CERMAVA
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Fundada em novembro de 1949, no Rio de Janeiro (RJ), a Companhia Autocarrocerias Cermava teve importante participação ao longo das duas décadas seguintes no mercado brasileiro de carrocerias de ônibus. Logo após sua criação a empresa foi adquirida pela paulista Caio. (José Massa, fundador da Caio, participou da primeira administração da Cermava como Diretor Superintendente e, desde 1955, como Presidente.) Foi nas instalações da Cermava que, em ousado lance de pioneirismo, a partir de 1953 a Caio fabricaria chassis com motor traseiro sob licença da italiana Siccar. Tal vinculação entre as duas empresas ocasionou, por vezes, certa semelhança estética e estrutural entre seus produtos, especialmente no início dos anos 60.
Como todas as encarroçadoras cariocas de então, também a Cermava iniciou suas atividades produzindo lotações e micro-ônibus sobre chassis importados. Já em 1955, porém, a empresa se anunciava como produtora de “estruturas metálicas para todos os tipos de ônibus“, inclusive “micro, papa-filas e troley-bus“. Em maio de 1956 seus dois primeiros papa-filas, construídos para a paulistana CMTC (que já possuía 35 em circulação), foram apresentados à população carioca; assim como os fabricados pela Caio, tinham duas portas largas, capacidade para 200 passageiros – 58 sentados e 152 de pé – e utilizavam chassis fornecidos pela Massari.
Em 1957 apresentou uma versão rodoviária (“para ligações interestaduais e intermunicipais“) sobre chassi FNM 9500 A, trazendo duas características inéditas em nossos ônibus: as largas janelas laterais corrediças, que mais tarde passariam a ser o padrão da indústria (os modelos urbanos ainda utilizavam janelas de abaixar, tipo guilhotina) e o teto em dois níveis, conceito que seria relançado com grande sucesso pela Nielson em 1961. Em 1960 a Cermava já se consolidara como fabricante de veículos de qualidade, reconhecidamente sólidos e resistentes. Naquele ano inaugurou novas instalações e modernizou sua linha, agregando às novas carrocerias janelas duplas, de correr (inclinadas nos modelos rodoviários), para-brisas dianteiros panorâmicos e faróis duplos. Poucos anos depois, em 1965, ao decidir concentrar a atuação em São Paulo, a Caio se desfez da participação na fábrica carioca.
Cermava sobre chassi Mercedes-Benz LP-312 de 1957: era clara, na época, a influência da Caio nos produtos da encarroçadora carioca (fonte: site ciadeonibus).
Com a crescente sofisticação introduzida nos ônibus rodoviários pela concorrência, a participação da Cermava no segmento de longa distância, que nunca foi significativa, se reduziu ainda mais. O modelo urbano, no entanto, teria vida longa, passando por sucessivas atualizações estéticas ao longo da década de 60, sempre mantendo a silhueta acentuadamente arredondada (porém bem proporcionada) da marca, especialmente na traseira e na curvatura do teto. Em 1963 ganhou nova frente e para-brisas maiores e, logo a seguir, janelas inclinadas em toda a linha e para-brisas dianteiros ainda mais altos e com menor curvatura lateral. Em 1966 o bem resolvido desenho de sua carroceria alcançou o melhor momento, graças à nova traseira com amplos para-brisas e à peça de fibra-de-vidro envolvendo a grade e os faróis duplos. Em 1968, um anti-clímax com o lançamento do modelo Frente Nova (faróis retangulares e grade de barras horizontais delgadas, encimada por uma larga tela de alumínio de baixa qualidade). Este modelo foi retocado em 1970, quando teve aliviada a infeliz estilização anterior, esforço auxiliado pelo retorno dos faróis duplos e pela substituição da tela de alumínio expandido por barras horizontais.
Embora apresentasse um produto de qualidade, a Cermava, empresa de pequeno porte, não aproveitou o crescimento de mercado nos anos 60 para modernizar suas instalações, processos industriais e veículos, vindo a sofrer fortemente os efeitos da crise que quase destruiu o setor no final da década. Para agravar o cenário, em meio a uma disputa de herança pela morte do proprietário, em 1968, no início de dezembro daquele mesmo ano a fábrica foi tomada por um incêndio. A produção foi drasticamente reduzida: de 440 ônibus em 1967 (417 urbanos, terceiro maior produtor do país, junto da Eliziário), três anos depois caiu para apenas 160. Assim, em outubro de 1970, com a fabricação reduzida a menos de 20 carrocerias mensais, a empresa – até recentemente líder de mercado no Rio de Janeiro – entrou em concordata.
