> KOMATSU

KOMATSU | galeria

A japonesa Komatsu foi fundada em 1917, como filial de uma empresa de mineração, com o objetivo de produzir equipamentos e ferramentas para uso da própria companhia. Em 1924, já autônoma, iniciou a produção de prensas hidráulicas; seu primeiro trator agrícola foi lançado em 1931 e as primeiras máquinas para construção pesada, em 1943. Hoje é  uma das maiores empresas mundiais do setor.

Desde os primórdios da implantação da indústria automotiva brasileira a Komatsu interessou-se em aqui se instalar. Em 1959 enviou missão a Minas Gerais, em busca de empresas interessadas em participar de uma sociedade mista; no ano seguinte, em conjunto com outros 19 fabricantes, submeteu ao GEIA seus planos de nacionalização de tratores, no caso, um modelo de esteiras entre 45 e 70 cv. O projeto, contudo, não foi aprovado pelo órgão, que optou pela Fiat. Em 1970 foi feita nova tentativa, a empresa candidatando-se, com nove outras, a participar da segunda etapa do Plano Nacional de Fabricação de Tratores de Esteira (unidades com motores acima de 70 cv), então conduzido pelo CDI. Também dessa vez a Komatsu não foi contemplada. A solução foi encontrada em 1972, associando-se a uma indústria já estabelecida no país, a escolha recaindo sobre a FNV, que havia tempos aqui fabricava tratores Allis-Chalmers. A associação resultou na Komatsu-FNV Máquinas e Equipamentos, especialmente destinada à produção de máquinas de construção, com participação majoritária da primeira e sede em Suzano (SP). A produção teve início em setembro de 1975. Esta foi a primeira planta industrial da empresa instalada fora do Japão.

A linha de fabricação estreou com os modelos D50A-15 (11,3 t, motor Mercedes-Benz turboalimentado de 5.675 cm3 e 91 cv, quatro marchas à frente e três a ré) e D65A (16,0 t, motor Cummins de 14.010 cm3 e 142 cv, três marchas reversíveis), ambos com 60% de nacionalização – índice mínimo exigido pelo Programa. Os tratores da marca vinham sendo importados com sucesso, já tendo sido vendidas cerca de 900 unidades. A expectativa de produção da nova fábrica era de 360 unidades anuais, para um mercado que girava, na época, em torno de 2.000 tratores/ano; também se previa exportações para a América Latina e África.

Entusiasmada com a febre de grandes construções que o Brasil ainda vivia na época, a Komatsu declarou “firmes intenções” de também aqui construir caminhões fora-de-estrada. Dois anos depois, na rota do sucesso dos tratores de esteira, a matriz enviou missão ao Brasil para sondar o mercado de empilhadeiras e estudar sua eventual produção local. Nenhuma das duas hipóteses, porém, se concretizou. Em lugar disto, a empresa preferiu centrar foco nos tratores, e em 1978, na Transpo, lançou mais um modelo – o pequeno D30E, com 7,4 t, motor (também Mercedes-Benz de 5.675 cm3, porém aspirado) de 74 cv e câmbio de quatro marchas à frente e duas a ré. De menor porte, a máquina podia ser facilmente transportada por caminhões médios, dispensando carrocerias ou reboques especiais. Antes do final da década a linha foi completada com o D60E (15,8 t e o mesmo motor Cummins de 14,0 l e 142 cv, agora acoplado a câmbio 5×4). Este, assim como o D65E, eram os maiores tratores de esteira fabricados no país no início dos anos 80.

Em 1983 a máquina D50 ganhou a versão D50P (“P” de Pântano), com esteiras mais largas e maior vão livre – o primeiro trator de esteiras do país preparado para operar em terrenos alagadiços; com 13,5 t, trazia a mesma mecânica do modelo-base, porém com potência elevada para 115 cv. Àquela altura, já extinta a associação com a FNV, a empresa operava sob a nova razão social Komatsu Brasil S.A..

Em 1985, depois de atravessar um período de alta ociosidade e redução do quadro de pessoal provocado pela recessão econômica do início da década, a Komatsu decidiu diversificar a produção brasileira, lançando escavadeiras hidráulicas (começando pelo modelo P150, com motor Mercedes-Benz) e, em curto prazo, também motoniveladoras. Em 1992, por fim, colocou em produção sua primeira pá-carregadeira nacional, modelo WA180, completando o quadro de produtos que a marca mantém até hoje.

O status da filial brasileira consolidou-se a partir de 1988, quando ficou determinado que o país seria a base mundial para o fornecimento de tratores de esteira de médio porte. Para atender à crescente demanda externa, em 1997 foi inaugurada a segunda planta brasileira da empresa, em Arujá (SP), destinada à fabricação de chassis e ao fornecimento de chaparia e caldeiraria para a linha de montagem de Suzano. Em 2001, na feira M&T, apresentou o protótipo do caminhão fora-de-estrada H325-6, com uma série de componentes nacionais, preparado pela Randon, segundo acordo de cooperação entre as duas firmas. Pronto para eventual lançamento, o veículo não foi até hoje disponibilizado.

O trator de esteiras de médio porte D51EX, lançado em 2007 na exposição internacional Bauma, Alemanha, imediatamente passou a ser fabricado no Brasil para fornecimento mundial – inclusive para Europa e EUA. Com 130 cv e 14,0 t, dispunha de direção e transmissão hidrostática com comando eletrônico, cabine com ar condicionado montada sobre amortecedores de silicone, centro de diagnóstico no painel, radiador traseiro e capô rebaixado, proporcionando ao operador melhor visibilidade da lâmina. Em 2013 a Komatsu ingressou fortemente no mercado nacional de mineração, basicamente com máquinas importadas.

Em 2015, sua recém-renovada linha de fabricação compreendia dois modelos de tratores de esteira (D51 e D61EX, respectivamente de 14 e 21 t, com 130 e 168 cv), cinco escavadeiras hidráulicas (PC130, PC160LC, 200, 240LC – esta lançada em 2011 – e 350: 13, 17, 21, 25 e 26 t; 92, 115, 148, 168 e 246 cv; caçambas entre 0,6 e 2,23 m3), duas pás (WA200 e 320LC: 10,5 e 14,5 t; 126 e 166 cv; caçambas entre 1,7 e 2,4 m3) e duas motoniveladoras (GD555 e 655: 15,7 e 18 t; 140 a 218 cv), além de suas diversas variantes.

A Komatsu disponibiliza para seus equipamentos sistemas de monitoramento via satélite, que permitem acompanhar à distância e em tempo real diversas funções operacionais da máquina. Nas escavadeiras também há como eleger o modo de operação – potência máxima ou modo de economia, para trabalhos menos duros. As pás escavadeiras, por sua vez, possuem transmissão hidrostática com controle de velocidade variável (o operador ajusta a velocidade segundo a necessidade do serviço) e controle de tração para evitar derrapagem em terrenos de baixa aderência.

<komatsu.com.br>

 

O que houve de novo a partir de 2020:





GmailFacebookTwitter