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A Invel – Indústria de Veículos e Equipamentos Especiais Ltda. foi criada em Caxias do Sul (RS), em 1978, como subsidiária da Marcopolo, com o objetivo de fabricar microônibus, veículos comerciais leves e motor-homes com mecânica Volkswagen 1600. No ano seguinte, ao absorver o patrimônio da Nimbus, teve a razão social alterada para Invel S.A. – Ônibus e Veículos Especiais, passando também a produzir carrocerias para ônibus urbanos. Mais tarde, em 1983, com o encerramento da fábrica Eliziário de Porto Alegre (igualmente pertencente à Marcopolo), tornou-se responsável pela fabricação daqueles ônibus, até 1987, quando a marca foi extinta.

Embora tenha sido utilizada como “peão”, pela Marcopolo, em sua extremamente bem-sucedida política de expansão, nos primeiros anos a Invel foi fundamentalmente um fabricante de utilitários leves. Seus primeiros modelos foram lançados ainda em 1978, ano em que foram vendidas 169 unidades. Construídos sobre a plataforma alongada da Variant II, constituíam uma família de veículos de passageiros (batizada Microbus) e carga (Microvan) em diversas versões: mini-ônibus urbano para 11 passageiros, turismo para 10 passageiros, escolar para 18 crianças (com portas dos dois lados), furgão (com capacidade volumétrica de 9 m3 e grandes portas duplas na lateral direita e na traseira), ponto de comércio ambulante, “pasteleiro” (sic), ambulância e motor-casa para quatro pessoas.

Com 5,7 m de comprimento e peso bruto de 2,2 t (1,3 t de capacidade), teve boa acolhida, estando até hoje presente em campings e, principalmente, em ruas e praças como lanchonetes móveis. O carro também suscitou o interesse de grandes frotistas, porém motor e suspensão foram julgados excessivamente frágeis para o uso diário e tarefas mais pesadas. Como solução, em 1981 o tradicional motor VW boxer foi substituído pela moderna unidade de quatro cilindros em linha refrigerada a água do Passat, com o respectivo radiador; a suspensão traseira foi reforçada, sendo adotado rodado duplo em algumas versões. Aproveitando a oportunidade aberta pela instalação do radiador, a Invel trocou a grade dianteira por outra, mais ampla, na cor preta, moldada em plástico reforçado com fibra de vidro.

Em paralelo, projetou nova família de veículos comerciais, agora utilizando como base o chassi das picapes Chevrolet,  a gasolina, álcool ou diesel Perkins. Os dois primeiros modelos da nova linha – muito parecidos com os da concorrente Furglaine, aliás – foram apresentados em novembro de 1981, no XII Salão: a van Chevrobus, para até 17 passageiros, e o furgão Chevrovan, com capacidade de 1,5 t e 12,5 m³. Meses depois foi lançada mais uma versão, um caminhão leve com cabine dupla para oito passageiros. Todos eles receberam rodado duplo traseiro e, assim como seus “irmãos” menores, tinham estrutura metálica, revestimento externo em chapa de alumínio e demais partes da carroceria moldadas em fibra de vidro – mesmo conceito, aliás, utilizado na construção de carrocerias de ônibus. Naqueles anos a Invel participou, ainda, do Consórcio responsável pelo desenvolvimento do veículo elétrico Eletron, responsabilizando-se pelo fornecimento da carroceria.

O contínuo processo de adaptação da estrutura empresarial da Marcopolo ao seu acelerado crescimento acabou por levar à extinção da Invel, em meados da década de 80, sendo suas atividades absorvidas pelas demais empresas do Grupo. Depois de levemente alterados (faróis retangulares, lanternas traseiras verticais e logotipo da Marcopolo), a produção dos furgões e veículos de carga foi abandonada. Em coerência com seu principal foco de atuação, a empresa persistiu, contudo, na fabricação de veículos leves para o transporte de passageiros, inicialmente lançando o Fratello, de vida curta, terminando por chegar ao Volare, no final do século, com o qual finalmente logrou conquistar importante espaço no disputado mercado nacional de vans e mini-ônibus.





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