e Catarinense, entre outras); são 232 rodoviários, 169 convencionais e 84 micros, todos encarroçados pela Marcopolo (06/23)
- MB decide encerrar atividades em Campinas; originalmente fábrica de ônibus, atualmente opera como centro logístico de peças para reposição e remanufatura de câmbios e motores, serviços que passarão a ser terceirizados; 200 funcionários administrativos serão transferidos para São Bernardo do Campo e os restantes 305 demitidos; os trabalhadores entraram em greve (06/23)
- lançamento de dois novos chassis rodoviários para o mercado latino-americano: O 500 RS 1945 4×2 e O 500 RSD 2448 6×2, respectivamente com 448 e 478 cv, ambos equipados com motor de 12,9 l, câmbio automatizado e completo pacote de itens de segurança (07/23)
- MB conclui as duas primeiras operações do País no âmbito da Medida Provisória 1.175, que concede desconto para troca de veículo de mais de 20 anos por um “zero”: 90 chassis OF-1721 para Suzantur (de Suzano, SP) e 20 chassis rodoviários O 500 RSD para Viação Itapemirim; todos receberam carrocerias Marcopolo (07/23)
- suspenso em maio, é retomado o segundo turno na fábrica de São Bernardo do Campo (09/23)
- filial Argentina produz o milésimo Atego 1799 S (09/23)
- investimento de R$ 4,0 milhões em novo Centro de Treinamento para Automóveis e Vans junto ao Centro Logístico de Limeira (SP) (09/23)
- iniciada a entrega da encomenda de 50 elétricos eO500U, todos com carroceria Caio, efetuada por três operadoras urbanas da capital paulista (10/23)
- estreia mundial do chassi elétrico eO500U no salão Busworld Europe, em Bruxelas, Bélgica (10/23)
- visando a próxima licitação do sistema de transporte urbano de Santiago, Mercedes-Benz enviará chassi eO500U para testes no Chile (11/23)
- programa A Voz Delas, dedicado a motoristas mulheres, leva Mercedes-Benz a conquistar o Prêmio AutoData 2023 na categoria ESG (12/23)
- apesar da redução de mais de 25% nos licenciamentos em 2023, Mercedes-Benz manteve o segundo lugar no ranking nacional de fabricantes de veículos comerciais, com 21,07% do mercado (queda de 6,03% com relação a 2022 e a mais baixa desde 1993); foi a primeira em caminhões leves (com os modelos Accelo 1016 e 1017 nos dois primeiros lugares no segmento), segunda em médios (Atego 1419 e 1316 em quarto e quinto no segmento), semipesados (Atego 1719 e 2426, primeiro e sexto) e pesados (Actros 2651, Atego 2730 e Actros 2548 respectivamente em sétimo, oitavo e nono); em chassis de ônibus, ao contrário, não só reafirmou o inconteste primeiro lugar no mercado como ampliou em 16,1% sua participação, alcançando 54,91% no ano; foi a segunda em chassis para ônibus escolares e microônibus e a primeira em urbanos e rodoviários, com participação de, respectivamente, 21,0, 28,2, 78,9 e 59,2% (12/23)
2024
- em conjunto com a Nolly Implementos Rodoviários, Mercedes-Benz desenvolve baú fabricado a partir de garrafas PET, 100% reciclável, para equipar Sprinter chassi-cabine (01/24)
- no final de janeiro, lançamento das novas versões Actros 2553 6×2 (PBTC de 58,5 t), Arocs 3353 6×4 cavalo-mecânico (PBTC de 91 t), ambos com motor de 530 cv – o mais potente nacional da marca, e Atego vocacionais 1729 (com 286 cv, para coleta de lixo) e 1733 (321 cv, para carros de bombeiros), sempre dotados de transmissão automática de seis marchas; a linha Atego, além de receber novos defletores, para-choques termoplásticos e spoilers e ter a caixa de faróis redesenhada, passou a diferenciar visualmente as versões rodoviárias e fora-de-estrada (para uso em canteiros de obras e construção civil), recebendo, respectivamente, grade frontal ao estilo Actros e Arocs; os fora-de-estrada foram adicionalmente equipados com “Pacote Robustez”, que inclui proteção de faróis e para-choque com maior ângulo de entrada (01/24)
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grupo Raízen, do ramo sucroalcooleiro, encomenda 50 unidades do recém lançado cavalo-mecânico Arocs 3353 6×4 (01/24)
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Mercedes-Benz cria Daimler Truck Locações e Serviços, serviço próprio de aluguel de caminhões e ônibus; iniciado pelas linhas Accelo, Atego e Actros, o programa contará com a rede de concessionárias para entrega e retorno dos veículos (02/24)
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avançando no processo de terceirização,a partir de 2025 os eixos dianteiros Mercedes-Benz passarão a ser fornecidos pela Suspensys, que construirá fábrica em Mogi Guaçu para atender ao compromisso (02/24)
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venda de 128 chassis OF para duas operadoras urbanas de Ribeirão Preto (SP) (02/24)
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venda de 100 cavalos-mecânicos Actros 2548 6×2 para a Transportadora Tombini, de Palmitos (SC) (02/24)
- Mercedes-Benz se inscreve no programa federal Mover – Mobilidade Verde e Inovação, e é uma das primeiras 23 empresas habilitadas (04/24)
- venda de 135 caminhões para a transportadora paulista Braspress – 90 unidades do leve Accelo 817, 15 do médio 1419 e 30 do extrapesado Actros 2045 (04/24)
- Mercedes-Benz e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC firmam acordo coletivo com reajuste salarial de 5,3%, sendo 3,2% de reposição da inflação e 2,1% de aumento real (05/24)
- em quatro anos de operação, Mercedes-Benz vende 1.400 caminhões por meio de seu Showroom Virtual (05/24)
- venda de 60 caminhões extrapesados Actros 2548 6×2 para a transportadora Kothe, de Jundiaí (SP) (06/24)
- com um ônibus eO500U encarroçado pela Caio, São Caetano do Sul (SP) dá início à eletrificação de sua frota urbana (06/24)
- lançamento do chassi convencional OF-1621 para fretamento contínuo, com piso alto, 208 cv, câmbio manual de seis marchas e suspensão por feixe de molas; capaz de receber carrocerias de até 12,50 m e 48 assentos, foi concebido como modelo “de entrada” no segmento, objetivando minimizar as intervenções no processo de encarroçamento; dentre as alterações aplicadas estão: balanços dianteiro e traseiro reduzidos (respectivamente em 15 cm e 1,45 m), entre-eixos alongado para 5,95 m, equipamentos reposicionados permitindo instalação de bagageiro passante, preparação para receber ar-condicionado e tanque de combustível com maior volume (300 l) (06/24)
- além dos 1.100 caminhões semiautônomos com tecnologia Grunner e Lume já fornecidos, Mercedes-Benz passa a oferecer modelos Accelo e Arocs equipados de fábrica com rádio-controle; a solução se aplica a operações em áreas de risco e de difícil acesso, como mineração e obras subterrâneas (07/24)
- venda de 36 cavalos-mecânicos extrapesados Arocs 3351 6×4 para VDA, destinados ao transporte de troncos de eucalipto em Jacareí (SP) (07/24)
- ônibus elétrico eO500U apresentado ao mercado da Argentina (07/24)
- diversas novidades na feira Lat. Bus 2024: oferta de câmbio automatizado para toda a linha OF; opção de suspensão pneumática para chassi OF-1619; novos pacotes de segurança para os rodoviários 0500 RSD HD e DD; novo chassi para micro-ônibus LO-1116, capaz de transportar até 20 passageiros a mais, ocupando uma lacuna entre os chassis de 9 e 16 t; e, a principal delas, primeira apresentação do chassi elétrico articulado de piso baixo eO500 UA, com 18 m e capacidade para 120 passageiros; tem motor elétrico central de 400 kw (544 cv, ZF importado), pacote de sete baterias BorgWarner (montadas no Brasil), suspensão totalmente pneumática (independente na dianteira), freios regenerativos a disco em todos os eixos e autonomia de 200 a 300 km; a produção terá início em 2026 (08/24)
- linha Atego ganha duas novas versões, ambas com motor de 321 cv e câmbio automatizado de 12 marchas: cavalo-mecânico 1933 LS 4×2, com suspensão traseira pneumática e opção de cabine estendida e leito, com teto alto ou normal, e 3133 6×4, com redução nos cubos da rodas e bloqueio longitudinal e transversal, nas versões plataforma, basculante e betoneira; os lançamentos tomam o lugar dos modelos Axor 1933 e 3133 (08/24)
