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LEYLAND | galeria

Por longo tempo o maior grupo industrial britânico fabricante de caminhões, ônibus, tratores e máquinas industriais e de construção, a Leyland Motor Corp. Ltd. chegou a congregar, na década de 60, nove marcas de veículos pesados: Leyland, Scammel, Albion, AEC (comercializado como ACLO em diversos países, entre os quais o Brasil), Bristol Commercial Vehicles, Thornycroft, Aveling-Braford, Coventry-Climax e Alvis. Em 1968, após absorver a Rover e a Standard-Triumph, a empresa se associou à British Motor Holdings Ltd., formando a British Leyland Motor Corp.. Com a fusão, passaram a compor o grupo quase todas as marcas de automóveis mais tradicionais da Grã-Bretanha: Austin, Morris, MG, Vanden Plas, Wolseley, Riley, Jaguar e Daimler, além dos caminhões e ônibus Guy.

Em 1975, dificuldades financeiras levaram o governo a assumir 95% do capital da British Leyland. Orgulho e glória do Império Britânico, a companhia não sobreviveu aos onze anos de gestão e à sanha privatizante da primeira-ministra Margareth Thatcher (79-90): o grupo foi fragmentado, marcas históricas como Austin, Morris e Triumph foram extintas, outras foram vendidas para empresas estrangeiras. Jaguar e Land Rover hoje pertencem a grupos empresariais indianos e a MG é uma marca chinesa. Com o fim da British Leyland a tradicional indústria britânica de automóveis tornou-se uma das mais inexpressivas da Europa. Das marcas de caminhões e ônibus, a Leyland foi uma das poucas que sobreviveu, desde 1998 pertencendo à norte-americana Paccar.

Em 1956, logo após a constituição do GEIA, a empresa, que havia uma década vendia com sucesso no país chassis de ônibus das marcas Leyland e ACLO, declarou sua intenção de aqui implantar uma unidade de produção, mas o projeto não chegou a ser formalizado junto ao órgão. Mais tarde, em 1973 e 1982, voltaria a se interessar pelo mercado brasileiro, no último caso propondo ocupar as instalações da Ciferal, então em processo falimentar. Em nenhuma das duas ocasiões, contudo – a primeira, aproximando-se da crise financeira que a tornaria empresa estatal, a segunda, já em meio à dissolução da British Leyland –, houve condições concretas capazes de favorecer os seus planos.





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