CR LINE |
Fundada em 2011, em São Borja (RS), a CR Line fabricava réplicas de alta qualidade de automóveis esportivos top de linha. Eram sete os modelos disponíveis: McLaren P1; Lamborghini Aventador, Gallardo e Veneno; Ferrari 430 e 458 (as duas também em versão Spyder); e La Ferrari.
Todos os carros recebiam chassi tubular (geralmente periférico) de projeto e fabricação próprios, com a mesma distância entre eixos do modelo original, e carroceria moldada em plástico reforçado com fibra de vidro ou, opcionalmente, fibra de carbono. Neles eram aplicados motores Audi e BMW V6, V8, V10 ou V12, em geral aproveitados de automóveis usados, dos quais era também utilizado todo o restante da mecânica (câmbio, suspensão e freios); única exceção era a réplica da Ferrari F430, que adotava os órgãos mecânicos do Toyota Corolla.
Alguns componentes de carroceria, internos e externos, eram importados da Europa e China. Era perfeito o acabamento, com revestimento interno e estofamento em couro e grande fidelidade ao desenho e instrumentação originais. O tempo de fabricação de cada carro variava entre três meses e um ano. 55 unidades foram concluídas em 2015, sendo de 36% a perspectiva de crescimento da produção em 2016. Entre os planos de curto prazo da empresa estava inaugurar agência própria em Miami. Todos os carros eram entregues com dois anos de garantia, sendo os serviços de manutenção necessários realizadas na casa do cliente.
Em setembro de 2016, contudo, durante uma exibição de seus veículos em Belo Horizonte, a empresa foi alvo de ação policial de busca e apreensão, fundamentada em processo aberto por “advogados dos fabricantes” por falsificação, apropriação de projeto de terceiros e uso indevido de marca patenteada. Os proprietários da CR Line foram levados a depor e liberados, mas a produção foi interrompida e não mais retomada.
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