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MATRA (i) | galeria

Caminhões e chassis de ônibus fabricados sob encomenda, entre 1987 e 1991, pelo empresário proprietário da Santa Fé Veículos – concessionária de bandeira Chevrolet de Santa Catarina. Primeiro veículo a ser lançado, o caminhão M22 utilizava chassi e todos órgãos mecânicos, à exceção do motor, do médio-pesado Chevrolet D-13000. Tratava-se, na prática, de uma “transformação” do caminhão da GM, que ganhava rodas raiadas, motor Perkins turbo e uma cabine semi-avançada de fibra de vidro, com amortecimento, fornecida pela Frontal. Opcionalmente, os freios traseiros podiam dispor de um sistema de ventilação forçada, patenteado pela empresa com o nome Luft System, mediante o qual, ao serem acionados os freios, uma turbina elétrica era automaticamente ligada, injetando, através de mangueiras, um jato contínuo de ar diretamente sobre os tambores traseiros. Se desconhece a eficácia do sistema.

Bem acabado e de aspecto sólido e compacto, o caminhão estava disponível em versões de dois e três eixos (6×2), com PBT de 13,3 e 21,1 t, respectivamente. Até 1989 os caminhões eram montados em Botucatu (SP), em área próxima à fábrica da Frontal.

Em 1990, já sob a razão social Matra Máquinas de Transportes Ltda. e com instalações próprias em Palhoça, município próximo à área continental de Florianópolis, dois chassis de ônibus foram lançados, CMO-1615 e 1618. De concepção convencional (chassi tipo escada, motor dianteiro, suspensão por molas semi-elípticas), os dois diferiam pala motorização MWM de 5,9 l, o primeiro recebendo uma unidade aspirada de 138 cv, o segundo um turbo de 165 cv. Com 10,4 m de comprimento, os chassis tinham caixa sincronizada de cinco marchas, direção hidráulica e opção de eixo traseiro de duas velocidades. O fornecimento de chassis de ônibus ficou restrito ao mercado local.

Embora expectativa de produção fosse de 120 unidades mensais, as vendas mal chegaram a uma pequena fração desta cifra: até março de 1990, apenas 180 veículos haviam sido vendidos. Ainda assim, contando em aumentar a competitividade do caminhão (embora, segundo o fabricante, custasse 25% a menos que um Mercedes-Benz equivalente) e facilitar sua colocação no mercado externo, a Matra pleiteava junto ao Governo Federal, naquela altura, sua transferência para a Zona Franca de Manaus. A empresa permaneceria em Santa Catarina até o seu encerramento, pouco mais de um ano depois.





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