Na tentativa de ocupar sua mão-de-obra, que já fora reduzida á metade, por encomenda da Construtora Camargo Corrêa fabricou, ainda em 1970, um papa-filas para o transporte de trabalhadores no canteiro de obras da hidrelétrica de Ilha Solteira. Montado sobre semi-reboque Fruehauf com eixo duplo e tracionado por um cavalo mecânico Mercedes-Benz LP331, o conjunto, com 18,0 m de comprimento e capacidade para 238 passageiros, foi anunciado como o primeiro de uma série. Apesar de ter sido também sugerida sua aplicação militar, para o transporte de tropas, um único exemplar foi construído.
Em 1971 a Cermava conseguiu ainda alguma recuperação (229 carrocerias, das quais 190 urbanas), não logrando, porém, acompanhar os índices do setor e continuando a perder posições relativas (8º – e penúltimo – produtor nacional, com 5% do mercado, contra 5º lugar em 1967, com 11%). Finalmente, no último trimestre de 1971 a empresa decidiu encerrar a fabricação. Antes do final do ano, no entanto, a Metropolitana adquiriu suas instalações e, valendo-se do prestígio da marca Cermava, retomou a produção, que logo alcançou 30 unidades mensais.
Novo modelo foi apresentado em 1972. Numa época em que a indústria de carrocerias embarcava na moda do teto plano, a Metropolitana lançou mão de uma solução engenhosa para modernizar, sem grandes investimentos, o estilo ultrapassado da Cermava: no alto das janelas laterais instalou “bandeiras” de vidro curvo que, ao mesmo tempo que aumentava a visão externa para os passageiros de pé, não exigia alterações na estrutura do ônibus nem a enfraquecia, como freqüentemente ocorria nas casas fabricantes tecnicamente menos preparados. Disponível também para montagem sobre chassis e plataformas com motor traseiro, este modelo foi batizado Copacabana.
A compra da Cermava dotou a Metropolitana – que até então só fabricara carrocerias de alumínio – de toda uma linha de produção de estruturas de aço. Ao renovar seu modelo urbano em 1973 (ao qual deu o nome Ipanema), a Metropolitana lançou-o em duas versões: com carroceria em aço estampado ou em perfis de alumínio. A versão em aço foi chamada Cermava Copacabana. Em 1975 a Caio adquiriu o controle da Metropolitana, desativando a marca Cermava. Estima-se que, até sua transferência para a Metropolitana, a empresa carioca tenha fabricado pouco mais de 6.000 unidades.
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- Provavelmente com carroceria de construção Cermava, este ônibus rodoviário sobre caminhão International 1947-49, com destino a Muriaé (MG), foi fotografado em 1950 diante da antiga Rodoviária de Juiz de Fora (MG) (fonte: Juiz de Fora em Imagens).
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- Ônibus rodoviário Cermava, também sobre International 1947-49, efetuando a ligação entre Niterói e Cabo Frio (RJ) na década de 50 (fonte: Casa de Cultura Charitas, Cabo Frio).
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- Carroceria Cermava sobre Ford F-600 diesel de 1949 ou 1950; o ônibus pertenceu à Viação Salutaris, então sediada em Três Rios (RJ).
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- Volvo 1946-51 com carroceria Cermava da Viação Nossa Senhora de Aparecida, de Barra do Piraí (RJ) (fonte: portal mobilidadefluminense).
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- Montada sobre chassi norte-americano Mack, esta moderna carroceria Cermava tipo coach foi entregue em fevereiro de 1950 à mineira Empresa de Viação Automobilística - EVA.
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- Cermava-Ford 1951-52 atravessando inundação diante do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), em março de 1954 (fonte: Arquivo Nacional / classicalbuses).
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- Mais de década e meia depois, outro Cermava-Ford ainda operava no transporte municipal de Duque de Caxias (RJ) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Lotação GMC 1947-53 da empresa Parque Fluminense, de Fortaleza (CE), ainda em operação em julho de 1959 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / Gazeta de Notícias).