- Mercedes-Benz alcança 200.000 vans, chassis-cabines e furgões vendidos no Brasil, inicialmente importados da Europa e, desde 1996, da Argentina (08/24)
- aquisição de mais cem chassis elétricos eO500U com carroceria Caio por operadores urbanos de São Paulo, para entrega até o início de 2025 (09/24)
- Accelo atinge 100.000 unidades comercializadas no mercado brasileiro (10/24)
- um mês antes da Fenatran, Mercedes-Benz antecipa quatro de suas novidades a serem oficialmente lançadas na feira, nas linhas Accelo, Actros, Atego e Arocs (10/24)
- muitas novidades na Fenatran 2024: a linha Accelo teve a cabine redesenhada (grade, para-choque e faróis de leds novos) e ganhou mais três versões de 163 cv (917, 1117 e 1417 6×2), equipadas com novas transmissões manuais e automatizadas e eixos e suspensões redesenhados e reforçados; Actros Evolution 2045 e 2653 (versão topo de linha com faróis de leds, painel digital, vinte sistemas de segurança ativa mais sofisticados, kit aerodinâmico, bateria com maior capacidade e motor com filtro, compressor e turbina novos) e opção de suspensão metálica para os modelos 2025, 2548 e 2553; Atego 1719 Full Air, para o transporte de beibas e cargas sensíveis, com suspensão pneumática nos dois eixos como item de fábrica; e Arocs 4051 8×4, customizado sob encomenda para o setor madeireiro (escape vertical, kit de proteção e opção de cabine-leito); a surpresa reservada para a feira foi a apresentação de dois caminhões elétricos, que em 2025 entrarão em testes na frota de oito empresas já selecionadas: o caminhão pesado eActros 4×2, nas versões 300 e 400, e o leve eCanter, com PBT de 7,5 e 8,5 t (respectivamente cinco e dez importados da Alemanha e Japão) (11/24)
- especialmente concebida para mulheres motoristas, versão levemente simplificada do modelo Actros Estrela Delas passa a ser fornecido por encomenda (11/24)
- Mercedes-Benz chega à marca de 15.000 caminhões customizados vendidos, 3.500 deles exportados (11/
Séries especiais
LS-1935 NTC Star (09/93); LS-1318, comemorativa dos 500 anos do Brasil (03/00), Classe A Spirit (11/01); 1938 S e 1944 S Road Truck (07/03), Sprinter Limited Edition (10/05), Atego e Axor Black Edition (10/05), Axor 2544 6×2, comemorativa da marca de um milhão de caminhões vendidos desde 1956 (10/09), Atron Edição Especial, comemorativa do 60o aniversário da empresa no Brasil (11/16), Actros Série Especial, homenageando os históricos modelos L-1111 e L-1113 (10/17), Actros 2045 4×2 e 2553 6×2 Edition 1 (10/19), Atron Edição Especial (12/20), Actros Coração Estradeiro, comemorativa do 65o aniversário da empresa no Brasil (09/21)
Importados (exceto automóveis)
Picape, van e furgão MB 180 D (da Espanha, desde 03/94); cavalo-mecânico 2038 S V8 (Alemanha, 08/95); picape, chassi-cabine, van e furgão Sprinter (12/96, Argentina); chassi 412 D (05/00, Argentina); Actros 4144 8×4 (Alemanha, 11/07); Actros 4844 8×4 (Alemanha, 03/09); Actros 4160 SLT 8×8 (Alemanha, 10/13); van e furgão Vito (Argentina, 11/15)
Outras premiações e distinções (modelos nacionais)
L-1620 (Caminhão do Ano e Destaque de Vendas Caminhões Médios; Prêmio Lótus 1997, 98 e 99); Mercedes (O Melhor Carro do Brasil 2001, categorias Marca mais Querida e Melhor Imagem no Brasil; revista Carro); Mercedes (Marca do Ano em Caminhões Semipesados; Prêmio Lótus 2002); 710 (Caminhão do Ano e Caminhão Leve do Ano; Prêmio Lótus 2002); L-1620 (Caminhão Semipesado do Ano; Prêmio Lótus 2002); Mercedes (Melhor Fornecedora do Ano 2002, categorias Caminhões Semileves, Leves, médios, Semipesados e Peças/Componentes; NTC); OF-1721 (Melhores do Setor Automotivo 2002, categoria Chassi de Ônibus; AutoData); Accelo 915 C (Prêmio AutoData 2003, categoria Veículo Caminhão); Mercedes (Prêmio Mérito Reconhecido Jornauto 2003, categorias Pós-Venda, Caminhão, Ônibus e Motor); Mercedes (Marca do Ano em Caminhões Pesados e Semipesados e em Chassis Urbanos e Rodoviários; Prêmio Lótus 2003); L-1620 e OF-1721 (Caminhão do Ano e Chassi do Ano; Prêmio Lótus 2003); 710, L-1620, OF-1721 e O-400 RSD (Caminhão Leve e Semipesado e Chassi Urbano e Rodoviário do Ano; Prêmio Lótus 2003); Mercedes (Marca do Ano em Caminhões Semipesados e em Chassis Urbanos e Rodoviários; Prêmio Lótus 2005); L-1620 e OF-1721 (Caminhão do Ano e Chassi do Ano; Prêmio Lótus 2005); 710, L-1620, OF-1721 e O-400 RSE (Caminhão Leve e Semipesado e Chassi Urbano e Rodoviário do Ano; Prêmio Lótus 2005); chassi O-500 articulado (Prêmio AutoData 2006, categoria Veículo Ônibus); Mercedes (Marca do Ano em Caminhões Semipesados e em Chassis Urbanos; Prêmio Lótus 2006); L-1620 e OF-1722 (Caminhão do Ano e Chassi do Ano; Prêmio Lótus 2006); 710, L-1620, LO-915 e OF-1722 (Caminhão Leve e Semipesado e Chassi Leve e Urbano do Ano; Prêmio Lótus 2006); Mercedes (Marca do Ano em Caminhões Semileves, Leves e Semipesados e em Chassis Urbanos e Rodoviários; Prêmio Lótus 2007); L-1620 e OF-1722 (Caminhão do Ano e Chassi do Ano; Prêmio Lótus 2007); 710, L-1620, LO-915, OF-1722 e O-500 RS (Caminhão Leve e Semipesado e Chassi Leve, Urbano e Rodoviário do Ano; Prêmio Lótus 2007); chassi médio OF-1218 (Prêmio AutoData 2008, categoria Veículo Ônibus); Mercedes (Marca do Ano em Veículos Comerciais, Caminhões Semileves e Pesados e em Chassis Urbanos e Rodoviários; Prêmio Lótus 2009); OF-1722 (Chassi do Ano; Prêmio Lótus 2009); Sprinter 313, L-1318, OF-1722 e O-500 RS (Caminhão Semileve e Médio e Chassi Urbano e Rodoviário do Ano; Prêmio Lótus 2009); Mercedes (Marca do Ano em Ônibus, Chassis Urbanos e Rodoviários; Prêmio Lótus 2010); OF-1722 (Chassi do Ano; Prêmio Lótus 2010); 710, L-1318, OF-1722 e O-500 RS (Caminhão Leve e Médio e Chassi Urbano e Rodoviário do Ano; Prêmio Lótus 2010); Mercedes (Melhor Fabricante de Motores, Furgões, Caminhões e de Chassi de Ônibus, Melhor Serviço de Pós-Venda e Melhor Rede de Concessionários; Prêmio Mérito Reconhecido 2010; Jornauto); Mercedes-Benz (Marca do Ano em Ônibus, Ônibus Urbanos e Ônibus Rodoviários; Prêmio Lótus 2012); C 180 1.6 turbo (Melhor Compra 2016, categoria Carro até R$ 170.000; 4 Rodas); Accelo, Atego e Actros (Best Truck 2016, categorias Caminhão urbano até 10 t; Distribuição a Curtas Distâncias acima de 10 t e Caminhão Vocacional Urbano; Caminhão Vocacional Fora-de-estrada; Transporte Mundial); Accelo, Atego, Axor e Actros (Best Trucks 2017-18, categorias Caminhão Urbano com PBT até 10 t [Accelo]; Caminhão de Distribuição para Curtas Distâncias Acima de 10 t e Caminhão Vocacional Urbano [Atego]; Cavalo-mecânico Pesado [Axor]; e Cavalo-mecânico Extrapesado, Caminhão Vocacional Fora de Estrada e Produto Inovador [Actros]; Transporte Mundial); Mercedes-Benz (Best Brands 2016, categoria Motor; Transporte Mundial); Mercedes-Benz (Prêmio REI 2021, categorias Empresa do Ano: Veículos Pesados, Distribuição e Pós-venda e Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambientel – Montadora; Automotive Business); Chassi O-500 R (Prêmio AutoData 2021, categoria Veículo Ônibus; AutoData); Mercedes-Benz (Prêmio Lótus 2022, Campeões de Vendas: Marca de Caminhão Semileve, Marca de Caminhão Leve e Marca de Chassi de Ônibus; Frota & Cia.); Atego 1719, Atego 3030 e Atego 2730 6×4 (Prêmio Lótus 2022, Campeões de Vendas, categorias Caminhão Semipesado, Caminhão Semipesado 8×2 e Caminhão Pesado até 400 cv; Frota & Cia.); Accelo 1016 e Atego 2426 6×2 (Maior Valor de Revenda 2022 – Comerciais, categoria Caminhões; Agência AutoInforme); Accelo 1016, Atego 2426, Atego 3030 e Atego 2730 (Prêmio Campeão de Revenda 2022, categorias Caminhão Leve, Semipesado 6×2, Semipesado8x2 e Pesado até 400 cv; Frota & Cia); Accelo 1016, Atego 2730 e Atego 3030 (Campeão de Revenda 2022, categorias Caminhões Leves, Caminhão Pesado até 400 cv e Caminhão Semipesado 8×4; Frita & Cia); Mercedes-Benz (Prêmio Automotive Business 2022, categorias