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Criada em 1970 como Divisão de Mini-Carros da empresa FAPA S.A. e ainda hoje em operação, a Fapinha Mini Veículos e Motores Ltda. é o mais antigo fabricante de minicarros motorizados do país. Presente em diversas edições do Salão do Automóvel, a empresa, que já produziu pedalinhos, carretas para camping e transporte de motos, hoje também fornece triciclos, quadriciclos e mini gaiolas, além de uma extensa gama de veículos infantis.

Seu primeiro carrinho foi lançado em 1971, com chassi tubular e carroceria aberta de fibra-de-vidro, que seria reproduzido, em grande número de versões, por mais de três décadas. Logo no ano seguinte, aproveitando-se do primeiro campeonato de Fórmula 1 conquistado por Emerson Fittipaldi, lançou o Fórmula F – a réplica do seu Lotus, também produzido por muitos anos, com as cores de diferentes escuderias. Depois veio o X-180 – um mini-conversível esportivo, e em 1973 o Fórmula F Especial, inspirado no Lotus John Player Special negro e dourado. Todos os carros, naquela atura, utilizavam motores Pasco-Lambretta de 160 cm3.

A Fapinha, aliás, sempre procurou valorizar os seus veículos vinculando-os às diversas manifestações do automobilismo, daí tantos nomes de inspiração esportiva: GT Rallye, Camel Trophy, Monte Carlo, Off Road, Cross Adventure, Cross Sahara. A empresa sempre foi prolífica no lançamento de modelos e variantes e, no final da década de 70 (quando passou a utilizar motores estacionários Honda de 150 cm3), além dos mini-fórmulas, também produzia versões com carenagem dianteira (verdadeiras réplicas de buggy) e com para-brisa e capota.

Para 1985 preparou o Speed, minicarro com gaiola e para-choques tubulares, encosto para a cabeça e pneu estepe, seguido do mais sofisticado e equipado Camel Trophy, com pintura com padrão de camuflagem militar, teto de chapa perfurada e capa (também camuflada) para o estepe; também em 1985 foi lançado o Tricross, primeiro triciclo infantil produzido no Brasil. Em 1986, mais duas variantes, ambas com faróis retangulares sobre as asas dos para-lamas: Ilha da Fantasia, para meninos, com toldo branco, e Fashion, para meninas, pintado nas cores rosa e branco. No ano seguinte, no II Salão do Veículo Fora-de-Série, a Fapinha expôs réplica reduzida do monoposto de Fórmula 1 utilizado pela Ferrari na temporada; equipada com motor de 3,5 cv e câmbio de duas marchas, seria lançada meses depois.

Em 1991 saiu o Xingu, primeiro minicarro totalmente novo, desde os F1, que seria produzido por mais de 15 anos: o carrinho tinha presença marcante, com suas cores vivas, a frente alta, adornada por falsa grade, faróis e placa de licença fictícios, cintos de segurança e estrutura periférica tubular, compreendendo para-choques, estribos e gaiola de proteção.

Para o novo século, a Fapinha trouxe a completa renovação da linha, a começar pelo Xingu, que ganhou nova frente – no mesmo estilo, porém com formas mais arredondadas. Logo depois foi apresentado o jipe Adventure, lembrando o Troller, com motor Honda de quatro tempos, 160 cm3 e 5,5 cv. A seguir vieram o Fox Desert (logo rebatizado Cross Dakar), o modelo Xingu fora-de-estrada, com faróis redondos montados na carenagem dianteira e pneus para qualquer terreno; o EcoSport (depois Mini Sport), simpático jipe aberto, levemente inspirado no EcoSport da Ford; os caminhões Super Truck, réplicas Scania e Volvo, com motor Italy de quatro tempos e 6,5 cv; e, finalmente, a gaiola Sahara (freios a disco nas quatro rodas, 150 cm3 e 7,5 cv), que teve uma versão mais potente (250 cm3 e 12,5 cv), para adolescentes e adultos, importada no final de 2008.

Hoje, além do Cross Dream (ex Cross Dakar), jipe Power Sport (ex Adventure) e MiniSport, a Fapinha fabrica diversos tipos de mini-motos, bicicletas elétricas e quadriciclos, dentre os quais o Panda (49 cm3 e 5 cv). Compreendendo um total de 15 modelos, sua linha hoje inclui diversos importados, dentre os quais a gaiola Africa Cross Country, com motor de quatro cilindros refrigerado a água, 1,1 litro e 39 cv e câmbio de quatro marchas, mais ré.

Nos últimos anos o foco de sua produção vem sendo redirecionado, cada vez mais se voltando para os mercados adolescente e adulto; a maior parte dos veículos perdeu, assim, o caráter ingênuo de brinquedos infantis, ganhando cores fortes e quentes e agressividade de linhas. Com 87% dos componentes de fabricação própria, seus veículos são exportados para os EUA e diversos países da América Latina e Europa.

<fapinha.com.br>





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