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- Da mesma época era este rodoviário montado sobre caminhão Ford 1951, operado por empresa de Vassouras (RJ) (fonte: Tarcísio Rodrigues).
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- Urbano Cermava do início da década de 50 sobre chassi inglês Leyland (fonte: Tarcísio Rodrigues).
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- Publicidade conjunta da Cermava e da Leyland, de dezembro de 1951, divulgando o lançamento do ônibus da imagem anterior.
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- Ônibus rodoviário de 1952 sobre chassi Alfa-Romeo, já mostrando a influência da Caio sobre a produção futura da empresa (fonte: Tarcísio Rodrigues).
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- Rodoviário sobre caminhão International 1951-52, exportado pela Cermava na primeira metade da década (fonte: Rafael Xarão).
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- Publicidade em jornal de abril de 1952.
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- Inserção publicitária na revista Automóvel-Club de julho de 1953.
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- Linha de produtos da Cermava em anúncio de jornal de agosto de 1952.
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- O "coach brasileiro" da Cermava era provavelmente montado sobre chassi inglês Leyland Royal Tiger com motor horizontal sob o piso, do qual a empresa era representante (fonte: Ônibus Antigos do Rio de Janeiro).
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- Assim como o carro anterior, este Cermava em chassi inglês operava no Rio de Janeiro (RJ); esta imagem é de 1963.
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- Lotação Cermava sobre chassi austríaco Steyr da carioca Viação Recreio; a imagem reproduz um fotograma do filme "Pé na Tábua", de 1957 (fonte: portal memoria7311).
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- Dois lotações austríacos Steyr circulando no Centro do Rio de Janeiro (RJ) em maio de 1955: à esquerda, da Auto Viação Campos, com Carroceria Cermava, e ao fundo um Metropolitana (fonte: Marcelo Prazs / Arquivo Nacional).
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- Um dos lotações Cermava em chassi Mercedes-Benz L-312 nacional incorporados à Viação Estrela de Prata, do Rio de Janeiro (RJ), em junho de 1955 (fonte: portal memoria7311).
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- Lotação Mercedes-Benz com carroceria Cermava circula pela praça Mauá, no Rio de Janeiro (RJ), em 1955 (fonte: Reinaldo Martins Martins / Zona Sul Rio-Antigamente).
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- Propaganda de setembro de 1956 anunciando a nova carroceria preparada para o recém-lançado chassi nacional da Mercedes-Benz.
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- Anúncio em jornal de novembro de 1956 tratando da chegada do novo chassi.
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- Duas cenas da fábrica Cermava em 1957, mostrando as seções de construção das laterais (no alto) e de montagem e chapeamento do teto (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Ônibus sobre chassi FNM fornecido em 1957 à Viação Redentor, do Rio de Janeiro (RJ); note que o carro trazia a falsa grade transversal típica do modelo contemporâneo da matriz Caio, logo abandonada (fonte: Marcelo Prazs / ciadeonibus).
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- Carroceria urbana Cermava de 1957, sobre o primeiro chassi nacional da Mercedes-Benz, o LP-312.
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- Dois Cermava sobre LP-312 fornecidos ao Ministério da Aeronáutica; note que o chapeamento frisado foi estendido a quase toda superfície externa da carroceria (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Ônibus semelhante, pertencenta à extinta Viação Rezende, circulando no subúrbio carioca de Higienópolis em agosto de 1960 (fonte: Arquivo Nacional / ciadeonibus).
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- Depois de lançado o chassi nacional da Mercedes-Benz a Cermava massificou a divulgação de sua nova carroceria, como mostram estes pequenos anúncios de fevereiro de 1957.
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- Anúncio compartilhado com a Caio, publicado em março e abril de 1957, igualmente dedicado ao novo chassi Mercedes-Benz.
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- Três ônibus sobre chassi LP-312 nacional para o transporte urbano do Rio de Janeiro (fonte: site ciadeonibus).
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- Carroceria urbana Cermava 1957 sobre chassi LP-312 (fonte: site ciadeonibus).
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- A mesma carroceria, em anúncio pioneiro de 1957.
