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ANSALDO | galeria

Estatal italiana especializada em projeto e fabricação de equipamentos elétricos, de sinalização e transportes. Desde 1960 instalada em Canoas (RS), produzia para os segmentos de transmissão e distribuição de energia. Ao longo de três década, compondo consórcios com fabricantes de chassis, carrocerias e motores de tração, a Ansaldo participou de algumas concorrências públicas para o fornecimento de ônibus elétricos para o transporte urbano de passageiros, onde era a empresa responsável pelo suprimento dos sistemas de comando e controle dos veículos.

Desse modo, em conjunto com Caio e FNM, tomou parte na produção de trólebus para Araraquara, em 1962, e, com a Marcopolo, Scania e Inepar, forneceu sete ônibus elétricos para Santos em 1979 e mais dez para Araraquara, no ano seguinte. Com estrutura monobloco, suspensão a ar, freios eletropneumáticos e direção hidráulica, este foi o trólebus mais moderno fabricado até então no Brasil sob o ponto de vista mecânico.

O mesmo não ocorria, porém, com o sistema de comando fornecido pela Ansaldo – por contactores – que se tornara tecnologicamente defasado e logo seria confrontado com os modernos comandos por recortadores (ou choppers), apresentados pelos consórcios concorrentes. (Recortadores proporcionam menor consumo de energia e maior suavidade de marcha; isto levaria a operadora dos tróleis de Santos, em 1992, a substituir o controle de tração Ansaldo por um conjunto Asea – Brown Boveri.) Além de desatualizados, os componentes dos comandos fornecidos pela Ansaldo eram majoritariamente importados da Itália, o que logo veio a trazer dificuldades de manutenção para as operadoras que tinham adquirido seus equipamentos. Assim, em 1982, quando a Marcopolo se afastou do consórcio e decidiu se associar à Tectronic, a Ansaldo abandonou o setor.

Em 2001, no âmbito do programa de privatização conduzido pelo governo italiano, a fábrica de Canoas e os negócios da Ansaldo no Brasil foram vendidos para a Alstom, empresa francesa atuante na mesma área e que, desde 1997, controlava a unidade de material ferroviário da Mafersa.





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