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CONCORDE | galeria

Concebido pelo colecionador de carros antigos João Storani, de Jundiaí (SP), o Concorde foi lançado em 1976, no X Salão do Automóvel. Livre interpretação do Duesenberg J – enorme cupê conversível norte-americano da década de 30 –, era montado sobre chassi do Ford Galaxie com dimensões alteradas, tornando-o mais longo e estreito, de modo a aproximá-lo do modelo original.

A carroceria, construída em plástico reforçado com fibra de vidro foi objeto de especial atenção: capota de lona, estofamento em couro, aletas da grade em aço inoxidável, componentes cromados fundidos em bronze, rodas raiadas, dois pneus estepe montados nos estribos e falsos tubos de exaustão nas laterais do capô traziam para o Concorde o espírito dos carros da época. Seu comportamento dinâmico, entretanto, em nada lembrava o Duesenberg: a menos da potência desenvolvida pelo grande motor Ford V8, a suspensão era excessivamente macia, a direção hidráulica e a caixa (manual, com alavanca na coluna de direção, ou automática) não transmitiam a sensação de vigor – quase “rispidez” – necessária para dominar uma máquina deste porte nos anos 30.

Para produzir o carro, que até então era construído em sua fazenda em Jundiaí (SP), Storani criou a Concorde Indústria de Automóveis Especiais Ltda., sediando-a em Vinhedo (SP). Logo depois a empresa foi vendida e suas instalações retornaram a Jundiaí. Uma versão para cinco passageiros foi então apresentada no XII Salão, em 1981 (o modelo foi denominado C5 Phaeton, enquanto que o de dois lugares passou a chamar-se C2 Roadster). Era intenção da empresa exportar o Concorde para os EUA, mas o projeto não teve sucesso. Também o mercado interno não correspondeu, em função do preço elevado do carro, um dos mais caros nacionais da época. Assim, após terem sido fabricados menos de 20 unidades, em 1982 a produção foi suspensa.





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