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- Cermava sobre chassi Mercedes-Benz LP-321 na frota da extinta Viação Elizabeth, do Rio de Janeiro (RJ) (foto: Luiz Alberto Damásio / toffobus).
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- Extrato de inserção publicitária em jornal carioca informando sobre a entrega de mais um ônibus Cermava com mecânica Mercedes-Benz, entre "os muitos encomendados pela Viação Somita", que realizava a linha (então interestadual) entre o Rio de Janeiro e Mangaratiba (RJ).
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- Rodoviário sobre chassi FNM para a Viação São Jorge Importadora, de Vassouras (RJ).
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- Original rodoviário com carroceria em dois níveis sobre chassi FNM; o modelo é de 1957.
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- Papa-filas com cabine e carroceria Cermava no transporte urbano do Rio de Janeiro: note o reboque em dois níveis, solução encontrada para manter igual altura interna em toda a extensão do salão do veículo (fonte: O Globo).
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- A linha 106 (a mesma da imagem anterior) era operada pela ETAL - Empresa de Transportes Alvorada; a foto mostra o momento da inauguração do serviço de papa-filas da operadora, em 1956 (fonte: portal memoria7311).
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- Manobrando, o novo papa-fila da Lins-Urca virou atração pública (fonte: Marcelo Prazs / ciadeonibus).
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- Carrocerias urbana e rodoviária ilustrando publicidade Cermava de 1957.
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- Urbano sobre L-312 e papa-filas em anúncio Cermava de 1958 (fonte: Jorge A. Ferreira Jr.).
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- Papa-filas Cermava tracionado por cavalo-mecânico FNM em fotografia de 1958 (fonte: Rui Pinho).
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- Um dos cinco papa-filas Cermava adquiridos pela Prefeitura de Porto Alegre (RS) em 1958 (fonte: Diário de Notícias).
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- Dois papa-filas FNM com reboque Cermava de plataforma plana em meados dos anos 50 perfilados no final da avenida Rio Branco, junto ao Passeio Público, no Centro do Rio de Janeiro (RJ) (fonte: portal alfafnm).
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- Papa-filas com carroceria Cermava e cabine Brasinca (fonte: Tony Belviso).
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- Outro conjunto de cavalo-mecânico FNM/Brasinca e reboque com carroceria Cermava, este na frota da operadora Borborema, de Recife (PE) (fonte: portal alfafnm).
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- Papa-filas utilizado pelo Ministério da Aeronáutica, tracionado por cavalo-mecânico Mercedes-Benz L-312 nacional (fonte: Paulo Ferreira Vidal).
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- Um papa-filas Cermava de 1957 tracionado por FNM com cabine Metro operado pela Empresa Central Vitória, de Vitória de Santo Antão (PE) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / transportes-daniel).
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- Papa-filas FNM-Cermava envolvido em acidente com bonde nos anos 50 (fonte: Marcelo Almirante).
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- Rodoviário sobre chassi LP operado por empresa de Brejo Grande (SE); o carro já trazia faróis duplos (fonte: Sérgio Martire).
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- Cermava sobre Mercedes-Benz LP-321 do final da década de 50; pertencente à carioca Auto Ônibus Madureira, o veículo da foto está acompanhado de um hodômetro portátil, provavelmente procedendo à medição da extensão da linha (fonte: Alan Piubel Rabello).
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- Cermava-LP de 1959 da extinta Viação Mineira, de Belo Horizonte (MG) (foto: Augusto Antônio dos Santos / memoriabhdesenhosdeonibus).
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- Urbano Cermava 1960 sobre chassi Scania-Vabis em anúncio da época.
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- Ônibus rodoviário de 1960 sobre chassi Mercedes-Benz LP.
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- Cermava 1960 sobre LP-321 da Viação Mangueira, de Nova Iguaçu (RJ); modelo intermediário, trazia a frente e traseira dos carros de 1960 e as janelas laterais do 1963 (fonte: site classicalbuses).
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- Urbano Cermava da Madureira Auto Ônibus enfrentado inundação num subúrbio carioca em setembro de 1960 (fonte: Marcelo Prazs / Diário da Noite).
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- Um ônibus Cermava em chassi Mercedes-Benz LP-321 fotografado na avenida W3 Sul, Brasília (DF), em 1960 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Outro Cermava-LP operando nos anos 60 em Nova Iguaçu (RJ), este do Expresso São Francisco (fonte: Marcelo Prazs).
