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Sediada em Detroit, EUA, e uma das mais importantes corporações industriais do mundo, a General Motors Corporation foi, durante mais de cinco décadas, o maior fabricante de automóveis do planeta, só tendo perdido esse posto em 2008 – exatos cem anos após sua fundação – para a japonesa Toyota. Criado por William Durant em setembro de 1908, o Grupo teve por base a Buick, fundada em 1903 e por ele adquirida no ano seguinte. Já em novembro a segunda marca era agregada ao grupo – a Olds, uma das pioneiras da indústria automobilística norte-americana, que lançara seus primeiros veículos em 1897 (só em 1942 passaria oficialmente a chamar-se Oldsmobile). A partir daí a empresa não parou de crescer: em 1909 absorveu a Cadillac (criada em 1902) e a Oakland (de 1907, marca que em 1926 daria origem à Pontiac). Em 1911 constituiu a Chevrolet e a General Motors Truck Co., que uniu sob a marca GMC três fabricantes de caminhões já sob controle da corporação (Randolph, Rapid e Reliant).

Em 1925 voltou-se para a expansão no exterior, o que levou à criação de filiais na França, Alemanha, Argentina e Brasil e à aquisição do controle da britânica Vauxhall (de 1903). Em 1929 foi a vez de assumir o controle da Opel, antigo fabricante alemão de máquinas de costura, que ainda em 1898 lançara seu primeiro automóvel. Em 1931 foi criada a Holden australiana e, em 1938, a GM Diesel Division (a partir de 1988 denominada Detroit Diesel). A partir de 1953 a GM passou a participar do mercado de caminhões fora-de-estrada, ao adquirir a Euclid, fundada em 1936 (uma década e meia depois, em 1968, por força das leis anti-trust a unidade americana teve que ser vendida, porém a filial escocesa continuou sob seu controle, produzindo com a marca Terex).

Até recentemente a GM controlou ou teve participação expressiva no capital de diversos fabricantes de veículos europeus e asiáticos (Saab, Lada, Suzuki, Subaru, Isuzu, Daewoo); também efetuou importantes investimentos na China, em sociedade com o governo do país. Ao longo de sua existência, a presença da GM se estendeu aos mais diferentes setores da economia, das peças e componentes (velas AC, Delco, Fisher Body, Allison), à produção de material ferroviário e à indústria aeroespacial.

Tal poderio não impediu, no entanto, que sofresse profundamente os efeitos da última crise financeira internacional, obrigando-a a requerer concordata em junho de 2009, sendo salva pelo aporte direto de recursos do governo norte-americano, que se transformou no maior acionista da empresa.Em 2021, após exatos 90 anos, pela primeira vez a General Motors perderia o posto de maior vendedora de veículos nos EUA.

No Brasil, além de construir automóveis e caminhões sob a marca Chevrolet, a GM participa (ou já participou) da produção de eletrodomésticos, autopeças, locomotivas diesel-elétricas, motores Detroit e caminhões GMC e Terex.

 

O poderio da GM e a pujança de sua linha de produtos aparecem nestas duas propagandas de página inteira, publicadas no Brasil em 9 de agosto e 4 de novembro de 1945: terminada a II Guerra Mundial, anunciavam a reabertura das exportações de veículos e eletrodomésticos do Grupo para o país; em tempo: tamanha foi a ganância do mercado por importados que, em menos de dois anos, se extinguiu a totalidade das divisas acumuladas durante todos os anos do conflito.





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