Transição Energética [chassi elétrico eO500U] e Experiência do Cliente [óculos com realidade aumentada na assistência técnica]; Automotive Business); Mercedes-Benz (Prêmio AutoData 2022, categorias Montadora de Veículos Comerciais e Exportador/Montadoras; AutoData); Mercedes-Benz (Prêmio Lótus 2023, categorias Marca de Caminhão Leve, Marca de Chassi de Ônibus, Marca de Chassi Urbano, Marca de Chassi Rodoviário e Empresa Recordista do Prêmio Lótus; Frota&Cia); Accelo 1016, Atego 3030 e Atego 2730 (prêmio Lótus 2023, categorias Caminhão Leve, Caminhão Presado 8×2 e Caminhão Pesado até 400 cv; Frota&Cia); Accelo 1016 e 1316 (Selo Maior Valor de Revenda 2023, categorias Caminhões Leves e Caminhões Médios; Agência Autoinforme); Accelo 1016 e 1316, Atego 2430, 3030 e 2730 (Campeão de Revenda 2023, categorias Caminhão Leve, Caminhão Médio, Caminhão Semipesado 6×2, Caminhão Semipesado 8×2 e Caminhão Pesado até 400 cv; Frota & Cia); Mercedes-Benz (Prêmio AutoData 2023, categoria ESG [governança ambiental, social e corporativa]; AutoData); Mercedes-Benz (Prêmio Automotive Business 2923, categoria Inovação Colaborativa; Automotive Business); Mercedes-Benz (Prêmio AutoData 2023, categoria ESG; AutoData); Mercedes-Benz (Prêmio Lótus 2024 – Campeão de Vendas, em sete categorias: Marca de Chassi de Ônibus, Marca de Chassi Urbano, Marca de Chassi Rodoviário, Marca de Caminhão Leve, Caminhão Leve, Caminhão Semipesado 4×2 e Caminhão Pesado até 400 cv; Frota & Cia); Accelo 1016, Atego 2426, Atego 3030 e Atego 2730 6×4 (Maior Valor de Revenda 2024 – Veículos Comerciais, categorias Caminhões Leves e Caminhões Semipesados 6×2, 8×2 e até 400 cv; Agência AutoInforme); Mercedes-Benz, Accelo 1016, Accelo 1315, Atego 1719, Atego 2426 e Atego 3030 (Campeão de Revenda 2024, categorias Utilitários e Caminhões, Caminhão Leve, Caminhão Médio, Caminhão Semipesado 4×2 e 4×4, Caminhão Semipesado 6×2 e Caminhão Semipesado 8×2; Frota&Cia); Mercedes-Benz OF-1621 (Prêmio AutoData – Melhores do Setor Automotivo 2024, categoria Veículos Comerciais de Passageiros); Mercedes-Benz (Prêmio Automotive Business 2024, categoria Experiência do Cliente; Automotive Business)
- Publicidade Mercedes-Benz de abril de 1950, quando os primeiros caminhões da marca começavam a ser montados no Brasil.
- Montagem do caminhão L-312 no Rio de Janeiro, no início da década de 50.
- A linha de montagem carioca da Mercedes-Benz em 1951: tinha capacidade para entrega de dez caminhões por dia (fonte: Revista do Automóvel-Club).
- O terreno reservado para a fábrica brasileira da Mercedes-Benz em fotografia de 1953.
- Momento histórico, marco inicial da indústria automotiva brasileira: em 21 de dezembro de 1955 o presidente Juscelino Kubitschek, ainda não empossado, presencia a fundição do primeiro bloco de motor da América Latina.
- Mal a Mercedes-Benz usinou os primeiros blocos nacionais, iniciou campanha de venda de seus motores diesel; o anúncio é de março de 1956.
- Publicipade institucional de outubro de 1956 registrando a inauguração da fábrica brasileira da Mercedes-Benz.
- O presidente Juscelino Kubitschek inaugura a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo.
- Ao volante do caminhão L-312, tendo Ludwig Winkler ao seu lado, o presidente JK visita a nova fábrica.
- No dia da inauguração, caminhões e (à direita), chassis para lotações perfilam diante da nova fábrica (fonte: Automóveis & Acessórios).
- Chassis de ônibus LP-312 deixam a fábrica no mês da inauguração (fonte: Automóveis & Acessórios).
- A linha de montagem do caminhão L-312, em 1956, em São Bernardo do Campo.
- Montagem de cabines do caminhão L-312.
- Publicidade em jornal, de representante paulista da Mercedes-Benz, para o primeiro caminhão brasileiro da marca (fonte: portal webradiodivulga).
- "Pague 1 km, ande 3 km": em um país dominado por caminhões com motor a gasolina, a Mercedes-Benz teve que convencer o comprador das vantagens do uso do diesel; esta propaganda é de abril de 1957.
- Lemas destes dois anúncios da mesma série, de maio e junho: "Com a economia de combustível você compra mais um Mercedes-Benz" e "Só a economia de combustível já paga seu Mercedes-Benz".
- Publicidade de outubro de 1957.
- Também de 1957 é esta publicidade, ressaltando a resistência e durabilidade muito superiores dos motores diesel.
- L-312 em propaganda de julho de 1957, de representante gaúcho da marca.
- Propaganda de dezembro de 1957, sempre tendo como tema a economia gerada pelo diesel.
- Publicidade de janeiro de 1958, mais uma vez destacando a lucratividade obtida com o uso do diesel.
- O mesmo tema nesta propaganda de fevereiro do mesmo ano.
- Propaganda institucional de março de 1958, com ênfase na marca Mercedes-Benz e no combustível diesel.
- Lançado em 1956, o Mercedes L-312 foi o primeiro caminhão médio nacional com motor diesel.
- Chassi de ônibus LP-312; os primeiros exemplares montados no Brasil foram fornecidos com conjunto de para-lamas e capô, logo deixados a cargo dos encarroçadores, como mostra a imagem seguinte.
- Folheto de propaganda de 1958 com dados técnicos do LP-312, primeiro chassi brasileiro da Mercedes-Benz.
- LP-321, primeiro veículo lançado pela Mercedes-Benz sob as normas do GEIA.
- LP-321 1958: com produção anual chegando a 12 mil unidades, já alcançava excepcionais 65% de nacionalização.
- Fotografia de 1958 tomada no terreno da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, mostrando parte da primeira série de caminhões LP-321 produzidos no Brasil (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Na ocasião também foi exposta uma dezena e meia de ônibus monobloco - os primeiros fabricados no país (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Um eloquente retrato dos anos JK e da explosão desenvolvimentista do país à época: enquanto que os veículos aqui mostrados já traziam, em média, quase 80% de conteúdo nacional, o prédio administrativo da empresa que os fabricou ainda se encontrava em construção (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- LP-321 em publicidade de maio de 1958.
- O primeiro modelo Mercedes-Benz com cabine avançada em publicidade de agosto de 1958.
- A linha de montagem de cabines Mercedes-Benz em 1958 (fonte: Automotive Business).
- Três publicidades de 1959 enfatizando o pioneirismo da Mercedes-Benz, três anos antes, como fabricante do primeiro motor diesel para veículos comerciais do país.
- Propaganda de agosto, captando o espírito nacionalista dos anos JK: "acelerando a marcha, o Brasil caminha, a passos largos, para sua independência econômica".
- Este motor daria partida ao incontrolável processo de crescimento do uso do diesel em veículos pesados no país; em poucos anos o combustível teria uso universal em caminhões e ônibus no Brasil.
- O pesado LP-331 era o mais potente caminhão do país em 1960.
- LPS-331, a versão cavalo-mecânico do primeiro modelo pesado da Mercedes-Benz brasileira; a publicidade é de outubro de 1958; a seguir, uma seqüência de anúncios de 1959.
- LP-331 em propaganda de janeiro de 1959.
- LP-331 ilustrando publicidade de maio, divulgando os caminhões da marca.
- Anúncio de julho, com o mesmo objetivo, este mostrando um modelo LP-321.
- Cavalo-mecânico LPS-331 com cabine-leito.
- LP-331 S - a variante com eixo traseiro de dupla redução.
- A publicidade de julho de 1960 de onde foi extraída a imagem anterior.
- Cavalo-mecânico LPS-331 S.
- Moderníssimo para a época, o monobloco urbano O-321 H foi lançado em 1958.
- Propaganda de setembro de 1958 anunciando o lançamento do monobloco Mercedes-Benz.
- Publicidade do Expresso Brasileiro, de 1958, registrando a compra, "de uma só vez", de 150 ônibus rodoviários Mercedes-Benz (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / Expresso Brasileiro Histórico).
- Já pintado com as cores do Expresso Brasileiro, este monobloco aguarda a colocação das iniciais da operadora no triângulo acima da grade.