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- Cermava em chassi Mercedes-Benz LP-321 de empresa não identificada operando no transporte urbano de Belo Horizonte (MG) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / Memória BH).
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- Ao centro, entre um lotação Metropolitana e um ônibus Vieira, um Cermava-LP no transporte público carioca.
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- Quatro pequenos ônibus com inusitada carroceria Cermava e chassi desconhecido, em 1960 incorporados à frota da empresa Madureira & Cia., de São Gonçalo (RJ) (fonte: portal classicalbuses).
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- Cermava-LP adquirido em 1961 pela Auto Ônibus Nova Cidade, de São Gonçalo (RJ) (fonte: Marcelo Prazs / ciadeonibus).
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- Cermava-LP 1963 da carioca Viação Leopoldina; a imagem foi tomada em 1965 (foto: Augusto Antônio dos Santos; fonte: Marcelo Prazs).
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- Cermava-LP do início da década de 60 pertencente à Empresa São Benedito, de São Luís (MA) (fonte: Antônio Gonçalves / onibusbrasil).
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- O Cermava da São Benedito, ainda preservado em 2015 (foto: Márcio Augusto de Sousa / onibusbrasil).
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- Rodoviário Cermava 1961 com chassi LP em cartão de Boas Festas da empresa Princesa do Agreste, de Caruaru (PE) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Cermava-LP em detalhe de cartão postal do Hotel Boa Viagem, na praia de mesmo nome em Recife (PE) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / cidadesempostais).
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- Provavelmente de 1962 era este Cermava sobre chassi LP (ao qual falta o para-choque), que em meados da década de 60 servia ao então quase desconhecido Arraial de Búzios (RJ); note, com relação ao modelo do ano seguinte, a diferente caixa de itinerário e a tampa de acesso à boca do radiador (fonte: Museu Internacional do Surf).
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- Modelo 1962 sobre chassi Mercedes-Benz LP; o veículo pertencia à Viação Alvorada, de Guarapari (ES).
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- Cermava-LP da Viação Avenida Central, de São Gonçalo (RJ) (foto: Augusto Antônio).
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- Cermava intermunicipal da Empresa São Jorge, de Nova Iguaçu (RJ), em 1964 ligando sua cidade à Zona Norte do Rio de Janeiro (foto: Augusto Antônio dos Santos; fonte: Marcelo Prazs).
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- Cermava-LP da Auto Viação Jabour, em maio de 1971 atendendo à praia de Sepetiba, no extremo Oeste do Rio de Janeiro (RJ) (fonte: Marcelo Prazs / Arquivo Nacional).
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- Cermava-LP 1964 da carioca Viação Méier; a imagem de 1966 (foto: Augusto Antônio dos Santos; fonte: Marcelo Prazs).
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- Março de 1965 foi mês de chuvas catastróficas no Rio de Janeiro, com inundações, desabamentos e quedas de barreiras, como a que este LP da Transportes Acre vence na Avenida Niemeyer, na Zona Sul da cidade (fonte: Marcelo Prazs / Arquivo Nacional).
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- À esquerda, Cermava-LP da Viação São Sebastião, de Santos Dumont (MG); primeiro ônibus da empresa, servia ao Distrito de Dores do Paraibuna, onde a foto foi tomada (o local não mais existe, já que inundado em 1994, quando da inauguração da barragem Chapéu d'Uvas) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / Gustavo Antônio Germano /onibusbrasil).
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- Ainda em 1963 a Cermava passou a adotar janelas mais largas em suas carrocerias; este LP, da Viação Suburbana, operava no transporte urbano do Rio de Janeiro (RJ) (fonte: Antônio Sousa Guedes / Patrício Americano Ferreira).
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- Cermava-LP 1962 da Viação Monte Alegre, de Belo Horizonte (MG) (foto: Augusto Antônio dos Santos / memoriabhdesenhosdeonibus).
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- Cermava-LP 1963 da Viação São Geraldo, operadora urbana de Belo Horizonte (MG) (fonte: meoriabhdesenhosdeonibus).
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- Mais um Cermava-LP de Belo Horizonte, este da extinta Viação Metropolitana (foto: Augusto Antônio dos Santos / busbhdesenhosdeonibus).
