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Empresa de Recife (PE), projetou e fabricou dois fora-de-série entre as décadas de 70 e 80. O primeiro, de 1979, foi o Centauro, um esportivo com carroceria plástica reforçada com fibra de vidro construído a partir do Ford Maverick de duas portas, do qual eram aproveitados, além do motor V8 e demais componentes mecânicos, a plataforma e a estrutura central. As portas mantinham a estrutura original, porém eram revestidas com chapas moldadas em fibra de novo desenho; o painel de instrumentos era totalmente novo; a suspensão, rebaixada e recalibrada. Com dianteira e traseira inspiradas no Chevrolet Camaro (apesar das linhas laterais manterem vivos os sinais de sua ascendência Maverick) o Centauro conseguia transmitir impressão de potência e desportividade tipicamente norte-americanas. Os equipamentos de série incluíam vidros verdes degradê, espelhos e janelas de acionamento elétrico e rodas de liga; como opcionais, transmissão automática, ar condicionado e direção hidráulica.

Em 1982, foram introduzidas algumas mudanças no modelo: grade dianteira, aumento da área das janelas, novas lanternas traseiras, luzes de advertência nos para-lamas traseiros e faixas decorativas nas laterais. Logo depois, tendo sido comercializado um total de cerca de 50 unidades, a produção foi transferida para São Paulo (SP), onde o carro sofreu alguns melhoramentos (troca das lanternas traseiras, moldura em torno dos faróis retangulares na cor da carroceria, vindos do Fiat 147, freios a disco assistidos nas quatro rodas). Como forma de reduzir preço, contornar a dificuldade de obtenção de motores V8 e enfrentar a crise do petróleo, que na época vivia máxima exacerbação, a empresa passou a oferecer seus carros também com motorização de quatro ou seis cilindros de origem Chevrolet, a álcool ou gasolina, com ou sem turbo.

A produção do Centauro cessou em torno de 1985, ano em que a Decorauto apresentou sua segunda criação, o conversível Lince. Apoiando-se no mesmo conceito construtivo utilizado no Centauro, o novo carro também tomava como base um modelo existente – no caso, o Chevrolet Opala cupê –, do qual se aproveitavam todos os órgãos mecânicos e parte do monobloco (assoalho, parede corta-fogo, painel, para-brisa dianteiro, caixas de roda e estrutura das portas). O comprimento era diminuído em 35 cm (20 cm no entre-eixos e 15 cm no balanço traseiro) e a base reforçada com tubos metálicos; o conjunto então recebia a carroceria de fibra-de-vidro de dois lugares. Todo o interior era aproveitado do Opala, com dois acréscimos: novo volante e instalação de um visor sobre o painel para check control. Os faróis retangulares vinham do Volkswagen Passat e as lanternas traseiras do Ford Corcel; a capota tinha acionamento manual.





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