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Marca comercial dos equipamentos produzidos pela Deere & Co., empresa norte-americana fundada em 1837 por John Deere e um dos maiores e mais antigos fabricantes de máquinas agrícolas e florestais do planeta. Apesar de eventuais importações de tratores, a marca só viria a se fixar no Brasil no último quartel do século XX, em 1979, ao adquirir 20% das ações do fabricante brasileiro de colheitadeiras de grãos SLC, de Horizontina (RS). Quatro anos depois a SLC começaria a produzir máquinas com tecnologia Deere, embora mantendo sua própria marca.

Em 1996, já com 40% do controle nas mãos do grupo norte-americano, a empresa gaúcha muda a razão social para SLC-John Deere Ltda. e dá início à fabricação de tratores de pneus; em 1999 a Deere assume o restante do capital da SLC. Uma segunda conexão da empresa com o Brasil aconteceu através da Cameco, fabricante norte-americano de colhedoras de cana-de-açúcar, cujo controle foi comprado em 1997 pela Deere, que dois anos depois inauguraria nova planta industrial, agora em Catalão (GO). A marca Cameco seria extinta em 2006, simultaneamente com a apresentação da colhedora 3510, a primeira para cana com a marca John Deere, com motor próprio de 8,1 l e 328 cv.

A nacionalização dos tratores John Deere, em 1996, foi bem recebida pelo mercado e a produção veio crescendo continuamente até 2004, quando quase sete mil unidades foram fabricadas, representando 13% da produção nacional. Em 1998 os tratores da marca já eram os mais vendidos do país na categoria de 135 a 145 cv. Inicialmente foram fabricados cinco modelos das famílias 5000, 6000 e 7000, nas versões 4×2 e 4×4. Seus motores, com potência entre 75 e 145 cv, vinham da Argentina, o que limitava a cerca de 60% o índice de nacionalização das máquinas.

Em 2004, a despeito da momentânea recessão nas vendas internas, a empresa deu início à construção de nova fábrica em Montenegro (RS), exclusiva para a fabricação de tratores; a unidade liberaria espaço em Horizontina para aumentar a produção de colheitadeiras, das quais a John Deere já era responsável por mais de 40% do total fabricado no país e por metade das exportações brasileiras no segmento.

Com a retomada do setor agrícola, as vendas da marca foram impulsionadas acima da média do mercado, crescendo em mais de 95%, em 2007, sobre o total do ano anterior, motivando a empresa a lançar nova linha de colheitadeiras – a série STS, de alta produtividade, com separação e limpeza efetuadas num mesmo rotor longitudinal, inicialmente em duas versões: 9650 STS e 9750 STS, equipadas com motor de 8,1 l e 290 cv, com tanques graneleiros de 9.570 e 10.570 litros, respectivamente.

Da nova planta de Montenegro, inaugurada em maio de 2008, saíram oito modelos: os tratores médios 5603, 5605 e 5705, os semi-pesados 6415 e 6615 (com 106 e 121 cv) e três pesados, 7515, 7715 e 7815 (140, 182 e 202 cv e transmissão semi-automática Powequad Plus) lançados no Agrishow 2008. Na mesma feira foram apresentadas a colheitadeira 9570 STS, menor modelo da série, com 275 cv, e mais três variantes de tratores: o “cafeeiro” 5424N (4×4, bitola estreita, quatro cilindros, 78 cv, nove marchas à frente e três a ré com inversão de marcha sem o uso de embreagem, direção hidrostática, freios em banho de óleo e novo capô) e a versão simplificada Classic dos modelos 6415 e 6615 (sem cabine e menos equipados).

Em 2009, como forma de ampliar sua participação no programa Mais Alimentos, de apoio à agricultura familiar, a empresa nacionalizou mais dois tratores leves, 5303 e 5403 (motores de três cilindros e 57 e 65 cv, respectivamente), projetados para operar em pequenas propriedades, na horticultura e fruticultura. No mesmo ano, na Expointer, foram três as novidades no segmento das colheitadeiras de grãos: 1470 e 1570 (193 e 225 cv), evolução dos modelos menos sofisticados, com novos sistemas elétrico, hidráulico, de alimentação e iluminação, e a versão “arrozeira” da recente 9570 STS; dois tratores da série 7000, por sua vez, ganharam configuração “canavieira”, com bitolas iguais de 2,80 ou 3,00 m nos dois eixos. Finalmente, para 2010 foi preparada uma colheitadeira de cana 3520, modelo mais potente em substituição à 3510, com motor de 9 litros e 342 cv.

Ao longo da primeira década do século a John Deere veio mantendo em torno de 14% a sua participação no total de máquinas agrícolas produzidas no país, permanecendo em primeiro posto em colheitadeiras e em quarto ou quinto em tratores. Em 2010 sua linha de produtos compreendia uma dezena de modelos de tratores, distribuída em três famílias (e suas variantes com tração em duas ou quatro rodas, com ou sem cabine), mais oito colheitadeiras de grãos e uma de cana. Diversas máquinas podem ser equipadas com sistema próprio de monitoramento para agricultura de precisão, composto de computador de bordo, piloto automático e GPS. Além desses equipamentos, a empresa também fabrica uma série de implementos rebocáveis, complementando sua gama com veículos importados da Alemanha (forrageiras) e EUA (pulverizadores autopropelidos, tratores série 8000 e colheitadeira de algodão).

<deere.com.br>

 

O que houve de novo a partir de 2010





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