- Também a Viação Cometa foi das primeiras grandes frotistas a logo adquirirem os modernos monoblocos O-321 H; o veículo da foto operava a ligação São Paulo-Itapetininga (fonte: site blogpontodeonibus).
- Monobloco Mercedes-Benz a serviço da companhia aérea Lufthansa diante da antiga estação internacional de passageiros do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (fonte: João Marcos Turnbull).
- O-321 HL - o primeiro monobloco Mercedes-Benz na versão longa.
- O modelo "longo" HL na versão urbana.
- Monobloco urbano O-321 HL fotografado em Brasília (DF) em 1962, pouco após a inauguração da nova Capital Federal.
- Um O-321 longo em versão urbana na frota da paulistana Auto Viação Nações Unidas (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / classicalbuses).
- Um dos 150 monoblocos do Expresso Brasileiro parte do ponto final em Serra Negra (SP) entre os anos 50 e 60 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / Expresso Brasileiro Histórico; colorização: Lahuerta).
- O monobloco O-321-HL foi utilizado como escola técnica volante pela Mercedes-Benz (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Ônibus da Escola Técnica Volante da Mercedes-Benz desfila por Guaxupé (MG), em 1961, na festa de aniversário da cidade (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Uma segunda versão de escola-volante Mercedes-Benz, utilizando a carroceria do ônibus monobloco como base para reboque (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Também o fabricante de eletrodomésticos e autopeças Walita montou sua Escola Técnica Volante em um monobloco HL (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- A estrutura monobloco dos primeiros ônibus Mercedes-Benz.
- Outro ponto de vista da estrutura do O-321 HL.
- Cartão promocional da antiga Viação Minuano, de Porto Alegre (RS), que com seus monoblocos atendia à extensa linha para a capital paulista (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Propaganda da Cometa anunciando a chegada dos monoblocos à sua frota - "os mais modernos super-ônibus nacionais".
- Também a Mercedes-Benz, em julho de 1959, dedicou uma peça publicitária aos monoblocos fornecidos à Cometa.
- Inesperada propaganda da Fábrica de Carrocerias Metropolitana, de abril de 1959, para os monoblocos de sua concorrente Mercedes-Benz.
- Publicidade de jornal da Mercedes-Benz, de julho de 1959, reunindo seu monobloco aos caminhões 321 e 331.
- Cena da linha de fabricação de monoblocos Mercedes-Benz em 1959.
- Publicidade de julho de 1960 para o caminhão LP-321.
- LP-321 - o primeiro dos muitos "best sellers" da Mercedes-Benz do Brasil.
- Mercedes-Benz LP-321/48, com 4,83 m de distância entre eixos.
- Face frontal de ficha técnica do caminhão LP-321 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- LAP-321, primeiro caminhão brasileiro com tração total.
- Mercedes-Benz LAP-321 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- LPK - a versão para basculantes do novo 321; a propaganda é de agosto de 1960.
- O raro LP-333, com dois eixos direcionais.
- Em janeiro de 1960 veículos Mercedes-Benz nacionais participaram da Coluna Norte da Caravana de Integração Nacional, percorrendo a estrada Belém-Brasília durante sua construção; na foto, a caravana desfila ao longo do cais do porto de Belém (PA) (fonte: Revista Automóvel Clube).
- Especialmente preparado para participar da aventura, este ônibus 4x4 parte de Belém (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Caminhão LP-321 na Belém-Brasília em construção (foto: Audálio Dantas / O Cruzeiro).
- Ônibus Mercedes-Benz 4x4 cruzando a Belém-Brasília na Caravana de Integração Nacional.
- O ônibus 4x4 em outra cena da viagem (foto: Audálio Dantas / O Cruzeiro).
- L-312 na Caravana (foto: Audálio Dantas / O Cruzeiro).
- Cruzamento do rio Porangatu, em Goiás (fonte: Automóveis & Acessórios).
- A travessia do rio Porangatu custou 24 horas à Caravana (foto: Manchete).
- O ônibus da Mercedes-Benz em cena de documentário de Jean Manzon, que acompanhou a comitiva (fonte: Dana).
- Contrastes do Brasil de 1960, no limiar da industrialização moderna.
- Um LAP-321 da Caravana chega a Porangatu (GO) (foto: Audálio Dantas / O Cruzeiro).
- A Caravana chega a Brasília (foto: Audálio Dantas / O Cruzeiro).
- O ônibus 4x4 da Mercedes-Benz aparentemente foi agregado à frota da paranaense Garcia: o veículo aqui aparece na garagem da empresa, junto a um Nicola e dois Carbrasas.
- Caravana de Integração Nacional: a Mercedes-Benz também participou da Coluna Leste, ligando o Rio de Janeiro a Brasília (foto: Manchete).
- Bandas de música recebiam a Caravana nas cidades do interior (foto: Manchete).
- A Coluna Leste chaga à Capital Federal (foto: Manchete).
- Quatro caminhões LP-321 do DNER chegando a Porto Velho, em 1960, para participar da construção da rodovia BR-29 (atual BR-364), ligando o antigo Território Federal de Rondônia a Cuiabá (MT) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- A extensa linha de produtos Mercedes-Benz em 1960, quando a indústria automobilística brasileira ainda engatinhava.
- Caminhões e monoblocos expostos no grande stand da Mercedes-Benz no primeiro Salão do Automóvel, em 1960 (fonte: Ayrton Camargo e Silva / Dana).
- Um monobloco O-321 HL a ser exportado para a Argentina é exposto no II Salão, no final de 1961 (foto: Manchete).
- Os primeiros monoblocos Mercedes-Benz foram exportados em 1961 - 380 unidades para a Argentina e (na foto) Venezuela (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Monobloco Mercedes-Benz, em dezembro de 1961 a caminho da Argentina (fonte: Manchete).
- Ônibus rodoviário Mercedes-Benz, oficialmente lançado no III Salão do Automóvel, em 1962.
- Rodoviário Mercedes-Benz O-321 HL em propaganda de março de 1961.
- Mercedes-Benz O-321 HL na versão rodoviária.
- As quatro versões de monoblocos O-321 disponíveis em 1962.
- O monobloco rodoviário transformado em motor-home pela Carbruno e exposto no stand da Mercedes-Benz no III Salão; o ônibus conduziu e alojou a equipe de jornalistas dos Diários Associados na cobertura da Copa do Mundo de Futebol no Chile, em 1962.
- Nesta e nas duas imagens seguintes, afetiva campanha publicitária para os monoblocos Mercedes-Benz, amplamente veiculada em 1962 e 1964: "O passageiro das 7 e 30", ...
- ... "A menina da poltrona 12"...
- ... e "O casal de todos os sábados".
- Primeira peça da campanha publicitária de 1963 para os caminhões Mercedes-Benz, ressaltando a qualidade das soluções técnicas assumidas pela marca; aqui são mostrados o modelo basculante LPK e o sistema de direção por rosca sem fim.
- Modelo LP e o exclusivo sistema de combustão na antecâmara do motor.
- Cavalo mecânico LPS e câmbio totalmente sincronizado.
- Segunda campanha de 1963, esta estimulando a aplicação dos caminhões Mercedes-Benz em serviços urbanos, segmento ainda dominado pela Chevrolet e Ford com seus veículos a gasolina.
- LP-321 no serviço de distribuição de leite.
- LP-321 na coleta de lixo.
- LP-321 na distribuição de botijões de gás.
- LP-321 como caminhão-tanque para distribuição de combustíveis.
- Cavalo-mecânico pesado LPS-331 em publicidade de fevereiro de 1961.
- LPS-331 S com cabine-leito e rodas raiadas, melhorias introduzidas em 1964.
- Mercedes-Benz LPS-331 S (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Capa de ficha técnica para o modelo LPK-331 S com cabine normal (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- LP-331 S, com as novas rodas raiadas (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- LP-331 S equipado com compactador de lixo (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- LP-331 S com terceiro-eixo pertencente à Usina Itaiquara, de Passos (MG); note os dois tratores Massey Ferguson, como carga (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- LAP-321 de 1965: ainda por muitos anos seria o único caminhão nacional 4x4 "de fábrica" (fonte: João Luiz Knihs).
- Folheto técnico para o LPO-321: lançado em 1964, tornou-se virtualmente o chassi padrão do transporte urbano brasileiro (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Stand da Mercedes-Benz no IV Salão do Automóvel, em 1964.
- O mesmo stand da Mercedes-Benz sob outro ângulo.
- Um LK-331 exposto na área externa do IV Salão do Automóvel (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- No IV Salão o monobloco urbano manteve as colunas verticais mas ganhou o estilo do rodoviário; na imagem, o modelo nas cores da Viação Santa Tereza, de Belo Horizonte (MG) (foto: Fernando Trilha Jr.; fotomontagem: Márcio Schenker / memoriabhdesenhodeonibus).
- Um monobloco semelhante na frota da antiga operadora paulistana U.T.I.L. (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- O mesmo modelo, utilizado pela catarinense Nossa Senhora da Glória, em imagem tomada na década de 2010 (foto: José Geyvson da Silva / onibusbrasil).
- A linha de fabricação de monoblocos em 1964.
