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OROCH E SANDERO R.S.

Mostrados na Argentina os novos Renault brasileiros

junho 2015

Dia 18 de junho foram abertas as portas do Salão Internacional do Automóvel de Buenos Aires. Nessa arena a Renault efetuou dois importantes lances em seu jogo pela conquista do mercado brasileiro.

Sem ter como aguardar pelo próximo Salão de São Paulo, a empresa optou pelo país vizinho para dar destaque às suas próximas novidades, já em linha de fabricação no Brasil e que em poucos meses chegarão às lojas da marca.

E não são duas novidades quaisquer. São dois importantes – e inéditos – lançamentos: a primeira picape de porte médio do mercado e um automóvel esportivo derivado de carro de série, arranjo há muitos anos ausente dos catálogos das fábricas brasileiras. Por ironia, dois lançamentos inteligentes desenvolvidos sobre modelos menos “nobres”, mais “terceiro mundistas” da família Renault, aqueles vindos da romena Dacia.

 

Picape cabine-dupla Duster Oroch

Apresentada no último Salão brasileiro, em novembro de 2014, sob a forma de conceito, será a primeira do mercado a ocupar o espaço existente entre as picapes leves, derivadas de automóveis pequenos (Chevrolet Montana, Fiat Strada, Volkswagen Saveiro), e as pesadas (as nacionais Ford, Chevrolet S10, Mitsubishi e Nissan e as importadas Toyota e Volkswagen Amarok).

Projetada sobre a plataforma do SUV Duster, com o qual compartilha 70% dos componentes mecânicos e da carroceria (inclusive capô, grade, faróis e para-brisa, portas e para-lamas dianteiros), será fornecida somente com motor 2.0 de 16 válvulas e 142 cv. O câmbio será novo: manual de seis marchas ou continuamente variável (CVT), este oriundo do sedã Fluence argentino.

Com quatro portas e espaço para cinco passageiros, tem capacidade para 650 kg de carga na caçamba; esta, por sua vez, pode contar com extensor opcional para ampliar o volume disponível de 683 litros. O carro será inicialmente fornecido apenas na versão 4×2 (tração dianteira) com pneus de uso misto, estando previsto para 2016 o lançamento do modelo 4×4.

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Renault Duster Oroch

 

Hatch Sandero R.S.

Afastando-se da tendência de batizar de “versão esportiva” carros de série maquiados com adereços chamativos mas sem qualquer alteração mecânica, a Renault procedeu a intervenções de respeito em seu comportado hatch Sandero de forma a transformá-lo em um automóvel que dê emoção ao dirigir.

Primeiro carro da divisão RenaultSport desenvolvido fora da Europa (no caso, por equipes das fábricas brasileira e argentina), o Sandero R.S. sairá com o mesmo motor 2.0 de 16 válvulas da picape, porém reajustado para atingir 150 cv. Equipado com caixa manual de seis marchas com três modos de condução (Normal, Sport e Race), poderá alcançar 202 km/h de velocidade máxima. O carro recebeu direção eletro-hidráulica e freios a disco nas quatro rodas (que ganharam aro 16); a suspensão foi recalibrada.

Externamente, o R.S. não abusou da vestimenta esportiva: apenas grade e para-choque dianteiro novos, saias laterais e traseira, luzes de posição com leds e escapamento duplo.

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Renault Sandero R.S. exposto no Salão de Buenos Aires (fonte: estadodeminas.vrum).





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2008 E RENEGADE

O retorno do Jeep e o SUV da Peugeot

abril 2015

Este é o ano dos “utilitários esportivos” – pelo menos no Brasil, que já contou com três importantes lançamentos na categoria em 2015: o Honda HR-V, em março, e o Jeep Renegade e o Peugeot 2008, em abril.

Seus concorrentes nacionais: Ford EcoSport, Renault Duster e Mitsubishi ASX. A menos dos recentes Honda e Peugeot, os três últimos oferecem versões com tração nas quatro rodas, ainda que pouquíssimo procuradas – um retrato do atual modismo do SUV, tipo de carro adquirido para ser exibido nas cidades e não para ser lançado na lama ou circular em terrenos inóspitos.