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- Cermava 1963 montado sobre chassi FNM.
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- Mais um Cermava-FNM, este com a grade ao estilo Alfa-Romeo.
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- Ônibus Cermava em chassi FNM na frota do Ministério da Aeronáutica; à esquerda um Mracopolo Sanremo com mecânica Mercedes-Benz (foto: Marco Antônio Silva de Góes; fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / onibusbrasil).
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- Mercedes-Benz LPO com carroceria 1963 da empresa Oriental, do Rio de Janeiro (fonte: site onibusemdebate).
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- Cermava-LPO operando no transporte urbano de Juiz de Fora (MG) na década de 70 (fonte: portal mauricioresgatandoopassado).
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- Cermava-LPO trafegando pelo bairro de Mangueira, Rio de Janeiro (RJ), em abril de 1967 (fonte: Marcelo Prazs / Arquivo Nacional).
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- Outro Cermava-LPO carioca, fotografado no bairro do Maracanã em abril de 1968 (foto: Correio da Manhã / Arquivo Nacional).
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- Papa-filas com carroceria Cermava 1963, tracionado por cavalo-mecânico FNM, utilizado no transporte de trabalhadores da CBT.
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- Papa-filas tracionado por cavalo FNM construído para o Mistério da Aeronáutica (foto: Marco Antônio Silva de Góes / onibusbrasil).
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- Dois reboques papa-filas Cermava da Construtora Camargo Corrêa, na imagem transportando operários na construção da usina hidrelétrica de Tucuruí, no final dos anos 70; construídos sobre chassi Fruehauf e com capacidade para 238 passageiros, faziam parte de uma série fornecida para a empresa no início da década (fonte: Tarcísio Borges Teixeira / abcdoabc).
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- Adesivo comemorativo oferecido pela Cermava no IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro, comemorado em 1965, ilustrado por um raríssimo urbano com motor traseiro (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Também em 1964 as carrocerias Cermava adotaram para-brisas mais altos e janelas inclinadas; aqui, a versão LPO, ainda não emplacada, pertencente à carioca Transportes Oriental (fonte: site onibusemdebate).
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- Outro Cermava-LPO da Transportes Oriental.
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- A combinação Cermava-LPO esteve entre as mais comuns na cidade do Rio de Janeiro em meados dos anos 60 (fonte: Arquivo Nacional).
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- Da mesma época era este LP do Rápido São Vicente, de Niterói (RJ); a imagem é de 1965 (foto: Augusto Antônio dos Santos).
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- Cermava-LP 1964 (fonte: site toffobus).
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- Cermava-LP da Viação São Marcos, de origem não identificada, estacionado no terminal rodoviário de Uberaba (MG) (fonte: portal onibusbrasil).
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- Cermava-LPO com carroceria rodoviária operado no transporte intermunicipal fluminense pela empresa Turismo Mageli, de São João de Meriti; a imagem é de 1969 (fonte: portal ciadeonibus).
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- Cermava-LP 1964 trafegando diante do Palácio do Catete, Rio de Janeiro (RJ), em detalhe de cartão postal.
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- Na década de 60 a Cermava forneceu esporádicas carrocerias rodoviárias com colunas inclinadas, como esta, montada sobre chassi Mercedes-Benz LP, que operava ligações entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro (fonte: Patrício Americano Ferreira / onibusecia).
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- LP da empresa Coletivos Mutuá-Pira, extinta operadora de Niterói (RJ), em imagem de 1965 (foto: Augusto Antônio dos Santos; fonte: Marcelo Prazs).
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- Cermava 1964 em chassi LP da Viação Santo Antônio, de Duque de Caxias (RJ); a imagem é de 1970 (foto: Augusto Antônio dos Santos / memoria3711).
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- Cermava-LP da Viação Rio Doce, de Cariacica (ES), atendendo à linha para o bairro de Bela Aurora.
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- Três ônibus da Viação José Maria Rodrigues, de Juiz de Fora (MG), o primeiro deles um raríssimo rodoviário Cermava de 1963 em chassi Mercedes-Benz LP-321; a foto foi tomada da cidade de Guarani, no interior do estado (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / classicalbuses).