- Frota de dez rodoviários O-321 HL da Viação Itapemirim aplicados à linha Vitória-São Paulo em 1964 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Monobloco urbano ilustra publicidade da Mercedes-Benz, de janeiro de 1965, tendo como tema o quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro.
- Caminhão L-1111, de 1964, um dos maiores sucessos da história da Mercedes-Benz brasileira.
- Capa de folheto de divulgação da linha 1111 de caminhões; na imagem, a versão basculante LK (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Basculantes Mercedes-Benz LK-1111/36 (com 3,6 m de entre-eixos).
- Mercedes-Benz L-1111 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Linha de fabricação de cabines para o novo caminhão Mercedes-Benz (fonte: portal bestcars).
- O chassi do caminhão pesado LP-331 utilizado para encarroçamento, a partir de 1965 anunciado como LPO-331.
- Aparentemente versão inicial do futuro modelo O-326, este ônibus foi agregado à frota da Viação Itapemirim: estaria a operadora testando o veículo para a Mercedes-Benz? (note as diferenças deste carro com relação ao protótipo da imagem seguinte) (fonte: portal onibusparaibanos).
- Protótipo do ônibus O-326, seguido de um caminhão L-1111, participando da Operação Cruzeiro do Sul, caravana organizada pela Mercedes-Benz em comemoração ao seu 10º aniversário, em 1966; acompanhados de jipes Toyota, veículos da marca partiram de quatro pontos extremos do país, reunindo-se no km 0 da estrada Rio-SP, no Rio de Janeiro, onde em 28 de setembro foi inaugurado o Monumento ao Motorista.
- Monobloco semelhante operado pela Sociedade de Ônibus Gigante - Sogil, de Gravataí (RS) (fonte: portal clubedoonibusantigo).
- Mais uma cena da epopéia da Operação Cruzeiro do Sul.
- Modelo O-326 de transição (fonte: Egon Rohde).
- O mesmo modelo, nas cores da Viação Cometa (fonte: Mário Brian).
- Monobloco rodoviário O-335 na frota do Expresso ABC, de Porto Alegre (RS) (fonte: portal showroomimagensdopassado).
- O modelo definitivo do O-326 foi lançado no V Salão do Automóvel, com aumento de área da primeira janela e ligeiros ajustes no estilo e na inclinação da dianteira.
- Rodoviário O-326.
- As maiores operadoras brasileiras de transporte rodoviário equiparam suas frotas com monoblocos O-326, como a capixaba Viação Itapemirim (foto: Augusto Antônio dos Santos / onibusbrasil).
- O-326 na frota da Impala Auto Ônibus, de São Paulo (SP) (foto: Vanderci Valentim; fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / onibusbrasil).
- Monobloco rodoviário do Expresso Pernambucano, de Recife (PE) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / onibusbrasil).
- Motivada pelo futuro lançamento dos chassis Magirus-Deutz, a Mercedes-Benz passou a disponibilizar suas plataforma para receber carrocerias de terceiros.
- Mercedes-Benz LP-1520, com três eixos e cabine-leito, versão modernizada em 1968.
- Basculante LPK-1520.
- LP-1520 equipado com betoneira (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Um cavalo-mecânico LPS-1520 da Usina Itaiquara, de Passos (MG) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Rodoviário Mercedes-Benz O-326 após as mudanças introduzidas no final de 1968; o ônibus da imagem, da Viação Brasília, de Cajazeiras (PB), operava uma rota semanal para São Paulo (fonte: site fortalbus).
- Publicidade de 1969 para o novo rodoviário Mercedes-Benz.
- O monobloco urbano O-321 recebeu sua primeira reestilização em 1968.
- Uma série de monoblocos urbanos encomendados pela paulistana CMTC na linha de montagem da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo.
- Uma dúzia de monoblocos fotografados diante do prédio administrativo da Mercedes-Benz; à frente, um carro para a operadora UTIL, de Juiz de Fora (MG).
- Capa de folder do urbano O-321 de 1968 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Monobloco rodoviário O-321 de 1968 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- O stand da Mercedes-Benz no VII Salão do Automóvel, em 1970 - o primeiro no Pavilhão do Anhembi (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Três ônibus rodoviário Mercedes-Benz no Salão de 1970 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Dois caminhões LA-1111 são destacados para demonstração de desempenho fora-de-estrada, em 1965, diante da fábrica da Mercedes-Benz (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Um dos LA-1111 em teste; ao fundo, a fábrica de São Bernardo do Campo (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Note que o segundo caminhão avaliado possuía rodado simples na traseira: seria um protótipo? (fonte: Jorge A. Ferreira Jr. / Anfavea).
- Linha 1111 em propaganda de jornal de outubro de 1967.
- Caminhão 4x4 LA-1111 em propaganda de dezembro de 1968 (fonte: João Luiz Knihs).
- LPA-1111, com tração 4x4, em publicidade dedicada ao setor sucro-alcooleiro, publicada em Pernambuco em outubro de 1969.
- Chassi de ônibus com posto de comando avançado LPO-1113.
- A partir de 1970 renomeado LP-1113, o vetusto chassi LP-321 permanecia em produção; o folder aqui mostrado é de 1972.
- Capa de folheto técnico da linha A, de caminhões com tração nas quatro rodas.
- LA-1113, uma das versões com tração nas quatro rodas da linha de caminhões médios da Mercedes-Benz.
- Mercedes-Benz LA-1113.
- Semipesado L-2013, com 3º eixo de arraste, versão de 1970; note o lema "O que é bom já nasce diesel", desde 1969 utilizado pela Mercedes-Benz para diferenciar seus produtos - dotados de motores diesel de fabricação própria e originais de fábrica - daqueles da concorrência (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz LS-1519 ilustrando ficha técnica do modelo (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- L-1513 também em imagem extraída de material publicitário da Mercedes-Benz (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz L-1113 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Caminhão L-1523 em publicidade de 1970.
- Publicidade de jornal, de junho de 1970, para o novo L-1313.
- Mais uma propaganda para o modelo 1313, agora de outubro de 1971.
- De agosto de 1972 era esta peça publicitária ilustrada pelo futuro "best-seller" L-1313 (fonte: João Luiz Knihs).
- Para simultaneamente satisfazer às frouxas diretrizes dos gestores públicos e ao conservadorismo dos operadores de transportes urbanos do país, no final de 1970 a Mercedes-Benz lançou o chassi convencional com motor traseiro OH-1313.
- Caminhão militar LG-1213 com tração total Engesa, projetado em 1971 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz LG-1213 6x6 para uso civil, como denota o rodado duplo nos eixos traseiros (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Monobloco rodoviário O-355 na frota da Viação Teresópolis, da cidade fluminense homônima (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Com poucas modificações visuais, porém com bagageiros 70% maiores, o rodoviário O-362 A foi lançado em 1971.
- Propaganda Mercdes-Benz de 1972, comemorando a venda de uma frota de monoblocos para a empresa paranaense Nossa Senhora da Penha - cliente histórica da Scania.
- Apesar do lançamento do O-362, o antigo O-326, aqui mostrado, permaneceu em linha (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Monobloco rodoviário O-326 do Expresso Princesa dos Campos, de Ponta Grossa (PR), em fotografia oficial da Mercedes-Benz tomada no Parque Estadual de Vila Velha, situado no mesmo município (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- O-362 urbano da paulistana Empresa Paulista de Ônibus (fonte: Mário Brian).
- Uma das peças publicitários de lançamento do L-608 D.
- Com o L-608 D a Mercedes-Benz entrou com força no segmento dos caminhões leves; pintada da cor da cabine quando do lançamento, logo a grade ganharia cor preta.
- O "Mercedinho" já com a grade pintada de preto.
- Mercedes-Benz L-608 D.
- LO-608 D - o Mercedinho na configuração chassi-meia cabine para encarroçamento por terceiros.
- A caminho da Marcopolo, em Caxias do Sul, um chassi OH transporta um LO-608 com meia-cabine (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / busontheroad).
- Embora não tenha colocado em linha o L-608 D na versão furgão, a Mercedes-Benz freqüentemente o utilizou em suas campanhas publicitárias.
- Propaganda de jornal de outubro de 1973 para o "Mercedinho", modelo lançado no ano anterior.
- Em 1972 a grade de frisos metálicos do monobloco urbano O-362 foi simplificada, sendo substituída por uma em peça única, na cor preta, moldada em plástico.
- Propaganda institucional de janeiro de 1972 registrando o marco histórico em produção de motores diesel.
- "O que é bom já nasce diesel", estampava a Mercedes-Benz nos para-choques de seus caminhões - um recado para Ford, Dodge e Chevrolet, todos eles nascidos com motor a gasolina; o anúncio é de setembro de 1972.
- Cavalo-mecânico LS-1519, lançamento de 1972.
- Publicidade de stembro de 1975 para o pesado LS-1519.
- O mesmo LS-1519 em propaganda de 1980 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Propaganda do modelo 1519 na versão mais frequente L.
- Caminhão militar LG-1519 equipado como acrro-tanque (fonte: portal bestcars).
