ALEXANDRE VEÍCULOS |
Empresa especializada na fabricação de mini-carros motorizados para crianças, a Alexandre Veículos Ltda. foi fundada em São Paulo (SP), em 1968, por Gaspar Alexandre, ex-funcionário da Gurgel, pioneira no país na produção de mini-veículos derivados de karts.
A AVL (como seria conhecida a partir de 1971) surgiu no VI Salão do Automóvel, onde com grande repercussão promoveu a apresentação simultânea de quatro modelos de carros infantis, todos construídos em plástico reforçado com fibra de vidro e acionados por motores Briggs & Stratton de 3 e 4 cv importados dos EUA. Chamavam-se Marco, Mustang, Fórmula A e Kart-Espacial, os dois primeiros com dois lugares. Dotados de freios, suspensão e velocidade variável, os carrinhos tinham cerca de dois metros de comprimento e eram muito bem acabados, pois a empresa tinha grande cuidado com a veracidade da reprodução e os detalhes de estilo, como pintura metálica, buzina, faróis, lanternas, estofamento e calotas cromadas. Especial sensação provocou a réplica do Mustang, “sonho de consumo” da juventude da época.
A linha de modelos cresceu rapidamente, e em 1971 já contava com uma mini-moto, um mini-bugue e miniaturas do Ford Corcel e do Puma (esta, lançada no VII Salão, contou com estímulo do próprio fabricante). O modelo Fórmula (agora Fórmula A.V.L.) passou a usar um motor mais potente (Pasco nacional com 6 cv), permitindo que alcançasse até 80 km/h de velocidade; motores Montgomery de 4 cv nacionais também foram utilizados. A lista de acessórios era extensa e, como nos automóveis “de verdade”, incluía contagiros, relógio, rádio e farol de milha.
No VIII Salão, em 1972, a AVL apresentou o Got’cha, uma espécie de mini-bugue anfíbio para dois adultos, acionado por pequeno motor nacional de 8 cv e sistema de tração e freio chamado de “hidráulico automático”, pela empresa. Com projeto de origem norte-americana, o carrinho vinha equipado com pequenos pneus de baixa pressão e era operado por duas alavancas verticais. Pouco depois, porém, a AVL cessaria a produção, transferindo parte dos moldes para a Super Moto, de São Paulo (SP), que continuou fabricando por quase duas décadas mais o mini-bugue infantil, sob o nome Fenix.