O Jeep Renegade se pretende ser a exceção, o único SUV compacto nacional a oferecer real preparo para operação fora-de-estrada (lembramos que o Mitsubishi TR4, o “Pajerinho”, que poderia ser seu competidor mais próximo, teve suspensa a fabricação em fevereiro). A reação da concorrência, porém, já se faz notar: para enfrentar os dias difíceis que terá pela frente, a Renault acaba de lançar o Novo Duster, com sensíveis mudanças estéticas, maior conteúdo tecnológico e ênfase na versão 4×4.

 

Jeep Renegade

A Jeep – hoje uma marca independente do Grupo Fiat – retorna com produção local depois de mais de 30 anos de ausência. Fabricado no Brasil a partir de 1958, o Jeep era então um dos muitos modelos da pioneira Willys-Overland; em 1983, já então sob controle da Ford, deixou de ser produzido.

O modelo Renegade sai de uma fábrica totalmente nova, recém inaugurada em Goiana, Pernambuco. Projetado a partir da plataforma do pequeno Fiat 500L, foi apresentado em grande variedade de cores, versões e configurações mecânicas. Único da categoria com opção de motorização diesel, foi disponibilizado em três versões: Sport, Longitude e a top Trailhawk, diferenciando-se não apenas pelos pacotes tecnológicos e acabamentos mas também pela mecânica.

São duas as opções de motor: flex de comando variável, 1.747 cm3, 16 válvulas e 130/132 cv, e diesel turbo com injeção direta, 1.956 cm3, 170 cv e torque de 35,7 kgf.m, este exclusivo para a configuração 4×4. Em função da versão, o câmbio pode ser manual de cinco marchas e automático de seis ou nove marchas. A versão Trailhawk foi disponibilizada exclusivamente com tração 4×4 permanente, com reduzida 20:1 de comando eletrônico, motor diesel e câmbio automático de nove marchas. Sport e Longitude originalmente vem com tração dianteira e motor flex, podendo opcionalmente receber transmissão 4×4, motor diesel e caixa automática.

Associado à tração 4×4 há um sistema operado por botão seletor (Selec-Terrain) que adapta o carro ao tipo de solo que está sendo percorrido; são cinco as opções: auto-seleção, neve, areia, lama e (no Trailhawk) pedra. O torque do motor é enviado para as rodas dianteiras e redistribuído para as traseiras por meio de uma caixa de transferência de acoplamento viscoso (no modo “auto”, até 60% da força de tração é enviada para o eixo traseiro).

Desde a configuração básica Sport o carro é muito bem equipado. O Trailhawk, o mais completo e mais preparado para operações fora-de-estrada, teve a suspensão elevada, recebendo pneus de uso misto, chapa de proteção inferior, três pontos de fixação de ganchos para reboque, airbags extras, sensores de chuva e de faróis, assistente de descidas e sensor de pressão dos pneus.

O carro tem suspensão totalmente independente e freios a disco nas quatro rodas. Com quatro portas e cinco lugares, o Renegade possui um ponto fraco – um porta-malas com apenas 260 litros de capacidade.

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Peugeot 2008

A concepção do SUV compacto 2008 é completamente diversa. Projetado sobre a plataforma do hatch 208, com o qual também compartilha o painel de instrumentos, se assume como automóvel “de cidade”, não dispondo de tração 4×4 sequer como opcional.

Com apenas 4,16 m de comprimento (é o mais curto SUV nacional) e 355 litros de volume disponível no porta-malas, muito bem acabado, confortável e bem equipado, foi disponibilizado em três versões (nenhuma delas “básica”) – Allure, Griffe e Griffe THP – todas com ar condicionado digital, central multimídia, GPS, piloto automático e airbags laterais e frontais. O modelo top 2008 Griffe tem teto de vidro, bancos de couro, sensor de chuva, sensor para acendimento dos faróis e detalhes externos cromados

O Peugeot 2008 possui tração dianteira, suspensão McPherson na frente e por barra de torção atrás e freios a disco nas quatro rodas. São duas as opções de motor flex 1.598 cm3 de 16 válvulas (aspirado de 122/115 cv e turbo de 173/165 cv) e três de câmbio (automático ou manual de cinco marchas e – para o motor turbo – manual de seis marchas).

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