- Com o LS-1924, de 1974, a Mercedes-Benz buscou reconquistar seu espaço no segmento dos pesados.
- Cavalo-mecânico LS-1924.
- Mercedes-Benz LS-1924.
- LAK-2624, basculante pesado para mineração e grandes obras disponibilizado em 1974.
- Mercedes-Benz L-1519, novidade de 1976 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Também de 1976 foi o L-2219 na versão 6x4 (fonte: portal bestcars).
- Caminhão militar LG-1519, de 1976, desenvolvido em conjunto com Bernardini e Engesa.
- O mesmo caminhão em vista dianteira (fonte: portal planobrazil).
- Mercedes-Benz militar LG-1519 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
- Em 1976, ano deste anúncio, o pequeno L-608 D já dominava seu segmento no país.
- Mercedinho em publicidade de 1977.
- Mercedes-Benz L-608D (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Depois de 20 anos, com o O-364 os monoblocos Mercedes-Benz enfim ganharam nova carroceria; aqui a versão rodoviária.
- Rodoviário O-364 do Expresso Catuense, de Catu (BA), em 1982 fotografado no centro da capital baiana (fonte: revista Sua Boa Estrela).
- O-364 da Viação Teresópolis, de Teresópolis (RJ) (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Monobloco O-364 urbano.
- O mesmo modelo, este na frota da operadora pública paulistana CMTC (foto: Luciano Ferreira).
- A nova carroceria recebe os órgãos mecânicos na linha de ontagem de São Bernardo do Campo (fonte: Museu da Imprensa Automotiva).
- Plataforma O-364, disponibilizada em 1981 com os correspondentes monoblocos.
- Mercedes-Benz LS-1924 com a nova cabine introduzida em 1983.
- L-1316 do mesmo ano.
- Mercedes-Benz L-1316 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Capa de ficha técnica do caminhão 1513; na imagem a versão L (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz LS-1519.
- Mercedes-Benz LS-1929 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz L-1520 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- L-2215 6x4 com motor de ciclo diesel a álcool aditivado, opção disponibilizada em 1982 (fonte: portal bestcars).
- L-2013 6x2 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- A diversidade da família Mercedes-Benz fica patente nesta propaganda de dezembro de 1985 (fonte: João Luiz Knihs).
- Estrutura monobloco do rodoviário O-370 na fábrica de ônibus de Campinas (fonte: Carga).
- A carroceria pronta para receber os órgãos mecânico e o acabamento (fonte: Carga).
- O moderno e elegante O-370.
- Rodoviário Mercedes-Benz O-370R (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- O-370 na versão com três eixos.
- O-370 na frota da Viação Águia Branca, de Cariacica (ES) (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Lançado em 1986, o O-370 R era a versão simplificada do novo monobloco rodoviário da Mercedes-Benz (fonte: João Luiz Knihs / Carga & Transporte).
- LS-1932, para 45 t, o mais potente caminhão até então fabricado pela Mercedes-Benz brasileira.
- Geração O-370 urbana na configuração trólebus.
- Um dos dois únicos trólebus construídos no Brasil pela Mercedes-Benz, em operação em Araraquara (SP) em 1999 (fonte: Ayrton Camargo eSilva).
- Fabricados na segunda metade dos anos 80, os trólebus Mercedes-Benz foram por quase 15 anos utilizados no transporte público de Araraquara (foto: Sérgio Martire).
- Urbano padron O-370 com duas portas.
- Plataforma O-370 UP.
- Em 1987, após receber pequenos melhoramentos e nenhuma mudança estética, a família O-370 passou se denominar O-371; na foto o rodoviário O-371 R (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Rodoviário O-371 RSD 6x2.
- Urbano O-371 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Folder de divulgação do modelo L-1319: especialmente preparado em meados dos anos 80 para ser exportado para os EUA, recebeu motor de seis litros e 190 cv (fonte: Daniel Araújo / autoentusiastas).
- Dos quase 156.000 caminhões exportados pelo Brasil desde 1961, 46% foram Mercedes-Benz; na imagem um L-1319 a serviço dos Correios dos EUA (fonte: João Luiz Knihs / Carga & Transporte).
- O imponente caminhão-trator LS-1934, lançado em 1987.
- Publicidade de 1988, veiculando o pesado LS-1934 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- LS-1934 tracionando reboque frigorífico de uma transportadora de Itajaí (SC) (fonte: portal blogdocaminhoneiro).
- L-709, da nova geração de caminhões leves Mercedes-Benz lançada em 1988.
- L-712 em propaganda de 1993.
- Mercedes-Benz L-912.
- O chassi de microônibus LO-812.
- L-1621, com 210 cv e PBT de 15,5 t, uma das 21 versões de caminhões médios e semipesados lançados em 1989; note a nova cabine, padronizada desde os modelos leves.
- Seis modelos médios ilustrando a contracapa do folder de lançamento da nova geração de caminhões Mercedes-Benz, em 1989 (fonte: João Luiz Knihs).
- Desmobilizado do Exército, ao qual servia, este LAK-1418 presta serviços civis em Porto Velho (RO), em dezembro de 2021 (foto: Marcos Cabral Filho).
- Modelo 4x4 LA-1418 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz L-1614 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz L-1621 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Modelo pesado LS-1625.
- Mercedes-Benz LB-2325, versão própria para betoneira (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Cavalo-mecânico LS-1935 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz LS-1935.
- LS-1935 NTC Star, série especial lançada por ocasião do trigésimo aniversário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas.
- LS-1941, o maior caminhão Mercedes-Benz do final da década de 80, equipado com "pacote" de carenagens e defletores, melhorando em 33% o coeficiente aerodinâmico do conjunto trator-reboque.
- Em 1991, depois de mais de 20 anos, a Mercedes-Benz voltou às cabines avançadas.
- Caminhão médio Mercedes-Benz 1214.
- Mercedes-Benz 2418 6x2 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- O-371 RSL - mais uma versão de monobloco rodoviário, lançada em 1992 (fonte: TechniBus).
- Monobloco urbano O-371 UL, de 1992.
- LS-2635, 6x4 lançado no início de 1994.
- Caminhão trator LS-2635 6x4 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Protótipo de carroceria construída pela Mercedes-Benz para o chassi OF-1620, por ocasião de sua apresentação reservada, em 1994, para alguns empresários de transporte urbano (fonte: Technibus).
- Rodoviário O400 RSL, na frota do Expresso Brasileiro (fonte: Technibus).
- Rodoviário de três eixos O400 RSD.
- Um dos O400 RSL operados pela Viação Itapemirim (fonte: blog buscia).
- O mesmo carro em vista ¾ traseira (fonte: blog buscia).
- Um O400 RSD operado pelo Expresso de Prata, de Bauru (SP) (foto: Vinicius de Oliveira Munhoz / onibusbrasil).
- Criação artística em torno do chassi tipo buggy OH-1635 L.
- Monobloco padron UP, parte da família urbana O-400, apresentada em 1994.
- Articulado O400 UPA.
- Plataforma O-400 UP.
- Plataforma articulada O-400 UPA.
- Ignorando os modernos chassis lançados pela Mercedes-Benz, o conservador mercado brasileiro continuava elegendo os chassis derivados de caminhões como campeões nacionais de venda; na foto, o modelo OF-1318, de 1991 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Chassi Mercedes-Benz OF-1620, do final de 1993 - convencional, porém levemente mais baixo (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Primeiro automóvel Mercedes-Benz fabricado no Brasil, o Classe A foi lançado em 1999.
- Mercedes-Benz Classe A.
- Sedãs Mercedes-Benz Classe C foram montados em Juiz de Fora entre 2001 e 2004.
- Classe A na versão Avantgarde, apresentada em 2002.
- Mercedes-Benz A 160 Classic 2005, pouco antes de ter a produção interrompida.
- Desenho do Formore, modelo Smart para quatro passageiros cuja produção em Juiz de Fora foi cogitada em 2004.
- Montado por poucos meses no Brasil, em 2007, o C 230 Sports Coupé tinha o mesmo estilo dianteiro do sedã Classe C (fonte: site autopolis.files).
- Mercedes CLC 200: produzido a partir de 2008, sendo então o Brasil o único país a montar o modelo.
- Caminhão 1214 C.
- De 1992 era o Mercedes-Benz 1418, semipesado de 13,5 t (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Também de 1992 foi este modelo 1718 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Três dos primeiros modelos da Série Brasil, de 1996: L-1218, 1418 e 1620; a nova Série era oferecida em grande variedade de cores vivas, com para-choque e grade em cinza claro.
- Mercedes-Benz L-1620, de 1999 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Mercedes-Benz L-1620 na versão 6x2.
- Caminhões 1720 e 1723, da linha média com cabine avançada, após a modernização de 1997.
- O leve 712 C, com cabine avançada, motor eletrônico e freios a disco nas quatro rodas.
- LS-1938, um dos três primeiros pesados Mercedes-Benz com motor eletrônico.
- OH-1623 LG, chassi com suspensão pneumática e motor eletrônico a gás, lançado em 1998; os seis cilindros de gás garantiam autonomia de até 300 km.
- Plataforma rodoviária O-400 RSD com três eixos, de 1999, própria para receber carrocerias monobloco.
