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MARAZZI-VÊ | galeria

Um dos mais importantes jornalista especializados em automobilismo do país, o engenheiro Expedito Marazzi iniciou sua carreira em 1962, testando automóveis para a revista 4 Rodas, quatro anos depois criando em São Paulo (SP), onde residia, o Curso Marazzi de Pilotagem. As aulas práticas seriam aplicadas no autódromo de Interlagos, utilizando monopostos da Fórmula V como “auto escolar”.

Carros simples e baratos com mecânica Volkswagen, este era o equipamento padrão para quem então se iniciava no esporte, sendo também a escolha natural de Marazzi. Em lugar de comprá-los no mercado, porém, decidiu construí-los ele próprio, para isso adquirindo da Aranae o projeto completo de um modelo bastante sofisticado para a época, concebido para a categoria Fórmula Brasil, que não teve continuidade, incluindo gabaritos do chassi, moldes da carroceria e direitos legais de uso do projeto.

Como era seu objetivo treinar pilotos, e não competir oficialmente, a ele não importava seguir nenhum regulamento, passando a construir os carros a partir do material que conseguia obter no mercado de usados. Assim, ao contrário da mecânica VW 1300 usualmente utilizada na categoria, passou a equipar os carros com motores 1600 (mais modernos, já trazendo alternador, em lugar de dínamo) e freios a disco dos muitos Karmann-Ghia TC que adquiria usados.

Batizado Fórmula Marazzi-Vê, cerca de duas dezenas foram montados. Utilizados no curso até meados da década de 80, alguns deles chegaram a ser vendidos para pilotos, mas sem sucesso nas pistas.

Ao falecer num acidente, em 1988, Marazzi deixou onze fórmulas guardados em um galpão em sua casa. Restaurados por seu filho Gabriel, foram sendo vendidos ao longo dos anos, um deles estando hoje exposto no Museu do Automobilismo Brasileiro, em Passo Fundo (RS).

 

[LEXICAR agradece a Paulo Roberto Steindoff pelo link que forneceu as informações para a preparação desta página.]





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