> MAN

MAN | galeria

Um dos maiores produtores europeus de caminhões e ônibus, a alemã MAN (sigla de Maschinenfabrik Augsburg-Nürnberg AG) foi constituída em 1909, como resultado da união de duas empresas fabricantes de máquinas das cidades de Augsburg e Nuremberg. Para a primeira, em 1897, Rudolf Diesel desenvolveu o primeiro motor de combustão interna a óleo diesel do mundo. Em 1920, a MAN iniciou a produção de caminhões. Desde 1921 pertence ao conglomerado siderúrgico alemão GHH (cujas origens remontam a 1758), sendo hoje também importante fornecedor de motores marítimos pesados, compressores e turbinas.

Em 1987, com a intenção de instalar uma fábrica de caminhões pesados em Minas Gerais, a empreiteira Mendes Junior abriu negociações com a firma alemã visando a absorção de tecnologia, mas acabou por desistir do projeto. Em 1991, com a liberalização das importações, a MAN cogitou exportar seus veículos para o país; cinco anos depois, sondando o mercado brasileiro, uma comitiva técnica da empresa chegou a visitar a Bahia, convidada pelo governo do estado, com a esperança de que lá fosse construída sua planta. Em nenhum dos dois casos houve desdobramentos.

Somente dez anos depois, tendo-lhe ficado evidente o potencial do país, a MAN decidiu aqui se instalar. Tomou então um rumo completamente diferente – e inesperado: em dezembro de 2008 anunciou a aquisição do controle integral da líder brasileira no setor – a Volkswagen Caminhões, de Resende (RJ) -, por quase 1,2 bilhão de euros. Como demonstração da importância desse investimento na estratégia global da firma, em março do ano seguinte foi criada a MAN Latin America, com sede no Brasil, com a função de gerenciar os negócios da marca em toda a América Latina.

Já era antigo o relacionamento da Volkswagen alemã (até então única proprietária da VW Caminhões) com a MAN. Em 1975 as empresas iniciaram negociações visando o desenvolvimento de caminhões leves e médios, categorias nas quais nenhuma das duas estava representada. Os primeiros modelos conjuntos, na faixa de 6 a 9 t, foram lançados em 1979, com a marca MAN-VW. A cooperação se desdobraria, mais adiante, na participação acionária de 29,9% da VW na MAN. Também no Brasil, embora muitos não saibam, a MAN há muito tempo estava presente, ainda que indiretamente: aqueles mesmos caminhões MAN-VW, anteriormente projetados em conjunto pelas duas empresas, foram os modelos escolhidos para serem fabricados no Brasil, a partir de 1981, pela recém criada Volkswagen Caminhões.

A MAN Latin America teve impactante performance na 17ª Fenatran, em outubro de 2009, quando apresentou sua atualizadíssima e imponente gama de caminhões pesados europeus a um público que, na maioria, jamais ouvira falar da marca. Conseguiu fazer sombra aos stands vizinhos, a ponto da concorrência ter que recorrer a shows musicais, veículos tunados e produtos importados para não ser esquecida pelos visitantes da feira. Por meio de uma conferência de imprensa, no mesmo mês de outubro a empresa apresentou seus planos para o Brasil: nacionalização, a curto prazo, dos modelos MAN TGX e TGS, com índice mínimo de 60% e motores da própria marca, a serem fabricados no país pela MWM; construção de novo parque fabril em Resende, segundo o conceito de consórcio industrial, para abrigar a linha de montagem; confirmação de investimentos de um bilhão de reais até 2015; e manutenção da linha de produtos existente, sob a marca VW, que com o tempo também passará a ser equipada com motores MAN.

Já em abril de 2010 abria-se espaço na planta para operação experimental da linha de montagem dos caminhões alemães, ainda importados sob a forma SKD, com lançamento oficial programado para o ano seguinte. Com capacidade de produção de 5.000 veículos/ano, a fábrica seria suprida pela Maxion (ex-FNV, quadros de chassis), ArvinMeritor (eixos), Suspensys (do grupo Randon, freios e suspensões), além do motor, fabricado pela MWM.

Em abril de 2012, por fim, foram lançados os três primeiros modelos nacionalizados da marca – os cavalos mecânicos TGX 28.440 6×2, 29.440 6×4 e 33.440 6×4 – equipados com câmbio de 16 marchas, manual ou automatizado, motores MAN, ainda importados (12,4 litros, 440 cv, sistema SCR de controle de emissões) e freios a tambor com ABS. O processo de “tropicalização” do caminhão levou à introdução de 230 modificações com relação ao original alemão. Os veículos traziam 40% de conteúdo nacional (em dois anos alcançariam 60%). Mais uma versão foi agregada à linha em 2015: TGX 29.480, 6×4 com 480 cv e câmbio automatizado de 16 marchas. Com ela chegou a opção de cabine com teto baixo para toda a gama.

O que houve de novo a partir de 2016:

<man-la.com>





GmailFacebookTwitter