- Caminhão pesado 2423 B, 6x4 preparado para betoneiras lançado em 1999.
- Exportado para a África havia alguns anos, o semi-pesado 4x4 1718A com cabine avançada foi disponibilizado para o mercado brasileiro no início de 1996; o modelo substituiu o LA 1418.
- 1938 S, primeiro pesado Mercedes-Benz com cabine basculante, lançado na 12ª Fenatran, em 1998.
- 1944 S 6x2, modelo pesado de 2001 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Três caminhões eletrônicos médio-pesados de 2001: L-1622, 1418 e 1218.
- Chassi leve LO-610, de 2001 - primeiro chassi nacional Mercedes-Benz para mini-ônibus.
- O moderno chassi urbano com entrada baixa O-500 U.
- O chassi O-500 U quando do seu lançamento na Expobus 2001 (foto: Frota & Cia).
- O novo chassi O-500 U ilustra esta publicidade de maio de 2002.
- As duas versões iniciais do leve Accelo, lançado em 2003: 915 C e 715 C.
- Propaganda de junho de 2006 para a linha Accelo; note, à direita, o selo comemorativo dos 50 anos da Mercedes-Benz brasileira.
- Publicidade de agosto de 2003 registrando o excelente desempenho da marca no Rally dos Sertões daquele ano.
- Propaganda de dezembro de 2003 comemorando o primeiro milhão de caminhões produzidos no Brasil pela Mercedes-Benz.
- A linha de médios com cabine avançada foi modernizada em 2004; aqui o Atego 1718.
- Atego 1518.
- Axor 2044 com cabine-leito e teto alto, uma das cem variantes dos 11 modelos do novo pesado Mercedes-Benz, lançado em 2005.
- Caminhão-trator Mercedes-Benz Axor 2540.
- Caminhão-trator Axor 3340, 6x4 para aplicações severas.
- Axor 3344 6x4 na cultura canavieira; a propaganda é de 2008 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Axor 4144 8x4 operando em Porto Velho (RO) em julho de 2021 (foto: Marcos C. Filho).
- Axor 3040 6x4, em 2022 transportando blocos de granito em jazida da empresa Cattergan, em Governador Linderberg (ES) (foto: portal transportemundial).
- Accelo, Axor e Atego - a família de caminhões Mercedes-Benz quase que completamente renovada em 2005.
- Articulado urbano O-500 MA, de 2006, com chassi de longarinas em perfil U.
- O chassi O-500 MA visto pela traseira.
- Articulado O-500 UA, com entrada baixa.
- O articulado O-500 UA em vista oposta.
- Chassi convencional OF-1218, lançado em 2008.
- Um articulado Caio e um rodoviário Irizar ilustram esta publicidad de setembro de 2008 para os chassis Mercedes-Benz.
- Em 2008 o leve 710 Plus teve as dimensões ajustadas para enquadrar-se à categoria Veículo Urbano de Cargas.
- Último caminhão com cabine recuada do país - e o médio mais vendido - o Mercedes-Benz L-1620 se manteve em produção por longos anos; aqui, a versão 2009, chamada Classic.
- Axor 4144 transformado em 8x4, uma das personalizações proporcionadas pela Mercedes-Benz em 2007.
- A velha cabine de 1991, duas vezes alterada, ganhou sobrevida com o lançamento do pesado 2726, em 2007.
- Médio 1718, também na edição 2007.
- Mercedes-Benz Axor 2044 4x2 (a grade na cor da cabine denuncia ser versão superior).
- Axor 2644 6x2.
- Atego 1725.
- A versão militarizada do médio 1720 A, com tração 4x4, fotografado em 2013 em Juiz de Fora (MG) (foto: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Caminhão-trator Atego 1728 com cabine-leito e teto alto, opção oferecida a partir de 2009.
- A MercedeBenz preparou dois caminhões tunados para a 17ª Fenatran, em 2009: um Axor 2644 e este Atego 2428 (foto: LEXICAR).
- Chassi rodoviário O-500 RSDD com dois eixos direcionais (o primeiro e o último), lançado em 2010.
- Lado a lado, um rodoviário Marcopolo e um urbano Busscar são os personagens desta publicidade de março de 2011, comemorativa da marca de 400 mil ônibus Mercedes-Benz vendidos no país.
- Publicidade de setembro de 2012.
- A liderança absoluta da Mercedes-Benz no mercado brasileiro de ônibus é o tema desta propaganda de dezembro de 2012.
- Bem-humorada campanha publicitária do caminhão pesado Axor, veiculada pela Mercedes-Benz em 2010.
- Atego 2425 ilustrando propaganda da mesma série de 2010.
- Ainda importado, o pesado Actros foi objeto desta publicidade de agosto de 2010.
- A Fenatran 2011 trouxe unificação estilística para toda a família Mercedes-Benz, inspirada no visual do Actros, o modelo top da marca; aqui, o leve Accelo.
- O Atego reestilizado em 2011.
- Atego 1728 a serviço do Ibama, fotografado em maio de 2020 em Porto Velho (RO) (foto: Marcos C. Filho).
- Atego 1725 4x4 nas cores do Exército Brasileiro; a imagem foi tomada em Juiz de Fora (MG), em agosto de 2013 (foto: Jorge A. Ferreira Jr.).
- A partir de 2011 a tradicionalíssima linha com cabine semi-avançada foi batizada Atron; na imagem o cavalo 1635, única versão mantida em linha a partir de 2016.
- Accelo 815: em 2011 tomou o lugar do tão querido "Mercedinho" 710, que saiu de linha.
- Accelo 1016.
- Publicidade de junho de 2011 divulgando o novo sistema de controle de emissões adotado pela Mercedes-Benz em seus veículos.
- Montados no Brasil desde 2012, apenas no início de 2014 os modelos Actros alcançaram 40% de nacionalização; na imagem o modelo 2646 6x4.
- Actros em publicidade de dezembro de 2012; no canto superior direito, note o selo "Fabricado no Brasil".
- Axor 3131 6x4: em 2013 tomou o lugar do Axor 2831 6x4, lançado quatro anos antes.
- Axor 3344 6x4 no transporte de cana-de-açúcar em Escada (PE), em janeiro de 2022 (foto: Marcos Cabral Filho).
- Primeiro chassi convencional Mercedes-Benz com transmissão automatizada, o modelo OF-1724 só foi lançado em 2014, anos depois da concorrência.
- Chassi pesado O 500 RSDD 8x4, com 408 cv e dois eixos direcionais, também lançado em 2014.
- Chassi O 500 RSD 8x2 em vista oposta.
- Chassi articulado urbano de piso baixo O 500 UDA 3736, com PBT de 37,0 t, 354 cv, câmbio automático, suspensão pneumática e quarto eixo direcional; lançado em 2012, 342 unidades seriam vendidas dois anos depois para o transporte urbano de São Paulo (SP).
- LO 815 (PBT 8,5 t, motor Cummins de 152 cv), menor chassi de ônibus Mercedes-Benz em 2015.
- A seguir, uma série de publicidades para os chassi de ônibus Mercedes-Benz, esta de dezembro de 2014.
- Publicidade para chassis urbanos de setembro de 2015.
- Carroceria Irizar nesta propaganda de chassis rodoviários de dezembro de 2015; no canto superior direito, o registro dos 120 anos do primeiro ônibus do planeta, produzido pela Daimler, uma das empresas fundadoras da atual Daimler Benz.
- Marcopolo Paradiso G7 DD sobre chassi O 500 RSD 8x2 em publicidade Mercedes-Benz de junho de 2018.
- Criativa propaganda de março de 2020.
- 2533 6x2, uma das vinte versões do pesado Axor disponíveis em catálogo em 2015.
- Além de três versões do tradicional Mercedes-Benz de cabine recuada, a linha Atron também contava em 2015 com outras seis com cabine basculante, como este 2729 6x4, próprio para receber betoneiras.
- Ficha técnica do Atron 2729 6x4 na versão basculante K (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
- Axor 2644 6x4.
- As cinco linhas da Mercedes-Benz brasileira em 2015 (a partir da esquerda): Accelo, Atego, Actros, Axor e Atron.
- Accelo 1313, primeiro leve Mercedes-Benz com terceiro eixo original de fábrica.
- Mercedes-Benz Accelo 1313.
- Atego 3030, 8x2 lançado no final de 2015.
- Mercedes-Benz Atego 3030 8x2.
- Para a linha 2016 a família Actros ganhou nova cabine; na foto o modelo 2546.
- Cavalo-mecânico Actros 2546 do Frigorífico Masterfrigo, de Manaus (AM), circulando em Porto Velho (RO) em julho de 2022 (foto: Marcos C. Filho).
- Actros 2651, com 510 cv, o mais potente Mercedes-Benz brasileiro.
- Propaganda de 2016 anunciando a linha Atego, ampliada e com o chassi reforçado no ano anterior.
- Primeiro sedã Classe C a sair da linha de produção da nova fábrica de Iracemápolis, em março de 2016, com componentes 100% importados (foto: site autoentusiastas).
