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Minicarro de uso urbano concebido pelo arquiteto Jaime Lerner, pela primeira vez apresentado ao público no evento Challenge Bibendum, na cidade do Rio de Janeiro, em maio de 2010. Tratava-se de um veículo elétrico com dois lugares e somente 1,70 m de comprimento, que o arquiteto propunha fosse utilizado como meio de transporte nos centros urbanos adensados, em alternativa aos automóveis convencionais. Haveria frotas disponíveis para a população junto a terminais de transporte ou parques de estacionamento, das quais os usuários poderiam livremente dispor, mediante pagamento de tarifa fixa. O veículo teria carroceria de fibra de vidro, um banco único moldado em madeira compensada e lanternas dianteiras e traseiras por leds. Não teria portas e seria coberto por uma peça de acrílico incolor que assumia, a um só tempo, função de teto e para-brisas. O exemplar exibido no Challenge Bibendum consistia da evolução de um protótipo anterior, desenhado por Emílio Mendonça, com a mesma concepção geral, porém com espaço apenas para o condutor.
Novo protótipo foi preparado para 2011, desta vez apenas comportando o motorista. Acionado por motor elétrico alimentado por quatro baterias de 12 V, produzindo 2.200 W em corrente contínua, o veículo poderia desenvolver até 25 km/h, com autonomia de 100 km; a recarga das baterias duraria em torno de 6 h. Com apenas 80 cm de largura e 1,80 m de comprimento, o modelo definitivo teria carroceria fabricada com materiais reciclados e sustentáveis, sendo a estrutura composta de papelão tipo “favo de abelha” e resina, produzindo um conjunto leve e resistente; capota e para-brisas permaneceriam como nas propostas anteriores, em peça única de policarbonato. Os planos de Lerner de colocar o veículo em produção seriada até o final de 2012, contudo, ainda não lograram se confirmar.