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- Carroceria Cermava em seu melhor momento, sobre chassi LPO e com frente e traseira redesenhadas em 1966; o veículo (de 1968) é da empresa Oriental, do Rio de Janeiro (fonte: site blogpontodeonibus).
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- Também da carioca Oriental - mas já trazendo nova pintura, adotada em 1970 - é este Cermava LPO (fonte: Transporte Moderno).
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- Cermava-LPO trafegando pela antiga Avenida Suburbana, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), em 1967 (fonte: Madureira: Ontem & Hoje).
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- Ao centro, um Cermava-LPO diante da antiga Rodoviária de Campos (RJ), em cartão postal dos anos 70 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Foram raros os chassis com motor traseiro encarroçados pela Cermava, como este, sobre Mercedes-Benz O-321 H, da Transportadora e Industrial Autobus, de Petrópolis (RJ) (fonte: Sulimar Silva / onibusbrasil).
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- Cermava intermunicipal sobre Mercedes-Benz OH-321 da empresa Presmic, de Nova Iguaçu (RJ), fotografado em 1966 no centro da cidade do Rio de Janeiro (foto: Augusto Antônio dos Santos; fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida / ciadeonibus).
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- Um Cermava urbano sobre plataforma Mercedes-Benz pertencente à carioca Transportes Oriental (fonte: Edegar Rios Lopes Filho / ciadeonibus).
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- Urbano Cermava em chassi Mercedes-Benz LP da extinta Viação Floresta, de Belo Horizonte (MG) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Um Cermava-LP da empresa Auto Diesel, em 1969 atendendo à ligação entre os subúrbios cariocas de Bonsucesso e Guadalupe (fonte: Marcelo Prazs / Arquivo Nacional).
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- Carro semelhante pertencente à Impacto Turismo, de Belo Horizonte (MG) (fonte: Roberto Santana).
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- Cermava 1967 em chassi LP utilizado no transporte intermunicipal pela Viação Pedro Antônio, de Vassouras (RJ) (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida)
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- Cermava-LP na frota do Expresso São Jorge, operadora de Belford Roxo (então um distrito de Nova Iguaçu, RJ) (fonte: Marcelo Prazs / ciadeonibus).
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- Outro Cermava-LP da fluminense São Jorge, aqui trazendo nova pintura (foto: Augusto Antônio dos Santos; fonte: Marcelo Prazs).
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- Cermava 1967 em chassi Mercedes-Benz LP-321 da carioca Transportes Paranapuan (fonte: portal classicalbuses).
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- Cermava sobre Mercedes-Benz LP em anúncio de jornal de 1968 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- A feia carroceria Frente Nova, de 1968, montada sobre o já então inadequado chassi Mercedes-Benz LP; fabricado em 1969, o carro pertenceu à Empresa Nilopolitana de Transportes, de Nilópolis (RJ) (fonte: portal ciadeonibus).
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- Do mesmo modelo e chassi é este bem conservado Cermava, fazendo transporte escolar no Rio de Janeiro, em 1982 (foto: Donald Hudson).
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- Cermava-LP de 1968 nas cores da Viação Castor, de Belo Horizonte (MG) (foto: Donald Hudson; fotomontagem: Márcio Schenker / busbhdesenhosdeonibus).
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- Cermava-LPO 1969 da extinta empresa mineira Canaã (foto: Augusto Antônio dos Santos / classicalbuses).
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- Outro Cermava semelhante, fotografado na Avenida Brasil - principal via de acesso à cidade do Rio de Janeiro (RJ) - na década de 70 (fonte: Madureira: Ontem & Hoje).
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- Cermava-LPO da Viação Coimbra, de Juiz de Fora (MG), em foto de outubro de 1980 (fonte: portal mauricioresgatandoopassado).
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- Outro Cermava-LPO, agora circulando pela Rua da Paz, em São Luís (MA), na década de 70 (fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Raro Scania com carroceria Frente Nova (fonte: Paulo Ferreira Vidal).
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- Talvez um dos últimos papa-filas produzidos, este Cermava tracionado por um cavalo-mecânico Scania pertenceu ao Turismo Nevada, de Lages (SC) (fonte: Luiz Hamilton dos Santos / egonbus).
