EL RABIT |
Sob a denominação El Rabit – Modificação e Estilo em Pick-ups e Autos, a firma de Ronaldo Navarrete, localizada em São Caetano do Sul (SP), realizou transformações de veículos durante quase toda a década de 80. A El Rabit iniciou as atividades em 1982, trabalhando com picapes Ford F-100. Suas cabines-duplas eram então apresentadas em duas versões – Standard e Luxo –, a última com grade personalizada, quatro faróis retangulares, tampa de caçamba, rodas especiais e vidros verdes. A empresa participou do XIII Salão do Automóvel, em novembro de 1984, com o modelo Bahamas, uma station com teto elevado em 8 cm na altura da última janela e três fileiras de bancos, os últimos podendo transformar-se em cama.
Embora tenha mostrado apenas este modelo no Salão, a El Rabit já dispunha de toda uma família de novos veículos, lançados ao longo do ano: além dos modelos comuns e do Bahamas, havia a cabine-dupla Tahiti, com a segunda janela ampliada até abaixo da linha da cintura, conforme a moda então instaurada entre os transformadores, e a Colorado (inicialmente chamada Caribe), com teto elevado, uma pequena vigia na face dianteira do ressalto e as quatro janelas traseiras estendidas para baixo. A empresa já montava, então, cabines-duplas sobre picapes Chevrolet D-10, porém apenas na versão mais simples e mantendo o estilo original do carro; no ano seguinte, com a total reestilização da linha comercial da Chevrolet, a El Rabit também passou a transformar as picapes da marca em luxuosos modelos Tahiti, Colorado e Bahamas.
Novos modelos foram lançados nos anos seguintes: em 1985, mais uma versão para a picape Ford, a cabine-dupla Tayribe (a mesma Tahiti com o meio-teto elevado das stations anteriores); e em 1988, quando passou também a transformar picapes leves Chevrolet Chevy, Ford Pampa e Volkswagen Saveiro. No caso, os carros seguiam o mesmo estilo da irmã maior Tayribe, ou seja: ressalto no teto com vigia, janelas traseiras ampliadas para baixo e tampa de caçamba.
A El Rabit operou até a virada da década. O estilo de seus veículos permaneceu basicamente o mesmo ao longo do tempo, sendo levemente alterado apenas em detalhes (lay-out da pintura, acabamentos). O leque de itens de personalização, porém, era vasto, estando a empresa apta a atender os desejos mais extravagantes dos compradores. Nos momentos mais favoráveis do mercado, entre 1985 e 86, a produção da El Rabit girou em torno de 10 unidades mensais.