- Os primeiros Classe C na linha de montagem de Iracemápolis (foto: Paulo César Rocha / G1).
- Sedã Mercedes-Benz C 180.
- C 180.
- Raio X do sedã Mercedes-Benz C 180.
- GLA 200, o segundo automóvel Mercedes-Benz montado na nova fábrica de Iracemápolis.
- SUV GLA 200.
- C 300 Sport, modelo top da linha de automóveis nacionalizados da Mercedes-Benz.
- C 300 Sport.
- GLA 200 Advance 2018.
- GLA 200 Advance 2018.
- Caminhão Accelo com a (pouco perceptível) cabine estendida em 18 cm, novidade da Fenatran 2017 (foto: LEXICAR).
- Axor 3344, na Fenatran, com estribo antifurto, Pacote Robustez e nova pintura fosca (foto: LEXICAR).
- Para 2018 o pesado Actros ganhou grade pintada na cor da cabine; na imagem, a Série Especial homenageando os históricos modelos L-1111 e L-1113 (foto: LEXICAR).
- Cavalo-mecânico 1635 - única versão Atron ainda em produção em 2018.
- Em janeiro de 2018 foi concluída a total automatização da linha de fabricação de caminhões de São Bernardo do Campo - a primeira do país segundo o conceito Indústria 4.0; em primeiro plano se observa um AVG em movimento, carro autônomo que desloca os caminhões ao longo da linha.
- Linha de montagem de chassis de São Bernardo do Campo já adaptada aos processos de manufatura digital Indústria 4.0 (fonte: portal automotivebusiness).
- Axor 3131 8x4 autônomo, desenvolvido em 2018 para operar em culturas de cana-de-açúcar.
- Caminão autônomo Axor 3131 8x4.
- Axor autônomo em operação.
- No ano seguinte o caminhão autônomo foi exposto pela Mercedes-Benz na feira Agrishow (foto: LEXICAR).
- ATR 320 X foi a denominação dada pela Grunner ao Axor autônomo; com capacidade de 14 a 20 t, estava disponível com tração 6x4 ou 8x4.
- A Grunner preparou dois outros modelos a partir do Axor 3131 autônomo: os aplicadores de insumos líquidos (ASP, na imagem) e sólidos (ADS).
- Atego 1725 4x4 nacional: juntamente com um Accelo 815 foi exposto pela Mercedes-Benz em seu stand na IAA 2018 - o Salão Internacional de Veículos Comerciais de Hannover, Alemanha; 20 unidades foram vendidas para as Filipinas, na primeira exportação da fábrica brasileira para aquele país.
- Atego 1719 - um dos 228 caminhões Mercedes-Benz fornecidos à Ambev, no final de 2018, para a renovação de sua frota de distribuição de bebidas.
- Mercedes-Benz C 200 EQ Boost, com motor a gasolina com auxílio elétrico, lançamento do final de 2018.
- C 200 EQ Boost.
- C 180 Exclusive 2019.
- C 300 Sport 2019.
- Atego 2730 6x4 (10 a 14 t) - segundo modelo Mercedes-Benz em versão autônoma (ATR, para a Grunner), apresentado no Agrishow 2019.
- Actros 2045 - primeiro 4x2 da família, lançado com a nova geração, no final de 2019.
- A nova geração do caminhão trator Actros chegou em seis versões, cinco delas 6x2 ou 6x4.
- Cavalo-mecânico Actros 2651 fotografado em Porto Velho (RO) em julho de 2021 (foto: Marcos Cabral Filho).
- Mais um Actros 2651 operando em Porto Velho (RO) em 2021 (foto: Marcos Cabral Filho).
- Como acessório opcional, o novo Actros trouxe o sistema MirrorCam, que substitui os retrovisores externos por câmeras.
- Publicidade Actos de setembro de 2020.
- Propaganda de dezembro de 2020, anunciando a série especial "de despedida" do modelo Atron.
- Chassi OF-1621, de 2021, vocacionado para fretamento.
- Chassi O 500 R 1830 Super Padron, com dois eixos para carrocerias de até 14,0 m, lançado em março de 2021.
- O chassi "Super Padron" encarroçado pela Caio.
- Em agosto de 2021 a Mercedes-Benz mostrou seu projeto de chassi de piso baixo elétrico eO500U, que iniciaria os testes de rua no mês seguinte (fonte: Autodata).
- Publicidade de outubro de 2022 para o chassi elétrico Mercedes-Benz.
- Caminhão para serviços pesados Mercedes-Benz Arocs, lançamento de 2021.
- Mercedes-Benz Arocs.
- Modelo de entrada da linha Actros (aqui na versão 2653), com cabine simplificada e teto baixo, do final de 2022, motivado pela prevista extinção do pesado Axor.
- Accelo 1017, uma das novas versões do final de 2022 equipadadas com motor Euro 6.
- Cavalo-mecânico Arocs 3351 6x4, mais uma nova versão do final de 2022.
- Caminhão autônomo Atego 1730 exposto na Fenatran, em dezembro de 2022 (foto: Frota&Cia).
- Atego 1730 autônomo, o primeiro de nível 4 do país.
- Actros 2651 na versão conceitual Estrela Delas, com foco nas motoristas mulheres.
- Protótipo do caminhão autônomo Acros 4851 10x4, exposto no Agrishow 2023 (fonte: portal autodata).
- Em 2023, com a chegada das normas Euro 6, e após 17 anos do lançamento, linha Axor é retirada de linha; a foto mostra a versão 2644.
- Propaganda de setembro de 2023 para o Accelo, comemorando os 20 anos do modelo; note os selos registrando sua conquista do título Campeão de Revenda em duas categorias.
- Publicidade de 2023 para o extrapesado Actros 2653.
- Propaganda institucional destacando os diversos projetos socioambientais apoiados pela empresa no Brasil.
- Apresentação mundial do chassi elétrico eO500U, de projeto nacional, no salão Busworld Europe 2023, na Bélgica (fonte: portal frotacia).
- Propaganda de dezembro de 2023 comemorando o Prêmio AutoData, conquistado em reconhecimento ao Movimento A Voz Delas, dedicado às mulheres motoristas.
- Atego 2433, com o novo estilo dianteiro inspirado no pesado Actros, em 2024 adotado pelas versões rodoviárias, como esta.
- Atego 1733 - nova versão vocacionada para carros de bombeiros; note a nova grade, inspirada no pesado Arocs, utilizada nos modelos fora-de-estrada e ou para serviços pesados.
- Atego 2730 6x2 com o novo visual adotado em 2024.
- Atego 3330 8x4.
- Actor 2553 6x2, mais um lançamento de 2024.
- Cavalo-mecânico Arocs 3353 6x4, com 530 cv, também de 2024.
- Publicidade institucional de junho de 2024 divulgando os programas sociais patrocinados pela Mercedes-Benz.
- Chassi OF-1621, de 2024, especialmente projetado para serviços de fretamento.
- LO-116, o maior chassi para micro-ônibus da Mercedes-Benz, também de 2024.
- Chassi articulado elétrico eO500 UA, pela primeira vez mostrado na feira Lat.Bus 2024 (foto: LEXICAR).
- O articulado elétrico visto pela traseira (foto: autodata).
- O chassi elétrico de dois eixos eO500 U, também exposto na Lat.Bus (foto: LEXICAR).
- Publicidade de julho de 2024 para o chassi elétrico eO500U.
- Cavalo-mecânico Mercedes-Benz Atego 1933 LS 4x2, com suspensão pneumática na traseira, lançado em agosto de 2024.
- Atego na versão vocacional 3133 6x4, lançado no mesmo mês.
- Propaganda de setembro de 2024, publicada por ocasião da feira Lat.Bus.
- O novo visual da linha Accelo (aqui na versão 1117) quando de sua pré-apresentação, um mês antes da Fenatran (foto: autodata).
- Accelo 1417 6x2, na Fenatran, carregado com um caminhão Mercedes-Benz da Copa Truck (foto: LEXICAR).
- Actros Evolution 2653, uma das novidade da feira (a grade na cor da cabine o diferencia do restante da linha Arocs) (foto: LEXICAR).
- Actros 2548, agora com opção de suspensão metálica (foto: LEXICAR).
- A partir da Fenatran o modelo feminino Actros Estrela Delas (aqui na versão 2553) passou a compor o catálogo da marca (foto: LEXICAR).
- Atego 3033 8x2 (foto: LEXICAR).
- eActros e eCanter - os dois modelos elétricos importados mostrados na Fenatran e que serão submetidos a testes operacionais a partir de 2025 (foto: LEXICAR).
- A seguir, seis lançamentos na Fenatran em fotografias oficias da Mercedes-Benz: Accelo 1117, ...
- ... Accelo 1417, ...
- ... Actos Evolution 2045 4x2, ...
- ... Actros Evolution 2653 6x2, ...
- ... Atego 1719 com suspensão pneumática, ...
- ... Arocs 3353 6x4, dedicado ao segmento sucro-alcooleiro, agora com opção de cabine-leito, ...
- ... e Aroccs 4051 8x4, dedicado ao setor madeireiro.
- Propaganda de novembro de 2024 anunciando a nova linha Actros Evolution.