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- Frota de urbanos sobre chassis FNM adquiridos pela empresa Bons Amigos, de Manaus (AM), em 1970 (fonte: Soraia Pereira Magalhães).
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- Um dos carros Cermava-FNM operando em Manaus (fonte: Soraia Pereira Magalhães).
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- Cermava 1970 em chassi LP da empresa São Miguel, de Santos Dumont (MG); a imagem é de 2011 (foto: Jorge A. Ferreira Jr.).
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- LP da São Miguel operando no transporte urbano de Santos Dumont (foto: Jorge A. Ferreira Jr.).
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- O mesmo ônibus, perfeitamente restaurado, em 2014 apresentado nas cores da extinta Viação Coimbra, de Juiz de Fora (MG) (foto: Jair Barreiros).
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- Cermava-LP (seguido de um monobloco Mercedes-Benz), em 1971 deixa a garagem da Viação Redentor, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro (RJ) (fonte: Marcelo Prazs / ciadeonibus).
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- O mesmo modelo, na versão LP, na frota da antiga empresa AVEL, de Petrópolis (RJ) (fonte: site pontodeonibus).
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- Cermava-LP da Empresa Barreiro de Cima, de Belo Horizonte (MG) (fonte: José Pinto / Memória BH).
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- As carrocerias da Cermava já denunciavam o peso dos anos no início da década de 70; na imagem a versão LPO (fonte: site ciadeonibus).
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- Cermava-LPO na frota da empresa Transcopa, de Nova Iguaçu (RJ) (foto: Paulo Camelo Gaspar / pontodeonibus).
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- Urbano Cermava-OF da empresa Sul América, de Salvador (BA), em imagem de 1981 (foto: Mario Custódio / diariodotransporte).
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- Pouco comum Cermava com motor traseiro: montado sobre chassi Mercedes-Benz OH-1313, o ônibus pertenceu à empresa Presmic, de Nova Iguaçu (RJ) (fonte: portal classicalbuses).
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- Também em chassi OH-1313, este Cermava pertenceu à extinta Sabiá Turismo, de São João de Meriti (RJ) (foto: Ayrton Camargo e Silva; fonte: Ivonaldo Holanda de Almeida).
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- Último lançamento da Cermava, já sob administração da Metropolitana, o modelo Copacabana foi o único ônibus brasileiro a trazer janelas laterais com vidros curvos. O veículo aqui mostrado era um intermunicipal da Auto Viação Jurema, de Duque de Caxias (RJ) (fonte: site toffobus).
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- Mercedes-Benz LPO de 1972 da Transportadora Tinguá, de Nova Iguaçu (RJ) (foto: Augusto Antônio).
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- Mais um Copacabana LPO 1972, este da empresa Luxor, de Duque de Caxias (RJ) (fonte: site ciadeonibus).
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- O mesmo Cermava LPO da fluminense Luxor (fonte: site ciadeonibus).
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- Cermava-OF 1973 da extinta Empresa Barreiro de Cima, de Belo Horizonte (MG) (foto: Augusto Antônio dos Santos / memoriabhdesenhosdeonibus).
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- Cermava-OF da Viação São João Batista, de Nova Iguaçu (RJ) (foto: Augusto Antônio dos Santos / nilopolisonline).
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- Outro OF, este da Viação Tôrres, de Belo Horizonte (MG) (foto: Augusto Antônio dos Santos; fotomontagem Márcio Schenker / memoriabhdesenhosdeonibus).
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- Cermava-OF de certa empresa Rio Doce, de origem não identificada - possivelmente mineira (fonte: Roberto Santana).
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- Cermava-OF diante do Aeroporto Internacional de Brasília (DF), em detalhe de cartão postal do final da década de 70.
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- À frente, Cermava-OF circulando pelo subúrbio carioca de Madureira em 1974 (fonte: portal oriodeantigamente).
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- Urbano Cermava Copacabana com motor traseiro, sobre plataforma Mercedes-Benz .
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- Os últimos Cermava produzidos foram modelos Metropolitana Ipanema.
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- Versão do urbano Copacabana com porta central mais larga e grande espaço para passageiros em pé, construído sobre chassi OH-1313 para a CTC-RJ em 1975; a imagem é do veículo de apresentação.
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- Cermava Ipanema 1974, operando em Porto Alegre (foto: Cristiano Saibro).