FENDT |
Maior fabricante alemão de máquinas agrícolas, fundado em 1937, desde 1997 a Fendt integra o grupo AGCO.
Nos primórdios da instalação da indústria automotiva brasileira a empresa foi uma das vinte que se candidataram junto ao GEIA a produzir no país. Seu projeto, um dos dez selecionados em 1960, previa a fabricação de 2.500 tratores leves (categoria de 1,5 t), com motores MWM de 31 cv, nos dois primeiros anos de operação da fábrica.
Antes mesmo de ter seus planos aprovados, foi constituída a Fendt do Brasil Comércio e Indústria de Máquinas Agrícolas Ltda. e dado início à construção de suas instalações, em Diadema (SP). Os primeiros tratores foram mostrados em novembro de 1961, no II Salão do Automóvel, altura em que foi iniciada a produção do modelo F 41, de 1,65 t, com motor de dois cilindros e 34 cv e seis marchas à frente e duas a ré.
A empresa, entretanto, conseguir ter apenas presença marginal no mercado brasileiro, encerrando as atividades em 1969, após ter fornecido 3.531 veículos, dentre eles pouco mais de duas centenas de unidades de porte médio F 51, com motor MWM de 50 cv.
Em 2019 a Fendt renasceu no Brasil. Em abril, no 25o Agrishow, a AGCO montou um stand próprio para a marca, onde exibiu três equipamentos pesados de máxima tecnologia e alto rendimento que começava a comercializar no país: o trator 1050 Vario (ainda importado da Alemanha, porém com planos de nacionalização a curto prazo), a plantadeira rebocada Momentum (projetada no Brasil) e a colheitadeira de grãos Ideal, disponível em três versões (7, 8 e 9), já em produção na planta de Santa Rosa (RS), com 40% de conteúdo nacional.
A versão de maior porte Ideal 9, com rotor duplo, era equipada com motor MAN de baixa rotação de 15,2 l e 656 cv (ainda importado), tração 4×4, esteiras de até 36″ de largura no eixo dianteiro e tanque graneleiro de 17.100 litros, com sistema de descarga total em somente 82 segundos (vazão de 210 l/s). As colheitadeiras Ideal 7 e 8 possuiam vazão de descarga de 140 l/s, mas diferiam nas demais características: Ideal 8, também com rotor duplo e tanque de 17.100 litros, porém motor MAN de 12,4 l e 545 cv; e Ideal 7, com rotor simples, tanque de 12.500 l e motor AGCO de 9,8 l e 458 cv. As três máquinas aceitavam plataformas de até 30 pés de largura. O acesso à cabine se dava por meio de escada de abertura elétrica em dois estágios. As máquinas traziam câmera de ré e, opcionalmente, faróis de leds, câmera 3600, rádio e frigobar.
Pouco após seu lançamento no Brasil, a colheitadeira Fendt Ideal recebeu, na Itália, o Platinum A’Design Award, prêmio máximo, na categoria Agricultura, Horticultura e Pesca, do maior concurso mundial atual de design.
O que houve de novo a partir de 2021
- Fendt revela já ter atingido, em 2021, a meta de vendas internas programada para 2024 (11/21)
- AGCO anuncia investimentos de R$ 350 milhões na fábrica implementos de Ibirubá (RS) e na planta de Mogi das Cruzes (SP) – esta visando aumentar a capacidade de montagem de tratores pesados e a futura nacionalização de novos modelos Fendt e Massey Ferguson (07/22)
- no Agrishow, apresentação de mais um equipamento importado – o pulverizador Rogator 934H (05/23)
- com suas 22 concessionárias restritas à região do Cerrado e ao Rio Grande do Sul, Fendt planeja expandir a rede para 32, até o final do ano, inaugurando revendas nos estados de São Paulo e Paraná e no Paraguai – a primeira na América do Sul; também é intenção da empresa iniciar a importação de tratores de menor porte (11/23)
- importação de dois modelos de tratores da sétima geração da família 700 (726 e 728), equipados com motores AGCO de 263 e 283 cv e transmissão automática Vario (02/24)
- em seu stand na feira Agrishow, exposição do pulverizador Rogator 900 e de vasta linha de tratores pesados (todos importados) das famílias 700, 900 G7, 1000 G3 e Vario MT, com potências entre 263 e 673 cv, além da colheitadeira ideal – esta fabricada no país (04/24)
- AGCO (Fendt, Massey-Ferguson e Valtra) se inscreve e é credenciada no programa federal Mover – Mobilidade Verde e Inovação; tendo como objetivo desenvolver tecnologias sustentáveis de propulsão para suas máquinas a partir de etanol, metano e biodiesel, foi a primeira empresa do setor habilitada ao programa (06/24)